sexta-feira, 9 de novembro de 2012

CONDENADOS A ESPERA DAS PENAS, A MAIORIA VAI PARA A CADEIA APESAR DE LULA TER GARANTIDO O CONTRÁRIO -

CONDENADOS A ESPERA DAS PENAS, A MAIORIA VAI PARA A CADEIA, APESAR DE LULA TER GARANTIDO O CONTRÁRIO
Bom dia, após alguns dias devido a problemas particulares volto a postar para voces minhas opiniões e os fatos recentes na área política brasileira, hoje ainda estamos vivenciando o julgamento do mensalão que havia sido interrompido pela viagem do Ministro Barbosa e agora recomeçou.

Sobre o primeira parte do julgamento antes deste breve recesso ainda repercute todos os ritos realizados nas secções que julga o processo, claro está, os réus principalmente os da área política não estão contentes, ou melhor, estão com medo de enfim serem levados para a cadeia apesar do líder Lula o Mentiroso ter-lhes afiançado não haver este perigo, e, está novamente sendo desmentido pelo Supremo a quem achava ele em sua prepotência comandaria, o que não ocorreu, com a exceção de dois dos ministros que ainda lhe beijam os pés, Ministro Lewandowski e Dias Toffoli, os restantes estão sendo duros com a quadrilha formada pelo Zé Dirceu e ele que não está, infelizmente, sendo julgado agora, mas, já há denúncias e denúncias fortes que irão ser investigadas e quem sabe logo estará também o "super-homem" no seu pensar, também sendo trancafiado na penitenciária onde é seu lugar de direito.

O Ministro Joaquim sempre dentro da coerência de seus atos, tomou também a decisão de confiscar os passaportes dos réus e coloca-los na lista de condenados que não podem sair do país antes da conclusão do julgamento e da definição das penas que lhe serão infringidas, atitude esta que também está sendo contestada e criticada principalmente pelos réus petistas que se acham acima das leis e da justiça no país, sabem que agora só lhes resta falar contra já que condenados  estão esperando apenas aa penas e o encaminhamento a cadeia, seu lugar, por terem enganado o povo brasileiro e por tentarem acabar com as instituições como as temos hoje no direito democrático dos três poderes independentes.

A tentativa da consumação da democracia das esquerdas aqui não colou, ou melhor, o comunismo disfarçado em democracia tal qual o implantado na Venezuela e outros países latino-americanos nos moldes da ditadura Cubana onde os poderosos tudo podem e o povo deve-lhes obediência sem contestação tal qual a escravidão racista que mantínhamos nos tempos da escravatura dos povos de origem negra, desta já nos libertamos graças a Princesa Isabel e da pretendida graças a um dos réus Roberto Jefferson que colocou o Brasil e o mundo a par das intenções petistas para o povo brasileiro, e agora graças ao Sr. Ministro Joaquim Barbosa que está realmente acabando com as perspectivas futuras desta quadrilha unida em torno de um partido o PT.

Leiam;

Juarez Capaverde.



Barbosa determina entrega de passaportes de condenados


Réus do mensalão têm 24 horas para levar documentos ao STF


AGÊNCIA O GLOBO / GIVALDO BARBOSA

BRASÍLIA - O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou na noite desta quarta-feira o recolhimento dos passaportes do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-deputado José Genoino, do ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e de outros 22 réus condenados no processo no mensalão. Eles terão 24 horas para entregar os passaportes no STF a partir do recebimento da notificação do ministro. Barbosa ordenou a entrega dos passaportes a partir de um pedido do procurador-geral da República, Roberto Gurgel. A medida é uma forma de evitar fugas para o exterior e se estende a passaportes emitidos por outros países, caso algum dos réus tenha dupla cidadania.

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“Com efeito, a proibição de o acusado já condenado ausentar-se do país, sem a autorização jurisdicional, revela-se, a meu sentir, medida cautelar não apenas razoável como imperativa, tendo em vista o estágio avançado das deliberações condenatórias de mérito já tomadas nesta ação penal pelo órgão máximo do Poder Judiciário do país”, afirmou Barbosa, em despacho assinado logo depois da sessão desta quarta.
No documento, Barbosa repreende duramente o comportamento de alguns réus que viajaram ao exterior recentemente e de outros que fizeram críticas à atuação do STF no processo do mensalão. “Considero, por outro lado, que alguns dos acusados vêm adotando comportamento incompatível com a condição de réus condenados e com o respeito que deveriam demonstrar para com o órgão jurisdicional perante o qual respondem por acusações de rara gravidade. Uns, por terem realizado viagens ao exterior nesta fase final do julgamento.

Outros, por darem a impressão de serem pessoas fora do alcance da lei, a ponto de, em atitude de manifesta afronta a este Supremo Tribunal Federal, qualificar como “política” a árdua, séria, imparcial e transparente atividade jurisdicional a que vem se dedicando esta Corte, neste processo desde o dia 2 de agosto último”, afirmou.

O ministro não citou nomes, mas as críticas têm endereço certo. Semana passada, o ex-ministro José Dirceu insinuou que o julgamento do mensalão foi político e defendeu que o PT teria, como tarefa daqui para frente, desmontar “a farsa do mensalão”. Barbosa sustenta que o tribunal tem se mantido dentro dos limites da lei. Segundo ele, nos últimos meses, o STF “jamais se desviou dos cânones constitucionais e civilizatórios representados pelos princípios da imparcialidade, da ampla defesa, do contraditório, da presunção de inocência, rigorosamente observados até se chegar a édito condenatório densamente fundamentado por todos”.

O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), que viajaram ao exterior, também são alvos das críticas do ministro. “Na fase em que se encontra o julgamento, parece-me inteiramente inapropriada qualquer viagem ao exterior por parte dos réus já condenados nesta ação penal, sem conhecimento e autorização deste Supremo Tribunal Federal, ainda que o pronunciamento da Corte, até o momento, não tenha caráter definitivo”.
O relator argumenta que o recolhimento dos passaportes em processos criminais é uma medida cautelar prevista na legislação brasileira e está ao alcance de qualquer magistrado. O ministro ressaltou que a reforma processual, recentemente, estabeleceu mais claramente essas medidas


b)


07/11/2012 às 17:30 \ Direto ao Ponto-Augusto Nunes

Os quadrilheiros condenados sonham com a extinção do jornalismo independente


Decidido a desmentir a suspeita de que a seita lulopetista sonha com a censura à imprensa, o ex-jornalista Rui Falcão confirmou-a no artigo publicado pela Folha de 2 de novembro. “Nos últimos dias, ressurgiram os rumores de que PT pretende retaliar os ataques infundados que sofreu propondo censura à mídia. Nada mais mentiroso”, mentiu o presidente do partido. “O PT apenas quer debater na sociedade e no Congresso a necessária regulação da mídia, com o fito de alargar a liberdade de expressão e fortalecer a democracia.”

Linhas adiante, o mitômano sem cura rasgou a fantasia: “Nosso partido fará agora uma profunda avaliação sobre as injustiças de que tem sido alvo, em reunião do nosso diretório nacional ainda neste ano”, entregou-se. Injustiças cometidas pelo jornalismo independente, claro. Falcão encerrou o palavrório com uma piada: “O PT continuará defendendo a ética e a democracia, a despeito daqueles que discordam desses valores”.

Como jamais perde qualquer chance de errar, José Dirceu entrou na conversa para endossar a discurseira do companheiro ─ e transformou a suspeita em certeza. No começo da semana, o ex-ministro condenado pelo STF por corrupção ativa e formação de quadrilha elogiou Rui Falcão por ter desmontado a boataria espalhada pelo que agora chama de “grande e velha mídia”. Nesta quarta-feira, ao discursar no 35° Congresso Nacional de Jornalistas, entregou-se também.

“O Congresso realiza-se num momento crucial em que o país retoma a discussão da regulação da mídia, um debate que deverá intensificar-se em 2013″, avisou o orador. Conversa fiada. O que o país anda discutindo é a pena que deve ser aplicada aos quadrilheiros do mensalão. E o que vai intensificar-se em 2013 é o combate à corrupção apadrinhada pelos donos do poder.

O que Dirceu e Falcão chamam de “regulação da mídia” é a velha e sórdida censura à imprensa. Caprichando na pose de inocente, o coro dos candidatos à cadeia grita que os ministros do STF sucumbiram às pressões da imprensa conservadora. “As condenações foram influenciadas pela mídia”, garante o refrão composto por Dirceu. Coisa de vigarista. Os mensaleiros foram castigados porque atropelaram o Código Penal e passaram os anos seguintes confiantes na impunidade perpétua.

Ao comentar as denúncias de Marcos Valério que confirmam seu envolvimento no caso Celso Daniel, o caixa-preta Gilberto Carvalho dispensou-se de acionar judicialmente o acusador com uma justificativa esperta: “É preciso respeitar o desespero dele”. Desesperada está a turma do mensalão, corrige o berreiro dos condenados. Mas criminosos não merecem respeito

d)



MENSALÃO: Dirceu não se emenda: mesmo condenado pelo Supremo, continua falando em “farsa” do mensalão — e em “regular” a imprensa

Bruno Lupion – O Estado de S.Paulo

O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu apoiou ontem declaração do presidente nacional do PT, Rui Falcão, feita na semana passada, de que o partido seguirá mobilizado para demonstrar que nunca houve a compra de votos denunciada no mensalão.

Em artigo publicado no seu blog, Dirceu afirmou que a “desconstrução” da “farsa do mensalão” será uma das três prioridades do PT para 2013. As outras duas serão a reforma política e a regulamentação da mídia.

“O partido faz muito bem em eleger esta regulação (da mídia) como uma das principais metas a serem conquistadas em 2013, ao lado da reforma política tão imprescindível ao País e da luta para desconstituir a farsa do mensalão”, escreveu o ex-ministro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de corrupção ativa e formação de quadrilha.

Falcão havia dito, em entrevista à mídia estrangeira no dia 31, que o PT continuará negando a existência do esquema de desvio de recursos públicos para compra de apoio político, como denunciado pelo procurador-geral da República e aceito pelo STF. “Continuamos negando e vamos mostrar que nunca houve compra de votos”, disse o dirigente petista.

O artigo de Dirceu expõe a disputa dentro do PT quanto ao teor da nota oficial a ser divulgada pelo partido a respeito do julgamento. Em posição oposta à do ex-chefe da Casa Civil está o governador do Rio Grande do Sul, Tarso Genro, para quem o partido não deve questionar o resultado do julgamento, na sua opinião “devido e legal” e com resultado “legítimo”.

Em artigo publicado na semana passada, o governador gaúcho disse que o PT desistiu de mobilizar os militantes na defesa de um “julgamento justo” no STF pois sabia que as bases “desconfiavam que algumas contas deveriam ser ajustadas”.

A nota oficial do PT sobre o mensalão, inicialmente aguardada para a última quinta-feira, foi adiada. Oficialmente, Falcão disse que o partido preferia aguardar a definição das penas dos condenados, entre eles Dirceu, o ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares – o que deve ocorrer até o dia 18. “Não sabemos ainda se os companheiros vão ter penas privativas de liberdade”, justificou.

Nos bastidores, porém, líderes petistas querem que o partido discuta melhor o teor da nota e a conveniência de divulgá-la. Membros da Executiva afirmaram ao Estado que o ânimo de divulgar o documento arrefeceu com as vitórias nas eleições municipais. O adiamento também atendeu a pedido do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

(Colaborou Fernando Gallo)


e)



‘O resto é o resto’


PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA DE VEJA

J.R. GUZZO

Nada mais natural que depois de uma eleição para prefeitos e vereadores, como a de agora  ou para governadores, deputados e presidente, como se fará daqui a dois anos, cada um diga o que bem entender sobre o verdadeiro significado do que aconteceu, com os costumeiros cálculos para estabelecer “quem ganhou e quem perdeu”; deveria ser uma tarefa bem simples concluir que ganhou quem teve mais votos e perdeu quem teve menos, mas esse debate é um velho hábito nacional, e não vai mudar. Outra coisa, muito diferente, é acreditar naquilo que se diz.

Trata-se de uma liberdade de duas mãos: cada um fala o que quiser e, em compensação, cada um entende o que quiser daquilo que foi falado. Na recém-terminada eleição municipal de 2012, como de costume, não ficou claro, nem vai ficar, quanta atenção o público deveria realmente prestar a toda essa conversa que está ouvindo agora. É certo, desde já, que está ouvindo coisas que não fazem nenhum sentido — e, por isso mesmo, provavelmente não perderia nada se prestasse o mínimo de atenção a elas.

A fórmula é sempre a mesma. Cientistas políticos  pescados em alguma universidade ou instituto superior disso ou daquilo, aparecem de repente nos meios de comunicação para explicar, depois de encerrada a batalha, como, por que e por quem ela foi ganha ou perdida. É uma estranha ciência, essa, que, em vez de lidar com fatos comprovados, lida com opiniões. Na anatomia, por exemplo, está dito que o homem tem dois pulmões: não pode haver outra “opinião” quanto a isso. Na ciência política pode. Juntam-se a esses cientistas os políticos propriamente ditos, os comentaristas da imprensa e mais uma porção de gente, e de tudo o que dizem resulta uma salada que a mídia serve ao público como se estivesse transmitindo ao vivo o Sermão da Montanha.

Uma demonstração clara desse tumulto mental é a conclusão, por parte de muitas cabeças coroadas do mundo político, de que a vitória pessoal do ex-presidente Lula na eleição de São Paulo, onde levou para a prefeitura uma nulidade eleitoral que ninguém conhecia três meses atrás, apagou as condenações que seu partido e seu governo receberam no julgamento do mensalão. Está na cara que o resultado não apagou nem acendeu nada, pois eleição não é feita para separar o certo do errado, nem para decidir se houve ou não houve um crime ─ serve, unicamente, para escolher quem vai governar. Dizer o que está certo ou errado é tarefa exclusiva da Justiça; no caso, o STF já decidiu que foi cometida no governo Lula uma catarata de crimes, sobretudo de corrupção. Não há, simplesmente, como mudar isso. A Justiça pode funcionar muito mal no Brasil, mas é o único meio que se conhece para resolver quem tem razão ─ assim como eleição é o único meio que se conhece para escolher governos.

Não foi o “povo brasileiro”, além disso, quem “absolveu” o PT─ ou concorda quando o partido diz que seus chefes são “prisioneiros políticos” condenados por um “tribunal de exceção”, e não por corromperem e serem corrompidos. É curioso, aliás, como os políticos deste país ficam à vontade para falar em “povo brasileiro”. O PT ganhou esta última eleição em 10% dos municípios. E os eleitores dos outros 90%, com 80% do eleitorado, que povo seriam? Esquimós? É dado como um fato científico, também, que Lula foi o maior ganhador da eleição, por causa do resultado em São Paulo. Por que isso? Porque ele próprio, o PT e outros tantos vinham dizendo, desde o começo, que só o município de São Paulo, com pouco mais de 5% dos eleitores brasileiros, importava; o resto era apenas o resto.

De tanto repetirem isso, virou verdade. Mas é falso: não dá para dizer que não houve eleição em Salvador ou Fortaleza, no Recife, em Belo Horizonte e Porto Alegre, onde o PT apresentou candidatos com pleno apoio de Lula e da presidente Dilma Rousseff, e perdeu em todas ─ nas três últimas, inclusive, não sobreviveu nem ao primeiro turno. No mapa mental de Lula é como se nenhuma dessas cidades estivesse em território brasileiro; o Brasil, em sua geografia, começa e acaba em São Paulo. Cinco das principais capitais brasileiras, por esse modo de medir as coisas, são tratadas como se ficassem em Marte.

O que Lula e seu partido fizeram foi construir a ideia de que São Paulo, sozinha, vale mais que todo o restante do Brasil somado ─ e nisso, realmente, tiveram sucesso, pois nove entre dez “profissionais” da política dizem mais ou menos a mesma coisa. Assim é, se lhes parece. Mas o público não tem a menor obrigação de acreditar no que estão dizendo.



f)


Reynaldo-BH e o caso Celso Daniel:

“Quem está no esgoto conhece o caminho dos ratos”



Volto a um tema que já foi objeto de posts e comentários neste blog.

Creio que deveria ser – mais até que o mensalão – o ponto focal do Brasil. Talvez por ser tão assustador – pelo ato em si –, alguns preferem ignorar ou minimizar.

Homicídio é o crime que mais causa repulsa social. Desde a antiguidade, matar outrem é considerado a maior agressão à sociedade. É o crime por excelência, no dizer de Nelson Hungria.

É até comum que criminosos (que cometeram outros tipos penais) entendam “crime” como somente homicídio.

Poucos tipos penais possuem tantas e diversas agravantes. Sempre baseadas na motivação. Do motivo fútil à violenta emoção.

O que dizer do assassinato de Celso Daniel?

Seja pelos motivos, pela engrenagem da execução ou ainda pela tentativa de ocultar outros crimes.

É vendeta buscar a punição dos verdadeiros culpados?

Tentemos esquecer os aspectos políticos. Volto a eles mais adiante.

Quem aceita que se tire a vida de um ser humano e se transforme este crime em um “resultado do acaso”, quando tudo indica que foi uma encomenda? Quem se sente seguro num estado de direito que ignora a maior das agravantes, que é o crime por encomenda? É disto que se trata.

Há um cadáver. Jogado como lixo em uma estrada. E existem assassinos. E estes – pela lei – não são somente os que apertaram o gatilho. Mas também, e principalmente, os que planejaram a execução ocultos nas sombras covardes que cobrem os mandantes.

Pode ser Celso Daniel ou o seu José que enfrentou os traficantes em uma favela.

A garantia da vida e da integridade pessoal é o maior valor da humanidade.

O assassinato de Celso Daniel não deve ser usado como instrumento político. Porque não é. Se havia – e eu creio que há – uma estrutura de poder por trás do homicídio, que seja uma agravante. E caso de análise política. Mais uma.

Quem tenta reduzir – como tentam os lulopetistas – este homicídio e a necessidade de elucidação a mera disputa partidária comete mais uma agravante. Revela uma distorção de caráter que facilita a imputação do que é, por enquanto, suspeita.

Não se deve temer a Justiça. A menos que haja motivos para tanto.

Não voltarei a elencar os indícios, gravações e comportamentos dos envolvidos, em especial Sombra, Gilberto Carvalho e a viúva que se alegrava pela morte ocorrida. Desnecessário. Quem tiver curiosidade que pesquise no Google.

Do mesmo modo que um dia um pateta disse que o mensalão seria visto somente como uma piada de salão (mesmo com os aspectos pornográficos da “piada”), e agora está ensaiando o pretório humorístico para recitar no salão do presídio, é necessário que os verdadeiros responsáveis por este crime sejam punidos.

Até de modo mais intenso. Repito, há um cadáver.

Quem trouxe o tema à cena foi o condenado por ser o esteio financeiro do PT. O que era companheiro, frequentador de ministérios, gabinetes presidenciais e salas onde só se entra com permissão, seja pela amizade ou confiança. E hoje é um “desequilibrado”, como dizem petistas de alto coturno.

Eu enxergo o Valério petista e operador da corrupção partidária como um desequilibrado. E, hoje, como um homem que sabe que sua vida vale menos que a de uma barata. Celso Daniel parece comprovar esta conclusão.

É assustador? Sim, a ponto de custarmos a acreditar no que ouvimos e nas evidências (mais que indícios) disponíveis.

Marcos Valério quer benefícios com esta revelação? Sim, óbvio. Este sempre foi o jogo do escroque. Ou alguém ainda acredita que os milhões roubados e desviados dos cofres públicos repassados ao PT, fazendo ponte nas empresas do condenado, foram somente decorrentes de uma ideologia?

Isso desmerece as provas que possa apresentar? Ou precisaremos de um cardeal da Igreja Católica para falar algo sobre o assunto? Quem está no esgoto conhece o caminho dos ratos. Não se exige isto de quem não convive com os mesmos.

Pede-se – com justeza – a condenação de assassinos da ditadura. Seriam diferentes de assassinos que tentavam manter, calando quem não suportava o butim, um projeto de poder sem limites?

A vergonha não está no cadafalso. Mas nos motivos que levaram o condenado até lá.

Que o Brasil não tenha receio de encarar este pesadelo.

Acordar de um pesadelo é saudável.

Continuar nele é apavorante.


g)



      ‘À espera do pior’

PUBLICADO NA COLUNA DE RICARDO NOBLAT



RICARDO NOBLAT

O medo e o ranger de dentes parecem ter cedido lugar à cautela e à sensatez como atitudes mais indicadas para orientar o comportamento do PT diante do que está por vir ─ a cadeia, destino certo de alguns dos seus festejados ex-dirigentes, e a possível, embora ainda incerta, investigação sobre o papel desempenhado por Lula no esquema do mensalão.

O PT estava pintado para a guerra. Guardou as armas. Fez bem.

Deu-se, por exemplo, como definida a ausência da presidente Dilma Rousseff na posse do ministro Joaquim Barbosa, o novo presidente do Supremo Tribunal Federal (STF).

Lula não queria vê-la por lá nem com manto, cetro e coroa. Está furioso com o rigor que tem pautado as intervenções de Joaquim durante o julgamento do mensalão.

Imperdoável, por suposto.

E pensar que Joaquim deve a Lula o cargo que ocupa… E pensar que seu nome foi selecionado por Frei Betto, assessor especial de Lula no primeiro governo dele.

Ingrato!

Afinal, prevaleceu a moderação. Dilma viajará à Espanha. Mas voltará às vésperas da posse de Joaquim na vaga a ser aberta com a aposentadoria do ministro Carlos Ayres de Britto.

Trata-se de um rito de Estado a presença do presidente da República na posse do chefe do Judiciário. Pelo menos assim entende Dilma.

O contrário seria no mínimo um desaforo. Ou para ser exato: um ato de provocação.

Presidente da República pode muito, mas não pode tudo.

A condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos envolvidos no crime do mensalão, desatou no PT uma onda de ataques duros e inconsequentes ao STF.

Como se aquela corte fosse composta por homens fracos, covardes, que cedem à pressão de uma imprensa supostamente ávida por cabeças e de uma opinião pública bobinha movida a manchetes e artigos.

O barulho provocado pelo julgamento talvez fosse capaz de influenciar o resultado de uma eleição nacional. Mas a que tivemos há pouco foi local.

O PT saiu dela celebrando alguns prodígios ─ o único de fato retumbante, a reconquista da prefeitura de São Paulo.

É o terceiro partido em número de prefeitos. Mas é o primeiro em número de pessoas que governa.

O PMDB e o PSDB perderam prefeituras.

O PSB foi o partido que mais cresceu ─ 40%. Embora tenha obtido vitórias em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, se mantém um partido basicamente regional. Nordestino. Deixou de ser satélite do PT ─ e isso não foi pouco.

Alguém deve ter-se dado conta de que a rebelião do PT contra o STF poderia agravar a situação do partido aos olhos do distinto público e na reta final do julgamento.

Aconselhado pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, Lula reuniu-se com José Dirceu e José Genoino e ordenou que baixassem a bola. A ordem foi repassada ao deputado Rui Falcão, presidente do PT.

Nada de nota oficial para censurar o STF. Nem de manifestações hostis promovidas pela Central Única dos Trabalhadores.

A hora é de esperar para ver no que vai dar.

O PT imaginou que o STF absolveria algumas de suas estrelas ─ Dirceu e Genoino com certeza. Foram condenadas.

O PT imaginou que, se condenadas, elas acabariam poupadas de cumprir pena atrás de grades. Tudo sugere que não serão.

Para completar, o ex-publicitário Marcos Valério, um dos operadores do mensalão, pediu para ser ouvido pelo Procurador Geral da República e, em depoimento assinado, disse que tem muito a revelar.

Reza o PT para que Valério não tenha como provar o que a VEJA e o jornal O Estado de S. Paulo publicaram nas últimas semanas ─ que Lula era o chefe do mensalão; que Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, participou do esquema da compra de apoios políticos; e que ele, Valério, enviou para o exterior dinheiro destinado ao PT.

Terá Valério abastecido ou tido acesso à caixa-mãe de todos os Caixas 2 onde o PT esconde dinheiro obtido irregularmente? Será trágico para o partido se isso tiver ocorrido.

Valério quer contar o que diz saber em troca de menos anos de cadeia. O Procurador Geral da República poderá ou não aceitar sua proposta.

Mas caso Valério formalize uma denúncia contra quem quer que seja, e desde que ela seja minimamente fundamentada, o Procurador não poderá ignorá-la. É sua obrigação providenciar para que uma denúncia de crime seja apurada.

Então talvez saberemos se Lula foi de fato apenas um idiota, um panaca, feito de trouxa por seus acólitos, alheio ao que se passava a poucos metros do seu gabinete no Palácio do Planalto.

Ou então se Lula mente ao país até hoje



h)



MENSALÃO: oposição entrega representação contra Lula ao procurador-geral da República


PPS e PSDB querem apuração de afirmações feitas pelo publicitário Marcos Valério e mostradas por VEJA; segundo o publicitário, Lula era o chefe do mensalão

Por Gabriel Castro, do site de VEJA

A oposição entregou nesta terça-feira à Procuradoria-Geral da República um pedido de investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

A representação é baseada em duas reportagens de VEJA mostrando como Marcos Valério, operador financeiro do mensalão, atribuiu a Lula um papel de comando no esquema.

O presidente do PPS, Roberto Freire, e os líderes PSDB no Congresso alegam no documento que os novos indícios contra Lula devem ser apurados: “As acusações são gravíssimas e precisam ser investigadas a fundo”, diz a representação.

Em setembro, VEJA revelou como Valério atribui a Lula o papel de chefe do mensalão. O publicitário afirma ainda que o esquema julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) era apenas uma parte da engenharia de movimentação ilícita de recursos montada pelo PT.

A última edição de VEJA mostrou ainda que o publicitário procurou o Ministério Público Federal para contar o que sabe – inclusive sobre a morte de Celso Daniel, prefeito petista de Santo André.

O texto de cinco páginas elaborado pela oposição afirma ainda que a chamada teoria do domínio do fato, aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF) como um elemento condenatório do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, também vale para Lula.

Cobrança

“É público e notório que, à época dos fatos, existia uma íntima ligação entre o representado (Lula) e o ex-ministro da Casa Civil (…). Nesta perspectiva, indaga-se: a teoria do domínio do fato não poderia ser aplicada – e com muito mais razão – ao chefe do próprio José Dirceu?”, perguntam os oposicionistas no documento.

O deputado federal Roberto Freire (SP) diz que a oposição precisava cumprir o seu dever de cobrar. “Estamos pedindo que se esclareça, porque a denúncia é muito grave e quem a fez foi condenado por ser o principal operador do mensalão”, diz ele.

Freire também ironiza o silêncio de Lula sobre as afirmações de Valério: “Quem devia estar pedindo investigação era Lula, e não nós”.

Depois de anunciar que assinaria a representação com PPS e PSDB, o DEM recuou: o presidente do partido, o senador José Agripino Maia (RN), acredita ser necessário aguardar as investigações preliminares da PGR sobre as afirmações de Valério.

No PSDB, as orientações sobre o assunto foram desencontradas. No fim, o partido foi representado por suas lideranças no Congresso.

Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) diz que sempre esteve decidido a assinar o pedido de investigação: “A nós, o presidente Sérgio Guerra não fez nenhuma solicitação. É dever da oposição agir dessa forma”, disse ele.

Em 2005, no auge das denúncias do mensalão, a oposição preferiu não ir à PGR pedir investigação sobre Lula; os partidos optaram por aguardar o curso das investigações. Sete anos depois, é a primeira vez que a oposição apresenta representação contra Lula por seu envolvimento com o mensalão.






FRASE DO DIA



"(A mídia) produz matérias e comentários não para polarizar o País, mas para atacar o PT e nossas lideranças." "O poder da mídia, esse poder nós temos de enfrentar."

Ruy Falcão, presidente do PT




Até amanhã.

As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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