sexta-feira, 21 de junho de 2013

O POVO NAS RUAS, POR ESTA O PT NÃO ESPERAVA- ONDE ANDARÁ LULA ? - DILMA CORREU, E FOI CONSULTAR "O PRESIDENTE" DE FATO- CONTRA A PEC-37- -

Boa tarde, o que estamos assistindo em todo o país nas manifestações, claro condenando os vândalos que se misturaram ao povo, é o que o governo federal e nossos políticos em sua grande maioria não esperavam e ainda hoje se fazem de bobos, dizendo não entenderem como o fez o Gilberto Carvalho assessor da Presidência acusado de ser o “maleiro” da grana do Prefeito César Daniel que o levou a morte num caso até hoje não esclarecido, vem dizer que a culpa não é do governo e sim da IMPRENSA,  como sempre não aceitando o fracasso do governo petista.

 Depois de tudo que patrocinou o governo com os “mensalões”, impunidades dos condenados, desvios de dinheiro público em obras superfaturadas, a mentira desde o inicio projetada de que com a Copa não seriam gastos dinheiro público e o que se constata é o contrário, conchavos feitos abertamente com partidos e com políticos para votações de acordo com a vontade do governo patrocinando um mensalão disfarçado, colocando nossas maiores empresas estatais a serviço do governo e não do país, inflando todas com os aliados e partícipes do partido do governo, administrando a economia através de paliativos não dando atenção aos sinais apresentados de má gestão, enfim uma série de erros repetidos infinitamente como se o Brasil da publicidade fosse o Brasil real e não o vivido pelo povo que quando vai em busca de hospitais, de boas escolas públicas e se depara com o caos constatando assim que as matérias inseridas nos jornais e na televisão não condizem com a realidade estavam esperando o que? Como já disse alguém um dia, não se engana todos por muito tempo, e hoje nos acontecimentos nacionais estão procurando ainda entender o que se passa, ora Sra. Dilma a senhora ainda não sabe?

Já aqui neste espaço muitas vezes escrevi que a “gerente” tão louvada não o era e nunca o foi, quando tentou administrar uma lojinha de 1,99 em Porto Alegre levou-a a falência em pouco tempo, como uma administradora deste porte poderia administrar um país como o Brasil, infelizmente o povo caiu no logro do marqueteiro João Santana e do Estelionatário Mor deste país Lula o Sujo que é o verdadeiro Presidente sem morar no Palácio do Alvorada. Esperto como ele só, não apareceu para negociar com o povo revoltado que pede mudanças, não é ele o grande negociador que sempre esteve presente pedindo mudanças, pelo contrário, deixou no colo da Presidente de Mentirinha o problema a ser resolvido, espero que todos estes que se dizem seus fãs tenham percebido o grande cara-de-pau que é e sempre o foi e por ter navegado nas águas calmas e serenas deixadas pelo antecessor se intitulou de salvador da pátria, como sempre apoiado pelo marqueteiro, que, diga-se de passagem o melhor na sua função, este é o PT e seus líderes ávidos sempre querendo não o bem do povo, mas a sua permanência no poder de forma permanente mesmo se fosse preciso conchavos descarados e abertos com nosso poder legislativo, hoje se tornando mero quintal do governo nas suas investidas de tornar o Brasil mais uma ditadura de esquerda como os países latinos vizinhos e estão hoje manietados por governantes ditatoriais que lá chegaram com o mesmo discurso praticado pelo PT e seus aliados.

Espero que o povo que foi as ruas neste imenso Brasil, não deixe a poeira baixar e continue a exigir mudanças radicais na forma de governar até que possamos os tirar de lá pelo voto que é o caminho correto para fazê-lo, nosso dever é continuar a fiscalizar e exigir mudanças sempre de forma pacífica para que não sejamos confundidos com rebeldes sem causa e sem razão, sabemos agora que poderemos contar com o apoio popular que eles diziam ser seu e não é verdade, o povo quer o melhor para si e não para uma cambada que se locupetra do dinheiro público em proveito pessoal e de seus “amiguinhos” colocados em postos chaves da administração pública. Vamos ficar atentos, não perder de vista esta força que é nossa e não de um partido que já sabemos não é o que sempre disse ser, o tal partido da ética é o mais corrupto que já tivemos neste país.

Juarez Capaverde




Gilberto Carvalho escolhe um culpado pelos protestos no país: a imprensa

Ministro critica "moralismo" e "antipolítica" e vê responsabilidade dos meios de comunicação em excessos nas manifestações dos últimos dias

Gabriel Castro, de Brasília

Rio de Janeiro - Um grupo de manifestantes provocou um incêndio durantes os protestos, na capital carioca - Lluis Gene/AFP

Incapaz de estabelecer uma interlocução entre o governo federal e os movimentos sociais, muito menos de compreender os protestos que tomam as ruas do país, o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência) já achou um culpado para os atos de vandalismo ocorridos durante as manifestações: a imprensa.
Na visão do ministro, o "moralismo" e o tom "despolitizado" dos meios de comunicação têm efeitos nocivos sobre os jovens que se reúnem para pedir o fim da corrupção e que rejeitam a presença de bandeiras partidárias nos protestos.

"A imprensa teve um papel no moralismo, no sentido despolitizado, um tipo de antipolítica, que leva a isso que está acontecendo. Aqueles que o tempo todo verbalizaram esse tipo de posição também têm responsabilidade por esse aspecto destrutivo que está aí, e não adianta vir, agora, celebrar essa manifestação e não se dar conta de que também eles são responsáveis por isso que está acontecendo", declarou o ministro.

A afirmação foi feita em um encontro com organizadores da Jornada Mundial da Juventude (JMJ), nesta sexta-feira, no Palácio do Planalto. A imprensa não teve acesso ao evento, mas o vídeo com a fala de Carvalho foi divulgado pela própria  assessoria do ministro.
O auxiliar de Dilma atacou o caráter apartidário dos manifestantes, e disse que a rejeição a essas instituições é um tipo de ditadura: "Não há democracia sem partido. Não há democracia sem uma forma de instituição. O sem partido, no fundo, é ditadura. Nós temos que ficar muito atentos a isso".

Carvalho também reconheceu que o governo teme o impacto dos protestos sobre a Jornada Mundial da Juventude, que terá início daqui a um mês, no Rio de Janeiro, e deve reunir milhões de católicos. O papa Francisco vai comparecer ao evento.


"Temos uma série de complicações e preocupações. O que está acontecendo pode ter reflexo na jornada. Farei de tudo para que a jornada dê certo. Dilma está preocupada com isso", afirmou o ministro.

A presidente Dilma Rousseff, que comandou uma reunião com ministros para avaliar o cenário nesta sexta-feira, ainda não se pronunciou sobre os protestos desta quinta-feira. Em Brasília, os manifestantes depredaram parte do Palácio do Itamaraty, destruíram pontos de ônibus e radares eletrônicos e puseram fogo em bandeiras hasteadas em frente ao Congresso Nacional.








O campeão da gabolice que se fantasiou de pacificador do Oriente Médio não tem coragem para mediar conflitos no Brasil


  Lula se considera um extraordinário negociador desde quando o presidente do sindicato dos metalúrgicos de São Bernardo fechava acertos com patrões. Depois de inaugurar a base alugada no Congresso, concluiu que o Brasil era pequeno demais para um gênio da raça. Era hora de mostrar ao mundo que não merecia menos que a secretaria-geral da ONU ou o prêmio Nobel da Paz (ou as duas coisas) um estadista capaz até de juntar na mesma mesa tribos de antropófagos rivais que já se devoravam no tempo das cavernas.

Desempenhando simultaneamente os papéis de presidente do Brasil e conselheiro do mundo, nosso Lincoln de galinheiro não perdeu nenhuma chance de intrometer-se em assuntos que ignora, dar palpites onde não fora chamado e envergonhar o país que pensa com a declamação de ideias de jerico. Ao baixar no Oriente Médio, por exemplo, tratou a mais complexa das crises como se estivesse apitando um jogo entre o Bom Retiro e a  25 de Março.

“Os turcos e judeus que vivem em São Paulo sempre se entenderam muito bem”, ensinou com a expressão superior de quem estava pronto para liquidar com meia dúzia de conversas o conflito entre árabes e israelenses. Como nunca soube direito no que se meteu, Lula jamais saberá avaliar a extensão da gabolice e o tamanho do ridículo. Fora do Planalto há dois anos e meio, continua caprichando na pose de gênio da raça. Mas a confiança sem limites no taco mágico sumiu, informa a distância que o tem separado das manifestações de rua em São Paulo.

Nesta terça-feira, por exemplo, o  padrinho de Fernando Haddad soube que um grupo de vândalos tentava invadir o prédio da prefeitura sitiado pela multidão. Em vez de correr para a área conflagrada e negociar a paz, Lula mandou dizer que confiava no poder de persuasão do companheiro prefeito. Tradução: Haddad que se virasse. A sorte do prefeito foi ter deixado o gabinete meia hora antes da chegada dos manifestantes. Lula só é solidário com Lula.

Augusto Nunes/Veja.com


MILHARES DE BRASILEIROS PROTESTANDO, E EU PERGUNTO: CADÊ LULA? ONDE ESTÁ O “GRANDE LÍDER”? O QUE É QUE ELE ACHA DE TUDO ISSO?



O ex-presidento Lula, como se sabe, fala pelos cotovelos sobre tudo, em todos os lugares em que consegue juntar uma audiência. Agora, com milhares de brasileiros protestando nas ruas, está quietinho. Onde está Lula? O que tem a dizer, além das platitudes que postou em seu Facebook? 

Líder que é líder — é líder.

Líder está e aparece nas horas gloriosas mas é muito mais importante que apareça nos momentos de transe, difíceis, críticos, decisivos.

Líder precisa ter coragem.

Líder precisa por a cara para bater.

Tem que indicar caminhos, orientar, fazer-se seguir — ou divergir, criticar, trombar de frente com o que não concorda.

Líder não se esconde da multidão, aparece.

Líder não se encolhe, mas se expõe.

Aí, diante das multidões que se manifestam Brasil afora — hoje, entre outras cidades, em São Paulo, Florianópolis, São Gonçalo (RJ), Juazeiro (BA), São José do Rio Preto (SP) –, pergunto: CADÊ LULA?

Onde está o Lula falastrão, discurseiro, palanqueiro, que mete a colher em todos os assuntos, sempre que consegue juntar uma audiência diante de si?

Onde está o Grande Negociador para “sentar” — um de seus verbos preferidos — com líderes do movimento, sejam eles quem forem?

O que é que ele, afinal, tem a dizer sobre o que ocorre nas ruas “deztepaiz”?

Tudo o que se soube do Grande Líder, do Salvador da Pátria, do Criador do Brasil, do Nunca Antes Neste País foram declarações rasteiras, chinfrins, óbvias — e distantes anos-luz do que ocorre nas ruas — e postadas no Facebook. Vejam vocês mesmos:

O que Lula tem a dizer sobre as reivindicações, que recaem inclusive sobre o que deixou de ser feito em seu governo?

O que Lula tem a dizer sobre a baderna no centro de São Paulo, como a tentativa de invadir a sede da Prefeitura (cujo titular, Fernando Haddad, é do PT), a depredação de uma agência bancária, os saques e roubos de lojas, os focos de incêndio provocados?

O que Lula propõe ao que se supõe sejam seus milhões de seguidores?

Sabem por que, acho eu, aqui do meu canto, Lula não aparece, não fala, não se expõe?

Porque nem ele, o santo-dos-santos do populismo, o campeão dos campeões de popularidade, vai acabar sendo VAIADO, vai ser arremessado na vala comum dos politicões tradicionais, da velharia que manda no país e da qual ninguém mais quer saber – uma vez que, como se sabe, ele se tornou há tempo parte importante dela, com seus métodos de fazer política (mensalão), com sua aliança com os sarney, collor, maluf, jader barbalho e renan calheiros da vida, com o liberou geral das Rosemarys da vida.

Não aparece, não fala e não se expõe para não ouvir o que já se grita, em diferentes pontos “deztepaiz”:

– Fora, Lula



O castigo veio a cavalo e surpreendeu a presidente arrogante e pernóstica



ANTONIO VIEIRA

Dias atrás, dona Dilma se propôs o desafio de censurar os críticos que verberam seu desgoverno. Sacou do fundo do baú a imagem do velho do Restelo, personagem dos Lusíadas que representa, no poema, o chamado, à razão e à cautela, próprio de quem tem responsabilidade sobre suas decisões, ponderando seus impactos para os potenciais atingidos. 

Não é este o caso de dona Dilma, evidentemente, pelo que se depreende de seu comportamento errático e leviano, quer no plano interno quer no plano internacional. Os alertas contra os riscos e custos da aventura portuguesa na conquista das Índias foram comparados, por ela, aos justos questionamentos que vêm se acumulando contra a maneira brasileira de fazer política na última década ─ vale dizer, o famigerado modelo lulopetista ─ que incorporou ao seu núcleo dirigente todos os patifes vivos da república.

Arrogante e pernóstica, a presidente quis associar a epopeia daqueles navegadores audazes com a medíocre obra de seu desgoverno, como se os seus críticos não passassem de uma paródia grosseira de ressentidos imitadores do velho do Restelo.

 O castigo, no entanto, veio a cavalo. Na primeira semana da Copa das Federações, a voz rouca das ruas fez dona Dilma engolir suas palavras. Frente às vaias e protestos populares, a madame revelou na inteireza sua real estatura, muito distante da aparência construída pelas falsidades e engôdos vendidos pela propaganda oficial. 

Retirados as sedas e os arminhos virtuais de super-executiva que lhe enfeitavam o corpanzil, restou a indumentária que, de fato, constitui sua personalidade: a de gerente que não conseguiu administrar uma lojinha de bugigangas de R$1,99 ─ levada à falência pouco tempo após a inauguração em Porto Alegre ─ mas que tem a pretensão de governar um país.

Pois bem. Não dispondo de capacidade própria nem de interlocutores que a ajudassem a enfrentar a crise posta no seu colo (sua equipe de palacianos se presta apenas à mera bajulação), restou-lhe fugir do seu palácio, às pressas e quase anônima, para dar um pulo a São Paulo e receber as devidas ordens do verdadeiro criador do quadro que se instituiu no país: o co-presidente Lula da Silva. O triste papel de dona Dilma, no entanto, merece ─ conceda-se, em vista do precedente ─ ser lido sob a ótica camoniana. 

No famoso episódio Inês de Castro consta o verso imortal ─ “o fraco rei faz fraca a forte gente” ─ antecipação profética em alguns séculos da presente situação nacional. Ao sair sorrateira de Brasília, para encontro com o co-presidente numa saleta escondida nos fundos do aeroporto de Congonhas, a presidente Dilma mostrou aos brasileiros que lhe faltam as condições de liderança para arrostar as adversidades.

A paralisia e incompetência do governo da república, de fato, são perfeitamente visíveis. Qual uma biruta de aeroporto, não sabe ela nem o que fazer nem para onde ir. Fecha-se em copas, a rainha das copas, reduzindo o ato de governar à distribuição de adjutórios (estatizando a esmola, como queria o Conde de Abranhos) e, até mesmo, presenteando com gordas gratificações aos amigos afortunados, tudo bancado pelos impostos dos que efetivamente trabalham e produzem: bolsa vovô, bolsa vovó, bolsa bebê, bolsa sofá, bolsa ditadura, bolsa ditadores, bolsa sobas africanos, bolsa terrorista e outras bolsas mais de nomes impublicáveis e inimagináveis.

O governo Dilma não governa, vive de declarações de intenções: vai construir isso e aquilo; vai providenciar tais e quais medidas; vai melhorar esse ou aquele serviço público etc. Sua forma de atuar é a de sempre prometer algo, numa antecipação imaginária do futuro, vivenciado no presente como se já estivesse concretizado: pura paranoia. O governo só pensa naquilo: as próximas eleições! Ministros e outros subalternos estão mais preocupados com conchavos visando 2014 do que em resolver os problemas sob suas responsabilidades.

No bojo da presente crise que assola as grandes cidades chega ao auge do ridículo, para não dizer da loucura, os ministros pretendentes se digladiando sobre quem vai ser candidato ao governo de São Paulo, de Minas Gerais, do Rio de Janeiro e demais estados, certamente pela absoluta falta do que fazer de mais útil em suas respectivas pastas. Nisso, ao menos, guardam coerência e fidelidade às posturas da presidente que, também, só age movida pelo mais reles espírito eleitoreiro.

A verdade pura e simples é que grande parte da população se encheu de, entre inúmeras causas, ver tantas obras inúteis e faraônicas (em vez daquelas necessárias à sociedade, que nunca se concretizam), fontes previsíveis de futuras contribuições de empreiteiros para o custeio de campanhas governamentais. Desmandos, preguiça, burrice e corrupção em todos os setores configuram o ambiente social e político que manifestantes estão a questionar com razões mais que suficientes, numa mescla de motivações e métodos nem sempre os mais desejáveis e democráticos. Parece uma rebelião tribal gerando um efeito de massa, um fenômeno da pós-modernidade.

Vistosas e caríssimas propagandas marteladas, maciça e diuturnamente, pelos meios de comunicação não conseguiram, contudo, abafar nem a verdade nem a realidade que assola o povo brasileiro. Dona Dilma vai insistir, até o fim, nas promessas demagógicas de casa, mobília, comida, roupa lavada, passada e engomada aos desvalidos; não tem como fugir do figurino. O Brasil, entretanto, está à espera de quem tenha a coragem de, à semelhança de Churchill, estabelecer uma relação de confiança com os cidadãos, mesmo que seja prometendo sangue, suor e lágrimas para sair do buraco em que o lulopetismo nos jogou.



Os liberais do miolo mole coloquem o burro na sombra: movimento que está nas ruas provocará uma reciclagem do PT pela esquerda, poderá tornar o resultado das urnas ainda mais inóspito para a democracia e a racionalidade e tentará deixar o país à mercê de grupelhos organizados. E a nota asquerosa do PT

 

Alguns dos ataques mais duros e irrefletidos que sofri nesses dias partem de pessoas que se dizem “libertárias”. Também elas não têm simpatia pelo petismo, dizem-se liberais em economia e, de tal sorte detestam o estado que, no limite, flertam com o fim das Forças Armadas e até da polícia. Execram-me por vários motivos, mas particularmente por conta do meu “conservadorismo”, especialmente no que concerne ao aborto (são favoráveis) e à legalização das drogas — favorabilíssimos. 

Alguns, tomados de uma cegueira verdadeiramente missionária, acham que eu não deveria nem mesmo ter o direito de escrever. Acreditam que a causa do libertarismo estaria melhor se eu fosse censurado. É um jeito de ver o mundo. Essas pessoas se encantaram, a exemplo de muitas outras que não gostam do PT, com esse movimento em favor da redução das tarifas de ônibus e também tomam a causa como metonímia, a parte pelo todo. Como é mesmo aquele cartaz? “Não é por 20 centavos, é por direitos”. Então tá.

Políticos de oposição forçam um pouco a mão para tentar ver nos protestos uma rejeição ao governo Dilma e a alguns de seus insucessos. O Financial Times também fez isso (ver post). Junto com a luta pela redução da passagem, passamos a ouvir protestos contra a corrupção e a gastança de dinheiro com a Copa do Mundo. Criou-se até uma falsa oposição — essencialmente desinformada (falarei mais a respeito em outro post), entre “hospitais” e “estádios”, entre “saúde e educação” e Copa. Garotas e garotos de classe média, parte deles insuflada por seus professores papo-cabeça de escolas caras, também foram às ruas por mais cidadania. Aquela gente saudável, de pele boa (vitaminas balanceadas na infância), neófita em protestos, acabou conduzindo muitos observadores a severos, severíssimos enganos. Já volto a este ponto. Preciso abrir aqui um parêntese longo.

Parêntese de cinco parágrafos

O Movimento Passe Livre se fortaleceu em São Paulo em 2011, embora seja mais antigo, com o apoio entusiasmado do PT. Foi o partido que ajudou a lhe dar visibilidade nas redes sociais. Petistas que agora estão lastimando a difícil situação em que acabou ficando o prefeito Fernando Haddad discursaram, então, em defesa do movimento e contra Gilberto Kassab por conta do reajuste da passagem naquele ano. Escrevi muitos textos então, procurem em arquivo, apontando que vários de seus militantes eram jovens que estudavam nas mais caras escolas privadas de São Paulo. Num post do dia 25 de janeiro de 2011, depois de essa gente promover uma bagunça danada na reabertura da Biblioteca Mário de Andrade, destaquei num texto o ideário do Passe Livre, que está na página do movimento. Muita gente se esqueceu dele, mas eu lembro:

“O MPL deve ter como perspectiva a mobilização dos jovens e trabalhadores pela expropriação do transporte coletivo, retirando-o da iniciativa privada, sem indenização, colocando-o sob o controle dos trabalhadores e da população. Assim, deve-se construir o MPL com reivindicações que ultrapassem os limites do capitalismo, vindo a se somar a movimentos revolucionários que contestam a ordem vigente.”

Assim, a suposição de que o Movimento Passe Livre pudesse ou possa ser, de algum modo, útil a causa da alternância de poder no país é uma bobagem. Sua visão de mundo, já escrevi aqui algumas vezes, é o do petismo primitivo. “E por que tantos jovens?” Porque o movimento é mais organizado do que parece. Trata-se de uma piada tosca essa história de que não passam de idealistas movidos pela espontaneidade e pelo espontaneísmo. O grupo tem “representantes” em várias escolas particulares do ensino médio de São Paulo — curiosamente (ou nem tanto), praticamente inexiste nas públicas. Na campanha de 2012, a turma do Passe Livre e outros movimentos de esquerda organizados nas redes sociais apoiaram, claro!, Fernando Haddad, que só conhecia, até estes últimos dias, a mobilização das redes a favor. Agora experimentou o que é estar do outro lado do linchamento virtual.

Essa causa, é bom notar, não “pegou” só agora. O Passe Livre já mobilizava algumas centenas naquele 2011. Inovou, desta feita, na ousadia. Não mais intervenções para submeter autoridades a constrangimentos. Nada disso! O negócio era paralisar a cidade, criar transtornos, provocar a polícia. Até aquela quinta-feira, dia 13 de junho, do grande confronto em São Paulo, a turma não vinha mobilizando mais do que 5 ou 6 mil pessoas. Os vândalos, à diferença do que se tem tentado firmar como verdade, já eram parte da equação. Ônibus eram pichados, chutados, a cidade era empurrada para o caos.

A repressão policial — e gente que sai por aí depredando tem mesmo de ser reprimida — acabou ferindo alguns jornalistas, o que mexeu com o espírito de corpo. Os coleguinhas aceitavam de bom grado ser hostilizados pelos manifestantes — porque isso já vinha acontecendo —, mas pela polícia? Isso não! Entendo que as duas coisas são inaceitáveis. Eventuais excessos (que precisam ser apurados e, se comprovados, punidos) foram tomados como exemplares da ação da Polícia Militar, que já é, em regra, odiada pelo jornalismo. Por quê? Fica para outro texto. Fez-se um escarcéu dos diabos. Os autoritários, que não reconhecem o direito de ir e vir, que se negam a negociar com o Poder Público, foram convertidos em arautos de um novo mundo. A partir de então, a peleja passou a ter dois lados: o poder público e sua polícia repressora e o movimento “pacífico”, eventualmente perturbado por uma minoria de radicais. A imprensa se encarregou também de inventar uma pauta mais ampla para o Passe Livre, emprestando-lhe até certa coloração antipetista, o que — E LAMENTO DIZER ISTO — é falso.

Foi a cobertura jornalística, especialmente a das TVs, que transformou o Passe Livre num movimento benigno, que só quer um mundo melhor. Em certa medida, houve uma tentativa de aparelhamento ideológico. A turma soube usar muito bem a adesão da imprensa, mas sem jamais abrir mão de hostilizá-la. Jornalistas desenvolveram uma espécie de síndrome de Estocolmo com os ditos movimentos sociais: quanto mais são achincalhados, mais se apaixonam e mais lhes prestam serviços. Houve gente que chegou a tomar petelecos dos bacanas, mas não abriu mão se fazer suas mesuras. É deprimente!

Com a imprensa a favor das manifestações — quem estudar o caso verá que houve convocação mesmo —, e a Polícia Militar demonizada e moralmente proibida de atuar (em São Paulo, houve o anúncio prévio de que a tropa de choque não iria para as ruas, decisão em si absurda, já que não se sabia de antemão o que poderia acontecer), o resultado não poderia ter sido outro: assistiu-se à nacionalização da mobilização. Mais: na sexta-feira, 14, o PT achou que se tinha aberto uma janela para transformar a manifestação marcada para segunda, dia 17, num ato anti-Alckmin e anti-PM e liberou a sua turma: deu ordem para engrossar o movimento. Ocorre que ele já tinha se nacionalizado, e o tiro saiu pela culatra. O Rio acabou reunindo bem mais gente do que São Paulo. Fecho o parêntese.

Volto ao ponto

Como escrevi ontem, o resultado das violentas manifestações lideradas pelo Passe Livre — É MENTIRA QUE SEJA UMA MAIORIA DE GENTE PACÍFICA INFILTRADA POR VÂNDALOS — premia um método de ação política: a truculência. As passagens de ônibus, podem escrever aí, estarão congeladas em todo o país até 2015 ao menos. Ou alguém se atreverá a corrigi-las em ano eleitoral (2014), correndo o risco de ter de enfrentar a Mayara Vivian, convertida em nova pensadora de políticas públicas e musa da imprensa que não ousa mais desafiar a “massa” das minorais barulhentas? É claro que esse dinheiro sai de algum lugar — e sairá dos investimentos. Sem contar o risco evidente de sucateamento do setor!

O método premiado, a depender de como caminhem as coisas, pode ser também consagrado. E autoridades eleitas, doravante, estarão simplesmente impedidas de articular políticas públicas sem a aprovação de movimentos que outorgam a si mesmos o papel de representantes do povo — ou é isso, ou param as cidades. E, como sabemos e como quer a imprensa, a polícia não poderá mover uma palha. A sociedade fica, assim, refém daqueles que se dizem dispostos “a mudar o mundo”, entendendo, claro, que o seu receituário é de tal sorte superior que pode ser imposto aos outros.

Sim, existe uma penca de motivos que explicam a adesão de milhares de brasileiros da classe média a uma causa que, de imediato, nem lhes diz respeito. Compreendo e respeito os motivos dessas pessoas. E ainda escreverei a respeito. Mas não posso e não vou endossar a truculência ou supostos mecanismos de democracia direta, potencialmente perigosos, tendentes, a depender dos desdobramentos, a comprometer seriamente o regime democrático. E agora chego ao ponto crucial deste artigo, anunciado lá no título.

Única força

O lulo-petismo é a única força de massa — ou, se quiserem, no jargão característico, “movimento de massa” — verdadeiramente organizada no país. Por “organização”, entenda-se uma vinculação orgânica com aparelhos sindicais, no campo e nas cidades, capazes de mobilizar recursos e pessoas para atuar em várias frentes. O método do Movimento Passe Livre, ora premiado com a decisão da redução das tarifas — e não restava às autoridades alternativa, a não ser a demonização diária nas TVs —, força uma reciclagem do petismo pela esquerda; convida o partido a uma espécie de volta às origens; introduz um suposto viés de frescor que vem das ruas (que, na verdade, é bolor), do qual o partido andava um tanto distante, agora que se tornou também uma gigantesca burocracia de ocupação do estado.

Aos petistas, não custa muita coisa mudar a chave, não!, da atual posição, vamos dizer assim, mais à direita (em relação a seus marcos anteriores), próxima da social-democracia, para outra mais próxima de seu passado. O Diretório Nacional do PT divulgou ontem uma nota oficial, assinada pelo presidente do partido, Rui Falcão, com aspectos verdadeiramente asquerosos. Transcrevo trechos em vermelho. Leiam atentamente. Analiso depois.


As manifestações realizadas em todo o País comprovam os avanços democráticos conquistados pela população. São manifestações legítimas e as reivindicações e os métodos para expressá-las integram o sistema democrático. É papel dos partidos, do Congresso e dos Governos em todos os níveis dialogar com estas aspirações.
(…)
O PT saúda, pois, as manifestações da juventude e de outros setores sociais que ocupam as ruas em defesa de um transporte público de qualidade e barato.

Estamos certos de que o movimento saberá lidar com atos isolados de vandalismo e violência, de modo que não sirvam de pretexto para tentativas de criminalização por parte da direita. Nesse sentido, repudiamos a violência policial que marcou a repressão aos movimentos em várias praças do País, sobretudo em São Paulo, onde cenas de truculência, inclusive contra jornalistas no exercício da profissão, chocaram o País.

A presença de filiados do PT, com nossas cores e bandeiras neste e em todos os movimentos sociais, tem sido um fator positivo não só para o fortalecimento, mas, inclusive, para impedir que a mídia conservadora e a direita possam influenciar, com suas pautas, as manifestações legítimas.

A insatisfação de parcelas da juventude em relação às instituições e aos partidos políticos revela a necessidade de uma ampla reforma do sistema político e eleitoral em defesa do que vêm se batendo o PT e outras organizações da sociedade. Do mesmo modo, as manifestações têm mobilizado sua inconformidade contra o tratamento dado pelo mídia conservadora aos movimentos, inclusive pelo fato de, num primeiro momento, ter criticado a passividade da polícia.

Diante das demandas por transporte de melhor qualidade e barato, o Diretório Nacional do PT recomenda aos nossos governos que encontrem uma resposta necessária, que, no curto prazo, reduza as tarifas de transporte e, num médio prazo, em conjunto com os governos estadual e federal e com ampla participação popular, discuta soluções para um novo financiamento público da mobilidade urbana.

A direção do PT conclama a militância a continuar presente e atuante nas manifestações lado a lado com outros partidos e movimentos do campo democrático e popular.

Voltei

Uma leitura ingênua poderia indicar que o partido só está tentando pegar carona no sucesso do Passe Livre. Lamento! Pode ser isso, mas certamente é muito mais do que isso. Vejam ali as referências a vandalismo como atos isolados e, claro, não poderia faltar, as críticas à “mídia conservadora” e ao governo de São Paulo — e todos sabemos qual foi o papel da tal “mídia” nessa história. Percebam o petismo endossando as críticas aos partidos e às instituições, aproveitando, mais uma vez, para defender a reforma do sistema político e eleitoral — e nós já sabemos o que quer a legenda: regras para se eternizar no poder. O partido foi colhido de surpresa pelo tamanho das manifestações? Foi, sim. Isso é um sinal de que envelheceu? É. Mas nada que não possa ser corrigido para muito pior…

Entendam, minhas caras, meus caros: eu sei que gente que não tolera mais a corrupção, a impunidade, a bandalheira e a incompetência engrossou as passeatas do Movimento Passe Livre. E o fez por bons motivos. Há entre os manifestantes até mesmo aqueles que foram protestar em frente ao prédio de Lula. Nada disso, no entanto, muda o caráter do que se viu nas ruas ou anula o fato de que o método premiado é danoso para o regime democrático. O que queremos? Uma democracia tutelada por supostos “conselhos populares”? O Movimento Passe Livre já disse qual é a sua agenda. E ela não é boa.

O país que acaba de amanhecer não está mais democrático do que aquele que amanheceu ontem, mas menos. Não está mais racional, mas menos. Não está mais justo, mas menos. Ainda que muitas pessoas de boa-fé possam ter aproveitado para expressar a sua indignação com tudo o que há de errado no país — da inflação à impunidade —, é preciso ver que método, que pauta e que visão de mundo foram premiados ontem. E eu lhes asseguro: nenhum deles presta para uma sociedade democrática e de direito.

De resto, os petistas têm, sim, como trocar material genético com essa gente porque as proteínas se combinam. Aguardem para ver.

Por Reinaldo Azevedo



‘Não deixem o MP acabar!’, por Carlos Aguiar

 

PUBLICADO NO GLOBO DESTA TERÇA-FEIRA

CARLOS AGUIAR

A Constituição da República promulgada em 1988 conferiu ao Ministério Público atribuições que realçaram sua condição de importante ferramenta na defesa dos interesses da sociedade, o que permitiu, por exemplo, o aperfeiçoamento na defesa dos direitos das minorias, crianças, idosos, homossexuais, mulheres e negros, além do combate à criminalidade, fiscalização do uso de verbas públicas, dentre outros direitos coletivos.

Muitas vezes o exercício dessas funções acaba por contrariar interesses, sobretudo políticos, até porque, algumas vezes, o Ministério Público é o único instrumento de reação da sociedade para inibir abusos cometidos por quem possui poder político e econômico.

Não por acaso tem sido recorrente a tramitação de projetos de lei que invariavelmente procuram diminuir ou mesmo lhe retirar atribuições, numa clara tentativa de afastar os obstáculos eventualmente existentes para os desmandos e malversações da coisa pública.

A versão mais visível dessa estratégia está hoje concentrada no Projeto de Emenda Constitucional 37 ou PEC 37, de acordo com o qual as investigações criminais caberão exclusivamente às policias Civil e Federal.

A iniciativa, que ganhou fôlego principalmente após o processo do mensalão, muito embora atinja outras instituições públicas, como Banco Central, Receita Federal, Ordem dos Advogados do Brasil, além do próprio particular, todos alijados do direito de investigar infrações penais, visa a alcançar diretamente o Ministério Público de forma a enfraquecê-lo sem o excluir do contexto jurídico.

Assim, muito embora mantido o status constitucional de guardião da sociedade, retiram-se os instrumentos para o adequado cumprimento dessa função, como uma doença que preserva o corpo, mas debilita as funções vitais.

De forma a amesquinhar a discussão do tema e, ao mesmo tempo, ocultar as reais finalidades do projeto, opõe-se o Ministério Público às polícias como se o que estivesse em jogo fosse apenas uma luta de classes corporativas. Nada mais equivocado, sobretudo porque o Ministério Público deseja e luta por uma polícia eficiente.

O monopólio da investigação criminal é ineficaz e não contribui para a redução do número de inquéritos que terminam sem a solução dos ilícitos apurados. Portanto, retirar do Ministério Público o poder/dever de investigar não traz nenhuma vantagem para a preservação do Estado Democrático de Direito. Felizmente o Congresso Nacional, em sua franca maioria, tem consciência disso e saberá dizer não a esse movimento contrário à sociedade.

Quem não quer um Ministério Público atuante e eficiente são os marginais, venham eles das favelas cariocas ou dos altos escalões do poder.

O enfraquecimento da instituição, antes de qualquer coisa, representa o enfraquecimento da grande maioria da população, brasileiros honestos aos quais se faz o apelo: não deixem acabar com o Ministério Público!




Associações de imprensa sul-americanas condenam lei de controle à imprensa no Equador

  •                                      Rafael Corrêa Presidente do Equador
  • Documento assinado por entidades de seis países manifesta a preocupação com a liberdade de expressão
RIO - Associações de meios de comunicação de seis países da América do Sul - entre eles o Brasil - condenaram nesta quarta-feira a lei que aumenta o controle sobre a imprensa no Equador e que foi aprovada no dia 14 pela Assembleia Nacional. Num comunicado, as entidades manifestam preocupação e advertem sobre os efeitos que a chamada Lei Orgânica de Comunicação pode ter sobre a liberdade de expressão, o trabalho dos jornalistas e o controle das informações divulgadas no Equador.

Chamada de “lei da mordaça” por opositores e comemorada pelo governo equatoriano, a legislação polêmica cria órgãos de fiscalização e punição de jornalistas e meios de comunicação. Por um lado, o chamado Conselho de Regulação e Desenvolvimento da Informação e Comunicação, formado por cinco integrantes do poder público, controlará o conteúdo dos meios de comunicação relacionado à violência ou considerado discriminatório. O órgão tem o poder de indicar sanções que vão de desculpas públicas a altas multas aos veículos que desrespeitarem a determinação. As punições, por sua vez, serão aplicadas pela Superintendência de Informação.

“O poder político instala um marco jurídico propício para a censura prévia, assim como um precedente de responsabilidades cujas consequências podem ser nefastas para o exercício livre e independente do jornalismo”, criticam as seis organizações sul-americanas, em comunicado.

O documento foi assinado pela Associação Nacional de Jornais do Brasil (ANJ); Associação de Entidades Jornalísticas da Argentina (Adepa); Associação Nacional de Imprensa (ANP) da Bolívia; Associação de Diários Colombianos (Andiarios); Associação Nacional de Imprensa do Chile (ANP) e pelo Conselho da Imprensa Peruana.

O perigo do ‘linchamento midiático’

A Lei Orgânica de Comunicação foi endossada por 108 votos dos 135 deputados presentes à sessão na Assembleia, na última sexta-feira. O apoio dos aliados do governista Aliança País foi crucial para a aprovação da medida, que contou ainda com o respaldo do presidente Rafael Correa. Reeleito em fevereiro, Correa é conhecido por travar batalhas constantes com a mídia.

O documento publicado nesta quarta-feira pelas associações sul-americanas critica o controle do governo equatoriano sobre a informação e destaca a criação do “linchamento midiático”, um dos pontos mais delicados da nova lei. O conceito proíbe a publicação de informações que desprestigiem uma pessoa ou empresa ou afetem sua credibilidade.

Além dele, as associações condenam ainda a regulação da internet, a imposição de conteúdos e cotas de programação, “enquanto exime de controles a propaganda oficial”. Por fim, o documento manifesta apoio aos jornalistas equatorianos.

“Expressamos nosso respaldo às associações equatorianas de jornalistas e meios de comunicação que auguraram e hoje protestam por alcances antidemocráticos da Lei Orgânica de Comunicação e nosso compromisso de permanecer alertas a toda ação que afete direta ou indiretamente as liberdades de expressão, de opinião e de informação no Equador e na região sul-americana”, conclui o comunicado.

O documento se soma à publicação inédita, na última sexta-feira, de um editorial em 53 jornais colombianos que também criticaram a aprovação da lei.


FRASE DO DIA

“Em vez de assumir seu papel de presidente, Dilma pega um avião para se aconselhar com Lula. Fica claro quem é que está no comando.”

Deputado Sérgio Guerra (PSDB-PE) sobre a reunião de Dilma Rousseff com o ex-presidente Lula para discutir os protestos no país.





Até amanhã.





As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro.Juarez Capaverde

terça-feira, 18 de junho de 2013

O BRASIL ACORDOU - COPA DA SAFADEZA - BRASIL MARAVILHA JÁ ERA -CAIXA ECONOMICA A PERIGO - O MINISTRO DA EDUCAÇÃO E O MUSEU??? - PEC 37 O PERIGO -


Bom dia, o Brasil acordou, claro está que não poderemos deixar com que o governo petista leve as honras pelo que se está passando no país, e eles irão tentar sim, tentarão iludir as pessoas como o fez a Presidente que não é Dilma em seu discurso hoje pela manhã, mostrando o reverso da medalha, ou seja, conclamando um país forte liderados por eles que prezam pelas manifestações populares, grande cretinos, sabem que de um protesto orquestrado que somente era para desmoralizar o governo paulista e suas lideranças mostradas nas pesquisas onde nem mesmo o Estelionatário Mor Lula da Silva iria conseguir desbancar o PSDB do governo nas próximas eleições, tornou-se muito mais, e virou contra eles, o que não esperavam, agora querem levar os louros pela “democracia” defendida por suas hostes na realização dos protestos. Claro está que nem todos os manifestantes assim o quer, depois no inicio dos protestos onde queriam apenas atingir o governo paulista, vejam, não a Prefeitura que é o gestor do transporte urbano, mas o governo que detém a área de Segurança que foi afrontada e reagiu de acordo com o vandalismo que ocorria na dita manifestação. Sabemos todos e já foi divulgado, claro que não por todos os veículos de comunicação, mas pelos que não tem o “rabo” preso com o governo federal, que os manifestantes da ONG Passe Livre são financiados por órgãos governamentais como a Petrobrás e do Ministério da Cultura.

Assim, hoje sentiram na pele o descontentamento geral da população brasileira com os desmandos praticados por esta cambada de corruptos que infelizmente se alojaram no governo central, claro por culpa do povo que foi enganado com promessas de mudanças, e ao invés de mudanças nos mostraram conchavos com aqueles mesmos que lá estiveram a vida toda como José Sarney , Renan Calheiros e muitos outros, compraram os partidos que se aliaram a eles de todas as maneiras tornando o Congresso o quintal da casa governamental, onde tudo é feito a base de barganhas.

Ministérios são criados para contentar e comprar partidos e políticos vendidos, e as verbas necessárias para um melhor atendimento para a população são desta maneira entregues aos bolsos dos aliados e dos participantes do próprio governo. Temos um Ministro da Educação que não sabe sequer para que serve um Museu (leiam artigo abaixo) é ou não um absurdo, assim como temos um Ministro da Economia que diz e torna a dizer que tudo está bem, mesmo todos nós sabendo que não está não, que a inflação está ai e subindo, que as contas públicas estão maquiadas, que o crescimento será pífio, então em quem acreditar, neste governo mentiroso que vive o Brasil Maravilha da publicidade ou no que estamos assistindo no dia a dia de nossas vidas, é Sra. Dilma por esta vocês não esperavam, o feitiço está virando contra o feiticeiro, e continuará assim até tirarmos vocês de onde hoje se encontram, da cadeira principal do governo brasileiro.

Assistam o vídeo abaixo e vejam o que de fato significa a Copa do Mundo e as Olimpíadas para o país, apenas e simplesmente para a FIFA ganhar dinheiro e não para proveito dos brasileiros, quanto roubaram e estão roubando na construção de estádios de custos bilionários sem a mínima necessidade, para que Copa se queremos é uma saúde, uma educação, uma segurança que nos permita ter uma vida melhor, melhoria para a aposentadoria de milhões de brasileiros que ajudaram a construir este país é sempre negada, mas para construir estes monumentais elefantes brancos deram felizes, claro uma parte iria para o boldo deles, então apareceu dinheiro e muito dinheiro. Este é o Brasil dos Petralhas uma imensa mentira e uma roubalheira maior ainda, mas a derrocada começou já com as vaias no próprio jogo de inauguração dirigidas a FIFA e a Dilma, e as ruas estão dando seu recado, logo sentirão na pele a ousadia de tentar enganar todos por muito tempo, um dia alguns acordam e isto faz com que a maioria seja alertada, então o fim se aproxima como acontece com todos governos corruptos que tiveram esta ousadia, temos na história os fatos.

E a PEC 37, temos que nos mobilizar contra o que estão tentando fazer, querem afastar o Ministério Público de investigar as fraudes cometidas por partidos e políticos ladrões e corruptos, iremos deixar isto acontecer?

Juarez Capaverde






Uma cineasta brasileira desmontou em seis minutos a vigarice bilionaria-forjada pelos organizadores da copa da ladroagem


Nascida em São Paulo e residente na Califórnia, a cineasta Carla Dauden presenteou o Brasil decente com um vídeo que, em 6:10, reduz a farrapos a fantasia triunfalista costurada nos últimos seis anos. Desde que ficou oficialmente decidido que o País do Futebol seria o anfitrião da Copa do Mundo de 2014, o governo federal, a Fifa e a CBF agem em cumplicidade para vender como empreitada patriótica o que sempre foi uma conjunção de negociatas bilionárias com pilantragens eleitoreiras.

Nesta segunda-feira, enquanto multidões de brasileiros incluíam o oceano de obras superfaturadas entre os alvos das manifestações de protesto, Carla postou seu vídeo no YouTube. Passadas 24 horas, o número de acessos vai chegando a 600 mil.  A menos de 12 meses do apito inicial, a fraude foi implodida. E o mundo começou a descobrir o que fizeram, fazem e pretendem continuar fazendo os governantes e supercartolas que arquitetaram a Copa da Ladroagem.

Augusto Nunes/Veja






O Brasil Maravilha morreu afogado pela enorme onda de descontentamento

 

Augusto Nunes- Direto ao Ponto- Veja.com

Depois do que se viu nesta segunda-feira, é impossível prever os desdobramentos das manifestações que, precipitadas pelo aumento das tarifas de ônibus em São Paulo, assumiram dimensões nacionais, mobilizaram multidões portentosas e ampliaram notavelmente as palavras de ordem que resumem a pauta de reivindicações. Não há como antecipar os rumos ou calcular o fôlego da sequência de protestos  ainda sem líderes visíveis e sem contornos definidos.

O fim da hegemonia dos baderneiros fundadores, o emagrecimento das tropas de vândalos e o hasteamento de bandeiras mais relevantes (e viáveis) sugerem que o movimento mudou de feição com uma semana de vida e saiu da primeira infância para adolescência. Terá chegado à idade adulta quando compreender, entre outras urgências, que não detém o monopólio do espaço urbano.

O direito de manifestar-se livremente não anula o direito de ir e vir de milhões de brasileiros que, mais uma vez, foram prisioneiros de congestionamentos absurdos. Nem autoriza ninguém a tratar com arrogância autoridades policiais instadas a cumprir o que a Constituição prescreve. Dessas provas de maturidade vai depender o destino do movimento.

Feitas as ressalvas, convém reiterar que os candidatos a vidente que enfileiram palpites na TV decerto seriam mais prudentes se aprendessem a lição evocada pelo ex-vice-presidente Marco Maciel em situações semelhantes: “Pode acontecer tudo, inclusive não acontecer nada”.  Espasmos de violência que pareciam inevitáveis em São Paulo, por exemplo, irromperam no Rio de Janeiro ─ que, também surpreendentemente, abrigou a maior das manifestações que se espalharam por 11 capitais.

Os espertalhões que saborearam de manhã a iminente derrota de Geraldo Alckmin passaram a noite consolando Sérgio Cabral. Oportunistas que acordaram sonhando com a invasão do Palácio dos Bandeirantes tiveram o sono adiado por lembranças das correrias provocadas pela ocupação da cobertura do prédio do Congresso ─  e pela suspeita de que os manifestantes marchariam sobre o Planalto.

O mapa dos protestos incluiu cidades e estados administrados tanto por governistas quanto por gente eleita pela oposição. Os caroneiros oportunistas do Psol, do PSTU e do PT foram rechaçados pela imensa maioria de manifestantes que não se identificam com nenhum partido ou líder político.

Se é cedo para saber o que vai nascer da epidemia de insatisfação aguda mas ainda difusa, está claro que a grande farsa acabou. Forjado pela discurseira triunfalista e por mais de dez anos de publicidade enganosa, o paraíso de araque sucumbiu ao peso do excesso de indignados.

A versão lulopetista de Pasárgada ficou em frangalhos neste 17 de junho. Afogado por uma onda de descontentamento, o Brasil Maravilha morreu.




Antonio Vieira: As oposições ao PT insistem em jogar com punhos de renda

 

ANTONIO VIEIRA
As oposições e, principalmente, os tucanos não aprendem nunca. Os petistas continuam a aplicar, com sucesso, a teoria leninista da dualidade de poder. O ministro Gilberto Carvalho, aliás, já havia dado a senha para o início da festa: “Este ano o bicho vai pegar”. Antes de mais nada, há que se levar essa gente a sério. Quando eles proclamam certos conceitos e análises, não se deve pensar que isso seja tão somente alguma bravata ou conversa fiada.

Eles cumprem um programa de ação com notável coerência, em tudo similar àquela contida no Mein Kampf. Hitler também não enganou ninguém; só aqueles que viram e ouviram e não quiseram ver e ouvir. Lenine, igualmente, não usou nenhuma metáfora para expressar o projeto de dominação totalitária que perseguia e as técnicas necessárias para tal intento. A “dualidade de poder”fragilizar a ordem democrática e a ruptura dos valores prevalecentes.


Compreende uma atuação em pinça: de dentro e por cima, num polo, e de baixo e por fora em outro. Manobram e espicaçam massas através do controle de grupos organizados e militantes, ao mesmo tempo em que se aproveitam de espaços de poder ocupados por eles na máquina administrativa pública que favoreçam e validem reivindicações, quaisquer que sejam elas, lícitas ou ilícitas, não importando sua natureza.

Veja-se a situação de Geraldo Alckmin: toma pancada dos dois lados da pinça articulada — governantes petistas e dos envolvidos nas manifestações de rua, que ainda se querem representantes do povo, presumidamente. A lógica é a mesma aplicada com o MST, braço armado do PT na luta política no campo. Nas grandes cidades o papel dos condutores da violência está sendo terceirizado para grupos que orbitam a periferia do petismo, porém ligados financeira e organicamente a ele para lhes dar sustentação e viabilidade prática.

A manobra política do PT só pode ser desarticulada com a crítica explícita do processo. Os tucanos deveriam pedir dona Maria do Rosário emprestada. Esta é do ramo, não se pode negar. Em imediata e instintiva reação, a madame, quando se deu o imbroglio da Bolsa Família, jogou a responsabilidade pra cima das oposições. Não colou, é verdade, mas revelou incrível sensibilidade para a luta política. Agora os craques do PT tentam passar o pau com excrementos para as mãos do governador de São Paulo que, emparedado, fica a lamentar o vandalismo e o desrespeito às regras da convivência democrática da tigrada.

Essa gente está se lixando para isto. Ponto para o setor de agitação e propaganda do PT. Está conseguindo colocar na defensiva um poderoso governador de estado e seu aparelho repressivo. Já utilizaram a mesma tática com as turbulências passadas da turma do PCC, e aquela dos viciados das cracolândias no centro da capital paulista. Estão construindo o discurso para a próxima campanha eleitoral. Não se esqueça do mote: “o bicho vai pegar”. E está pegando.

Há uma saída, no entanto. Não aceitar as regras desse jogo em que o perdedor já está escolhido. Caberia às maiores lideranças das oposições jogar a responsabilidade pelos eventos que estamos observando no colo do regime petista. Politizar a questão no seu sentido mais cru. Dar nome aos bois. Explicitar os fatos e seus fundamentos. Dar uma de Carlinhos Cachoeira e “chamar pra dentro”. Instigá-los para que deixem de lado o silêncio pusilânime aos Aécios, Marinas e outros pretendentes ao governo da república, para mostrar à população o quem é quem, e o que está acontecendo, em linguagem clara, sem enrolação, sem não-me-toques.

Nessas horas é que se constituem as verdadeiras lideranças. Nesses momentos sombrios ninguém se lembra de pedir a Fernando Henrique Cardoso um palavra sobre os acontecimentos; nem aos prolixos, novos e antigos, ministros do STF. A propósito, o Dr. Luis Roberto Barroso bem poderia comentar sua própria dúvida a respeito dos valores constitucionais postos em xeque pelos ditos manifestantes contra o preço das passagens de ônibus.

Em capítulo do livro “Interpretação Constitucional”, organizado por Virgílio Afonso da Silva, reflete ele sobre “qual o bem jurídico de maior valia: se a liberdade de expressão ou a liberdade de ir e vir. Quando será legítima uma manifestação política que paralise o trânsito em uma via pública?”, pergunta. “Se for o comício de encerramento da campanha presidencial do candidato de um partido político nacional, parece razoável. Mas se 20 estudantes secundaristas se deitarem ao longo de uma larga avenida, em protesto contra a qualidade da merenda, seria esta uma manifestação legítima?, indaga com propriedade em flagrante dúvida. (Cf. página 276 da obra supra referida).

Os que se querem alternativa ao petismo, entretanto, ficam apenas no jogo de punhos de renda. Acham que celerados são combatidos na base do R.S.V.P diplomático. Correm o risco de acabarem na vala rasa como Clemenceau.





Vaias para os vendilhões da Pátria



Edição do Alerta Total – www.alertatotal.net
Leia também o site Fique Alerta – www.fiquealerta.net
Por Jorge Serrãoserrao@alertatotal.net

A Presidenta Dilma Rousseff recebeu ontem, no Estádio Mané Garrincha, o mais evidente sinal de que sua reeleição está indo para o ralo, embora a propaganda governamental e petralha tente vender o contrário. Resta a Dilma o consolo de que, nas redes sociais, a ululante vaia que a torcida brasileira lhe presenteou ajudou o popularizar seu nome, mundialmente, graças à abetura da Copa das Confederações da Fifa, vista por todo o planeta. Legal, né, Dilma...

Para a petralhada, nada como um dia atrás do outro. Nesta segunda-feira está marcada mais uma manifestação de rua no centro de São Paulo. Desta vez, o PT pretende tirar proveito da confusão que se anuncia. Vai escalar sua militância aguerrida para aproveitar o embalo e concentrar as críticas e broncas no governador de São Paulo. O negócio é vaiar Geraldo Alckmin. Legal, né, Dilma...

Para a petralhada, Alckmin será apontado como o vilão que aumentou as passagens e que botou o PM para baixar o pau em quem protesta. A tática é esquecer aquele menino bonito, bacana, o companheiro Fernando Haddad e detonar o outro – inimigo político. O PT é tão pragmático nestas horas de crise que já ensaia até um apoio ao Gilberto Kassab, na luta pelo Palácio dos Bandeirantes em 2014, só para desaninhar os tucanos. Legal, né, Dilma...

No campo radicalóide, a passeata promete uma novidade antipatriótica. Os estudantes da Faculdade de Filosofia Letras e Ciências Humanas - FFLCH-USP – inventaram uma maneira criativa de neutralizar a quase certa repressão policial na hora da baderna. Eles espalharam nas redes sociais a seguinte recomendação:

“Usem a bandeira brasileira como manto em volta do corpo, qualquer ato contra uma pessoa que esteja com a bandeira sobre o corpo é um ato contra a bandeira nacional. Isso é crime conforme o
art
. 44º do Decreto-lei nº 898, de 29 de setembro de 1969: "Destruir ou ultrajar a bandeira, emblemas ou símbolos nacionais, quando expostos em lugar público. Pena: detenção, de 2 a 4 anos."

A grande dica de tática de protesto prossegue: “Os policiais provavelmente não vão respeitar isso devido à seu péssimo treinamento e pouco amor à pátria. Isso vai fazer eles se atacarem, pois vão ser feitas fotos com policiais atirando contra a bandeira, atirando spray de pimenta e bombas. Mesmo se nesse momento a imprensa não ficar a nosso favor, vai atrair a atenção da imprensa internacional. Não apenas pelo fato do ataque à bandeira, mas também porque o dever de policias/bombeiros e médicos é servir a sua pátria”.

Na conclusão dos sábios estudantes, adeptos de ideologias internacionalistas e agentes conscientes à serviço do globalitarismo patrocinado pela Oligarquia Financeira Transnacional contra o Brasil, eis a mensagem que retrata a inutilidade destas figuras para o Brasil. Escreveram os gênios da USP, que estudam de graça ao custo da sociedade brasileira: “Não somos patriotas, eu sei, porém é uma tática boa contra a Tropa de Choque."

A PM de São Paulo que se cuide. Sua imagem sofrerá mais um ataque, enquanto o braço operacional do crime organizado lhe prepara mais uma armadilha fatal. Em todo o ano eleitoral, por coincidência que não existe, o PCC promove seus atos de terrorismo. Vide o que o Alerta Total denunciou ontem: Alckmin e comando da PM-SP ignoram ameaça feitapor traficantes de degolar policiais que os reprimirem

O Brasil merece tanto lixo ideológico produzido pelos sociopatas no poder e seus agentes conscientes ou inconscientes?

Como diria o Joseph Blatter, chefão da FIFA, haja “fair play”...






Três notas de Carlos Brickmann

 

PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN

CARLOS BRICKMANN
Quem paga a conta

O Movimento Passe Livre foi criado no Fórum Social Mundial de Porto Alegre em 2005 ─ promovido, como de hábito, com dinheiro público. O endereço eletrônico do Movimento pertence a uma ONG chamada Alquimídia. Até a quinta-feira, o site da Alquimídia trazia os logotipos da Petrobras e do Ministério da Cultura.
O custo dos logos foi de pouco mais de R$ 750 mil.

Ah, Petrobras

O país está mudando. Antes, o Governo só atrapalhava a vida dos cidadãos; agora, está atrapalhando também a vida do próprio Governo. A Procuradoria da Fazenda Nacional cancelou a certidão negativa de débitos da Petrobras, empresa controlada pelo Governo. Sem a certidão, a Petrobras não pode importar, nem exportar. Os débitos cobrados estão sendo contestados na Justiça, mas mesmo assim a Petrobras foi atingida. E não pode sequer fazer o depósito em juízo, já que a dívida cobrada é de R$ 7,5 bilhões.

Resumo do caso: entre 1999 e 2002, a Petrobras não recolheu imposto de renda sobre o pagamento de plataformas petrolíferas móveis. Foi autuada, contestou a autuação (considera indevida a cobrança), e desde 2003 a questão está na Justiça. E agora está em risco uma das maiores empresas do país. Mas nosso Governo é assim mesmo. Ele constrói, investe, anuncia, cobra, não paga, protesta e paralisa.
Não precisa de oposição.

Ah, Rio

Dois dos principais candidatos ao Governo do Rio, no ano que vem, são o vice-governador Luiz Fernando Pezão (PMDB) e o senador Lindbergh Farias (PT).

1 - O ministro Dias Toffoli, do Supremo, quebrou o sigilo bancário, fiscal e de Bolsa de Lindbergh Farias.Ele responde a inquérito sobre desvio de R$ 356,7 milhões no Fundo de Previdência dos Servidores Municipais de Nova Iguaçu.

2 - a Justiça suspendeu a licitação para o aluguel de dois jipões blindados, com tração nas quatro rodas, para uso de Pezão. Custo previsto: R$ 261.600 por ano. Pezão diz que precisa de carros com tração integral porque mora em área rural. Não é bem assim, informa Aziz Ahmed, de O Povo, do Rio: Pezão mora no Leblon, praia nobre. E sua casa de veraneio, em Piraí, fica no centro da cidade.



Minha Casa Minha Vida

Agência Moody's alerta para risco da Caixa com 'Minha Casa Melhor'

Agência afirma que programa aumentará exposição da carteira de crédito do banco, cujo crescimento é superior aos investimentos em tecnologia e gestão de risco


A agência de classificação de risco Moody's afirmou, nesta segunda-feira, que o novo programa de empréstimos da Caixa Econômica Federal que visa fornecer crédito às famílias de baixa renda para a compra de móveis e eletrodomésticos - o 'Minha Casa Melhor' - vai aumentar os riscos de crédito do banco. "A medida é negativa para o crédito da Caixa porque vai aumentar ainda mais sua exposição ao risco de crédito para mutuários de baixa renda que vão financiar essas compras a taxas de juros subsidiadas por prazos mais longos", disse a Moody's.

Na semana passada, a presidente Dilma Rousseff anunciou o 'Minha Casa Melhor', um programa de crédito para beneficiários do Minha Casa Minha Vida que vai distribuir cartões de crédito com limite de 5 mil reais para a compra de mobília e eletrodomésticos, com taxa de juros de 5% ao ano e prazo de até 48 meses para pagar. O programa beneficiará famílias com renda de até 5 mil reais mensais e os juros serão subsidiados pela Caixa, com recursos do Tesouro Nacional.

"Somente em 2012, a Caixa registrou crescimento de 42% em seu portfólio de empréstimos, bem acima da taxa de crescimento de 16,4% de empréstimos totais do sistema bancário. A forte expansão para segmentos não tradicionais, como o financiamento de veículos e de pequenos e médios negócios, combinada com investimentos limitados em tecnologia de gestão de risco, significa um aumento de risco para a Caixa", afirmou a agência. 

Na manhã desta segunda-feira, durante o programa seu programa de rádio matinal, a presidente Dilma Rousseff afirmou que 12 mil pessoas já haviam contratado a linha de crédito. O montante total direcionado ao projeto pode chegar a 18,7 bilhões de reais.






Leonel Kaz responde à espantosa pergunta do ministro Aloizio Mercadante sobre o que é que museu tem a ver com educação


Museu é o lugar em que "a criança se educa, vivendo" como nos ensinou, desde 1929, o educador Anísio Teixeira, ao falar da escol.

A espantosa pergunta feita pelo ministro — da Educação! –, Aloizio Mercadante, durante visita, dias atrás, a um dos museus da Fundação Joaquim Nabuco, no Recife, mereceu uma educada e ilustrada resposta do jornalista, crítico de arte, gênio das artes gráficas e editor Leonel Kaz, curador de um dos mais interessantes e criativos museus do país, o Museu do Futebol, em São Paulo, e uma das pessoas mais cultas e inteligentes que conheço.

Tomara que Mercadante aprenda algo. Confiram:

Artigo publicado no jornal O Globo

O LUGAR DO MUSEU NA EDUCAÇÃO

“O que o museu tem a ver com educação?”

Essa pergunta do ministro da Educação, Aloízio Mercadante, na imprensa e repercutida na Coluna do Noblat (3/6) do Globo, merece algumas ponderações. Faço uma dezena delas:

1. Museu é lugar para se entrar de corpo inteiro, tridimensionalmente, com todos os sentidos despertos. Cada obra de arte ou objeto exposto nos convida a olhá-lo, a partilhar dele, a se entregar a ele. Esse é o caminho da educação de qualidade: permitir que a vida nos invada e que o objeto inanimado ganhe um vislumbre novo, a cada dia, em cada visita. O Grande Pinheiro, tela de Cèzanne no Masp, pode ser vista cem vezes e, a cada vez, será diferente da outra; o quadro, de certa forma, muda, porque muda o mundo e mudamos nós também.

2. Museu é lugar, portanto, de olhar de forma distinta para as coisas. E para os seres também. É lugar de aprender a olhar com outro olhar para o outro (que quase nunca o vemos), para a escola (que pode ser, a cada dia, diferente do que é habitualmente) e para a cidade (que tanto a desprezamos, porque parece não nos pertencer).

3. Museu é lugar de entrar e dizer: é nosso! Museus são lugares de coleções, e as cidades, também. Cidades são escolas do olhar, pois nos permitem colecionar tudo de nossa vida: os dias que passam, a família que reunimos, os amigos que temos e ainda os bueiros da rua e as janelas que vislumbramos em nosso caminho diário (elas falam de épocas diferentes, narram histórias distintas). A cidade é a história.

4. Museu é lugar onde a cidade (a história) se reconta. Rebrota. Onde ela nos faz crer que, para além do mero contorno do corpo, existimos. Criamos uma identificação com aqueles fatos e pessoas que ali estão, que nos antecederam em ideias, pensamentos e sentimentos. Que ajudaram a criar “o imaginário daquilo que imaginamos que somos”, como definiu o poeta Ferreira Gullar. É dentro da plenitude deste imaginário que o Museu nos reaviva a memória e o fulgor da boa aula.

5. Museu é o lugar do mérito, onde peças e imagens entraram porque mereceram entrar, porque foram, em algum momento, singulares. Elas estão ali para nos apontar que cada qual que as visita pode ter sua singularidade, e que ninguém precisa ser prisioneiro dos preconceitos do mundo. Museu é onde a cultura aponta à educação que tanto um como o outro foram feitos para reinventar o modo de ver as coisas.

6. Museu é lugar para se abandonar a parafernália eletrônica, os iPads, iPhones e Ai-ais e permitir que obras e imagens que lá se encontram repercutam em nós. Num museu somos nós os capturados pelos objetos, somos nós o verdadeiro conteúdo de cada museu, com a capacidade de transformar e sermos transformados pelo que nos cerca.

7. Museu é lugar para criar um vazio entre o olhar que vê e o objeto que é visto. Um vazio de silêncio. Um vazio que amplia horizontes de percepção. Assim, o professor deixa de ser professor e passa a ser o que verdadeiramente é: um inventor de roteiros, um “possibilitador” de descobertas. É lugar de aluno, com a ajuda dos mestres, revelar potencialidades insuspeitas, tantas vezes esmagadas pelo caráter repressor das circunstâncias que o cercam.

8. Museu é lugar de experiência. Tudo o que é pode não ser: há uma mágica combinatória em todas as coisas, como as crianças nos ensinam. Tudo pode combinar com tudo, independentemente de critérios, ordenamentos, hierarquias. A ordem do museu pressupõe a desordem do olhar.

9. Museu é ainda lugar de coleções (embora a internet seja, hoje, o maior museu do mundo). Assim, o museu não é mais apenas um espaço físico, assim como a escola não o é. A cidade toda é uma grande escola. O Museu é uma de suas salas de aula.
10. Museu é o lugar em que “a criança se educa, vivendo” como nos ensinou, desde 1929, o educador Anísio Teixeira, ao falar da escola.



Coisa do demônio,   

por Mary Zaidan


Em qualquer atividade e para qualquer um, perder uma oportunidade é deixar passar uma chance que poderia ser única.

Na política isso pode ser fatal. Situação, oposição e até os que não têm cheiro tentam se aproveitar ao máximo quando elas surgem. Absolutamente legítimo.
Mas, não raro, oportunidades acabam por irrigar canteiros de oportunistas - gente que rouba, que vende voto, que leiloa o mandato. E de oportunistas ideológicos - aqueles que em público xingam o demônio e que entre quatro paredes com ele se confraternizam.

O discurso do presidente do PT deputado Rui Falcão, na quinta-feira, em Curitiba, em mais uma comemoração pelos 10 anos de invenção do Brasil, é um exemplo acabado disso. “São quatro grandes monopólios ou oligopólios que urge desmontar: o monopólio do dinheiro, controlado pelo capital financeiro; o monopólio da terra, em mãos dos latifundiários que se opõem à reforma agrária; o monopólio do voto, garantido pelo financiamento privado e o poder econômico; e o monopólio da opinião e da informação, dominado pelos barões da mídia”, disparou Falcão.



                                                Rui Falcão, presidente do PT

Uma fala inflamada para alegrar a militância e fazer bonito frente ao ex-presidente Lula e à presidente Dilma Rousseff, estrelas maiores do encontro.

Nela, ele xinga os demônios, cospe no prato em que come e esconde os conchavos que há anos sustentam o PT.

Que monopólio do dinheiro? O que está concentrado nas mãos de empreiteiros – os mesmos para os quais Lula tem sido garoto propaganda? Dos banqueiros aliados que lucram ano a ano e ainda fazem transações espúrias com o partido, como o BMG do mensalão?

O monopólio da terra abriga o agronegócio, setor que cresceu 9,7%, evitando o completo desastre do já tão magro PIB de 0,6% do primeiro trimestre. É com esse oligopólio do capeta, e com a representante dele – senadora Kátia Abreu (PSD-TO) –, que Dilma conta.

O monopólio do voto? O maldito dinheiro privado que abarrota o caixa oficial e o caixa 2 confesso das campanhas do PT, as mais caras desde 2004, ano da primeira eleição depois que Lula chegou ao poder?

Por fim, os barões da mídia. Como se o incômodo fosse com os donos da mídia, com quem governos sempre se compõem. A pedra no sapato é o jornalismo - classificado por Dilma como “terrorismo informativo” - e os jornalistas, “vendedores” ou “profetas do caos”. Gente que ousa relatar que a inflação bateu no teto da meta, que mostra erros de gestão, gastos a rodo, obras de infraestrutura caras e em passo de tartaruga; desacertos e improvisações na política econômica e fiscal.

O problema são esses diabos que não batem ponto e não estão à venda.

Mary Zaidan é jornalista. Trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa'. Escreve aqui aos domingos. @maryzaidan






Opinião

É perigoso afastar o MP das investigações (Editorial)

O Globo

Algumas categorias profissionais, por diversas e específicas razões, têm uma consciência de corporação maior que outras. Este sentimento nem sempre é benéfico, pois tende a sobrepor interesses de grupos aos da sociedade. Como a Proposta de Emenda Constitucional 37, apresentada em junho de 2011 pelo deputado federal Lourival Mendes (PTdoB-MA), delegado de polícia, para alijar o Ministério Público de investigações criminais.

A origem do deputado denuncia as impressões digitais do corporativismo. E a PEC-37, sugestivamente batizada de “PEC da Impunidade”, tem atraído certos apoios, devido a seu conteúdo. É visível como alas petistas se entusiasmam com a emenda constitucional, por entenderem ser ela arma de revide contra o MP, pelo demolidor trabalho da Procuradoria-Geral da República no encaminhamento ao Supremo da acusação aos mensaleiros. Políticos patrimonialistas em geral, aqueles que não conseguem diferenciar o dinheiro público do próprio, também não gostam da desenvoltura de promotores e procuradores.

Não se trata de demonizar policiais e endeusar promotores e procuradores. Há virtudes e mazelas de cada lado. O importante é a questão institucional. E é inquestionável que cassar parte do espaço de atuação do MP significa enfraquecer o Estado no combate à corrupção, no enfrentamento de uma criminalidade que se infiltra no poder e o utiliza como blindagem, por exemplo.

Procuradores e promotores ganharam a importante prerrogativa, na Constituição de 1988, de atuar de forma independente, sem subordinação ao Judiciário, ao Executivo ou ao Legislativo, na defesa da sociedade. Nem sempre este enorme poder é bem usado. Também o conselho de controle externo do MP não demonstra a mesma eficácia que seu congênere do Judiciário, o CNJ. Mas esta é outra história.

Impedir o Ministério Público de investigar é decretar que esta atividade essencial na repressão ao crime se torne monopólio de um braço do Poder Executivo. E não se pode ter certeza absoluta que as polícias são sempre imunes a pressões dos governantes de ocasião. Se é impossível ter esta certeza, melhor não arriscar.

Não é apenas no julgamento histórico do mensalão que o MP aparece como um dos elementos-chave na formulação das denúncias. Há pouco, a procuradoria-geral do Banco Central divulgou nota sobre o papel relevante do Ministério Público na repressão ao crime financeiro. Há muitos outros exemplos.

O presidente da Câmara, Henrique Alves (PMDB-RN), marcou para dia 26 o início da votação da PEC em plenário. Até lá, uma comissão tenta construir uma fórmula que atenda os policiais e promotores/procuradores. Saídas negociadas de impasses costumam ser melhor do que consumar conflitos.


Frase do dia

“Não sei a motivação dessas pessoas, não sei que pleitos têm, não sei os objetivos. Assim não há como iniciar uma negociação.”


Henrique Alves, presidente da Câmara, sobre as manifestações em Brasília, um grande cara-de-pau...




Até mais,
                                                        QUE TAL?
                                                  


As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde