segunda-feira, 30 de abril de 2012

PT O PARTIDO DA VERGONHA - IMPÉRIO DAS CACHOEIRAS - CUBA PAÍS EXEMPLAR - BOLIVIA FAZ ESTRADAS COM NOSSO DINHEIRO


Bom dia, as noticias que circulam na mídia nos dão a certeza de quão sujo é o PT, escandalosamente como diz Reinaldo Azevedo que transcrevo abaixo, o PT está direcionando os rumos da CPI do Cachoeira para que sejam investigado somente os partidos de oposição que estiver envolvido, apesar de toda divulgação dos mal feitos da Delta eles não querem que ela faça parte da CPI, e seu Governador Agnelo também deve ser poupado, dizem eles que é uma chantagem que foi feita contra o pobre coitado, ora, ora, ora, é muita cara-de-pau destes petistas sem vergonhas, querendo tapar o sol com a peneira e não deixar a sujeira toda vir à tona, será que ainda terá alguém que confie neste partido, sujo, sorrateiro e liderado por uma cambada de sujeitos que roubam do dinheiro público e estão por ai dando sopa, soltos e cada vez mais ricos e poderosos. Leiam;
DIRETO DO IMPÉRIO DAS CACHOEIRAS- Artigo escrito pela sra. Maria Helena R.R. de Souza, vai ao âmago da questão que se desenrola em Brasília neste momento, com incrível atenção aos fatos nos mostra como o Grande Líder LULA o Magnífico é o sujeito mais falso que convivemos. Leiam;
CUBA A GRANDE NAÇÃO DEMOCRÁTICA - Notícias deste “grande” país, cantado e decantado pelos petistas nos deixam a nós brasileiros verdadeiramente democráticos estarrecidos, quase 2.400 pessoas foram presas só no primeiro trimestre deste ano, e não é por serem bandidos ou ladrões não, são presos por falarem contra o governo, por tentarem mostrar aos seus o que é a verdadeira Cuba, um país ditatorial dirigido por um partido e por líderes que se beneficiam do poder em suas mãos para tirarem proveito pessoal em detrimento das necessidades do povo, este é o exemplo de país que querem os petistas para o Brasil. Leiam;
BOLIVIA - O Governo diz que não temos dinheiro para nossas estradas, que estão aí em petição de miséria se não estiverem nas mãos da iniciativa privada, as de responsabilidade do governo estão todas em petição de miséria, quase impossíveis de trafegar na sua grande maioria, porem, pasmem, estamos emprestando a Bolívia mais de R$ 330 milhões para construção de uma estrada, é inacreditável chega a ser hilário não fosse assunto sério, que acham disto, melhoramos as estradas dos outros e as nossas? Leiam;




A confissão descarada do PT: CPI tem é de pegar só a oposição. Ou: A Operação Salva-Agnelo. Ou ainda: Cachoeira tem de explodir, mas de um lado só!


Por Reinaldo Azevedo
Em outros tempos, a notícia seria um escândalo em si; nestes, não! Ao contrário até: há quem a tome como evidência de esperteza e prova de que o partido é mesmo organizado. A que me refiro? Manchete do Estadão de hoje informa que o governo tenta tomar as rédeas da CPI para que ela não “perca o foco”. A expressão “manter o foco” vem sempre carregada de valor positivo, não é? Confunde-se com coisa boa. Não nesse caso. Com isso, o governo e os governistas pretendem, de forma declarada, duas coisas:

a) manter a Delta longe das investigações; a ordem é impedir que diretores da empresa, com a exceção de um que está preso e de outro que está foragido, sejam convocados;

b) concentrar a artilharia em Marconi Perillo, governador de Goiás (PSDB).

Lendo a reportagem do Estadão, a gente vê que os petistas não escondem seu intento, não. Eles consideram que se trata de algo absolutamente legítimo. É evidente que confrontos entre governistas e oposicionistas não desaparecem numa CPI; também nelas as diferenças se manifestam etc e tal. Mas um mínimo de decoro se faz necessário, não é? A revelação, a céu aberto, sem subterfúgios ou considerações oblíquas, de que o governo atua para livrar a cara da Delta é tão escandalosa quanto as lambanças de que a empresa participa.

Reportagem de O Globo demonstra que era tal a proximidade de Carlinhos Cachoeira com a construtora que o contraventor se fez presente no apoio a Fernando Cavendish mesmo num momento dramático de sua vida, quando um acidente de helicóptero matou pessoas de sua família. Não se tratava, já está mais do que evidente, de esbarrões aqui e ali no chamado “mundo dos negócios”; ao contrário: eram relações sistemáticas, mediadas por dinheiro público.

Mesmo assim, os petistas anunciam: a ordem é tirar a Delta das investigações. Por quê? A resposta é uma só: porque a construtora é a empresa privada que mais recebe recursos do PAC e porque isso pode gerar um terremoto em vários estados — o Rio poderia ser, assim, ma espécie de epicentro do sismo Ninguém chega a ser Cavendish na vida acumulando poucas informações. Mais: ele já está “fazendo a sua parte”, retirando a construtora de alguns empreendimentos e se afastando, oficialmente ao menos, do comando da operação. Mas há um limite para o esmagamento.

Acreditem: o PT está decidido a impedir que Cavendish fale à CPI. Se vai conseguir ou não, aí vamos ver. O governismo tem maioria para convocar quem bem entender — e, pois, para impedir convocações também.

Tudo por Agnelo
A matéria do Estadão informa o que chegou a ser verdade até o fim de semana: o PT estaria disposto a entregar a cabeça de Agnelo desde que possa produzir o que considera um estrago maior na oposição: degolar  Perillo. Não é mais assim. Agnelo já avisou o comando do partido que não aceita ir para o sacrifício coisa nenhuma! Desde que migrou do PC do B para o PT, considera que prestou relevantes serviços ao partido e ao governo petista — com destacada atuação nos bastidores da operação que desmantelou a quadrilha de José Roberto Arruda no Distrito Federal. Agnelo atuou segundo seus métodos, que o PT nunca ignorou.

Há, sim, um pedaço do partido que avalia que, cedo ou tarde — e esse grupo teme que se dê mais tarde do que seria prudente —, Agnelo cairá em desgraça. Mas Lula, José Dirceu e Rui Falcão (esses dois são corpos distintos numa só cabeça) acham que é preciso fazer “a luta política” para preservar o governador do Distrito Federal, denunciando uma suposta conspiração contra esse verdadeiro herói da ética.

Há uma falsa questão na qual o PT e os subjornalistas a serviço do petismo se fixam: a gangue de Cachoeira estaria chantageando Agnelo Queiroz. É mesmo? Digamos que fosse apenas isso, pergunta-se: a chantagem se deveria exatamente a quê? Por que Agnelo estaria sendo intimidado pelo bando?

Fator Márcio Thomaz Bastos

O PT está deixando claro, sem qualquer reserva, que não quer investigar coisa nenhuma! Obedecendo ao comando inicial de Lula e de José Dirceu, o partido luta para que a comissão de inquérito se limite ao linchamento da oposição e da imprensa. Em ano de eleição e de provável julgamento do mensalão, os petistas acham que está de boníssimo tamanho. Também não escondem, nas conversas que mantêm nos bastidores, que pretendem fazer valer a sua maioria na comissão. Mais ainda: consideram que o fato de o petista Márcio Thomaz Bastos ser advogado de Carlinhos Cachoeira representa uma segurança e tanto. Bastos, já escrevi aqui, não é um criminalista qualquer — a partir dos honorários… É um estrategista. O partido tem a convicção de que nada virá de Cachoeira que agrave a situação dos companheiros. Na verdade, apostam que, se Cachoeira explodir, será uma explosão do lado de lá da linha.
É o que temos.



Direto do Império das Cachoeiras


Enviado por Maria Helena Rubinato Rodrigues de Sousa -

Sou daquelas que lê o Blog todo e nesse todo estão os comentários dos leitores, onde encontramos tanto diamantes quanto pedregulhos.

Ontem aqui descobri uma pérola do tamanho do ovo do Pássaro Roca. Ei-
la:
‘Dilma e Lula devem morrer de rir das fofocas da imprensa’

Sim, caro leitor, você acertou, é dele mesmo, do Letrinhas que muda de apelido mais que todos nós de roupa: Drimmitry Solloyev.

Ele é um fiel militante do partido, sabe do que se passa no interior do coração petista. Não garante, repare, pois não priva da intimidade da Corte, mas diz o que ouve nos corredores do poder.

E tudo leva a crer que suas palavras podem muito bem exprimir a maior verdade.

Vamos aos fatos:

Quando estourou o Mensalão, os súditos pensaram que sob a noite escura provocada pelas asas gigantescas do Roca a eclipsar o sol, o Império caminhava para seu fim. Assustou a todos, inclusive ao Imperador Lula, o Grande.

Mas tal qual Simbad, Lula, o Grande, soube escapar e com a ajuda do tempo, essa borracha, sentiu-se seguro para chamar de farsa um crime que passara pelo exame criterioso dos homens da Justiça de seu Império, com denúncia aceita e tudo.

E o Império passou a aguardar o julgamento do crime do Mensalão.

Ao entregar o cetro à sua herdeira e sucessora, o Imperador prometeu a seu fiel sequaz, Dirceu, o Breve, que ia se dedicar a acabar com a farsa do Mensalão.

Foi quando ele fez saber ao povo que o temível Mensalão nada mais era que uma farsa.

Até aquela data, a ninguém ocorrera, nem à sempre atenta PIG, nem aos representantes da Imprensa Sujismunda, e nem aos acusados, que são 40, chamar esse crime de farsa.

Na realidade, houve só um aprendiz de profeta, Delúbio, o Moita, que vaticinou: “Em três ou quatro anos, tudo será esclarecido e esquecido, e acabará virando piada de salão".

Ele certamente esquecera que as cachoeiras do Brasil Central são famosas pela sua pujança e que em não sendo contidas, poderiam inundar e derrubar as colinas, as muralhas e os castelos do Império.

Distraídos com a força das quedas d’água, a ninguém ocorreu dizer: "e a piada, onde está a piada? Já se passaram sete anos...".

A ninguém, não. Drimmitry, o Letrinhas, não se distraiu. Para ele, nem farsa é. É tudo fofoca da Imprensa! E fofoca que faz rir. Será essa, finalmente, a piada de salão de Delúbio, o Moita?

Foi tudo fofoca? Para gáudio dos Imperadores? Que riem, apesar da noite tão longa?

Sei que o tempo das fábulas já passou, mas será que não temos ninguém neste Império com pontaria e poder para afastar o Pássaro Roca e deixar que a luz do sol volte a brilhar?

Para desinfetar o solo que a corredeira alagou?


América Latina

Prisões no 1º trimestre em Cuba superam as de 2010

Só em março, houve ao menos 1.158 detenções arbitrárias por razões políticas -- e mais da metade delas foi realizada antes e durante a visita do papa Bento XVI


No total, 2.393 cubanos foram presos por razões políticas no primeiro trimestre deste ano, incluindo os detidos preventivamente em função da recente visita do papa Bento XVI à ilha, cifra que supera a registrada em todo o ano de 2010, afirma a ilegal Comissão Cubana de Direitos Humanos e Reconciliação Nacional.

A organização disse que, em março, houve ao menos 1.158 detenções arbitrárias por razões políticas e mais da metade foi realizada antes e durante a visita do papa. "Muitas delas foram prisões domiciliares extrajudiciais sob custódia de agentes policiais e parapoliciais e a ameaça certa de que os detidos em seus domicílios seriam presos se deixassem seus lares", indica o informe assinado pelo porta-voz Elizardo Sánchez.

Em outro informe da Comissão, enviado à AFP por e-mail, o grupo relata que Andrés Carrión, o opositor que ficou preso 18 dias depois de gritar slogans contra o governo comunista durante uma missa de Bento XVI em Santiago de Cuba (sudeste), foi detido novamente na segunda-feira, junto com outro ativista, Anyer Antonio Blanco Rodríguez, da União Patriótica de Cuba.





América Latina

Brasil confirma financiamento para estrada boliviana


Empréstimo de 332 milhões dólares foi concedido para obra no país vizinho


O embaixador brasileiro na Bolívia, Marcel Biato, confirmou nesta segunda-feira o compromisso do Brasil de financiar a estrada Villa Tunari-San Ignacio de Moxos, mas informou que a administração de La Paz deve encontrar o mecanismo para torná-lo efetivo. "O compromisso do Brasil com o financiamento continua. Cabe à Bolívia encontrar a fórmula para que isso possa se concretizar", disse o diplomata à imprensa, ao lembrar que essa ratificação já foi dada pela presidente Dilma Rousseff a Evo Morales durante o encontro que tiveram em Caracas.


"Nosso compromisso é facilitar ao máximo uma solução", disse o representante brasileiro. Ele completou que o assunto "está em processo de negociação em função da mudança na legislação boliviana".
O Brasil concedeu à Bolívia um empréstimo de 332 milhões de dólares para a execução de uma estrada de 300 km do departamento de Cochabamba a Beni (Amazônia), que incluía três trechos. O primeiro e o terceiro estão em execução, mas o segundo foi suspenso pela pressão dos indígenas que questionaram o traçado, porque dividia seu território. "Precisamos fazer um ajuste nesses contratos e reduzi-los aos trechos um e três porque há elementos financeiros que não podem esperar", disse a Ministra do Planejamento, Viviana Caro.




Voltei,

Com certeza muito ainda vai surgir quanto a CPI em curso, vamos estar atentos para lhes informar de tudo que acontecer, principalmente os desvios que porventura os dirigentes estiverem tentando fazer, fiquem de olho.


Até amanhã.


IMPRENSA BRASILEIRA - AINDA A DELTA - LULA E COLLOR ALIADOS E AMIGOS, QUEM DIRIA!


Bom dia, hoje transcrevo comentários interessantes do jornalista Reinaldo Azevedo como SE A IMPRENSA BRASILEIRA FOSSE SENSACIONALISTA, onde desmente a obsessão do PT e de seus líderes que a imprensa é a culpada de todos os males que atingem o governo, eles se sentem ultrajados por termos uma imprensa que coloca aos olhos do povo a sujeira que se enraizou no governo desde que o Sr. Lula Grande Líder tomou posse na Presidência. Agora mesmo com os vazamentos iniciais do caso Cachoeira vieram gritando de conluio entre o corruptor e a imprensa para desmoralizar o governo desde a época do mensalão, com os novos vazamentos se sabe que os petistas não analisaram direito, e em sua ânsia de amordaçar a imprensa foram atirando para esta direção, como sempre eles não são culpados de nada, leiam é interessante o artigo. Leiam;
DELTA – Governo não quer de maneira nenhuma que a Delta seja investigada na CPI isto porque é a empreiteira que mais faturou com as obras do PAC, e já recebeu mais de 3 bi por obras ainda nem concluídas e por outras que estão sob investigação, com a proximidade do Zé Chefe de Quadrilha Dirceu com a Delta, muita sujeira vai se encontrar sob este tapete, muita roubalheira de dinheiro público desviado sob o comando deste senhor, guerrilheiro de araque, ladrão do povo brasileiro isto sim, e que continua mandando no governo de forma paralela como já viu em reportagem da Veja alguns meses atrás, e o pior é que conseguirão já que a maioria dos membros da CPI são petistas e aliados, é um acinte ao povo deste país um Congresso submisso às vontades do governo. Leiam;
COLLOR- o Ex-Presidente Collor, bombardeado por todos os lados pelo PT e por Lula na época que foi acusado quando na presidência, hoje são os melhores amigos. Conheçam LULA O FALSO, hoje precisando de Collor para esconder suas sujeiras, se unem de maneira descarada, assim aprende-se a conhecer melhor o sr. Lula, o pobretão que virou milionário sem trabalhar, assistam ao vídeo. Leiam;


Se a imprensa brasileira quisesse ser sensacionalista, seria a melhor imprensa sensacionalista do mundo. Ou: Classe política brasileira seria quase dizimada pelo jornalismo americano, britânico ou italiano



Agora que o inquérito sobre Demóstenes Torres foi tornado público — e vou aqui insistir para que se acabe com o falso sigilo de coisas assim: há sempre vazamentos selecionados por escroques — e que resta evidente que a “grande munição” contra a imprensa, com a qual Lula prometia o fim do mundo, era só pó de traque, cumpre fazer algumas considerações sobre a imprensa brasileira.

Desde que o PT chegou ao poder, a imprensa está sob ataque. Tudo ficou muito pior depois que veio à luz o escândalo do mensalão e que acadêmicos do PT, liderados por Marilena Chaui, inventaram a falsa tese da tentativa de golpe de estado. A maior contribuição desta estudiosa de Espinoza foi abrigar o pensamento de Delúbio Soares. O partido resolveu mobilizar contra a imprensa seus esbirros na Internet e montou um verdadeiro aparelho para intervir em portais, sites, blogs, redes sociais etc. Anúncios da administração direta e de estatais financiam a intervenção, o que é um acinte à democracia. É por isso que não publico aqui aqueles que chamo, desde sempre, “petralhas”. Não são indivíduos se manifestando, mas funcionários de uma organização. Alguns são remunerados. Outros não!
                                  MARILENA CHAUÍ
A campanha de difamação é intensa, embora os propósitos da canalha não tenham se realizado. Quem liderava antes continua a liderar — e com a mesma folga. O que há de novo na era petista é essa pistolagem que tenta contrastar a verdade dos fatos com uma “verdade alternativa” — que é um outro nome para a mentira.

Aqui e ali, de modo despropositado, falso mesmo!, diz-se que a imprensa brasileira não sabe distinguir o joio do trigo, que escolhe o caminho do sensacionalismo, que é injusta com o poder e com os poderosos. Isso é falso de várias maneiras combinadas. Se algum mal há no setor, é seu alinhamento meio burro, automático, com teses de esquerda — mas deixarei este aspecto de lado agora. A verdade é que a imprensa brasileira está entre as mais bem-comportadas do mundo democrático; talvez seja a mais compreensiva de todas.

Explico-me. A grande imprensa brasileira faz uma distinção radical, sem zonas cinzentas, entre o que é privado é o que é de interesse público. No texto em que trata dos princípios da VEJA, Eurípedes Alcântara, diretor de Redação, esmiúça o comportamento da revista — e, na verdade, de toda a grande imprensa — quanto a esse particular. Assim, se um jornalista recebe um arquivo com informações escabrosas sobre a vida sexual de um político por exemplo — refiro-me mesmo a evidências, provas —, isso não é publicado se o dito comportamento não estiver relacionado a algo que diga respeito ao interesse da coletividade ou que fira esses interesses.

Todo mundo sabe disso. Lula sabe disso. José Dirceu sabe disso.

Por que é assim? Porque se considera, no que eu chamaria de “cultura da imprensa brasileira”, que tal fato não é “político”. Se a grande imprensa brasileira quisesse ser sensacionalista, seria a maior — e melhor — imprensa sensacionalista do mundo. Por um bom tempo ao menos, até que houvesse uma mudança de hábitos. Olhem aqui: quem já se hospedou em alguns hotéis de Brasília — e não estou me referindo a puteiros, não! —, sabe que a capital federal rende quilômetros de textos sobre, como posso chamar?, desregramentos dos costumes de casados, solteiros, anfíbios… O mesmo vale para alguns restaurantes. E, no entanto, há uma espécie de compromisso tácito entre os políticos e  funcionários graduados e o jornalismo de que nada daquilo será notícia. Peçam a um congressista american que deixe um restaurante embrigado para vocês verem o que acontece. Em Brasília, isso é rotina. Tudo questão pessoal!

A grande imprensa brasileira tende a considerar que isso tudo é o joio. Para ser trigo, tem de envolver o interesse público. O jornalismo só se ocupou do filho que Renan Calheiros tinha fora do casamento quando se descobriu que era uma empreiteira que pagava a pensão à mãe da criança. Como ele era presidente do Senado, restava evidente que havia uma dimensão coletiva no que parecia ser apenas uma questão pessoal. Então se publicou.

Lula ficou furioso quando os negócios de Lulinha, o seu “Ronaldinho”, vieram a público. Disse que estavam mexendo com a sua família. Errado! Era a sua família — no caso, um de seus filhos — que estava mexendo com o estado ao receber alguns milhões da Telemar, uma concessionária de serviço público, de que o BNDES era sócio. Não fosse isso, ninguém se importaria se aquele ex-monitor de jardim zoológico tinha ou não se tornado um milionário.

José Dirceu, o consultor de empresas privadas que se esgueira em quartos de hotel, ficou bravo com as imagens que VEJA publicou na revista. Ora, estivesse ele recebendo, naquele ambiente, pessoas sem quaisquer vínculos com assuntos da República, ninguém teria dado um pio. Mas não! Com a sua folha corrida, mantinha encontros com o presidente da Petrobras, com o ministro do Desenvolvimento Industrial, com o líder do governo na Câmara… O Zé sabe muito bem que nem VEJA nem outro veículo qualquer teria publicado uma linha a respeito caso ele estivesse por ali para, sei lá, estripulias sexuais. No Brasil é assim. Mas não é assim no mundo, não!
No mundo

Lembram-se do “bunga bunga” de Berlusconi? Antes que surgissem as suspeitas sobre a idade e a procedência de algumas meninas — o que toca em questões de estado —, a vida dissoluta do então primeiro-ministro, estivesse ou não o interesse público envolvido, era alvo de constantes reportagens, com fotos, artigos, especulações etc. Algumas fotos tiveram que sair com aquele quadriculado ali na região entre o umbigo e as coxas…

Na Inglaterra, então, nem se fale. O escândalo que envolveu o ”The News of the World” não mudou a rotina dos tabloides, não. Aquele jornal cometeu crimes para fabricar notícia, coisa muito diferente de noticiar o que se sabe da vida pública ou privada de personalidades da política, da realeza e do mundo do espetáculo. Um arquivo que chegasse a uma redação com folguedos sexuais de um político seria simplesmente notícia. Ponto! Nem se discute se um político ou funcionário graduado flagrado em intimidades num hotel ou num restaurante com namorada (o) ou amante é ou não notícia. É.

Boa parte do establishment político brasileiro não sobreviveria  à imprensa americana, bem mais comedida do que a inglesa ou italiana, mas muito distante da nossa no que concerne a essa separação rígida entre o público e o privado. Os bacanas que reclamam do nosso jornalismo não sabem, na verdade, o paraíso em que vivem. Na maioria das democracias, compreende-se que o homem público praticamente não tem direito a algumas prerrogativas dos cidadãos privados. Um exemplo: se o “Indivíduo A” tem uma amante, isso só interessa a ele, a ela e à mulher traída. Se, no entanto, ele for um político, isso passa a ser, sim, do interesse coletivo porque se considera que ele representa uma coletividade. Como tal, não pode reivindicar o direito à privacidade. Nos EUA, sabemos, a categoria que mais fulmina pré-candidatos à Presidência são as amantes.

Fico cá me perguntando se, por exemplo, os americanos não acertam mais do que nós. Fico cá pensando se Brasília — refiro-me à Brasília como capital administrativa, não aos brasilienses — não seria um lugar de mais trabalho, de mais seriedade, de mais moralidade se os homens públicos soubessem que os jornalistas contarão tudo o que sabem e pronto! Sempre há a alternativa, é óbvio, de o sujeito de vida complicada decidir se manter na esfera privada, hipótese em que se ninguém tem de se meter com seus assunto.

Talvez isso, mais do que o Ficha Limpa — que tem muitas portas abertas para o drible e até para a chantagem (trato disso outra hora) —, contribuísse para melhorar a política. O candidato a homem (e mulher, claro) público teria muito claro: “Se a minha história não for reta e se eu não viver conforme digo que vivo, sei que vou quebrar a cara”. Sim, sempre haverá, na democracia, a possibilidade de alguém se apresentar ao eleitorado justamente como aquele que enfia o pé no jaca. Mas, nesse caso, o eleitor será previamente avisado. Se votar, votou. Notem que não há lei proibindo que um sujeito com amante ou que tenha feito uma suruba se candidate nos EUA. Pode se candidatar. Provavelmente, não será eleito. Uma certeza ele tem: se teve amante ou fez suruba e se a imprensa ficar sabendo, isso será notícia. No Brasil, nunca!

Generosa

A imprensa brasileira, a verdade é esta, está entre as menos sensacionalistas do mundo. Na verdade, ela acaba sendo tolerante em excesso com certos comportamentos que, embora privados na aparência, mesmo não estando relacionados a dinheiro público ou a princípios da administração pública, revelam, no entanto, o político de duas caras, o anfíbio, aquele que diz uma coisa e que faz outra. Há certos comportamentos individuas que são sintomas de mau-caratismo. No homem privado, problema dele e de quem com ele se relacionar; no homem público, pode ser indício de baixa qualidade da representação e de degradação da política.

“Mas me diga, Reinaldo, não pode haver um santarrão, com comportamento ilibado no terreno moral, que é, no entanto, um contumaz ladrão do dinheiro público?” Ora, gente, claro que sim! Assim como é possível existir um fauno, com uma penca de amantes, vivendo uma vida dissoluta, que não toca em um centavo do que é alheio. Mas acho que essa é tal curva do sino, entendem? Existe a minoria nos dois extremos. Mas me estendi demais nas eventuais virtudes de termos uma imprensa que conta tudo o que sabe sobre o homem público. Quero voltar ao ponto.

A grande imprensa brasileira é generosa, tolerante e paciente. Permite que o fauno se passe por santarrão se considerar que isso é só um problema privado. Uma coisa é certa: a classe política brasileira seria quase dizimada se tivesse de enfrentar uma imprensa americana ou inglesa. E ouso dizer que, num primeiro momento, nem seria por causa do trabalho disso que se convencionou chamar “jornalismo investigativo”, que tenta desvendar as artimanhas dos ladrões de dinheiro público. Bastariam uma câmera fotográfica e alguns arquivos que chegam às redações e que são descartados.

E eu lamento constatar que a nossa democracia não é melhor do que a democracia americana ou britânica. Só por causa disso? É claro que não! Mas também por causa disso. Se, amanhã, os grandes veículos anunciarem: “Vamos contar tudo”, aí vocês conhecerão o que é pânico.  E eu posso garantir que não farão mal nenhum aos brasileiros se forem pra casa.

Reinaldo Azevedo



Governo opera para restringir CPI a Perillo e tirar empreiteira Delta do foco

Por Eugênia Lopes,  no Estadão:

Centralizar tudo nas mãos de poucos para evitar eventuais vazamentos de documentos sigilosos, poupar a Delta Construções, limitar a apuração aos funcionários da empreiteira com participação no esquema do contraventor Carlos Augusto Ramos, o Carlinhos Cachoeira, e tentar pôr o foco das investigações em cima do governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo. Esta é a estratégia que começou a ser montada pelos partidos aliados do governo, em especial o PT, na Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) do Cachoeira.

Incentivados pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, os petistas buscarão tirar o foco das investigações de cima da Delta Construções, principal empreiteira do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC) do governo federal. A ideia é impedir a convocação de empregados da empresa que não têm relação com o esquema de Cachoeira, como defende a oposição. A oposição estuda elaborar requerimentos, que os governistas tentarão derrubar, propondo a convocação dos diretores e gerentes da Delta dos 23 Estados onde existem obras da empresa.

Ao mesmo tempo em que tentam restringir as investigações em torno da Delta, a orientação é procurar incriminar o governador tucano no esquema ilegal de Carlinhos Cachoeira. A tática dos governistas é verbalizada pelo líder do partido na Câmara, Jilmar Tatto (SP), e será posta em prática tão logo sejam analisados os documentos das operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal.

Parlamentares do PT estão convencidos de que a atividade criminosa em Goiás tinha como parceira a Segurança Pública do Estado. Ou seja, em última instância, contava com o aval do governador Marconi Perillo. Em relação ao governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), que teve seu nome citado por integrantes do esquema de Cachoeira, os petistas tentarão poupá-lo neste primeiro momento de trabalhos da CPI.

Porém, nos bastidores já avisaram que, se for necessário, não vão titubear em entregar a “cabeça de Agnelo”. “O envolvimento neste momento é muito maior do governador do PSDB”, diz Tatto, para quem está claro que Perillo tem uma “relação muito próxima com Cachoeira”.

Controle. Para conseguir manter as rédeas da CPI, os governistas também já decidiram que não vão ceder ao apelo da oposição para criar sub-relatorias por temas dentro da comissão. Dessa forma, estão certos de que evitaram vazamentos de informações e o esvaziamento do relator Odair Cunha (PT-MG). O temor é que as sub-relatorias ganhem “vida própria” e acabem se tornando mais importantes do que o trabalho do relator.

A blindagem da CPI tem a anuência do presidente da comissão, Vital do Rego (PMDB-PB), que já avisou ser contrário às sub-relatorias.
                  Vital do Rêgo-PMDB Presidente e Odair Cunha- PT Relator da CPI

Reticente em relação à criação da CPI, o PMDB participa da comissão com parcimônia, com nomes apontados como de “segundo escalão” dentro da hierarquia partidária. Bem diferente do PT que reforçou a CPI com suas estrelas partidárias.




Delta já recebeu R$ 3 bi de recursos do PAC

Por Lu Aiko Otta, no Estadão:



A Delta Construções é a empreiteira que mais recebeu recursos do Orçamento federal para executar projetos do Programa de Aceleração do Crescimento (PAC).  De 2007, ano de criação do programa, até agora, foram perto de R$ 3 bilhões, segundo levantamento da organização não-governamental Contas Abertas. A Queiroz Galvão, que fica em segundo lugar, recebeu R$ 1,7 bilhão no período. Os dados não levam em conta os serviços que a Delta prestou a empresas estatais, como a Petrobrás. Nesse universo mais amplo, a empreiteira já embolsou R$ 4,130 bilhões, segundo informou o governo à Comissão Parlamentar Mista de Inquérito (CPMI) do Cachoeira.

“A Delta é pentacampeã do PAC”, disse o coordenador do Contas Abertas, Gil Castelo Branco. A empresa só não foi a líder de recebimentos de recursos orçamentários do PAC em 2008, quando foi superada pela Queiroz Galvão. De 2009 para cá, a Delta só recebe menos dinheiro do PAC do que a Caixa Econômica Federal, responsável pelo programa Minha Casa Minha Vida.





CPI une Lula e Collor, por Mary Zaidan Jornalista


Quase vinte anos depois da CPI de PC Farias, que apeou Fernando Collor de Mello da Presidência, o vilão agora é algoz e seus acusadores mais ferozes, capitaneados pelo ex Lula há duas décadas, aliados. Se depois que chegaram ao poder, perdões e gentilezas tornaram-se freqüentes, na CPI mista de Cachoeira, PT e Collor, de novo com o aval de Lula, confessam a mesma cartilha e inimigos em comum, a começar pela mídia.

Em discurso eloqüente, olhos esbugalhados, que fez lembrar os tempos irados em que, num equívoco letal, convocou os brasileiros a sair às ruas de verde e amarelo, colhendo cidades cobertas de cidadãos vestidos de preto, o senador Collor de Mello expôs todo o seu ódio contra CPIs, transformadas em “tribunais de inquisição”.

E, ainda com mais ênfase, contra a imprensa. Chamou jornalistas de “rabiscadores”, gente que produz “notícias falsas ou distorcidas”.

Um elo a mais a unir Lula e Collor. Um purga sua mágoa pela Presidência perdida, outro, pelo processo do mensalão, maior escândalo da República, com poderes de lhe macular a majestade.

Os métodos de ambos se assemelham: flagrados, fingem que não é com eles, atacam a imprensa e protegem comparsas.

Collor nunca falou nada sobre PC Farias, a Operação Uruguai ou a prova menor, o Fiat Elba, gota d’água da cassação de seus direitos políticos.
                            Mirem no olhar raivoso deste senhor Collor, hoje Senador

Lula falou demais, mas o intuito era o mesmo. Primeiro se disse traído pelos seus. Depois, garantiu que o mensalão não passava de caixa 2, inventando a tese de que um crime se torna menor quando todo mundo o comete. Algo absurdo na boca de qualquer um, quanto mais de alguém que à época era o número um do país.

A teoria da vez é a de que o mensalão é farsa, uma armação da direita com apoio da grande mídia. Nela, Collor é, de novo, aliado de primeira grandeza. A ele cabe bater forte na imprensa, tentar desacreditar o carteiro para não precisar discutir o conteúdo da carta.

Os dois ex-presidentes, que nas primeiras eleições diretas depois da ditadura militar mobilizaram o país por suas diferenças ideológicas, se unem na sordidez.

Collor renunciou antes de sofrer o impeachment e teve seus direitos políticos cassados por oito anos. Atira para todos os lados, tenta vingar-se. Aposta na hipótese pouco provável de passar para a história como vítima de injustiça.

Lula, de olho no perdão prévio, alimenta as esperanças do ex-inimigo.

Cada um modela suas versões de acordo com a conveniência.

A corrupção, a malversação com dinheiro público, os desvios, a evasão de dólares para o exterior, o mensalão. Isso tudo que se dane. São apenas fatos. Coisa de jornalista.

                                     
                            LULA ARTICULANDO IMPEACHEMENT DE COLLOR


Voltei

Com o passar do tempo é que se conhece as pessoas, assim é no nosso dia a dia, assim é neste meio político de imensa podridão, onde de acordo com suas conveniências se é amigo, aliado, ou inimigo, algoz. Pelo menos aprendemos como devemos agir com relação a estes indivíduos, que sirva de alerta a quem ainda acredita neste cara que se diz o Grande Líder do Brasil, Lula da Silva.


Até amanhã.

sábado, 28 de abril de 2012

SÉRGIO CABRAL GOVERNADOR DO RIO, FESTA EM PARIS- FAZ DE CONTA - PT E O MEDO - COTAS RACIAIS -


Bom dia vimos hoje que as ligações do Governador Sérgio Cabral, amigo do “peito” de Lula e do PT, com a Delta Construções vão muito alem do envolvimento de mera amizade até agora divulgado, com as fotos postadas pelo Sr. Garotinho, podemos entender a promiscuidade do poder com quem realiza obras de vulto em seu Estado onde muito dinheiro público é empregado, por dedução pode-se quase afirmar que parte deste montante volte para quem o liberou, e como o liberou também é importante se saber, e somente o conseguiremos se a CPI instalada no Congresso investigue detalhadamente os tentáculos da Delta onde ela estiver, seja em Goiás, seja no Rio de Janeiro ou no sertão nordestino, mas o governo tenta evitar a investigação pois muita sujeira e podridão envolvendo petistas e amigos, como lerão no artigo que transcrevo das ligações do governador do Rio Sérgio Cabral, virá à luz e o povo brasileiro constatará que o PT é outro partido que de ético não tem nada. Leiam;
FAZ DE CONTA – Transcrevo para vocês o artigo do jornalista Merval Pereira cujo título já diz o que se espera desta CPÌ, o Senhor Merval nos diz aquilo que temos comprovado pela mídia, o PT não quer investigar nada que possa enxovalhar o partido e o Governo Federal, seus aliados como o Sr. Sérgio Cabral entre outros, quer somente mostrar os mal feitos dos opositores, daqueles que se opõem a sua forma de gestão e suas tendências de calar a imprensa que tem mostrado tudo que há no porão infecto do partido desde que seu Grande Líder Lula da silva tomou posse. Leiam;
MEDO DO PT – Marco Maia o arrogante presidente da Câmara, petista raivoso, tem dito aos gritos para todos ouvirem que o partido é que está mandando na forma de ação da CPI, o Presidente e o Relator são meros “paus-mandado” e farão o que o PT e o Governo querem, usa inclusive o argumento que quem foi o mais votado tem a procuração do povo brasileiro para fazer e desfazer do modo que lhe convier, é um cretino, se hoje houvesse um novo pleito, tenho certeza que tudo seria diferente, o povo que foi enrolado já está percebendo que o Brasil Maravilha existe somente na publicidade e na fala do PT e de seus líderes, já sabem que o que estão roubando é muito superior ao que estão investindo para o bem popular, já perceberam que há pioras na saúde, na educação, na segurança etc.. Leiam;
COTAS – Por discordar desde sua implantação, fiquei realmente surpreso com a decisão do STF quanto ao assunto, não houve por parte dos Ministros uma análise a luz da Constituição, houve sim uma análise material do fato em si, a aprovação das cotas vem se mostrar um acinte ao que diz o artigo 5º  da Constituição Brasileira que diz: “Todos somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,”,  portando na nossa Carta Maior está escrito, mas a decisão está diferenciando a cor de indivíduos para lhes dar alguma vantagem e assim estão sendo racistas, o que também fere o inciso XLII que diz: “A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível, sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei” – Lei 7716 de 05.11.l989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou de cor. Abaixo transcrevo editorial do jornal Estadão que fala do assunto. Leiam;

I-

Sérgio Cabral e Cavendish fazem uma releitura de Hemingway: “Paris é uma festa!!!”


Vejam esssas fotos. Este que aparece no centro  — “Chão, chão, chão…”— é Sérgio Cabral, governador do Rio. À esquerda, de gravata bordô,  Fernando Cavendish, o dono da construtora Delta. O que essas imagens fazem aí? Vamos lá.

Os petistas estão hoje empenhados em tirar a Delta da CPI. O objetivo é fazer de conta que a construtora não existe e que jamais manteve relações especiais com Carlinhos Cachoeira. Luiz Inácio Lula da Silva (ainda voltarei a este assunto), por exemplo, não quer saber de nada disso. Segundo diz por aí, quer mesmo é investigar a imprensa. Voltemos.

Fotos publicadas no blog do ex-governador Anthony Garotinho mostram toda a cúpula do governo do Rio — inclusive e muito especialmente o governador Sérgio Cabral — numa festança em Paris com Cavendish. Sim, leitor! Garotinho passou da condição de aliado de Cabral (na primeira eleição) a inimigo figadal. Mas isso, obviamente, não cria fotos, fatos ou lhes mudam o sentido. Entre os convivas, vocês verão, está o homem que o governador encarregou de passar um pente fino nos contratos com a… Delta! Leiam texto da VEJA Online. Volto em seguida com mais fotos e um comentário final.

*
A amizade entre o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, não é segredo. Mas as suspeitas de favorecimento à construtora em contratos Brasil afora — e a gorda participação da empresa em projetos com dinheiro público no Rio — criam para Cabral um problemão diante da opinião pública. Inimigo político do governador, o deputado e ex-governador Anthony Garotinho publicou, há pouco, em seu blog, uma sequência de fotos do que seria uma comemoração em Paris, em que aparecem, além de Cabral e Cavendish, o alto escalão do governo estadual.

O encontro teria ocorrido em julho de 2009. No momento das fotos, comemorava-se o aniversário da primeira-dama, Adriana Anselmo. De lenço na cabeça, aparentemente no meio de uma coreografia, aparecem os secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, de Governo, Wilson Carlos e outros animados convivas - todos de terno. A comemoração, informa o blog de Garotinho, se deu no luxuoso hotel Ritz.


Garotinho promete mais munição contra Cabral - pelo menos no que diz respeito a constrangimento público. Pouco depois do primeiro lote de imagens, o ex-governador publicou foto em que aparecem o secretário de Transportes, Júlio Lopes, abraçado a Cavendish e ao secretário-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner - encarregado de investigar se há irregularidades nos contratos com a Delta. Na mesma viagem, parte do grupo assistiu ao show da banda U2 em Paris.

Sérgio Côrtes, secretário da Saúde, e Carlos Wilson, secretário de governo, fazem papel ridículo em Paris ao lado de Cavendish, aquele já com a fralda (a da camisa) fora da calça


Garotinho diz que os convivas estão dançando “Na Boquinha da Garrafa” em pleno restaurante Ritz. A informação lhe teria sido passada por quem forneceu as fotos. Pode estar carregando nas tintas para submeter o adversário político ao ridículo. Mas uma coisa é certa: de várias maneiras, ninguém ali está fazendo um papel muito bonito, não é mesmo? O que faz toda a cúpula do governo do Rio em Paris em companhia do dono da Delta? Não se pode dizer que esteja cuidando de assuntos de estado. Sérgio Côrtes, por exemplo, secretário da Saúde, não está combatendo a dengue, não está contribuindo para melhorar o péssimo serviço dispensado à população do Rio, nada disso… Só está se comportando de modo infantil, ridículo e deslumbrado.
Quem pagou a festança? Foi Cavendish que arcou com os custos da farra, o que seria lamentável — porque não existe jantar de graça, não é?, muito menos no Ritz — ou foi mesmo o dinheiro público?

Dá pra entender os esforços feitos pelos petistas para não investigar a Delta. E a foto final:

Júlio Lopes, secretário de Transportes do Rio, Fernando Cavendish e Regis Fichtner na Avenida Champs-Elysées, em Paris. Fichtner faz um pente fino nas obras que a Delta realiza no estado...
Por Reinaldo Azevedo

 II-

Merval Pereira 28.4.2012 11h25m
 
Estamos começando a viver um clima de faz-de-conta mesmo antes da CPI do Cachoeira começar seus trabalhos de fato. O PT formalmente declara-se disposto a limitar as investigações sobre a empreiteira Delta ao que acontecia na sua direção do Centro-Oeste, cujo diretor já está preso. Como se os métodos adotado naquela região do país pela empreiteira nada tivessem a ver com a sua cultura nas demais regiões do país.

Ora, a empreiteira tem (ou tinha) obras em praticamente todas as unidades da federação, sobretudo devido ao programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e nada indica que seus métodos de ganhar licitações fossem diferentes em Goiás e no Rio de Janeiro, por exemplo.
A relação próxima, quase promíscua, do empresário Fernando Cavendish com o governador Sérgio Cabral e seus secretários, se não estivesse já demonstrada no episódio do trágico acidente de helicóptero ocorrido em Porto Seguro, fica explicitada pelas fotos que o deputado e ex-governador Garotinho postou em seu blog ontem.

A comemoração do governador e vários de seus secretários em Paris com o empreiteiro revela um tipo de comportamento incompatível com o decoro de servidores públicos, além de uma intimidade suspeita com o empreiteiro responsável por grandes obras no estado.

Nenhum daqueles funcionários públicos provavelmente terá condições de provar que pagou a farra com dinheiro próprio, mesmo que alguns deles, como o secretário de Transportes Julio Lopes, pudessem ter condições de fazê-lo.

E o secretário de governo Regis Fichtner, que é o encarregado de uma auditoria dos contratos da Delta com o estado, nessa fase em que se pretende fazer desaparecer os traços de ligação entre a empreiteira e o governo do Rio, aparece abraçado a Cavendish em uma das fotos, o que o descredencia para a tarefa.

Não é possível fazer de conta que a relação profissional da Delta com políticos de vários partidos e em vários estados não merece ser investigada quando há claros indícios de que os métodos utilizados no Centro-Oeste não eram específicos apenas daquela região do país onde atuava originariamente o bicheiro Cachoeira.

Também o senador petista Humberto Costa quer fazer de conta que não existem as gravações que implicam o senador Demóstenes Torres em diversos crimes e desvios de conduta.

Como relator da Comissão de Ética do Senado, que vai julgar o senador amigo do bicheiro, ele diz que não vai usar as gravações por temer que elas sejam desqualificadas pelo Supremo Tribunal Federal, o que anularia uma eventual decisão da Comissão baseada nelas.

Ora, se não vai se basear nas gravações, presume-se que Humberto Costa vai inocentar o senador Demóstenes Torres, ou então vai condená-lo por ter recebido do bicheiro um fogão e uma geladeira importadas como presente de casamento, o que ele já admitiu da tribuna do Senado.

Enquanto seus desvios éticos se resumiam a isso, o senador de Goiás se sentiu em condições de subir à tribuna para se defender, e recebeu o apoio de nada menos que 44 senadores de todos os partidos, dispostos a lhe perdoar esse pequeno desvio de conduta.

A situação de conluio com o bicheiro só ficou clara depois que as gravações da Polícia Federal vazadas para a imprensa mostraram o grau de intimidade entre os dois, e a atuação do senador em órgãos do governo e no próprio Senado a favor dos interesses de Carlinhos Cachoeira.

A atuação de sua defesa, na tentativa de impugnar as provas obtidas através das gravações, é perfeitamente compreensível, mas não se compreende que seus pares se antecipem a uma decisão da Justiça que está longe de ser consensual e retirem dos autos da Comissão de Ética as provas contra Demóstenes.

Aliás, foi mais uma vez devido ao vazamento de gravações e de dados do processo que a opinião pública ficou sabendo da verdadeira dimensão de mais esse escândalo.

Parece, portanto, mais um faz-de-conta o empenho do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para que o processo que ontem colocou à disposição de várias comissões do Congresso não vaze.
O ministro chegou a citar os artigos que punem com a prisão a quebra do sigilo de Justiça. Embora seja esse o papel que lhe cabe, não é possível esquecer que o relatório está com ele há meses e há meses vem sendo vazado diariamente de diversas maneiras, sem que se possa saber as origens dessas informações.

As penas a que se refere Lewandowsky em seu ofício ao Congresso se referem àqueles que quebram o sigilo, e já há jurisprudência no sentido de que os meios de comunicação que reproduzem essas informações não são alcançáveis pelas punições, mas sim os servidores públicos que são os responsáveis pela preservação do sigilo do processo.

Nesse caso como em vários outros que provocaram a demissão de diversos ministros do governo Dilma, foram as revelações da imprensa que escancararam os desvios que estavam acontecendo em diversos ministérios, e sem essas revelações não teria sido possível apanhar os servidores públicos que se desviaram de suas funções.

Mesmo que nenhum deles tenha sido preso ou que os processos sobre seus “malfeitos” acabem dando em nada, pelo menos a opinião pública ficou sabendo o que se passava nas entranhas do governo.

Agora mesmo temos o exemplo do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, que ficou com a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público em sua gaveta inexplicavelmente sem denunciar o senador Demóstenes Torres ao Supremo, o que só viria a acontecer quando o escândalo estourou e as gravações foram vazadas pela imprensa.

A intenção de quem vaza essas informações, e os seus efeitos colaterais que podem favorecer o interesse de partes em conflito no submundo, não têm importância diante dos benefícios à sociedade que as revelações trazem. Assim como o ex-governador Garotinho tem interesse político em denunciar seu hoje inimigo Sérgio Cabral, também o bicheiro Cachoeira tinha muitos interesses em jogo quando fazia suas gravações clandestinas.

Mas a revelação por parte da imprensa ajuda a colocar luz no ambiente público.


 III-

Marco Maia quer concentração de poder nas mãos do relator

Isabel Braga-O Globo
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BRASÍLIA - Tucanos que integram a CPI do Cachoeira criticam a decisão do PT de insistir em defender que não sejam criadas subrelatorias para auxiliar o relator, Odair Cunha (PT-MG), na investigação. O deputado Carlos Sampaio (PSDB- SP) afirmou que o fato de um partido deliberar sobre essa questão, mostra o receio brutal das consequências da apuração. O presidente da Câmara, Marco Maia (PT-RS), defendeu a concentração do poder nas mãos do relator. A decisão final, se haverá ou não subrelatorias, será decidida em voto na comissão onde a oposição é minoria.

- Nunca vi um partido deliberar sobre ter ou não subrelatorias em CPIs. Mostra um receio brutal de que a investigação possa atingi-lo. Tivemos subrelatorias na CPI dos Correios, na dos Sanguessugas, elas ajudam o relator na apuração. No caso da CPI do Cachoeira teríamos que ter pelo menos quatro: uma para o Poder Público (União e estados), uma para os jogos ilícitos, uma para apurar o envolvimento de agentes públicos, incluindo aqui parlamentares, juízes, promotores e uma quarta para a relação com empresas privadas e empresários - disse Sampaio, acrescentando: - Não tem como um relator sozinho cuidar de tudo. Uma CPI tem que criar mecanismos de investigação, dar condição para que tudo seja investigado.

Marco Maia reagiu às críticas da oposição. Segundo ele, sem subrelatorias o relatório fica mais conciso e o relator fica conectado com todos os temas.

- A subrelatoria cria muita confusão e acaba fazendo com que a CPI perca o foco e a investigação central que é o que nós precisamos dar a essa CPI. Ela não pode ser apenas para debate e discussão política. Ela precisa investigar, ter foco para que produza resultados lá na frente mais adequado à demanda que a sociedade tem nesse tema - disse Maia.

Confrontado sobre o fato de que, sem a subrelatorias, todo o controle da CPI ficaria nas mãos de um parlamentar governista e a oposição não poderia ter uma participação mais efetiva nas investigações, o presidente da Câmara defendeu Odair Cunha e acrescentou que a oposição, para participar mais, tem que ter mais votos nas eleições.

- O deputado Odair é relator da CPI. Não está representando nenhum partido e nem o governo. Ele está sendo relator da CPI e representando a maior bancada que é o que diz a tradição da Câmara e do Senado. Não há deslegitimidade nisso. Ele é a pessoa mais adequada para produzir o relatório. Para ( a oposição) participar mais, precisa ter mais votos nas eleições. Essa é uma regra básica. A composição das comissões se dá a partir da representação dos políticos. A CPI precisa de foco, está centrada, ter comando para permitir que se possa investigar o necessário.
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 IV-

 

Um editorial contra a decisão do STF, que oficializou a discriminação racial no Brasil



Excelente o editorial do Estadão de hoje, criticando a absurda decisão do Supremo sobre as cotas raciais.
A discriminação racial no Brasil é constitucional, segundo decidiram por unanimidade os ministros do Supremo Tribunal (STF), num julgamento sobre a adoção de cotas para negros e pardos nas universidades públicas. Com base numa notável mistura de argumentos verdadeiros e falsos, eles aprovaram a reserva de vagas para estudantes selecionados com base na cor da pele ou, mais precisamente, na cor ou origem étnica declarada pelo interessado. Mesmo enfeitada com rótulos politicamente corretos e apresentada como “correção de desigualdades sociais”, essa decisão é obviamente discriminatória e converte a raça em critério de ação governamental. Para os juízes, a desigualdade mais importante é a racial, não a econômica, embora eles mal distingam uma da outra.

O ministro Cezar Peluso mencionou as diferenças de oportunidades oferecidas a diferentes grupos de estudantes. Com isso, chamou a atenção para um dos maiores obstáculos à concretização dos ideais de justiça. Todos os juízes, de alguma forma, tocaram nesse ponto ou dele se aproximaram. Estabeleceram, portanto, uma premissa relevante para o debate sobre a formação de uma sociedade justa e compatível com os valores da democracia liberal, mas perderam-se ao formular as conclusões.

O ministro Joaquim Barbosa referiu-se à política de cotas como forma de combater “a discriminação de fato”, “absolutamente enraizada”, segundo ele, na sociedade. Mas como se manifesta a discriminação? Candidatos são reprovados no vestibular por causa da cor? E os barrados em etapas escolares anteriores? Também foram vítimas de racismo?

A ministra Rosa Weber foi além. “A disparidade racial”, disse ela, “é flagrante na sociedade brasileira.” “A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela”, acrescentou. A intrigante referência à cor amarela poderia valer uma discussão, mas o ponto essencial é outro. Só essas cores identificam a pobreza no Brasil? Não há pobres de coloração diferente? Ou a ministra tem dificuldades com a correspondência de conjuntos ou ela considera desimportante a pobreza não-negra, não-mestiça e não-amarela.

Mas seus problemas lógicos são mais amplos. Depois de estabelecer uma correspondência entre cor e pobreza, ela mesma desqualificou a diferença econômica como fator relevante. “Se os negros não chegam à universidade, por óbvio não compartilham com igualdade das mesmas chances dos brancos.” E concluiu: “Não parece razoável reduzir a desigualdade social brasileira ao critério econômico”. A afirmação seria mais digna de consideração se fosse acompanhada de algum argumento. Mas não é. O fator não econômico e estritamente racial nunca foi esclarecido na exposição da ministra nem nos votos de seus colegas.

Nenhum deles mostrou com suficiente clareza como se manifesta a discriminação no acesso à universidade ou, mais geralmente, no acesso à educação. O ministro Celso de Mello citou sua experiência numa escola pública americana sujeita à segregação. Lembrou também a separação racial nos ônibus escolares nos Estados Unidos. Seria um argumento esclarecedor se esse tipo de segregação - especificamente racial - fosse no Brasil tão normal e decisivo quanto o foi nos Estados Unidos.

Talvez haja bons argumentos a favor da discriminação politicamente correta defendida pelos juízes do STF, mas nenhum desses foi apresentado. Brancos pobres também têm dificuldade de acesso à universidade, mas seu problema foi menosprezado.

Se um negro ou pardo com nota insuficiente é considerado capaz de cursar com proveito uma escola superior, a mesma hipótese deveria valer para qualquer outro estudante. Mas não vale. Talvez esse branco pobre também deva pagar pelos “danos pretéritos perpetrados por nossos antepassados”. Justíssimo?

Como suas excelências poderão ser envolvidas em outras questões de política educacional, talvez devam dar uma espiada nos censos. Os funis mais importantes e socialmente mais danosos não estão na universidade, mas nos níveis fundamental e médio. Países emergentes bem-sucedidos na redução de desigualdades deram atenção prioritária a esse problema. O resto é demagogia.



Voltei

Esperamos que no desenrolar da CPÌ possa seus integrantes agirem de maneira ética e séria como deve ser numa investigação feita por homens decentes que lá estão por terem sido eleitos pelo povo brasileiro, e, usem isto para nos defender do roubo e da corrupção que existe neste governo.



Bom fim de semana até segunda.