Bom dia, após alguns dias devido a problemas particulares volto a postar
para voces minhas opiniões e os fatos recentes na área política brasileira,
hoje ainda estamos vivenciando o julgamento do mensalão que havia sido
interrompido pela viagem do Ministro Barbosa e agora recomeçou.
Sobre o primeira parte do julgamento antes deste breve recesso ainda repercute todos
os ritos realizados nas secções que julga o processo, claro está, os réus
principalmente os da área política não estão contentes, ou melhor, estão com
medo de enfim serem levados para a cadeia apesar do líder Lula o Mentiroso
ter-lhes afiançado não haver este perigo, e, está novamente sendo desmentido
pelo Supremo a quem achava ele em sua prepotência comandaria, o que não ocorreu,
com a exceção de dois dos ministros que ainda lhe beijam os pés, Ministro
Lewandowski e Dias Toffoli, os restantes estão sendo duros com a quadrilha formada
pelo Zé Dirceu e ele que não está, infelizmente, sendo julgado agora, mas, já
há denúncias e denúncias fortes que irão ser investigadas e quem sabe logo
estará também o "super-homem" no seu pensar, também sendo trancafiado
na penitenciária onde é seu lugar de direito.
O Ministro Joaquim sempre dentro da coerência de seus atos, tomou também
a decisão de confiscar os passaportes dos réus e coloca-los na lista de
condenados que não podem sair do país antes da conclusão do julgamento e da
definição das penas que lhe serão infringidas, atitude esta que também está
sendo contestada e criticada principalmente pelos réus petistas que se acham
acima das leis e da justiça no país, sabem que agora só lhes resta falar contra
já que condenados estão esperando apenas
aa penas e o encaminhamento a cadeia, seu lugar, por terem enganado o povo
brasileiro e por tentarem acabar com as instituições como as temos hoje no
direito democrático dos três poderes independentes.
A tentativa da consumação da democracia das esquerdas aqui não colou, ou
melhor, o comunismo disfarçado em democracia tal qual o implantado na Venezuela
e outros países latino-americanos nos moldes da ditadura Cubana onde os
poderosos tudo podem e o povo deve-lhes obediência sem contestação tal qual a escravidão
racista que mantínhamos nos tempos da escravatura dos povos de origem negra,
desta já nos libertamos graças a Princesa Isabel e da pretendida graças a um dos
réus Roberto Jefferson que colocou o Brasil e o mundo a par das intenções
petistas para o povo brasileiro, e agora graças ao Sr. Ministro Joaquim Barbosa
que está realmente acabando com as perspectivas futuras desta quadrilha unida
em torno de um partido o PT.
Leiam;
Juarez Capaverde.
Barbosa determina entrega de passaportes de condenados
Réus do mensalão têm 24 horas para levar documentos ao STF
AGÊNCIA O GLOBO / GIVALDO BARBOSA
BRASÍLIA - O ministro Joaquim Barbosa, do Supremo Tribunal Federal
(STF), determinou na noite desta quarta-feira o recolhimento dos passaportes do
ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, do ex-deputado José Genoino, do
ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares e de outros 22 réus condenados no processo
no mensalão. Eles terão 24 horas para entregar os passaportes no STF a partir
do recebimento da notificação do ministro. Barbosa ordenou a entrega dos
passaportes a partir de um pedido do procurador-geral da República, Roberto
Gurgel. A medida é uma forma de evitar fugas para o exterior e se estende a
passaportes emitidos por outros países, caso algum dos réus tenha dupla
cidadania.
Ramon Hollerbach é condenado a mais de 25 anos de prisão
Marco Aurélio: 'não estamos aqui para sermos vaquinhas de presépio’
Gurgel e Barbosa vão evitar pôr em debate agora o caso Valério
Ministros do STF retomam cálculo das penas dos réus do mensalão
Legislativo tem 145 projetos de lei de combate à corrupção em tramitação
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mensalão
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Corrupção: meta é julgar todas as ações ainda em 2013
Procurador diz que não há motivos para dar proteção a Valério
“Com efeito, a proibição de o acusado já condenado ausentar-se do país,
sem a autorização jurisdicional, revela-se, a meu sentir, medida cautelar não
apenas razoável como imperativa, tendo em vista o estágio avançado das
deliberações condenatórias de mérito já tomadas nesta ação penal pelo órgão
máximo do Poder Judiciário do país”, afirmou Barbosa, em despacho assinado logo
depois da sessão desta quarta.
No documento, Barbosa repreende duramente o comportamento de alguns réus
que viajaram ao exterior recentemente e de outros que fizeram críticas à
atuação do STF no processo do mensalão. “Considero, por outro lado, que alguns
dos acusados vêm adotando comportamento incompatível com a condição de réus
condenados e com o respeito que deveriam demonstrar para com o órgão
jurisdicional perante o qual respondem por acusações de rara gravidade. Uns,
por terem realizado viagens ao exterior nesta fase final do julgamento.
Outros, por darem a impressão de serem pessoas fora do alcance da lei, a
ponto de, em atitude de manifesta afronta a este Supremo Tribunal Federal,
qualificar como “política” a árdua, séria, imparcial e transparente atividade
jurisdicional a que vem se dedicando esta Corte, neste processo desde o dia 2
de agosto último”, afirmou.
O ministro não citou nomes, mas as críticas têm endereço certo. Semana
passada, o ex-ministro José Dirceu insinuou que o julgamento do mensalão foi
político e defendeu que o PT teria, como tarefa daqui para frente, desmontar “a
farsa do mensalão”. Barbosa sustenta que o tribunal tem se mantido dentro dos
limites da lei. Segundo ele, nos últimos meses, o STF “jamais se desviou dos cânones
constitucionais e civilizatórios representados pelos princípios da
imparcialidade, da ampla defesa, do contraditório, da presunção de inocência,
rigorosamente observados até se chegar a édito condenatório densamente
fundamentado por todos”.
O ex-diretor de Marketing do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e o
ex-deputado Romeu Queiroz (PTB-MG), que viajaram ao exterior, também são alvos
das críticas do ministro. “Na fase em que se encontra o julgamento, parece-me
inteiramente inapropriada qualquer viagem ao exterior por parte dos réus já
condenados nesta ação penal, sem conhecimento e autorização deste Supremo
Tribunal Federal, ainda que o pronunciamento da Corte, até o momento, não tenha
caráter definitivo”.
O relator argumenta que o recolhimento dos passaportes em processos
criminais é uma medida cautelar prevista na legislação brasileira e está ao
alcance de qualquer magistrado. O ministro ressaltou que a reforma processual,
recentemente, estabeleceu mais claramente essas medidas
b)
07/11/2012 às 17:30 \ Direto ao Ponto-Augusto Nunes
Os quadrilheiros condenados sonham com a extinção do jornalismo
independente
Decidido a desmentir a suspeita de que a seita lulopetista sonha com a
censura à imprensa, o ex-jornalista Rui Falcão confirmou-a no artigo publicado
pela Folha de 2 de novembro. “Nos últimos dias, ressurgiram os rumores de que
PT pretende retaliar os ataques infundados que sofreu propondo censura à mídia.
Nada mais mentiroso”, mentiu o presidente do partido. “O PT apenas quer debater
na sociedade e no Congresso a necessária regulação da mídia, com o fito de
alargar a liberdade de expressão e fortalecer a democracia.”
Linhas adiante, o mitômano sem cura rasgou a fantasia: “Nosso partido
fará agora uma profunda avaliação sobre as injustiças de que tem sido alvo, em
reunião do nosso diretório nacional ainda neste ano”, entregou-se. Injustiças
cometidas pelo jornalismo independente, claro. Falcão encerrou o palavrório com
uma piada: “O PT continuará defendendo a ética e a democracia, a despeito
daqueles que discordam desses valores”.
Como jamais perde qualquer chance de errar, José Dirceu entrou na
conversa para endossar a discurseira do companheiro ─ e transformou a suspeita
em certeza. No começo da semana, o ex-ministro condenado pelo STF por corrupção
ativa e formação de quadrilha elogiou Rui Falcão por ter desmontado a boataria
espalhada pelo que agora chama de “grande e velha mídia”. Nesta quarta-feira,
ao discursar no 35° Congresso Nacional de Jornalistas, entregou-se também.
“O Congresso realiza-se num momento crucial em que o país retoma a
discussão da regulação da mídia, um debate que deverá intensificar-se em 2013″,
avisou o orador. Conversa fiada. O que o país anda discutindo é a pena que deve
ser aplicada aos quadrilheiros do mensalão. E o que vai intensificar-se em 2013
é o combate à corrupção apadrinhada pelos donos do poder.
O que Dirceu e Falcão chamam de “regulação da mídia” é a velha e sórdida
censura à imprensa. Caprichando na pose de inocente, o coro dos candidatos à
cadeia grita que os ministros do STF sucumbiram às pressões da imprensa
conservadora. “As condenações foram influenciadas pela mídia”, garante o refrão
composto por Dirceu. Coisa de vigarista. Os mensaleiros foram castigados porque
atropelaram o Código Penal e passaram os anos seguintes confiantes na
impunidade perpétua.
Ao comentar as denúncias de Marcos Valério que confirmam seu
envolvimento no caso Celso Daniel, o caixa-preta Gilberto Carvalho dispensou-se
de acionar judicialmente o acusador com uma justificativa esperta: “É preciso
respeitar o desespero dele”. Desesperada está a turma do mensalão, corrige o
berreiro dos condenados. Mas criminosos não merecem respeito
d)
MENSALÃO: Dirceu não se emenda: mesmo condenado pelo Supremo, continua
falando em “farsa” do mensalão — e em “regular” a imprensa
Bruno Lupion – O Estado de S.Paulo
O ex-ministro da Casa Civil José Dirceu apoiou ontem declaração do
presidente nacional do PT, Rui Falcão, feita na semana passada, de que o
partido seguirá mobilizado para demonstrar que nunca houve a compra de votos
denunciada no mensalão.
Em artigo publicado no seu blog, Dirceu afirmou que a “desconstrução” da
“farsa do mensalão” será uma das três prioridades do PT para 2013. As outras
duas serão a reforma política e a regulamentação da mídia.
“O partido faz muito bem em eleger esta regulação (da mídia) como uma
das principais metas a serem conquistadas em 2013, ao lado da reforma política
tão imprescindível ao País e da luta para desconstituir a farsa do mensalão”,
escreveu o ex-ministro, condenado pelo Supremo Tribunal Federal pelos crimes de
corrupção ativa e formação de quadrilha.
Falcão havia dito, em entrevista à mídia estrangeira no dia 31, que o PT
continuará negando a existência do esquema de desvio de recursos públicos para
compra de apoio político, como denunciado pelo procurador-geral da República e
aceito pelo STF. “Continuamos negando e vamos mostrar que nunca houve compra de
votos”, disse o dirigente petista.
O artigo de Dirceu expõe a disputa dentro do PT quanto ao teor da nota
oficial a ser divulgada pelo partido a respeito do julgamento. Em posição
oposta à do ex-chefe da Casa Civil está o governador do Rio Grande do Sul,
Tarso Genro, para quem o partido não deve questionar o resultado do julgamento,
na sua opinião “devido e legal” e com resultado “legítimo”.
Em artigo publicado na semana passada, o governador gaúcho disse que o
PT desistiu de mobilizar os militantes na defesa de um “julgamento justo” no
STF pois sabia que as bases “desconfiavam que algumas contas deveriam ser
ajustadas”.
A nota oficial do PT sobre o mensalão, inicialmente aguardada para a
última quinta-feira, foi adiada. Oficialmente, Falcão disse que o partido
preferia aguardar a definição das penas dos condenados, entre eles Dirceu, o
ex-presidente do PT José Genoino e o ex-tesoureiro Delúbio Soares – o que deve
ocorrer até o dia 18. “Não sabemos ainda se os companheiros vão ter penas
privativas de liberdade”, justificou.
Nos bastidores, porém, líderes petistas querem que o partido discuta
melhor o teor da nota e a conveniência de divulgá-la. Membros da Executiva
afirmaram ao Estado que o ânimo de divulgar o documento arrefeceu com as
vitórias nas eleições municipais. O adiamento também atendeu a pedido do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
(Colaborou Fernando Gallo)
e)
‘O resto é o resto’
PUBLICADO NA EDIÇÃO IMPRESSA DE VEJA
J.R. GUZZO
Nada mais natural que depois de uma eleição para prefeitos e vereadores,
como a de agora ou para governadores,
deputados e presidente, como se fará daqui a dois anos, cada um diga o que bem
entender sobre o verdadeiro significado do que aconteceu, com os costumeiros
cálculos para estabelecer “quem ganhou e quem perdeu”; deveria ser uma tarefa
bem simples concluir que ganhou quem teve mais votos e perdeu quem teve menos,
mas esse debate é um velho hábito nacional, e não vai mudar. Outra coisa, muito
diferente, é acreditar naquilo que se diz.
Trata-se de uma liberdade de duas mãos: cada um fala o que quiser e, em
compensação, cada um entende o que quiser daquilo que foi falado. Na recém-terminada
eleição municipal de 2012, como de costume, não ficou claro, nem vai ficar,
quanta atenção o público deveria realmente prestar a toda essa conversa que
está ouvindo agora. É certo, desde já, que está ouvindo coisas que não fazem
nenhum sentido — e, por isso mesmo, provavelmente não perderia nada se
prestasse o mínimo de atenção a elas.
A fórmula é sempre a mesma. Cientistas políticos pescados em alguma universidade ou instituto
superior disso ou daquilo, aparecem de repente nos meios de comunicação para
explicar, depois de encerrada a batalha, como, por que e por quem ela foi ganha
ou perdida. É uma estranha ciência, essa, que, em vez de lidar com fatos
comprovados, lida com opiniões. Na anatomia, por exemplo, está dito que o homem
tem dois pulmões: não pode haver outra “opinião” quanto a isso. Na ciência
política pode. Juntam-se a esses cientistas os políticos propriamente ditos, os
comentaristas da imprensa e mais uma porção de gente, e de tudo o que dizem
resulta uma salada que a mídia serve ao público como se estivesse transmitindo
ao vivo o Sermão da Montanha.
Uma demonstração clara desse tumulto mental é a conclusão, por parte de
muitas cabeças coroadas do mundo político, de que a vitória pessoal do
ex-presidente Lula na eleição de São Paulo, onde levou para a prefeitura uma
nulidade eleitoral que ninguém conhecia três meses atrás, apagou as condenações
que seu partido e seu governo receberam no julgamento do mensalão. Está na cara
que o resultado não apagou nem acendeu nada, pois eleição não é feita para
separar o certo do errado, nem para decidir se houve ou não houve um crime ─
serve, unicamente, para escolher quem vai governar. Dizer o que está certo ou
errado é tarefa exclusiva da Justiça; no caso, o STF já decidiu que foi
cometida no governo Lula uma catarata de crimes, sobretudo de corrupção. Não
há, simplesmente, como mudar isso. A Justiça pode funcionar muito mal no
Brasil, mas é o único meio que se conhece para resolver quem tem razão ─ assim
como eleição é o único meio que se conhece para escolher governos.
Não foi o “povo brasileiro”, além disso, quem “absolveu” o PT─ ou
concorda quando o partido diz que seus chefes são “prisioneiros políticos”
condenados por um “tribunal de exceção”, e não por corromperem e serem
corrompidos. É curioso, aliás, como os políticos deste país ficam à vontade
para falar em “povo brasileiro”. O PT ganhou esta última eleição em 10% dos
municípios. E os eleitores dos outros 90%, com 80% do eleitorado, que povo
seriam? Esquimós? É dado como um fato científico, também, que Lula foi o maior
ganhador da eleição, por causa do resultado em São Paulo. Por que isso? Porque
ele próprio, o PT e outros tantos vinham dizendo, desde o começo, que só o
município de São Paulo, com pouco mais de 5% dos eleitores brasileiros, importava;
o resto era apenas o resto.
De tanto repetirem isso, virou verdade. Mas é falso: não dá para dizer
que não houve eleição em Salvador ou Fortaleza, no Recife, em Belo Horizonte e
Porto Alegre, onde o PT apresentou candidatos com pleno apoio de Lula e da
presidente Dilma Rousseff, e perdeu em todas ─ nas três últimas, inclusive, não
sobreviveu nem ao primeiro turno. No mapa mental de Lula é como se nenhuma
dessas cidades estivesse em território brasileiro; o Brasil, em sua geografia,
começa e acaba em São Paulo. Cinco das principais capitais brasileiras, por
esse modo de medir as coisas, são tratadas como se ficassem em Marte.
O que Lula e seu partido fizeram foi construir a ideia de que São Paulo,
sozinha, vale mais que todo o restante do Brasil somado ─ e nisso, realmente,
tiveram sucesso, pois nove entre dez “profissionais” da política dizem mais ou
menos a mesma coisa. Assim é, se lhes parece. Mas o público não tem a menor
obrigação de acreditar no que estão dizendo.
f)
Reynaldo-BH e o caso Celso Daniel:
“Quem está no esgoto conhece o caminho dos ratos”
Volto a um tema que já foi objeto de posts e comentários neste blog.
Creio que deveria ser – mais até que o mensalão – o ponto focal do
Brasil. Talvez por ser tão assustador – pelo ato em si –, alguns preferem
ignorar ou minimizar.
Homicídio é o crime que mais causa repulsa social. Desde a antiguidade,
matar outrem é considerado a maior agressão à sociedade. É o crime por
excelência, no dizer de Nelson Hungria.
É até comum que criminosos (que cometeram outros tipos penais) entendam
“crime” como somente homicídio.
Poucos tipos penais possuem tantas e diversas agravantes. Sempre
baseadas na motivação. Do motivo fútil à violenta emoção.
O que dizer do assassinato de Celso Daniel?
Seja pelos motivos, pela engrenagem da execução ou ainda pela tentativa
de ocultar outros crimes.
É vendeta buscar a punição dos verdadeiros culpados?
Tentemos esquecer os aspectos políticos. Volto a eles mais adiante.
Quem aceita que se tire a vida de um ser humano e se transforme este
crime em um “resultado do acaso”, quando tudo indica que foi uma encomenda?
Quem se sente seguro num estado de direito que ignora a maior das agravantes,
que é o crime por encomenda? É disto que se trata.
Há um cadáver. Jogado como lixo em uma estrada. E existem assassinos. E
estes – pela lei – não são somente os que apertaram o gatilho. Mas também, e
principalmente, os que planejaram a execução ocultos nas sombras covardes que
cobrem os mandantes.
Pode ser Celso Daniel ou o seu José que enfrentou os traficantes em uma
favela.
A garantia da vida e da integridade pessoal é o maior valor da
humanidade.
O assassinato de Celso Daniel não deve ser usado como instrumento
político. Porque não é. Se havia – e eu creio que há – uma estrutura de poder
por trás do homicídio, que seja uma agravante. E caso de análise política. Mais
uma.
Quem tenta reduzir – como tentam os lulopetistas – este homicídio e a
necessidade de elucidação a mera disputa partidária comete mais uma agravante.
Revela uma distorção de caráter que facilita a imputação do que é, por
enquanto, suspeita.
Não se deve temer a Justiça. A menos que haja motivos para tanto.
Não voltarei a elencar os indícios, gravações e comportamentos dos
envolvidos, em especial Sombra, Gilberto Carvalho e a viúva que se alegrava
pela morte ocorrida. Desnecessário. Quem tiver curiosidade que pesquise no
Google.
Do mesmo modo que um dia um pateta disse que o mensalão seria visto
somente como uma piada de salão (mesmo com os aspectos pornográficos da
“piada”), e agora está ensaiando o pretório humorístico para recitar no salão
do presídio, é necessário que os verdadeiros responsáveis por este crime sejam
punidos.
Até de modo mais intenso. Repito, há um cadáver.
Quem trouxe o tema à cena foi o condenado por ser o esteio financeiro do
PT. O que era companheiro, frequentador de ministérios, gabinetes presidenciais
e salas onde só se entra com permissão, seja pela amizade ou confiança. E hoje
é um “desequilibrado”, como dizem petistas de alto coturno.
Eu enxergo o Valério petista e operador da corrupção partidária como um
desequilibrado. E, hoje, como um homem que sabe que sua vida vale menos que a
de uma barata. Celso Daniel parece comprovar esta conclusão.
É assustador? Sim, a ponto de custarmos a acreditar no que ouvimos e nas
evidências (mais que indícios) disponíveis.
Marcos Valério quer benefícios com esta revelação? Sim, óbvio. Este
sempre foi o jogo do escroque. Ou alguém ainda acredita que os milhões roubados
e desviados dos cofres públicos repassados ao PT, fazendo ponte nas empresas do
condenado, foram somente decorrentes de uma ideologia?
Isso desmerece as provas que possa apresentar? Ou precisaremos de um
cardeal da Igreja Católica para falar algo sobre o assunto? Quem está no esgoto
conhece o caminho dos ratos. Não se exige isto de quem não convive com os
mesmos.
Pede-se – com justeza – a condenação de assassinos da ditadura. Seriam
diferentes de assassinos que tentavam manter, calando quem não suportava o
butim, um projeto de poder sem limites?
A vergonha não está no cadafalso. Mas nos motivos que levaram o
condenado até lá.
Que o Brasil não tenha receio de encarar este pesadelo.
Acordar de um pesadelo é saudável.
Continuar nele é apavorante.
g)
‘À espera do pior’
PUBLICADO NA COLUNA DE RICARDO NOBLAT
RICARDO NOBLAT
O medo e o ranger de dentes parecem ter cedido lugar à cautela e à
sensatez como atitudes mais indicadas para orientar o comportamento do PT
diante do que está por vir ─ a cadeia, destino certo de alguns dos seus
festejados ex-dirigentes, e a possível, embora ainda incerta, investigação
sobre o papel desempenhado por Lula no esquema do mensalão.
O PT estava pintado para a guerra. Guardou as armas. Fez bem.
Deu-se, por exemplo, como definida a ausência da presidente Dilma
Rousseff na posse do ministro Joaquim Barbosa, o novo presidente do Supremo
Tribunal Federal (STF).
Lula não queria vê-la por lá nem com manto, cetro e coroa. Está furioso
com o rigor que tem pautado as intervenções de Joaquim durante o julgamento do
mensalão.
Imperdoável, por suposto.
E pensar que Joaquim deve a Lula o cargo que ocupa… E pensar que seu
nome foi selecionado por Frei Betto, assessor especial de Lula no primeiro
governo dele.
Ingrato!
Afinal, prevaleceu a moderação. Dilma viajará à Espanha. Mas voltará às
vésperas da posse de Joaquim na vaga a ser aberta com a aposentadoria do
ministro Carlos Ayres de Britto.
Trata-se de um rito de Estado a presença do presidente da República na
posse do chefe do Judiciário. Pelo menos assim entende Dilma.
O contrário seria no mínimo um desaforo. Ou para ser exato: um ato de
provocação.
Presidente da República pode muito, mas não pode tudo.
A condenação do deputado João Paulo Cunha (PT-SP), um dos envolvidos no
crime do mensalão, desatou no PT uma onda de ataques duros e inconsequentes ao
STF.
Como se aquela corte fosse composta por homens fracos, covardes, que
cedem à pressão de uma imprensa supostamente ávida por cabeças e de uma opinião
pública bobinha movida a manchetes e artigos.
O barulho provocado pelo julgamento talvez fosse capaz de influenciar o
resultado de uma eleição nacional. Mas a que tivemos há pouco foi local.
O PT saiu dela celebrando alguns prodígios ─ o único de fato retumbante,
a reconquista da prefeitura de São Paulo.
É o terceiro partido em número de prefeitos. Mas é o primeiro em número
de pessoas que governa.
O PMDB e o PSDB perderam prefeituras.
O PSB foi o partido que mais cresceu ─ 40%. Embora tenha obtido vitórias
em Minas, Rio de Janeiro e São Paulo, se mantém um partido basicamente
regional. Nordestino. Deixou de ser satélite do PT ─ e isso não foi pouco.
Alguém deve ter-se dado conta de que a rebelião do PT contra o STF
poderia agravar a situação do partido aos olhos do distinto público e na reta
final do julgamento.
Aconselhado pelo ex-ministro da Justiça Márcio Thomaz Bastos, Lula
reuniu-se com José Dirceu e José Genoino e ordenou que baixassem a bola. A
ordem foi repassada ao deputado Rui Falcão, presidente do PT.
Nada de nota oficial para censurar o STF. Nem de manifestações hostis
promovidas pela Central Única dos Trabalhadores.
A hora é de esperar para ver no que vai dar.
O PT imaginou que o STF absolveria algumas de suas estrelas ─ Dirceu e
Genoino com certeza. Foram condenadas.
O PT imaginou que, se condenadas, elas acabariam poupadas de cumprir
pena atrás de grades. Tudo sugere que não serão.
Para completar, o ex-publicitário Marcos Valério, um dos operadores do
mensalão, pediu para ser ouvido pelo Procurador Geral da República e, em
depoimento assinado, disse que tem muito a revelar.
Reza o PT para que Valério não tenha como provar o que a VEJA e o jornal
O Estado de S. Paulo publicaram nas últimas semanas ─ que Lula era o chefe do
mensalão; que Antonio Palocci, ex-ministro da Fazenda, participou do esquema da
compra de apoios políticos; e que ele, Valério, enviou para o exterior dinheiro
destinado ao PT.
Terá Valério abastecido ou tido acesso à caixa-mãe de todos os Caixas 2
onde o PT esconde dinheiro obtido irregularmente? Será trágico para o partido
se isso tiver ocorrido.
Valério quer contar o que diz saber em troca de menos anos de cadeia. O
Procurador Geral da República poderá ou não aceitar sua proposta.
Mas caso Valério formalize uma denúncia contra quem quer que seja, e
desde que ela seja minimamente fundamentada, o Procurador não poderá ignorá-la.
É sua obrigação providenciar para que uma denúncia de crime seja apurada.
Então talvez saberemos se Lula foi de fato apenas um idiota, um panaca,
feito de trouxa por seus acólitos, alheio ao que se passava a poucos metros do
seu gabinete no Palácio do Planalto.
Ou então se Lula mente ao país até hoje
h)
MENSALÃO: oposição entrega representação contra Lula ao procurador-geral
da República
PPS e PSDB querem apuração de afirmações feitas pelo publicitário Marcos
Valério e mostradas por VEJA; segundo o publicitário, Lula era o chefe do
mensalão
Por Gabriel Castro, do site de VEJA
A oposição entregou nesta terça-feira à Procuradoria-Geral da República
um pedido de investigação contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.
A representação é baseada em duas reportagens de VEJA mostrando como
Marcos Valério, operador financeiro do mensalão, atribuiu a Lula um papel de
comando no esquema.
O presidente do PPS, Roberto Freire, e os líderes PSDB no Congresso
alegam no documento que os novos indícios contra Lula devem ser apurados: “As
acusações são gravíssimas e precisam ser investigadas a fundo”, diz a
representação.
Em setembro, VEJA revelou como Valério atribui a Lula o papel de chefe
do mensalão. O publicitário afirma ainda que o esquema julgado pelo Supremo
Tribunal Federal (STF) era apenas uma parte da engenharia de movimentação
ilícita de recursos montada pelo PT.
A última edição de VEJA mostrou ainda que o publicitário procurou o
Ministério Público Federal para contar o que sabe – inclusive sobre a morte de
Celso Daniel, prefeito petista de Santo André.
O texto de cinco páginas elaborado pela oposição afirma ainda que a
chamada teoria do domínio do fato, aplicada pelo Supremo Tribunal Federal (STF)
como um elemento condenatório do ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, também
vale para Lula.
Cobrança
“É público e notório que, à época dos fatos, existia uma íntima ligação
entre o representado (Lula) e o ex-ministro da Casa Civil (…). Nesta
perspectiva, indaga-se: a teoria do domínio do fato não poderia ser aplicada –
e com muito mais razão – ao chefe do próprio José Dirceu?”, perguntam os
oposicionistas no documento.
O deputado federal Roberto Freire (SP) diz que a oposição precisava
cumprir o seu dever de cobrar. “Estamos pedindo que se esclareça, porque a
denúncia é muito grave e quem a fez foi condenado por ser o principal operador
do mensalão”, diz ele.
Freire também ironiza o silêncio de Lula sobre as afirmações de Valério:
“Quem devia estar pedindo investigação era Lula, e não nós”.
Depois de anunciar que assinaria a representação com PPS e PSDB, o DEM
recuou: o presidente do partido, o senador José Agripino Maia (RN), acredita
ser necessário aguardar as investigações preliminares da PGR sobre as
afirmações de Valério.
No PSDB, as orientações sobre o assunto foram desencontradas. No fim, o
partido foi representado por suas lideranças no Congresso.
Líder do PSDB no Senado, Alvaro Dias (PR) diz que sempre esteve decidido
a assinar o pedido de investigação: “A nós, o presidente Sérgio Guerra não fez
nenhuma solicitação. É dever da oposição agir dessa forma”, disse ele.
Em 2005, no auge das denúncias do mensalão, a oposição preferiu não ir à
PGR pedir investigação sobre Lula; os partidos optaram por aguardar o curso das
investigações. Sete anos depois, é a primeira vez que a oposição apresenta
representação contra Lula por seu envolvimento com o mensalão.
FRASE DO DIA
"(A mídia) produz matérias e comentários
não para polarizar o País, mas para atacar o PT e nossas lideranças."
"O poder da mídia, esse poder nós temos de enfrentar."
Ruy Falcão, presidente do PT
Até amanhã.
As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde
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