Bom dia, após a fase de condenações dos quadrilheiros mensaleiros, estamos vivenciando uma capacidade ímpar de somente agora o governo e seus aliados virem a mídia falarem das condições precárias das penitenciárias brasileiras, como se eles não fossem culpados por este estado lamentável das prisões, o Ministério da Justiça é o maior responsável por este estado de coisas e agora sr. Ministro José Cardoso, petista é claro, acordou e viu que de fato não se pode conviver num destes presídios sem tornar-se parte da bandidagem lá encarcerada, ora, depois de 10 anos na presidência deste país o PT e seus miquinhos amestrados estão a se dar conta da realidade que todo o dia é noticiada nos meios de comunicações, claro está, seus membros ilustres mensaleiros terão que passar um tempo nestas prisões, somente por este motivo vem os governistas a público decantar tanta miséria e precariedade destes ambientes onde se tornará mais bandido ainda aquele que lá está, é hilário que só agora que bandidos como José Dirceu, José Genuino, Delubio Soares petistas e outros parceiros estejam com o "pé" dentro de uma destas casas de horrores o governo tenha a preocupação com o que lá acontece, a meu ver, devem estes criminosos sim conviver com a realidade atual e provarem um pouquinho da incapacidade e das mentiras deste governo que somente olha para sua "barriga" como se diz na gíria, e vem a público mostrar que o Brasil das Maravilhas é uma ilusão criada pelos marqueteiros de plantão no governo federal, este é o governo do PT para quem ainda acredita neles mais uma amostra do que são na realidade, meros ladrões do dinheiro público e não benfeitores do povo brasileiro.
Acreditem se quiserem, o governo brasileiro vai investir muito mais que investirá aqui no Brasil para a privatização do aeroporto de... Lisboa em Portugal sim é isto mesmo, nós povo brasileiro vamos emprestar dinheiro para que o aeroporto lisbonense seja privatizado e adquirido por empresas brasileiras, pior, vamos investir muito mais do que aqui investiremos para a reforma dos nossos que se tornam a cada dia mias obsoletos em virtude do crescimento da demanda no país, e a Copa vem aí e nada de se tomarem atitudes necessárias para evitar o caos que se percebe acontecerá durante o evento, é uma vergonha, e o povo pagará por isto sem dúvida.
O Petroleo é nosso!!! O petróleo brasileiro está em vias de ficar estagnado em sua produção se os impasse no Congresso continuarem, leiam o artigo de Jorge Mendonça e Francisco Petros, o país caminha para o caos energético com certeza.
Juarez Capaverde
‘Pensando no futuro’
PUBLICADO NA COLUNA DE CARLOS BRICKMANN
CARLOS BRICKMANN
Um importante ministro do Governo Federal critica as más condições das prisões e nenhuma outra autoridade fala algo sobre as más condições das escolas. Claro: ninguém do Governo imagina que haja uma escola em seu futuro. Dificilmente as declarações do ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, e do ministro Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal, poderiam ser mais corretas: as prisões brasileiras são medievais, desumanas, não reeducam nem, o que seria o mínimo, impedem os condenados de praticar crimes mesmo durante o período em que se imagina que estejam contidos.
Mas dificilmente Cardozo e Toffoli poderiam escolher uma ocasião pior para tocar no assunto. Toffoli, há pouco tempo, votou pela condenação de um deputado de Roraima a 13 anos de prisão e não se preocupou com as condições em que ficará no presídio. E Cardozo, cujo partido está no Governo desde o início de 2003, só agora critica a situação carcerária ─ que, aliás, sendo ele ministro da Justiça, é de sua responsabilidade.
Antes da condenação de José Dirceu, que segundo Lula é o capitão do time, Sua Excelência o ministro não se preocupava tanto com o tema. Aos números: da verba disponível para presídios neste ano de 2012, o ministro Cardozo usou apenas 20%. Com os 80% que não soube investir seria possível construir oito novos presídios, dentro das modernas condições que agora ele considera necessárias. Diante das declarações do ministro José Eduardo Cardozo sobre o sistema prisional, só resta uma pergunta: que é que ele faria se estivesse no Governo?
Quase certo
Este colunista concorda, em parte, com as declarações do ministro Toffoli, de que o intuito dos crimes do Mensalão era “o vil metal”, e que portanto os crimes deveriam ser pagos com o vil metal. Só há dois senões:
1 ─ qualquer assaltante de rua tem como objetivo o dinheiro, “o vil metal”. Aceitando-se a opinião do ministro Toffoli, não seria preciso prendê-lo, desde que devolvesse “o vil metal” e pagasse, digamos, uma multa;
2 ─ O objetivo dos crimes do Mensalão não era “o vil metal”. Segundo a própria defesa dos réus, ninguém ali estava roubando para enriquecer. Seu objetivo era, na melhor das hipóteses, forrar o caixa 2 do partido (o que também é um crime); ou, na pior, comprar apoio parlamentar para o Governo Federal. Tanto é assim que o PT alega, agora, que os condenados não têm recursos para pagar as multas a eles impostas, e pensa até em fazer uma vaquinha para ajudá-los. A propósito, a frase de Toffoli é um reconhecimento de que houve crimes.
Nada de novo
Para pagar as multas, o PT quer fazer uma vaquinha. Ah, sempre as tetas!
O nosso, o deles
O Governo português decidiu privatizar o aeroporto de Lisboa, o maior do país. Há brasileiros no páreo: um consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht e CCR; outro, liderado pelos argentinos da Corporación América, inclui a brasileira Engevix. Há algo em comum entre os dois consórcios: se um deles ganhar, quem paga boa parte da conta é o caro leitor, por meio dos generosos cofres do bom e velho BNDES. Cada consórcio obteve 1,2 bilhão de euros de crédito do BNDES. Alegre-se: parte da vitória é sua, embora só eles ganhem.
Lá e cá
A propósito, o Governo Federal decidiu investir pesado nos aeroportos brasileiros. No próximo orçamento, prevê-se que a Infraero receberá R$ 1,7 bilhão para os aeroportos do país inteiro. É menos da metade do que o BNDES pretende destinar aos compradores de um único aeroporto em Portugal.
Renovação
Por falar em São Paulo, o prefeito eleito Fernando Haddad, o Homem Novo, escolheu um velho companheiro do PT, José de Fillipi, tesoureiro da campanha de Dilma, ex-prefeito de Diadema, para secretário da Saúde. Fillipi está condenado em segunda instância a devolver R$ 2,1 milhões aos cofres públicos, por contratar sem licitação o escritório do advogado petista Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-vice da prefeita petista Luiza Erundina. Fillipi recorreu ao Supremo.
Cá e lá
A diferença entre o Brasil e o Velho Oeste americano é que lá quem usava estrela no peito era o mocinho.
MENSALÃO: “Querer evitar a prisão de políticos poderosos e banqueiros pretextando a péssima situação do sistema carcerário é debochar da opinião pública”
B)
14/11/2012 às 20:18 \ Política & Cia-Ricardo Setti
Toffoli só descobriu que cadeias brasileiras são ruins agora, quando petistas estão sendo enviados para lá. Dá vergonha tê-lo como ministro do Supremo
Cadeia brasileira: ruim desde sempre -- mas só agora, que figurões petistas vão para detrás das grades, petistas graúdos percebem o que todo mundo já sabia (Foto: Juarez Capaverde)
Petistas, como o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo — o mesmo que disse que, “do fundo do coração”, preferiria morrer a ir cumprir pena numa cadeia brasileira –, acabam de descobrir que nosso sistema prisional é podre.
O engraçado é que o partido de Cardozo está há dez anos no poder e seu Ministério, justamente, tem como uma de suas funções um importante papel de coordenação no sistema penitenciário.
O que fizeram, em 10 anos no poder? Construíram três — só três, para um país de quase 200 milhões de habitantes — presídios federais supostamente de “segurança máxima”.
(Eu próprio já mostrei, tempos atrás, a “segurança máxima” e a vigilância atenta de funcionários de um desses presídios, o de Catanduvas (PR), onde na ocasião estava recolhidos alguns dos mais perigosos e sanguinários do crime organizado no Rio de Janeiro.)
E o próprio Cardozo, o que fez? Bem, esse o Reinaldo Azevedo já fuzilou, devidamente.
Vejam esse trecho desse post de Reinaldo:
“O PT está no poder há dez anos. O que a Secretaria Nacional de Segurança, esta obra de ficção, fez até hoje para combater a violência? Como é que este senhor [Cardozo] comanda a área que está diretamente ligada ao combate à violência e se sai com um diagnóstico do espanto, mas sem medida profilática? O que o ministro Cardozo efetivamente fez para, vá lá, melhorar a situação dos presídios ao menos? Eu conto: em 2011, a Secretaria sob o seu comando gastou R$ 1,5 bilhão a menos do que gastou em 2010.”
Ministro Dias Toffoli: fazendo coro no julgamento do mensalão à declaração absurda do Ministro da Justiça (Foto: Nelson Jr. / STF)
Quanto ao ministro do Supremo Dias Toffoli, que, em ordem unida, reprisou as declarações de José Eduardo Cardozo para, quase aos berros, defender a tese esdrúxula de que não se devem enviar para a cadeia a não ser culpados de crime de sangue. Pregou pena pecuniária aos mensaleiros.
Pessoalmente, eu acharia ótimo que a pena pecuníária fosse ACRESCIDA às outras dos mensaleiros.
Mas Toffoli, em seu ridículo, vergonhoso afã de defender os petistas condenados e evitar que marchem para trás das grades, em que quase babou ao proferir por extenso o nome de Lula, parece ter-se esquecido de duas coisas:
1. Ele está no Supremo há três anos. Em quantos casos de condenação criminal que examinou nesse período — antes das aplicadas a seus camaradas petistas — manifestou-se preocupado com as (péssimas) condições das penitenciárias e cadeiões do país?
2. Que existe em vigor um Código Penal! As penas aplicadas pelo Supremo aos mensaleiros constam do Código Penal! O Supremo não se afastou da lei! Para adotar o rumo pregado pelo ex-assessor de Dirceu, é preciso mudar a legislação.
Repito o que disse hoje pela TV do site de VEJA o que disse o historiador Marco Antonio Villa: me dá vergonha ter um ministro como Toffoli no Supremo Tribunal do nosso país.
C)
FUGINDO DA CADEIA
Por Merval Pereira, em O Globo
É meio vergonhoso para o PT, há dez anos no poder, que a situação desumana de nosso sistema penitenciário vire tema de debate só agora que líderes petistas estão sendo condenados a penas que implicam necessariamente regime fechado.
Chega a ser patético que o ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, no final das contas responsável pelo monitoramento das condições em que as penas são cumpridas, diga em público que preferiria morrer caso fosse condenado a muitos anos de prisão.
Dois anos no cargo, e o ministro só se mobiliza para pôr a situação das prisões brasileiras em discussão no momento em que companheiros seus de partido são condenados a sentir na própria pele as situações degradantes a que presos comuns estão expostos há muitos e muitos anos, os dez últimos sob o comando do PT.
Também o ministro revisor Ricardo Lewandowski apressou-se a anunciar que muito provavelmente o ex-presidente do PT José Genoino vai cumprir sua pena em prisão domiciliar porque não há vagas nos estabelecimentos penais apropriados para reclusões em regime semiaberto.
Ministro José Eduardo Cardozo: declaração patética para quem deveria monitorar as condições em que as penas são cumpridas (Foto: Wilson Dias / Agência Brasil)
Para culminar, vem Dias Toffoli defender que as condenações restritivas da liberdade sejam trocadas por penas alternativas e multas em dinheiro. Tudo parece compor um quadro conspiratório para tentar evitar que os condenados pelo mensalão acabem indo para a cadeia, última barreira a ser superada para que a impunidade que vigora para crimes cometidos por poderosos e ricos deixe de ser a regra.
Dias Toffolli, para justificar sua tentativa de tirar da cadeia os petistas condenados, defendeu a tese de que eram meros assaltantes dos cofres públicos, sem objetivos políticos: “Os réus cometeram desvios com intuito financeiro, não atentaram contra a democracia, que é mais sólida que tudo isso! Era o vil metal. Que se pague com o vil metal.”
Luiz Fux chegou a lembrar que apenas o Congresso pode mudar o Código Penal, que no momento estipula penas restritivas de liberdade para o tipo de crime que está sendo julgado.
Gilmar Mendes, que, quando foi presidente do Conselho Nacional de Justiça (CNJ), comandou mutirão nacional para regularizar a situação de condenados em situação irregular nas cadeias depois de cumpridas as penas, lamentou que o ministro da Justiça tivesse falado só agora, “já que esse tema é conhecido desde sempre e é muito sério”.
Ele não esqueceu a culpa da própria Justiça, que “não consegue julgar no tempo adequado estas questões”, mas ressaltou que “há uma grande responsabilidade de todos os governos se aí não há recursos para fazer presídios”.
O decano do Supremo, Celso de Mello, foi objetivo sobre “a grande a responsabilidade do Ministério da Justiça”, lembrando que um dos órgãos mais expressivos na estrutura penitenciária é o Departamento Penitenciário Nacional, ao qual cabe acompanhar as normas de execução penal em todo o território nacional, fiscalizar periodicamente o sistema prisional.
“O que temos visto no sistema prisional brasileiro é um depósito de presos, pessoas abandonadas à própria sorte por irresponsabilidade do poder público. É importante que o ministro tenha feito essa observação de maneira muito cândida, mas é preciso que o poder público exerça a parte executiva, sob pena de se frustrar a finalidade para a qual a pena foi concebida”, ressaltou Celso de Mello.
Para o decano da Corte, a prática da lei de execução penal “tornou-se um exercício irresponsável de ficção jurídica, uma vez que o Estado mantém-se desinteressado desta fase delicadíssima de implantação das sanções penais proclamadas pelo Poder Judiciário”.
E lembrou que um artigo da Lei de Execução Penal determina que a pena deve ser cumprida em um local com dormitório, aparelho sanitário e lavatório, salubridade do ambiente, área mínima de seis metros quadrados. E o que se tem em realidade é um “inferno carcerário”.
Querer evitar a prisão de políticos poderosos e banqueiros pretextando a péssima situação de nosso sistema carcerário é debochar da opinião pública, menosprezar os que já estão vivendo essa situação degradante e não encarar um problema gravíssimo que exige política de governo em vez de uma esdrúxula campanha.
D)
NÃO ENTRA MOSCA
Por Dora Kramer, em O Estado de S. Paulo
Geralmente o ex-presidente Lula posiciona-se melhor calado. Não por acaso preferiu o silêncio em momentos realmente cruciais quando no exercício do poder de fato e de direito.
Não comentou de imediato nenhum dos escândalos ocorridos em seu governo, bem como se manteve silente durante longo tempo por ocasião do caos aéreo iniciado em 2006.
Lula é loquaz, mas se contém quando interessa e os companheiros compreendem mesmo ao custo de sapos indigestos.
Sob a perspectiva estratégica é que deve ser entendida a discrição do ex-presidente diante da restrição de liberdade imposta pelo Supremo Tribunal Federal a José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares.
Quando os adversários cobram dele “firmeza de caráter” na prestação de solidariedade aos condenados fazem apenas jogo de cena. Seriam os primeiros a criticá-lo se resolvesse oferecer de público o ombro amigo.
Diriam que afronta a Justiça, que desrespeita as instituições, que se associa a malfeitorias e assim por diante.
É verdade que na Presidência Lula por diversas vezes fez declarações memoráveis em prol de gente envolvida em escândalos, assim como defendeu abrandamento de instrumentos de fiscalização ao setor público e ignorou a Constituição.
Ele jura que não assistiu à sessão em que graúdos foram condenados
Ocorre, contudo, que a hora não é propícia ao falatório. Não mudará as sentenças, não alterará a adversa circunstância e ainda pode prejudicar a virada da página de que o PT tanto necessita para seguir adiante com a vida.
Se Lula e Dilma são populares, o Supremo Tribunal Federal e seu futuro presidente Joaquim Barbosa também passaram a ser. Afora as regulares manifestações de desagrado, não seria oportuno ao PT dedicar-se ao mau combate investindo com agressividade contra a Corte.
O esforço do partido nesse momento é o de dissociar-se das sentenças, mostrar ao público que a condenação dos petistas não pode ser estendida ao PT.
Daí Lula recorrer mais uma vez à sua desassombrada incoerência para responder “não vi” à indagação sobre a sessão em que se deu a definição das penas.
Não viu tanto quanto nada ouviria sobre o julgamento – “tenho mais o que fazer”, disse no dia 3 de agosto – a respeito do qual trataria em reuniões de avaliação sobre a perspectiva de condenações e possibilidades de penas mais brandas e, ao menos uma vez, levaria ao palanque da eleição municipal.
Quando a estridência é burrice
Pouco antes do primeiro turno, em 27 de setembro, disse que o processo do mensalão “não é vergonha” porque “no nosso governo as pessoas são julgadas e tudo é apurado”. Esta foi uma das duas vezes em que se manifestou publicamente sobre o assunto.
A segunda ocorreu em entrevista ao jornal argentino La Nación, publicada em 18 de outubro, para considerar-se devidamente “julgado pelas urnas”. Pouco antes, em 10 de outubro, classificara de “hipocrisia” a condenação do núcleo político em conversas com correligionários.
Referências sempre oblíquas de modo a não se comprometer nem corroborar a promessa que fizera ao deixar a Presidência de dedicar cada um de seus dias a provar que o mensalão não existiu.
Há outras formas de Lula ser solidário sem fazer barulho. Mal comparando, é como disse Delúbio Soares no auge do prestígio para derrubar proposta de o PT abrir as contas de campanha na internet: “Transparência assim é burrice”.
No caso presente, a estridência também.
Vencido
José Dirceu anuncia que não se calará diante da “injusta sentença” a ele imposta. O inconformismo, no entanto, não basta.
Quando deixou a Casa Civil em junho de 2006 anunciou que reassumiria o mandato de deputado para comandar a defesa e o ataque do governo no Congresso Nacional.
Não conseguiu concluir o discurso de posse, bombardeado por apartes de seus pares que seis meses depois lhe cassariam o mandato.
E)
Enviado por Mary Zaidan - 18.11.2012 | 12h04m
POLÍTICA
"Toffoli e a bailarina"
Com 44 anos, completados no dia 15 de novembro, José Antonio Dias Toffoli, o mais jovem ministro da Suprema Corte, sabe bem que para chegar ao topo é preciso dançar como toca a música.
Reprovado por duas vezes em concursos da Justiça paulista, onde, se tivesse sucesso, começaria como substituto em uma comarca de pequeno porte e, passo a passo, aprenderia as vênias nas entrâncias da carreira, Toffoli preferiu o caminho mais curto: advogou para o PT, para as campanhas de Lula, para a Casa Civil da Presidência. De lá para o STF foi um pulo. Um salto grande demais, que o desnudou.
Toffoli até poderia ter evitado os vexames a que vem se expondo. Bastaria ter se considerado impedido de julgar os réus da Ação 470, senão todos, pelo menos os petistas, principalmente, Dirceu, seu ex-patrão. A atitude o engrandeceria. Mas preferiu não tê-la. Talvez porque ainda se sentisse em dívida com os promotores do baile.
E é obediente. Na primeira chance após a condenação de Dirceu a 10 anos e 10 meses de cadeia, derramou sandices no plenário da Corte, apoiando-se no ministro da Justiça José Eduardo Cardozo.
Cardozo, que, ao criticar o estado de penúria das prisões brasileiras, nem parecia ser um dos responsáveis pelo sistema, prefere morrer a ficar preso. Toffoli pareceu querer salvar a vida da “banqueira e bailarina” Katia Rabello, dona do Banco Rural, condenada a 16 anos de cadeia.
Mas Katia foi apenas a desculpa, a bailarina.
Sem poder participar da dosimetria das penas de seus amigos, já que não os condenou, Toffoli tentou convencer seus pares de que prisão não é compatível com crimes sem violência. Logo ele, que, segundo apurou o jornal O Globo, aplicou a mais alta pena para peculato de que se tem notícia ao julgar o deputado Natan Donadon (PMDB-RO), condenado a mais de 13 anos de xilindró.
A tese das penas brandas até tem vários adeptos, mas Toffoli agiu contra ela.
Fraquíssimo na argumentação, foi incapaz de sensibilizar.
Dançou de vez ao afirmar que o mensalão não atentou contra a democracia. Que a democracia e o estado de direito eram mais sólidos do que isso. Que o crime era de vil metal e, portanto, tinha de pesar mais no bolso do que na cela. Quer dizer que quem rouba deve ter pena de prisão mais leve? E que há distinção entre surrupiar o Estado para si ou para outros fins?
Estranho raciocínio. Quanto mais para alguém que, até por dever do cargo e função, tem de zelar pela democracia e pelo estado de direito.
Inexperiente, Toffoli tropeça no ritmo. Sem tutela, mostra-se zonzo. Age como um bailariço, como se ainda estivesse na outra corte.
Mary Zaidan é jornalista, trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa, @maryzaidan
II) O MODO PETISTA DE GOVERNAR E TORRAR, E MAL O DINHEIRO DO POVO
Leiam atentamente o artigo abaixo e constatem a vergonhosa maneira dos petistas governarem, quanto será que estão levando?
Juarez Capaverde
Carlos Brickmann: governo vai investir em nossos aeroportos metade do que o BNDES emprestará para a privatização do aeroporto de Lisboa
Há três empresas brasileiras no páreo da privatização do Aeroporto de Lisboa. Se alguma delas ganhar, nós pagaremos a conta (Foto: Graciano Coutinho)
O NOSSO, O DELES
O Governo português decidiu privatizar o aeroporto de Lisboa, o maior do país. Há brasileiros no páreo: um consórcio formado pelas empreiteiras Odebrecht e CCR; outro, liderado pelos argentinos da Corporación América, inclui a brasileira Engevix.
Há algo em comum entre os dois consórcios: se um deles ganhar, quem paga boa parte da conta é o caro leitor, por meio dos generosos cofres do bom e velho BNDES. Cada consórcio obteve 1,2 bilhão de euros de crédito do BNDES. Alegre-se: parte da vitória é sua, embora só eles ganhem.
Lá e cá
A propósito, o Governo Federal decidiu investir pesado nos aeroportos brasileiros. No próximo orçamento, prevê-se que a Infraero receberá R$ 1,7 bilhão para os aeroportos do país inteiro. É menos da metade do que o BNDES pretende destinar aos compradores de um único aeroporto em Portugal.
Renovação na prefeitura paulista!
O prefeito eleito Fernando Haddad, o Homem Novo, escolheu um velho companheiro do PT, José de Fillipi, tesoureiro da campanha de Dilma, ex-prefeito de Diadema, para secretário da Saúde.
Fillipi está condenado em segunda instância a devolver R$ 2,1 milhões aos cofres públicos, por contratar sem licitação o escritório do advogado petista Luiz Eduardo Greenhalgh, ex-vice da prefeita petista Luiza Erundina. Fillipi recorreu ao Supremo.
No Velho Oeste, quem levava estrela no peito era o mocinho
Cá e lá
A diferença entre o Brasil e o Velho Oeste americano é que lá quem usava estrela no peito era o mocinho.
Vou cantar-te nos meus versos
Marco Maia, presidente da Câmara, está na Presidência da República desde sexta-feira, com as viagens de Dilma e Temer. Fica até amanhã. Mas o Brasil é um grande país e o brasileiro é antes de tudo um forte.
Sobreviveremos.
III) NUM PAÍS SEM RESPONSABILIDADE. GOVERNADO PELA IDEOLOGIA E O FISIOLOGISMO É ISTO O QUE ACONTECE
Um alerta: podem ocorrer atrasos nos novos leilões na área do petróleo — o que pode levar à estagnação da produção
Problemas no Congresso e, talvez, no Supremo poderão levar a uma estagnação da produção de petróleo e à uma diminuição das reservas -- por atraso nos novos leilões de exploração (Foto: Marcelo Sayão / EFE)
Amigas e amigos do blog, há algumas nuvens no horizonte do setor energético no país, segundo mostra esta nota do blog Política & Economia na Real, do jornalista José Márcio Mendonça e do economista Francisco Petros.
UM ALERTA
A votação da redistribuição dos royalties do petróleo, quando a Câmara não atendeu a pelo menos dois desejos da presidente Dilma – destinar o dinheiro em sua totalidade para a área de educação e só adotar novos critérios para o petróleo novo, não incluindo o que já está licitado e em produção – é um alerta para o governo para as dificuldades que ele pode encontrar na hora de votar a MP 579, que prorroga contratos na área de energia elétrica.
O Congresso jogou uma bomba no colo da presidente: se vetar desagrada, se não vetar, desagrada também. E nos dois casos o fim da confusão pode ser o Supremo Tribunal Federal.
Porém, dependendo do correr da briga no Judiciário, o governo pode ficar impedido da realizar, no tempo prometido, licitação de novas áreas de exploração de petróleo, tanto nas áreas do pré-sal como nas outras.
Há sete anos não ocorre nenhum leilão, o que está levando à diminuição das reservas nacionais e até a uma estagnação da produção brasileira.
Um adiamento desses leilões já marcados – maio e novembro – mais a confusão na área elétrica, não seriam nada agradáveis com os investidores, já ressabiados com o que muitos chamam de excesso de intervencionismo e outros de excesso de voluntarismo do governo brasileiro.
FRASE DO DIA
"A numerosa claque dirceusista insiste em afirmar que a gangue foi condenada por um Tribunal de Exceção; concordo: a exceção foi o Lula, que deveria estar lá sentadinho no banco dos réus"
Até amanhã.
As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde
Nenhum comentário:
Postar um comentário