Bom dia, mais uma vez descobre-se que as corrupções desde o governo Lula são muito maiores do que sabe, a todo instante descobre-se mais uma maracutaia, e acreditem, sempre bem próximo do grande líder Lula, um momento seu Ministro chefe da Casa Civil o quadrilheiro Zé Dirceu, outro a ilustre Erenice que assumiu o mesmo cargo após a saída de Dilma e tambem tal qual Zé continua a viver de seus trambiques, agora sua chefe de gabinete do escritório da Presidência em São Paulo mantida por Dilma a seu pedido, e o sujeito ainda vem a imprensa falar que :" Eu me senti apunhalado pelas costas" !!! INCRIVEL COMO O CARA É CARA-DE-PAU, ou não sabia antes sentiu-se traído, e agora tambem dizendo-se não saber sentiu-se apunhalado pelas costas, é um sujeito dos mais salafrários que já se conheceu este tal de LULA, ou melhor Luis Inácio Lula da Silva, sempre ali, juntinho de si as coisas são descobertas e ele nunca sabe de nada, acredite quem quiser, este é o grande ídolo petista o maior dos estelionatário deste país como sempre escrevi aqui neste espaço, tudo se confirma e tem muito mais, com o passar do tempo irão aparecendo mais e mais sujeiras do que até agora apareceu, este é um dos motivos pelos quais o PT insiste em controlar a imprensa e manietar os poderes para que os roubos constantes e permanentes não apareçam e "sujem" a memória deste sujeito ladrão, mentiroso, cínico e covarde que larga os seus parceiros sempre que a sujeira chega-lhe aos pés, conheçam povo brasileiro quem é LULA, e se quiserem continuar a serem roubados continuem a acreditar no PT até que o Brasil quebre de vez e passemos a viver novamente as incertezas do futuro para nossos descendentes.
Juarez Capaverde
PF indicia chefe de gabinete da Presidência em SP por corrupção
Operação prende servidores acusados de fraudes em agências reguladoras e investiga nº2 da AGU
MARCELLE RIBEIRO
Rosemary Noronha
SÃO PAULO E BRASÍLIA - A Polícia Federal (PF) prendeu nesta sexta-feira seis pessoas acusadas de participação em um esquema de fraudes de pareceres técnicos em agências reguladoras e órgãos federais. A operação, batizada de “Porto Seguro”, foi realizada no estado de São Paulo e em Brasília. Dois dos presos são os irmãos Paulo Rodrigues Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (ANA), e Rubens Carlos Vieira, diretor de Infraestrutura Aeroportuária da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac).
Ambos foram indicados por Rosemary Novoa de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo, que também foi indiciada nesta sexta-feira por corrupção ativa. Ela é acusada de tráfico de influências e de agir junto aos diretores da ANA e Anac para favorecer empresas. Em troca, Rosemary receberia agrados, como viagens e até camarotes em carnaval. Foram presos ainda três advogados e um empresário.
Rosemary Noronha era secretária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva no escritório da presidência em São Paulo. Quando Lula fazia viagens internacionais, ela acompanhava o então presidente ao exterior. Agendava todos os compromissos de Lula em São Paulo. Além de indicar os irmãos Vieira para os cargos em Brasília, ela mantinha com eles estreita ligação, inclusive no esquema de fraude de pareceres, segundo suspeita a PF de São Paulo.
Rosemary foi indiciada pela PF por corrupção ativa, depois de prestar depoimento ainda pela manhã. A acusação que pesa contra ela diz que a chefe de gabinete da Presidência em São Paulo teria indicado pessoas para empresas e, em troca, receberia presentes. A PF chegou a pensar em levar seus computadores do escritório da Presidência em São Paulo, localizado na avenida Paulista, mas ela protestou. Então, os delegados da PF fizeram cópias dos seus arquivos pessoais.
Ela assessorou o então presidente nacional do PT, José Dirceu, na década de 90, quando então conheceu Lula. Rose, como é conhecida, começou no governo Lula em 2003 como assessora especial do gabinete da presidência em São Paulo e depois, em 2005, foi nomeada chefe da gabinete do escritório regional da Presidência, cargo que ocupa até hoje. Ela tinha uma relação muito próxima a Lula.
Além dos seis presos e de Rosemary outras 11 pessoas foram indiciadas nesta sexta-feira, entre elas servidores da Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), da Anac, da Superintendência do Patrimônio da União (SPU), do Tribunal de Contas da União (TCU), da Advocacia Geral da União (AGU) e do Ministério da Educação (MEC). Um dos investigados é o advogado-geral da União adjunto, José Weber Holanda, o segundo da hierarquia da AGU, depois do advogado-geral Luis Inácio Adams. Holanda chegou a prestar depoimento à PF nesta sexta-feira. A PF não confirma se Holanda está entre os 18 indiciados.O grupo atuava também agilizando processos em órgãos públicos e fraudando documentos em troca de dinheiro e vantagens.
Esses pareceres fraudados eram usados em órgãos públicos por empresas interessadas em processos de licitação junto ao governo, entre outras coisas. AGU informou que vai abrir investigação interna para apurar os possíveis envolvidos no caso.
Durante a operação “Porto Seguro” desenvolvida nesta sexta-feira, foram cumpridos 26 mandados de busca e apreensão nas cidades de São Paulo, Santos (SP), Dracena (SP) e Cruzeiro (SP) e outros 17 em Brasília. Os policiais levaram papéis e dados de computadores, que serão analisados nos próximos dias. As prisões aconteceram nas cidades de Santos, São Paulo e Brasília. Foram apreendidos ainda dois veículos, entre eles uma Land Rover.
A investigação começou em março de 2011, depois que um servidor do Tribunal de Contas da União procurou a PF para relatar que integrantes de um esquema ofereceram a ele R$ 300 mil para que ele elaborasse um parecer técnico de modo a beneficiar uma empresa do setor portuário. O servidor contou que recebeu R$ 100 mil, fez o parecer falso, mas, arrependido, devolveu o dinheiro para o corruptor e procurou a Polícia Federal em São Paulo para denunciar o esquema.
Segundo o superintendente regional da PF em São Paulo, Roberto Troncon Filho, no decorrer da investigação, a polícia percebeu que não se tratava de um caso isolado.
— Os dois servidores presos tinham como função identificar e cooptar outros servidores de órgãos públicos federais, de segundo e terceiro escalão. Os demais membros (da quadrilha), três advogados e um empresário, se encarregavam de entrar em contato com grupos empresariais e pessoas físicas interessadas em vantagens ilegais na administração federal — disse o superintendente, que não dá nomes dos presos ou dos indiciados.
Troncon Filho informou que não há indícios de envolvimento dos diretores máximos dos órgãos públicos envolvidos.
— Os dois agentes públicos, um da ANA e outro da Anac, agiram por conta própria, sem o conhecimento dos seus superiores e da cúpula dessas agências reguladoras. Os servidores corrompidos de outros órgãos, que eram de segundo e terceiro escalão, também agiram por conta própria e sem o conhecimento de seus superiores ou dos dirigentes desses órgãos mencionados — disse Troncon Filho.
Segundo ele, as autoridades máximas dos órgãos públicos onde os servidores trabalham colaboraram com as investigações.
Em nota divulgada em seu site, a ANA informou que a operação da PF, iniciada às 6h30m e concluída às 10h45m de nesta sexta-feira, restringiu-se ao interior do gabinete do diretor da área de Hidrologia Paulo Rodrigues Vieira, para coleta de documentos. Vieira faz parte do alto escalão da ANA, pois é um dos cinco diretores do colegiado da agência, instância máxima do órgão. Hierarquicamente acima de Vieira está apenas o presidente do colegiado, o diretor Vicente Andreu Guillo. Vieira foi indicado para o órgão pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
Ele foi preso em sua residência em Brasília, por volta das 6h da manhã. Depois de prestar depoimento na PF de Brasilia por duas horas, foi recolhido à carceragem. A ANA informou ainda que, segundo mandado da PF, a operação não envolve a agência. O GLOBO não conseguiu contato com Vieira.
A conclusão da apuração, com a análise dos documentos apreendidos deve ocorrer em 60 dias. A Polícia Federal pretende compartilhar as informações que obteve com as corregedorias dos órgãos federais envolvidos, para que elas abram procedimentos administrativos disciplinares contra os suspeitos.
Os investigados na operação “Porto Seguro”, vão responder pelos crimes de corrupção ativa e passiva, formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica e falsificação de documento particular. As penas para esses crimes variam de dois a 12 anos de prisão. Cerca de 180 policiais da PF de São Paulo participaram da ação policial.
O superintendente da PF não informou o prejuízo aos cofres públicos que o grupo causou.
Troncon Filho não descartou a possibilidade de servidores de outros órgãos públicos estarem envolvidos no esquema. Policiais federais apreenderam computadores nesta sexta-feira na sede dos Correios em Brasília, mas a PF não confirma se há funcionários da empresa pública envolvidos. Em nota, os Correios informaram que a polícia recolheu “equipamentos usados por empregados que receberam e-mails de pessoas investigadas em outros órgãos, por fazerem parte de listas de distribuição”. “Os empregados dos Correios não possuem envolvimento com os fatos apurados pela PF na operação e colocaram também seus equipamentos pessoais à disposição da investigação”, diz a nota.
No final da tarde de nesta sexta-feira, a Anac divulgou nota informando que o mandado de busca e apreensão relativo à agência foi cumprido pela manhã, e ficou "restrito ao gabinete do diretor de Infraestrutura Aeroportuária, Rubens Carlos Vieira, com retenção de documentos e arquivos". Segundo a agência, o mandado não inclui a apreensão de processos da agência. "A ANAC ressalta que continuará colaborando integralmente com as investigações em andamento", declarou, em nota.
b)
PF faz busca e apreensão no escritório da Presidência em SP
Operação Porto Seguro prendeu seis pessoas acusadas de formarem uma quadrilha que fraudava pareceres técnicos de órgãos públicos federais
Superintendente da Polícia Federal Regional de São paulo, Roberto Troncon Filho concede entrevista sobre a operação Porto Seguro (Evelson de Freitas/AE)
A operação Porto Seguro da Polícia Federal cumpriu mandados judiciais de busca e apreensão no escritório da Presidência da República, em São Paulo, e na sede da Advocacia-geral da União (AGU), em Brasília. As investigações policiais levaram à desarticulação de uma quadrilha que, infiltrada em órgãos da administração pública federal, negociava a redação de pareceres técnicos fraudulentos para beneficiar interesses privados e praticava tráfico de influência.
A PF também tomou depoimento e indiciou Rosemary de Noronha, chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Rose, como é chamada, foi secretária do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e era presença constante nas comitivas presidenciais. Foi assessora do ex-ministro José Dirceu por 12 anos antes de passar a exercer influência na gestão Lula. A Presidência da República confirmou que foram cumpridos os mandados judiciais em seu escritório na capital paulista.
Na sede da AGU, foram recolhidos documentos na sala de um alto assessor do órgão. Procedimento interno de apuração foi aberto por determinação do ministro Luís Inácio Adams para investigar a participação de servidores da autarquia no esquema criminoso. A investigação também tem como alvo o número dois da AGU, José Weber Holanda Alves, braço-direito de Adams, segundo o portal do jornal O Estado de S. Paulo.
No total, seis pessoas foram presas e 18 foram indiciadas. Os investigados na operação responderão pelos crimes de formação de quadrilha, tráfico de influência, violação de sigilo funcional, falsidade ideológica, falsificação de documento particular, corrupção ativa e passiva. As penas variam de dois a 12 anos de prisão.
Quadrilha - A operação Porto Seguro prendeu seis pessoas nesta sexta-feira acusadas de formar uma quadrilha que fraudava laudos de órgãos públicos e praticava tráfico de influência para acelerar processos burocráticos para empresas. Segundo o superintendente da PF de São Paulo, Roberto Ciciliati Troncon, os mandatos eram de prisão preventiva e temporária. Foram detidos dois servidores públicos de segundo e terceiro escalão da Agência Nacional de Águas (ANA) e da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac). Além deles, foram presos três advogados e um empresário – todos de São Paulo.
“É possível que haja funcionários de outros órgãos envolvidos, mas até agora se identificou que toda a interação da quadrilha acontecia no estado de São Paulo”, disse Troncon. Segundo o superintendente, foi investigada a atuação da quadrilha na Agência Nacional de Transportes Aquaviários (Antaq), no Ministério da Educação e no Tribunal de Contas da União (TCU) – além de na Anac e na ANA.
Segundo Troncon, a operação será concluída em 60 dias. A próxima fase será pedir a autorização da Justiça para o compartilhamento das provas da investigação com as corregedorias dos órgãos envolvidos para que possam aplicar suas medidas administrativas. O superintendente informou que os servidores agiam por conta própria e que não houve conivência dos órgãos, que ajudaram nas investigações.
Esquema – O papel dos dois servidores no esquema era de encontrar funcionários dentro dos órgãos para produzir os laudos fraudulentos, que facilitavam processos das empresas. Já os advogados e o empresário faziam a ponte com o setor privado, oferecendo a facilitação nos procedimentos.
Troncon disse que os nomes dos envolvidos e das empresas que foram beneficiadas pelo esquema não podem ser revelados porque a investigação segue sob sigilo. Participaram da operação em São Paulo e Brasília 180 policiais.
A quadrilha foi descoberta graças a um servidor do Tribunal de Contas da União (TCU) que foi cooptado pelo esquema com a oferta de receber 300 000 reais para produzir um laudo falso. “Ele chegou a receber a primeira parcela de 100 000 reais e fez o laudo, mas se arrependeu, devolveu o dinheiro e denunciou o esquema”, contou Troncon.
c)
25/11/2012 às 19:25 \ Direto ao Ponto- Augusto Nunes
A Polícia Federal descobriu que uma Erenice do Lula chefiava o Planaltinho
Por que Dilma Rousseff recebe Lula com tanta frequência no escritório da Presidência da República em São Paulo?, perguntavam-se desde janeiro de 2011 os brasileiros sensatos, intrigados com os constantes encontros entre a chefe de governo e seu antecessor no prédio na Avenida Paulista. Só nos últimos quatro meses foram sete: dois em agosto, dois em setembro, dois em outubro, um em novembro. Nenhuma das conversas durou menos de três horas.
Até para manter as aparências, por que Dilma não recebe Lula no Palácio do Planalto?, queriam saber os cérebros normais. Porque foi sempre ele o anfitrião, sabe-se agora. O padrinho nunca foi recebido: ele é quem recebe desde janeiro de 2003. Até o fim do segundo mandato, recebeu a ministra Dilma no gabinete no Planalto. Depois de entregar a faixa à afilhada, passou a recebê-la no escritório que transformou numa extensão do palácio em Brasília.
No fim dos anos 50, quando suspendia os despachos no Catete para visitar a nova capital em construção, Juscelino Kubitschek se hospedava no Catetinho, uma rústica casa de madeira improvisada por Oscar Niemeyer. Neste fim de novembro, o Brasil soube que Lula, desde a criação dessa inutilidade administrativa, tem um Planaltinho no coração da capital paulista. O Catetinho foi usado por um presidente no exercício do mandato. O Planaltinho continuou servindo a um político incapaz de desencarnar do cargo que deixou de ocupar há dois anos.
É muito mais confortável que o palácio de tábuas de JK. Desde 2005, disfarçada de “chefe de gabinete do escritório da Presidência da Repúblicada em São Paulo”, até governanta tem. Ou tinha: nomeada por Lula, que ordenou a Dilma que mantivesse a amiga no posto, Rosemary Nóvoa de Noronha perdeu o emprego um dia depois de revelada a descoberta da Operação Porto Seguro: há sete anos o Planaltinho era comandado por uma Erenice do Lula.
O relatório da Polícia Federal informa que Rosemary (ou só Rose, para os amigos e companheiros de delinquências) intermediou reuniões de integrantes da organização criminosa especializada na venda de pareceres técnicos com “autoridades públicas”, entre as quais o governador da Bahia, Jaques Wagner, e o onipresente Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento, Indústria e Comércio.
Antes de tornar-se amiga de Lula, e em seguida presença quase obrigatória nas comitivas presidenciais em viagens ao exterior, Rose foi durante 12 anos secretária de José Dirceu. (Aliás, na madrugada em que os agentes da PF chegaram à sua casa para cumprir o mandado de busca e apreensão, ela ligou para Dirceu à procura de socorro. O telefonema deveria ser anexado às provas de culpa.) Agora indiciada por corrupção passiva e formação de quadrilha, ela ampliou o prontuário agindo em parceria com outros ilustres filhotes do lulopetismo.
Figuram no comando da organização criminosa, por exemplo, José Weber Holanda Alves, advogado-geral da União substituto, Paulo Vieira, diretor da Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) e seu irmão Rubens Vieira, diretor da Agência Nacional de Águas (Ana). “Há indícios de que, pelo menos, no período entre 2009 e 2012″, diz um trecho do relatório da PF, “Rosemary Nóvoa Noronha solicitou e recebeu, direta ou indiretamente, diversas vantagens para si, para amigos, familiares, tais como: viagem de navio, emprego para terceiros, serviços para terceiros, ajuda jurídica pessoal, pagamento de boletos”.
Arranjou bons empregos para o filho e o marido, ganhou passagens para um cruzeiro marítimo animado pela dupla sertaneja preferida, conseguiu financiar com propinas a cirurgia plástica que a fez parecer algumas horas mais jovem, coisas assim. “Coisas de chinelagem”, resumiu um agente da Polícia Federal, recorrendo à gíria que identifica a categoria que agrupa os corruptos baratos, gente que vende a alma em troca de miudezas, fregueses das lojas 1,99 do comércio de consciências.
Vista de perto, Rose é uma delinquente de quinta categoria. Por isso mesmo, é a cara da Era da Mediocridade. No Brasil que Lula reinventou e Dilma faz o possível para piorar, o governo federal escolheu para representar a Presidência da República em São Paulo uma vigarista desoladoramente medíocre. Caprichando na pose de quem não conhece ninguém no lugar onde trabalha e mora há dez anos, Dilma ordenou o afastamento dos quadrilheiros. Lula perdeu a voz outra vez.
D)
A coerência de Lula no mensalão e no caso Rosemary
Não é com ele
Pode-se acusar Lula de tudo, menos de incoerência. Em 2005, no auge do escândalo do mensalão, Lula disse publicamente:
- Eu me sinto traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive conhecimento.
Agora, em meio às revelações do caso Rosemary, manda essa:
- Eu me sinto apunhalado pelas costas.
O negócio é tirar o corpo fora. Se bem que, no caso do mensalão, anos depois o discurso mudou: o escândalo seria uma invenção da imprensa. Será que, mais à frente, defenderá Rosemary também?
Por Lauro Jardim
E)
Operação Porto Seguro
Grampo complica situação de Rose
Ligação mostra que ex-chefe de gabinete da Presidência em SP usou o cargo para conseguir reuniões de autoridades com integrantes da quadrilha
Rosemary foi exonerada pela presidente Dilma Rousseff (Denise Andrade/AE)
Um grampo da Polícia Federal captado durante a operação Porto Seguro revela que o empresário Paulo Vieira, apontado como chefe da quadrilha que fazia tráfico de influência em órgãos federais, conversou com um homem identificado pelo nome de César sobre reunião com o ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel. A conversa foi no dia 23 de maio, às 11h07. "A agenda do Alípio com o ministro do Desenvolvimento foi marcada pro dia 6 de junho, eu preciso falar com o Alípio urgente pra falar da agenda", disse Vieira.
O diálogo complica ainda mais a situação de Rosemary Nóvoa de Noronha, ex-chefe de gabinete da Presidência da República em São Paulo. Para a PF, anotações na agenda de Rosemary – conhecida como Rose – mostram que ela se empenhou em promover reuniões de integrantes da organização criminosa com autoridades, "valendo-se do cargo de chefe de gabinete regional da Presidência". Com a revelação do esquema, Rose foi exonerada do cargo pela presidente Dilma Rousseff.
No documento, a ex-assessora, que fora indicada para o cargo pelo ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, escreveu um lembrete: "Agendamento de reunião com min. Pimentel no interesse de Alípio Gusmão – Bracelpa". Gusmão é conselheiro da Associação Brasileira de Papel e Celulose (Bracelpa).
Em outra interceptação, a PF flagrou conversa entre Vieira e seu irmão, Rubens, também no dia 23 de maio, às 15h32. Eles falam da campanha de Fernando Haddad (PT), eleito prefeito de São Paulo nas eleições de outubro. O diálogo mostra prestígio de Rosemary em questões internas do partido. "É o seguinte, Rubens, o PT deve pedir pra Rose uma pessoa pra fazer parte da Comissão do Programa de Governo na área de controle, transparência, essas coisas", disse Vieira. "Certo", respondeu Rubens.
"O candidato natural seria eu, porque eu vim da CGU (Controladoria-Geral da União), mas é que eles não sabem", prosseguiu Vieira. "Mas eu não vou fazer parte de comissão pro Fernando Haddad nem aqui nem na China. Aí eu falei pra Rose que o nome ideal seria você." "Mas de controle?", indagou Rubens. "Claro! Controle é direito administrativo", incentivou Vieira.
"Eu vou montar um e-mail pra ela explicar lá. Eu vou dizer que você conhece muito porque foi da área de controle por muito tempo como corregedor", completa o chefe do grupo.
E)
“Mulher de Lula”, que gostava de ser chamada de “madame”, manda dizer que não vai “cair sozinha”
Por Tânia Monteiro, no Estadão:
Integrantes do PT entraram em ação nas últimas 48 horas para tentar acalmar a ex-chefe do escritório da Presidência em São Paulo Rosemary Nóvoa de Noronha, que está desarvorada com a perda do cargo e com o indiciamento por parte da Polícia Federal (PF) por suspeita de envolvimento com uma quadrilha que traficava pareceres técnicos.
Rosemary teve seus telefones grampeados e a memória de seus computadores está sendo vasculhada pela PF. Por isso, de acordo com informações de petistas, uma operação “acalma Rose” foi deflagrada para dar suporte a ela. Segundo eles, Rosemary é conhecida por sua instabilidade emocional. Ela chora a todo instante. Em alguns momentos, chega a fazer ameaças – conforme os relatos – dizendo que não vai perder tudo sozinha e que não verá sua vida ser destruída sem fazer nada. “Não vou cair sozinha”, avisou.
A ex-chefe do escritório paulista, que sempre se sentiu à vontade para ligar para a cúpula petista e ministros, recorreu ao ex-ministro José Dirceu ao perceber a presença da PF em sua porta. Ela trabalhou com ele por 12 anos. O ex-ministro, que no momento pretende percorrer o País para dizer que a decisão do Supremo Tribunal Federal (STF) de lhe aplicar uma pena de 10 anos e 10 meses é política, respondeu que não poderia fazer nada. Rosemary tentou ainda falar com o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, que não lhe atendeu. Como seu padrinho, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, estava voando da Índia para o Brasil, foi atrás do ministro-chefe da Secretaria Geral, Gilberto Carvalho, que do mesmo modo nada pôde fazer, a não ser tentar acalmá-la.
‘Eu me senti apunhalado pelas costas’, diz ex-presidente Lula
PT reage e diz que associar o ex-presidente a Rosemary, ‘não é adequado’
ISABEL BRAGA
Surpreso . Ao conversar com petistas, Lula disse ter sido traído por Rosemary Noronha, que era chefe do gabinete da Presidência em SP
BRASÍLIA - Apontado como o padrinho de Rosemary Nóvoa Noronha desde sua ida para o governo, o ex-presidente Lula chegou sábado da Índia e, segundo interlocutores, recebeu com surpresa e grande insatisfação a participação de Rosemary em esquema que, segundo a Polícia Federal, favorecia empresas e pessoas interessadas em obter vantagens ilícitas junto a órgãos federais e agências reguladoras.
Além do ministro Gilberto Carvalho (Secretaria Geral), Lula tem conversado com outros petistas sobre a operação da PF. Assim como aconteceu na época do mensalão, Lula se disse traído pela ex-assessora.
— Eu me senti apunhalado pelas costas. Tenho muito orgulho do escritório da Presidência, onde eram feitos encontros com empresários para projetos de interesse do país — desabafou Lula, segundo gente com quem ele conversou.
Rosemary trabalhou, durante anos, no Partido dos Trabalhadores e foi para o governo federal depois que Lula foi eleito. Nomeada para a chefia de gabinete da Presidência em SP pelo ex-presidente, ela foi mantida no cargo pela presidente Dilma, a pedido de Lula.
Lula e Dilma se reuniram pelo menos três vezes este ano no escritório da Presidência em São Paulo. Oficialmente, a assessoria de imprensa do ex-presidente Lula afirmou que ele não vai se pronunciar porque seria leviano comentar investigação ainda em andamento.
Petistas reagiram neste domingo ao que consideram uma tentativa de ligar Lula à denúncia, por ter pedido para que Rosemary fosse mantida no cargo por Dilma. Para pessoas ligadas ao PT, há uma tentativa de desgastar e atingir Lula por vias transversas, como aconteceu com o mafioso Al Capone.
Ex-líder do governo na Câmara, o deputado Cândido Vaccarezza (PT-SP) diz que é inadequada a decisão de associar Lula a uma funcionária de terceiro escalão. Segundo ele, foi Lula quem indicou Dilma para sua sucessão e muitos ministros e funcionários do atual governo são ligados ao ex-presidente. Ele diz que é amigo de Rosemary e foi surpreendido pela denúncia da PF:
— Pegar um funcionário de terceiro escalão e tentar associar ao Lula não é adequado. Todos são, eu fui líder de governo e sou ligado ao Lula. Acho de muito mau gosto, cretinice falar de Al Capone.
Vaccarezza vai defender, na reunião de bancada do PT, que o partido não se oponha se a oposição quiser mesmo levar adiante a convocação de pessoas denunciadas no esquema. O deputado Otavio Leite (PSDB-RJ) confirmou que irá apresentar, amanhã, requerimento para que Rose e os demais envolvidos sejam inquiridos em comissões.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, disse que o momento agora é de aguardar as apurações da PF.
— A nossa orientação é que a Polícia Federal cumpra seu papel seguindo estritamente as ordens — disse Cardozo.
O governador da Bahia, Jacques Wagner (PT), estranhou o fato de seu nome ter sido pinçado da agenda de encontros mantidos no escritório da Presidência em São Paulo, onde vários outros ministros e governadores mantêm agendas.
F)
Enviado por Ricardo Noblat - 26.11.2012 | 7h35m
COMENTÁRIO
Enganado de novo?
por Ricardo Noblat
Ao se convencer que o Supremo Tribunal Federal seria duro com os réus do mensalão e despacharia para a cadeia cabeças coroadas do seu governo, Lula observou outro dia numa roda de amigos: "Não serão juízes que escreverão o último capítulo da minha biografia, mas o povo".
A memória coletiva é falha. Não costuma guardar frases longas.
Lula poderia ter dito algo do tipo: "A História me absolverá".
Foi Fidel Castro quem disse em 1953 depois da tentativa malsucedida de assaltar o quartel de Moncada na província de Santiago de Cuba.
Como advogado, e ótimo orador, fez questão de se defender no tribunal. Aí cometeu a frase.
Não sei se a História absolverá Fidel.
No caso de Lula é ainda cedo para prever quem escreverá o último capítulo de sua biografia. Só digo para não confiar muito no povo.
Em 1960, por exemplo, Jânio Quadros se elegeu presidente com uma votação recorde. Renunciou com sete meses de governo. Imaginou voltar ao poder nos braços do povo.
Desconfiado, o povo não se mexeu.
Na véspera de tomar posse em 1985, o presidente Tancredo Neves baixou hospital. Viveu apenas mais 39 dias para ser operado sete vezes.
Foi uma comoção.
Um ano depois, pouca gente ainda o citava.
Lula só terá a chance de ver o povo escrever o último capítulo de sua biografia se for de novo candidato a presidente. Do contrário, o mensalão ficará para sempre como o desfecho de uma trajetória - toda ela - excepcional.
Quem diria que um fugitivo da miséria do Nordeste, um ex-torneiro mecânico semianalfabeto, governaria o Brasil duas vezes? E elegeria seu sucessor?
Quem diria que o partido dele, dono do discurso da ética e da honradez, patrocinaria um dia o maior escândalo de corrupção da história recente do país?
É patética a reação de alguns dos condenados do PT às decisões tomadas pelos ministros do Supremo. Sugerem que os ministros trocaram de lado se unindo aos conservadores e reacionários.
Culpam a imprensa por isso. (Jamais em parte alguma vi uma imprensa tão poderosa...).
E incitam os chamados "movimentos sociais", movidos a dinheiro público, a promover o "julgamento do julgamento".
Voltaremos à época dos júris estudantis simulados? Se voltarmos estarei dentro!
Os mensaleiros foram sentenciados por uma larga maioria de ministros que Lula e Dilma escolheram.
A imprensa é livre para defender seus pontos de vista, embora seja falsa a ideia de que atua em bloco cobrando a condenação dos réus. Até porque a maior fatia dela é chapa branca, sempre foi e sempre será.
Como não tem independência financeira não pode sequer fingir que tem independência editorial.
Por esperteza e sensatez, Lula aguarda em silêncio o fim do julgamento. Deveria se sentir obrigado a comentá-lo mais tarde.
Não é possível que nada tenha a dizer sobre a condenação daquele a quem chamou um dia de "o capitão do time" - José Dirceu. E sobre o pedido de desculpas que ele próprio apresentou aos brasileiros quando se disse traído e apunhalado pelas costas.
Admite que o Supremo identificou os traidores?
Se responder que não é porque sabe quem o traiu.
Que tal aproveitar a ocasião e explicar o que o levou a avalizar para cargos importantes do governo nomes indicados por Rosemary de Noronha, secretária de Dirceu durante mais de 10 anos?
Ao herdar Rosemary, Lula a promoveu a chefe de gabinete da presidência da República no escritório de São Paulo. Sempre que viajava ao exterior, Rosemary o acompanhava.
Pois bem: na semana passada, a Polícia Federal prendeu seis pessoas e indiciou mais 12, acusadas de fraudarem pareceres em agências e órgãos federais.
Acusada de corrupção ativa, Rosemary faz parte do grupo, e mais dois irmãos que ela empregou no governo. A nomeação de um deles foi recusada duas vezes pelo Senado em dezembro de 2009.
Lula forçou a mão e no ano seguinte a nomeação foi votada pela terceira vez. Finalmente saiu.
Por que tanto empenho para atender um pedido de Rosemary?
Enganado de novo, Lula?
Sei.
Seja pelo menos original. Não fale em traição. Nem em apunhalamento pelas costas.
II -HADDAD ESCOLHE SEU GABINETE E SECRETÁRIOS, ENTRE ELES CONDENADOS E INVESTIGADOS POR CORRUPÇÃO E DESVIOS DO DINHEIRO PÚBLICO, ESTE É O PT PARTIDO DA ÉTICA
São Paulo: o futuro prefeito Haddad e seus fichas-sujas e quase-sujas
Transparência e eficiência do novo prefeito de SP: seus secretários já vêm com problemas na Justiça -- casos de José de Fillipi e Cleuza Repulho
Da coluna de hoje do jornalista Carlos Brickmann, publicada em vários jornais:
O prefeito eleito de São Paulo, Fernando Haddad, do PT, está dando aulas de eficiência. Seu secretário da Saúde, José de Fillipi, do PT, já está condenado em segunda instância (é, portanto, ficha-suja) a devolver R$ 2,1 milhões aos cofres públicos, por ter, como prefeito de Diadema, contratado sem licitação o escritório do advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, do PT.
Recorreu ao Supremo.
Haddad escolheu Cleuza Repulho para a Secretaria da Educação.
Cleuza já foi consultora da Unesco e secretária da Educação de Santo André e São Bernardo, sempre em administrações do PT. Foi denunciada pelo Ministério Público à Justiça como uma das responsáveis por um desvio de R$ 48,8 milhões, em Santo André; e está na lista de inadimplentes da Prefeitura de Santo André, por não ter devolvido, conforme determinou o Tribunal de Contas do Estado, R$ 125 mil que gastou em viagens.
Em São Bernardo, o Ministério Público abriu inquérito para apurar favorecimento na assinatura de um convênio de R$ 3,2 milhões.
Haddad não é eficiente?
Poupa trabalho e é transparente, escolhendo secretários que não dão margem a desconfianças. Já assumem na mira da Justiça.
Frase do Dia
"Eu me senti apunhalado pelas costas."
Lula, valendo-se de uma frase que disse em 2005 sobre o escândalo do mensalão para se referir agora ao indiciamento por corrupção ativa de Rosemary Noronha, sua ex-secretária, nomeada por ele chefe de gabinete da presidência da República em São Paulo e interrogada no último sábado pela Polícia Federal.
Até amanhã
As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde