sexta-feira, 1 de março de 2013

ARNALDO JABOR - ECONOMIA A PERIGO PIB PÍNFIO - NOVO CÓDIGO PENAL UM ABSURDO - PT QUER VOLTA DA CENSURA-








Bom dia, hoje inicío o blog com dois textos magníficos de Arnaldo Jabor que como sempre nos coloca frente a realidade implícita que vivemos em nosso país, com o governo que ai está e seus personagens maléficos liderados pelo Megalomaníaco Lula da Silva, aquele que nada sabe, nada viu e nada ouviu, sempre tirando de suas costas o que todos sabemos ser fato, tudo que se passa, e se passou no governo petista desde que assumiram tiveram a participação direta deste sujeito, todos os episódios de corrupção e desvios do dinheiro público eram de seu conhecimento, porem o “santo do pau oco” se isentou sempre destes atos maléficos, Arnaldo Jabor muito bem exemplifica em seus textos abaixo que é esta gente e quem lamentavelmente somos como povo, uns “frouxos” que participamos sempre da “Lei de Gerson” lembram, pois infelizmente esta é a realidade e teremos que aceitar e conviver com ela, poucas são as vozes de se fazem ouvir dizendo quem são de fato esta corja petista que se adonou do país.



Estamos, como já aqui afirmei por diversas vezes, a beira do abismo econômico que tão caro nos custou para conseguirmos o que almejávamos, a estabilidade econômica, pois bem, com os rumos que o governo petista está tomando, apesar de todos avisos de eminentes economistas, estamos indo para o “buraco” infelizmente, e o pior eles não admitem e continuam a dizer que tudo está sob controle, o que é uma grande mentira, eles estão perdidos, e continuam a manter as ordens do “chefe” Lula, tudo pelo poder, porem isto os levará ao fracasso, já sentiram e começaram a campanha eleitoral para 2014 com 2 anos de antecedência enquanto os índices de popularidade de Dilma estão altos, claro com as benesses distribuídas e a gastança sem controle chegaremos em breve a um ponto sem saída, estaremos no jargão popular dos jogadores de sinuca, “numa sinuca de bico” ou seja sem saída, sem solução imediata, infelizmente.


CENSURA DA MÍDIA- eles não desistem de seu Marco Regulatório da Mídia, em outras palavras censura da mídia. O PT em reunião em Fortaleza, tornou a investir junto aos militantes e simpatizantes que o tal de Marco Regulatório já deveria estar em vigor, a cada vez que se expõem seus mal feitos e suas mentiras as claras, eles voltam a chiar e tornam a pedir ao governo pressa no projeto de censura, sim querem censurar todos aqueles que não comungam de sua ideologia e falsidades, não podemos concordar nem deixar que consigam.

Juarez Capaverde







É O TEXTO QUE MUITA GENTE TINHA QUE LER!!!


Por Arnaldo Jabor



- Brasileiro é um povo solidário. Mentira. Brasileiro é babaca.


Eleger para o cargo mais importante do Estado um sujeito que não tem escolaridade e preparo nem para ser gari, só porque tem uma história de vida sofrida;


Pagar 40% de sua renda em tributos e ainda dar esmola para pobre na rua ao invés de cobrar do governo uma solução para pobreza;
...Aceitar que ONG's de direitos humanos fiquem dando pitaco na forma como tratamos nossa criminalidade.

 ..
Não protestar cada vez que o governo compra colchões para presidiários que queimaram os deles de propósito, não é coisa de gente solidária.


É coisa de gente otária.



- Brasileiro é um povo alegre. Mentira. Brasileiro é bobalhão.



Fazer piadinha com as imundices que acompanhamos todo dia é o mesmo que tomar bofetada na cara e dar risada.
Depois de um massacre que durou quatro dias em São Paulo, ouvir o José Simão fazer piadinha a respeito e achar graça, é o mesmo que contar piada no enterro do pai.


Brasileiro tem um sério problema.


Quando surge um escândalo, ao invés de protestar e tomar providências como cidadão, ri feito bobo.



- Brasileiro é um povo trabalhador. Mentira.


Brasileiro é vagabundo por excelência.


O brasileiro tenta se enganar, fingindo que os políticos que ocupam cargos públicos no país, surgiram de Marte e pousaram em seus cargos, quando na verdade, são oriundos do povo.


O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado ao ver um deputado receber 20 mil por mês, para trabalhar 3 dias e coçar o saco o resto da semana, também sente inveja e sabe lá no fundo que se estivesse no lugar dele faria o mesmo.


Um povo que se conforma em receber uma esmola do governo de 90 reais mensais para não fazer nada e não aproveita isso para alavancar sua vida (realidade da brutal maioria dos beneficiários do bolsa família) não pode ser adjetivado de outra coisa que não de vagabundo.


- Brasileiro é um povo honesto. Mentira.



Já foi; hoje é uma qualidade em baixa.


Se você oferecer 50 Euros a um policial europeu para ele não te autuar,
provavelmente irá preso.


Não por medo de ser pego, mas porque ele sabe ser errado aceitar propinas.


O brasileiro, ao mesmo tempo em que fica indignado com o mensalão, pensa intimamente o que faria se arrumasse uma boquinha dessas, quando na realidade isso sequer deveria passar por sua cabeça.


- 90% de quem vive na favela é gente honesta e trabalhadora. Mentira..


Já foi.


Historicamente, as favelas se iniciaram nos morros cariocas quando os negros e mulatos retornando da
Guerra do Paraguai ali se instalaram.


Naquela época quem morava lá era gente honesta, que não tinha outra alternativa e não concordava com o crime.


Hoje a realidade é diferente.


Muito pai de família sonha que o filho seja aceito como 'aviãozinho' do tráfico para ganhar uma grana legal.


Se a maioria da favela fosse honesta, já teriam existido condições de se tocar os bandidos de lá para fora, porque podem matar 2 ou 3 mas não milhares de pessoas.


Além disso, cooperariam com a polícia na identificação de criminosos, inibindo-os de montar suas bases de operação nas favelas.



- O Brasil é um pais democrático.. Mentira.



Num país democrático a vontade da maioria é Lei.


A maioria do povo acha que bandido bom é bandido morto, mas sucumbe a uma minoria barulhenta que se apressa em dizer que um bandido que foi morto numa troca de tiros, foi executado friamente.


Num país onde todos têm direitos mas ninguém tem obrigações, não existe democracia e sim, anarquia.


Num país em que a maioria sucumbe bovinamente ante uma minoria barulhenta, não existe democracia, mas um simulacro hipócrita.


Se tirarmos o pano do politicamente correto, veremos que vivemos numa sociedade feudal: um rei que detém o poder central (presidente e suas MPs), seguido de duques, condes, arquiduques e senhores feudais (ministros, senadores, deputados, prefeitos, vereadores).


Todos sustentados pelo povo que paga tributos que têm como único fim, o pagamento dos privilégios do poder. E ainda somos obrigados a votar.



Democracia isso? Pense !



O famoso jeitinho brasileiro.


Na minha opinião, um dos maiores responsáveis pelo caos que se tornou a política brasileira.


Brasileiro se acha malandro, muito esperto.


Faz um 'gato' puxando a TV a cabo do vizinho e acha que está botando pra quebrar.


No outro dia o caixa da padaria erra no troco e devolve 6 reais a mais, caramba, silenciosamente ele sai de lá com a felicidade de ter ganhado na loto.... malandrões, esquecem que pagam a maior taxa de juros do planeta e o retorno é zero. Zero saúde, zero emprego, zero educação, mas e daí?


Afinal somos penta campeões do mundo né?


Grande coisa...



O Brasil é o país do futuro.


Caramba , meu avô dizia isso em 1950. Muitas vezes cheguei a imaginar em como seria a indignação e revolta dos meus avôs se ainda estivessem vivos.


Dessa vergonha eles se safaram...


Brasil, o país do futuro !?


Hoje o futuro chegou e tivemos uma das piores taxas de crescimento do mundo.



Deus é brasileiro.


Puxa, essa eu não vou nem comentar.


O que me deixa mais triste e inconformado é ver todos os dias nos jornais a manchete da vitória do governo mais sujo já visto em toda a história brasileira.


Para finalizar tiro minha conclusão:



O brasileiro merece! Como diz o ditado popular, é igual mulher de malandro, gosta de apanhar. Se você não é como o exemplo de brasileiro citado nesse e-mail, meus sentimentos amigo, continue fazendo sua parte, e que um dia pessoas de bem assumam o controle do país novamente.


Aí sim, teremos todas as chances de ser a maior potência do planeta.
Afinal aqui não tem terremoto, tsunami nem furacão.
Temos petróleo, álcool, bio-diesel, e sem dúvida nenhuma o mais importante: Água doce!



Só falta boa vontade, será que é tão difícil assim?





II


[URGENTE!!!] FATOS QUE FICARAM ESCONDIDOS NO JUDICIÁRIO CAPENGA QUE TEMOS NO PAÍS.


'A decisão do TSE que determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN, a pedido do presidente 'Lula' até pode ter amparo na legislação eleitoral, mas fere o preceito constitucional da liberdade de imprensa.


'Não deixem de ler e reler o texto abaixo e passem adiante'!


É longo, mas compensa cada parágrafo!



A VERDADE ESTÁ NA CARA, MAS NÃO SE IMPÕE.

(ARNALDO JABOR)


O que foi que nos aconteceu?


No Brasil, estamos diante de acontecimentos inexplicáveis, ou melhor,'explicáveis' demais.


Toda a verdade já foi descoberta, todos os crimes provados, todas as mentiras percebidas.


Tudo já aconteceu e nada acontece. Os culpados estão catalogados, fichados, e nada rola.


A verdade está na cara, mas a verdade não se impõe. Isto é uma situação inédita na História brasileira!!!!!!!


Claro que a mentira sempre foi a base do sistema político, infiltrada no labirinto das oligarquias, mas nunca a verdade foi tão límpida à nossa frente e, no entanto, tão inútil, impotente, desfigurada!!!!!!!!


Os fatos reais: com a eleição de Lula, uma quadrilha se enfiou no governo e desviou bilhões de dinheiro público para tomar o Estado e ficar no poder 20 anos!!!!


Os culpados são todos conhecidos, tudo está decifrado, os cheques assinados, as contas no estrangeiro, os tapes, as provas irrefutáveis, mas o governo psicopata de Lula nega e ignora tudo!!!!!


Questionado ou flagrado, o psicopata não se responsabiliza por suas ações. Sempre se acha inocente ou vítima do mundo, do qual tem de se vingar. O outro não existe para ele e não sente nem remorso nem vergonha do que faz!!!!!


Mente compulsivamente, acreditando na própria mentira, para conseguir poder. Este governo é psicopata!!! Seus membros riem da verdade, viram-lhe as costas, passam-lhe a mão nas nádegas. A verdade se encolhe, humilhada, num canto. E o pior é que o Lula, amparado em sua imagem de 'povo', consegue transformar a Razão em vilã, as provas contra ele em acusações 'falsas', sua condição de cúmplice e Comandante em 'vítima'!!!!!


E a população ignorante engole tudo.. Como é possível isso?


Simples: o Judiciário paralítico entoca todos os crimes na Fortaleza da lentidão e da impunidade. Só daqui a dois anos serão julgados os indiciados - nos comunica o STF.


Os delitos são esquecidos, empacotados, prescrevem. A Lei protege os crimes e regulamenta a própria desmoralização Jornalistas e formadores de opinião sentem-se inúteis, pois a indignação ficou supérflua. O que dizemos não se escreve, o que escrevemos não se finca, tudo quebra diante do poder da mentira desse governo.


Sei que este é um artigo óbvio, repetitivo, inútil, mas tem de ser escrito...


Está havendo uma desmoralização do pensamento.

Deprimo-me:


Denunciar para quê, se indignar com quê? Fazer o quê?'


A existência dessa estirpe de mentirosos está dissolvendo a nossa língua. Este neocinismo está a desmoralizar as palavras, os raciocínios. A língua portuguesa, os textos nos jornais, nos blogs, na TV, rádio, tudo fica ridículo diante da ditadura do lulo-petismo.


A cada cassado perdoado, a cada negação do óbvio, a cada testemunha, muda, aumenta a sensação de que as idéias não correspondem mais Aos fatos!!!!!


Pior: que os fatos não são nada - só valem as versões, as manipulações.


No último ano, tivemos um único momento de verdade, louca, operística, grotesca, mas maravilhosa, quando o Roberto Jefferson abriu a cortina do país e deixou-nos ver os intestinos de nossa política.


Depois surgiram dois grandes documentos históricos: o relatório da CPI dos Correios e o parecer do procurador-geral da república. São verdades cristalinas, com sol a Pino.


E, no entanto, chegam a ter um sabor quase de 'gafe'.


Lulo-Petistas clamam: 'Como é que a Procuradoria Geral, nomeada pelo Lula, tem o desplante de ser tão clara! Como que o Osmar Serraglio pode ser tão explícito, e como o Delcídio Amaral não mentiu em nome do PT ?


 Como ousaram ser honestos?'


Sempre que a verdade eclode, reagem.


Quando um juiz condena rápido, é chamado de exibicionista'. Quando apareceu aquela grana toda no Maranhão (lembram, filhinhos?), a família Sarney reagiu ofendida com a falta de 'finesse' do governo de FH, que não teve a delicadeza de avisar que a polícia estava chegando....


Mas agora é diferente.


As palavras estão sendo esvaziadas de sentido. Assim como o stalinismo apagava fotos, reescrevia textos para contestar seus crimes, o governo do Lula está criando uma língua nova, uma neo-língua empobrecedora da ciência política, uma língua esquemática, dualista, maniqueísta, nos preparando para o futuro político simplista que está se consolidando no horizonte.


Toda a complexidade rica do país será transformada em uma massa de palavras de ordem , de preconceitos ideológicos movidos a dualismos e oposições, como tendem a fazer o Populismo e o simplismo.


Lula será eleito por uma oposição mecânica entre ricos e pobres, dividindo o país em 'a favor' do povo e 'contra', recauchutando significados que não dão mais conta da circularidade do mundo atual.


Teremos o 'sim' e o 'não', teremos a depressão da razão de um lado e a psicopatia política de outro, teremos a volta da oposição Mundo x Brasil, nacional x internacional e um voluntarismo que legitima o governo de um Lula 2 e um Garotinho depois.


Alguns otimistas dizem: 'Não... este maremoto de mentiras nos dará uma fome de Verdades'!



ESSE TEXTO PRECISA E DEVE SE TRANSFORMAR NA MAIOR CORRENTE QUE A INTERNET JÁ VIU !!!



TSE determinou a retirada do comentário de Arnaldo Jabor do site da CBN.


Não deixe de repassar é o mínimo o que podemos fazer diante de tanta corrupção









Direto ao Ponto Augusto Nunes

O surto de megalomania inspira mais uma pedagógica manchete do Diário do Comércio


O Diário do Comércio voltou a mostrar aos concorrentes, nesta quinta-feira, como se faz uma primeira página. AGORA, LULINCOLN DA SILVA, resume a manchete principal, ilustrada pela fotomontagem que coroa a cabeça do palanque ambulante com uma superlativa cartola ─ marca registrada do estadista que aboliu a escravidão e impediu o esfacelamento dos Estados Unidos. Subtítulo: A boa notícia é que Lula está ‘lendo muito’ (convidados da festa de 30 anos da CUT gargalharam, ao ouvi-lo’). A ruim é que ele agora encarna o presidente Abraham Lincoln.

O diário dirigido pelo jornalista Moisés Rabinovici complementa a aula com a segunda manchete: Veja o PT censurando o cartaz do Mensalão. Na foto ao lado, dois funcionários do partido carregam para os porões do Congresso um painel, instalado pela oposição, que lembra a grande roubalheira descoberta em 2005. Compreensivelmente, o ano foi excluído da exposição em que o PT festeja as proezas que jura ter protagonizado desde o nascimento em 1980.

As duas notícias ficaram fora das primeiras páginas do Estadão, da Folha e do Globo. Os três maiores jornais do país confinaram em espaços mofinos ─ e, pior ainda, trataram como se fossem coisa séria ─ duas brasileirices singularíssimas. Mesmo no País do Carnaval, não é todo dia que um surto de megalomania faz um chefe de seita enxergar Abraham Lincoln quando se olha no espelho. Nem pode ser reduzido a irrelevância rotineira o roubo de um painel que denuncia o sumiço de um ano inteiro.

São fatos que merecem manchete. E merecem o tratamento sarcástico que ilumina a primeira página do Diário do Comércio. Os vigaristas que debocham do Brasil decente reagem a acusações gravíssimas e denúncias de grosso calibre como se fossem confrontados com a previsão do tempo. Só se sentem atingidos no fígado quando o calibre da bala é engrossado pela ironia impiedosa.

Editores de jornais vivem se queixando da falta de leitores. Como demonstra o confronto das primeiras páginas desta quinta-feira, o que falta é argúcia, independência intelectual, coragem e talento.











Atividade econômica

Brasil cresce só 0,9% em 2012 – pior marca desde 2009

 

Dados do IBGE divulgados nesta manhã de sexta-feira mostram que economia brasileira cresceu ainda menos do que o esperado pelo governo e pelo mercado


O mau resultado da economia brasileira em 2012 já era esperado por analistas de mercado e pelo próprio governo. Mas os dados divulgados nesta sexta-feira pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) são ainda piores do que se previa. No ano passado, a economia brasileira registrou expansão de apenas 0,9% em relação a 2011 - o pior resultado desde 2009 quando, afetado pela crise internacional, o Produto Interno Bruto (PIB) brasileiro encolheu 0,3%. O governo esperava crescimento de pelo menos 1% da economia em 2012, ano em que a soma das riquezas produzidas pelo Brasil ficou em 4,4 trilhões de reais. O resultado veio abaixo também do previsto no Índice de Atividade Econômica do Banco Central (IBC-Br), considerado uma espécie de sinalizador do PIB, que cresceu 1,35% em 2012.

O pibinho se confirmou em meio a sucessivos esforços do governo para estimular o consumo, como a redução do quadro de juros - com baixa recorde da Selic a 7,25% ao ano, desonerações em folhas de pagamento e redução de impostos. Segundo o IBGE, houve aumento no consumo das famílias, de 3,1% ante 2011, e também crescimento do setor de serviços - 1,7% ante o ano anterior. Já a produção da indústria recuou 0,8% no ano e a agropecuária caiu ainda mais, 2,3%. O consumo do governo cresceu 3,2% em relação a 2011.

O PIB per capita alcançou 22.402 reais, mantendo-se praticamente estável (0,1%) em relação a 2011. Ainda segundo o IBGE, a taxa de investimento no ano de 2012 foi de 18,1% do PIB, inferior à taxa referente ao ano anterior (19,3%). A taxa de poupança foi de 14,8% em 2012 (ante 17,2% no ano anterior).

Quando o desempenho do quarto trimestre é comparado ao terceiro trimestre, a economia brasileira cresceu 0,6%. Em relação ao quarto trimestre de 2011, o Produto Interno Bruto (PIB) registrou crescimento de 1,4% no último trimestre de 2012. Também na comparação entre o terceiro e o quarto trimestres do ano passado, o mercado se surpreendeu, uma vez que analistas esperavam, em média, um crescimento de 0,7% neste confronto.

Sem investimentos - Um fator importante que explica a desaceleração da economia no ano passado é a taxa de investimento em queda. A Formação Bruta de Capital Fixo (FBCF), indicador do IBGE que mede o nível de investimentos na atividade, recuou 4% em 2012 ante 2011 - a primeira queda desde 2009, quando a taxa ficou negativa em 6,7%. “A partir do momento em que há uma estimativa de crescimento menor para a economia e nenhum sinal evidente de avanço na competitividade, as empresas acabam pisando no freio para desenvolver projetos”, analisa Sérgio Vale, economista-chefe da MB Associados.

Entre os fatores que espantaram a ânsia de investimentos dos empresários no ano passado estão as medidas intervencionistas do governo, o protecionismo, os altos custos salariais – apesar de importantes desonerações estarem em curso -, e a falta de infraestrutura. O ‘Custo Brasil’ ainda não foi combatido e continua tirando a competitividade da indústria brasileira. “São muitos os fatores que justificam o fato de uma empresa pensar duas vezes antes de investir no Brasil”, diz Vale.


Indústria segue na berlinda – O setor industrial já teve anos melhores. A queda de 0,8% também a primeira desde 2009, quando o desempenho ficou negativo em 5,6%. O excesso de estoques remanescentes de 2011 também são responsáveis, segundo especialistas, pelo desempenho industrial ruim de 2012. “Estimamos que a questão dos estoques deve ter roubado quase 1% do PIB de 2012”, afirma Bráulio Lima Borges, economista-chefe da área de macroeconomia da LCA. “Além de o consumidor colocar o pé no freio, o empresário comprou menos máquinas e o resto do mundo consumiu menos produtos brasileiros”, explica.

Agroindústria em queda - A queda de 7,5% da produção da agroindústria no quarto trimestre do ano passado em relação ao mesmo período de 2011 também chama a atenção. Nos últimos três meses de 2011 o indicador havia crescido 8,4%

Em seu programa semanal de rádio em fevereiro, a presidente Dilma Rousseff já havia destacado que a produção brasileira de grãos esperada para este ano, de 185 milhões de toneladas, será a maior da história e disse que vai aumentar o crédito para a agricultura brasileira. 

Perspectivas - Com o ano novo, as expectativas são renovadas – e, pela primeira vez no governo Dilma, o Palácio do Planalto prevê um crescimento relativamente em linha com o mercado – em torno de 3%.

Devido ao desempenho ruim dos investimentos no ano passado, o governo começou a tentar estimular o setor de infraestrutura - que é um dos grandes motores do crescimento - apenas na segunda metade do ano, com a retomada das concessões, redução drástica do valor energia elétrica e desoneração de folha de pagamentos. A expectativa é que essas medidas tenham impacto positivo no PIB de 2013.

Contudo, nem se a economia crescer os 3% esperados, a presidente perderá o título de "autora" do segundo pior resultado econômico dos últimos 60 anos entre os governos brasileiros. Dilma ocupa a posição com certa folga e terá de fazer mágica até 2014 - ano eleitoral - para conseguir reverter esse resultado. A corrida já começou.






Câmbio e estrutura produtiva

 

Eliana Cardoso *

Jonathan Swift, autor das Viagens de Gulliver, escreveu um longo ensaio recheado de paródias que se chama A Tale of a Tub (História de uma Banheira). O título do livro refere-se ao ataque de uma baleia a um navio e à ação dos marinheiros, que para distrair o monstro lançam uma banheira ao mar.


Lendo essa frase como metáfora adequada aos tempos de Jonathan Swift, seria possível interpretar o navio como o Estado inglês em meados do século 17 e a baleia como o Leviatã de Thomas Hobbes - um livro controverso naquela época, porque Hobbes ofendia quase todo mundo: ofendia católicos e protestantes afirmando que a escolha religiosa deveria ser uma prerrogativa do governante, ofendia monarquistas negando o direito divino dos reis e ofendia parlamentares descartando a monarquia constitucional como impraticável e irrealista.


Se a metáfora vale, os marinheiros na frase de Jonathan Swift, que jogam uma banheira contra a baleia de Hobbes, seriam os ministros de Estado. E a banheira, o próprio livro de Swift. Mas o ensaio de Swift acaba por intensificar as críticas contidas no Leviatã, em vez de dissipá-las, porque seu narrador é meio maluco.


Chega de antiguidades. O artigo que você lê agora não é uma baleia indignada contra o desgoverno do navio brasileiro. E muito menos a banheira que desviaria os ataques de seus críticos. Nem baleia, nem banheira. Nossa gafieira exige respeito e, por isso, o artigo não oferece metáforas, mas apenas uma hipótese de diagnóstico para a situação econômica.


Começo com os fatos. A produtividade do trabalhador brasileiro vem caindo e hoje ele produz menos de um quinto do que produz o trabalhador nos EUA. O crescimento do produto interno bruto (PIB) fraqueja, mas as taxas de desemprego continuam muito baixas. Tal fenômeno resulta da recomposição da estrutura econômica: crescem os setores de baixa produtividade (e intensivos em mão de obra, como o varejo, por exemplo), enquanto se contrai o setor industrial exportador.


O que explica a recomposição setorial? É possível que os bens que se vendem e se compram apenas dentro do próprio País tenham ficado relativamente mais lucrativos do que os comerciados internacionalmente por causa da queda acumulada do dólar entre 2004 e 2011. Por causa da valorização "real" da nossa moeda as empresas foram transferindo a produção em atividades exportadoras (que enfrentam a competição externa) para atividades voltadas apenas para o mercado doméstico. Essas atividades (concentradas, por exemplo, no comércio varejista e na construção civil) são mais intensivas em mão de obra e menos produtivas. A queda da produtividade industrial em 2011 não desmente essa hipótese, porque a produtividade se move com o ciclo econômico, pois a indústria não demite na mesma proporção da queda da produção por causa dos custos de demissão.


Uma desvalorização "real" sustentada da nossa moeda tornaria a indústria mais competitiva. Não falo de desvalorização cambial tout court, mas de desvalorização "real". Para que desvalorizações cambiais atraiam recursos para setores produtores de bens comerciáveis é preciso que elas sejam "reais", isto é, não canceladas por aumentos de preços. Uma desvalorização cambial com aumento de salários não altera a taxa "real" de câmbio.


A experiência internacional mostra que os países que sustentaram taxas altas de crescimento por muitos anos (como a Coreia do Sul depois da década de 1970, o Chile desde o final da década de 1980 ou a China nos últimos 30 anos) são países que mantiveram competitivas suas taxas "reais" de câmbio, o que só é possível com inflação controlada. O segredo reside no equilíbrio fiscal com cortes de gastos públicos, que criam a expectativa de quedas sustentáveis das taxas de juros.


Durante o governo Lula falou-se da apreciação "real" da nossa moeda e suas consequências. Mas o efeito riqueza da mudança dos termos de intercâmbio (graças ao aumento do preço das commodities) apagou a preocupação com a apreciação cambial, que permitia comprar produtos estrangeiros a um preço menor, viajar mais, e ainda tinha a vantagem de ajudar a segurar a inflação. Sua herança maldita ficaria para o governo seguinte.


O que fazer? Os brasileiros sabem que tentativas de manipular a taxa de câmbio - seja para cima, seja para baixo - geralmente se dão mal. Na década de 1980, a experiência com as minidesvalorizações mostrou que a indexação do câmbio e dos salários, combinada a desequilíbrios fiscais, cria graves empecilhos para que a inflação responda à política monetária. Na década seguinte, entre 1994 e 1997, o governo segurou a taxa de câmbio para estabilizar a inflação e acabou enfrentando o colapso do real em 1998. Naquele ano se adotou uma taxa de câmbio flutuante, um passo importante na construção do tripé da estabilidade, ao lado das metas de inflação e do equilíbrio fiscal. Infelizmente, Lula recusou a oportunidade de abraçar uma política fiscal anticíclica a partir de 2005, quando a melhora dos nossos termos de intercâmbio a tornava possível.


Hoje, em situação mais difícil, Dilma parece incapaz de identificar o problema herdado de Lula e o atribui à política monetária de outros países. E erra nos remédios. Insiste em agravar o desequilíbrio fiscal. Tenta intervir para desvalorizar o câmbio e, em seguida, se arrepende, dá meia-volta e instaura incertezas.


Com o lançamento antecipado da disputa eleitoral fica difícil acreditar que o governo venha a considerar o interesse do País no médio prazo e abraçar políticas coerentes e sustentáveis. Mais fácil atribuir nossos problemas a ventos adversos.


Na história da banheira, Swift conta que os sábios "aeolistas" sustentavam que a causa original de todas as coisas é o vento. O mesmo vento que acende e sopra a chama da natureza também pode apagá-la. E a roda da fortuna gira.
* Eliana Cardoso é PH.D. pelo MIT e professora titular da FGV-São Paulo:














01/03/2013

O mandato de Dilma durou apenas dois anos. Os outros dois, agora, serão anulados tentando conseguir mais quatro. Ou: Ninguém sabe ser tão inescrupuloso quanto Lula

Mal saímos de uma campanha eleitoral, já estamos em outra. É o ritmo frenético que Lula impõe ao processo político. Não tem jeito. Ele não consegue descer do palanque. É o seu elemento. Isso mantém permanentemente mobilizadas as bases de seu partido e também força adversários e aliados a fazer escolhas precoces. Como estes não têm exatamente uma agenda própria e se colocam como meros caudatários dos comandos petistas — sim, vale também para  PSDB —, o Apedeuta pinta e borda.

Com dois ou três movimentos, Lula já colocou em xeque o governador de Pernambuco, Eduardo Campos (PSB). Estou entre aqueles que acham que seria saudável que se candidatasse à Presidência — embora eu também queira saber o que ele pretende e como vai dizer ao eleitorado que permaneceu por tanto tempo na barca petista até decidir romper. De toda sorte, vejo com simpatia — e isso não é segredo para ninguém — um eventual racha do condomínio liderado pelo PT. Mas, também já escrevi aqui, não aposto muito nisso.

Ocorre que Lula, de uma ignorância oceânica, é, não obstante, dotado de uma esperteza política sem concorrentes no país. Nesse particular, e só nesse, ele é dotado de mais recursos do que FHC, por exemplo. Não por acaso, já atraiu o seu adversário de divã — sim, o problema é freudiano — para o bate-boca eleitoral. Levou o PSDB a tentar antecipar a escolha, os tucanos agiram como patos, e o partido, anotem aí, ainda acabará assistindo a uma revoada de descontentes se continuar nessa marcha. Sabem por quê? Com perspectiva de poder, os políticos podem até aceitar certos atropelos e humilhações. Sem ela, por que aceitariam? E o viés, tudo contabilizado, não é exatamente de alta para o tucanato na esfera federal.

Lula chamou o PSDB para a briga, e alguém lá do ninho teve uma ideia: “Ah, vamos decidir agora, pronto! E quem não gostar que se dane!”. OU POR OUTRA: OS TUCANOS COMBINARAM TUDO COM O ADVERSÁRIO, MAS ESQUECERAM DE COMBINAR COM OS ALIADOS. Lula não aprendeu a fazer essas coisas na política partidária. Ele vem do sindicalismo, onde só há cobras criadas. Pior para quem cai na sua conversa.

O Apedeuta também leva outra vantagem sobre qualquer político: não tem nenhum escrúpulo. Não é o único. Mas ninguém é tão inescrupuloso, no que concerne aos hábitos políticos,  quanto ele. Ontem, por exemplo, como se fosse presidente da República, visitou as obras do Maracanã, acompanhado do governador do Rio, Sergio Cabral (PMDB), e do vice, o sr. Pezão. Falou aos operários. E qual foi o tema? Os 10 anos do PT no poder. Ou por outra: foi a um canteiro de obra pública para fazer proselitismo partidário — não sem elogiar fartamente o anfitrião, Cabral. PT e PMDB fluminenses estão em pé de guerra por causa de 2014. Mas o Apedeuta estava lá fazendo a conciliação.

Assim como é muito difícil para Campos levar adiante o seu intento, a candidatura de Lindbergh não será muito fácil. Em seu discurso no estádio em obras, o ex-presidente excitou o ufanismo da massa e fez um desagravo de agravo que não houve: segundo ele, diziam (quem “diziam”?) que o Brasil não seria capaz de realizar a Copa do Mundo, mas estaríamos provando que é mentira etc. etc. etc. Bem, nunca ninguém disse isso. Lula vive atribuindo coisas a um sujeito indeterminado para que possa, então, afirmar o contrário. Está permanentemente em guerra.

De lá voou para Fortaleza para um dos eventos que marcam os dez anos da chegada do PT ao poder. Poucos estão se dando conta do quão autoritário é o espírito que anima essa comemoração. Os petistas tentam transformar o ano de 2003 numa espécie de data do calendário oficial, como se tivesse havido um rompimento da velha ordem em benefício da nova. Que velha ordem se rompeu? O Brasil já era um democracia plena, regido por uma Constituição elaborada por representantes do povo, eleitos livremente — Constituição que os petistas se negaram  homologar, destaque-se.

O PT comemora os 10 anos (tendo a certeza de mais dois que a lei já lhe assegura) como quem anuncia que virão mais quatro a partir de 2015, depois outros quatro a partir de 2019; em seguida, outro tanto…  E assim eternidade afora. “É normal, Reinaldo! Os partidos lutam para ganhar eleições!” Eu sei. Mas não é corriqueiro que transformem isso em marco inaugural. Fico cá a imaginar se os tucanos decidissem fazer seminário em São Paulo para exaltar as conquistas dos últimos 18 anos de poder PSDB — 20 em 2014…  O mundo viria abaixo na imprensa paulista: “Ora, onde já se viu?”. Aliás, nos setores “petizados” das redações, como sabem, a gente ouve falar na necessidade de “renovação”…

Essa “comemoração” liderada por Lula é um absoluto despropósito e foi só a maneira encontrada para deflagrar a campanha antes da hora — o que a Lei Eleitoral proíbe, é bom lembrar. Mas quem se importa? O inimputável pode fazer o que lhe der na telha, incluindo proselitismo partidário num canteiro de obra pública. Não reconhece instância que possa lhe botar freios.

“Ah, tudo vai às mil maravilhas com o Brasil, e fica esse Reinaldo Azevedo enchendo o saco…” Não! As coisas não vão às mil maravilhas, como sabe qualquer pessoa medianamente informada. Mas nem temos na oposição quem sem disponha a pôr o guizo no pescoço do gato nem há na situação quem consiga pôr algum freio em Lula e sua turma. Ele pressentiu que começava a haver um acúmulo considerável de críticas às irresoluções e incompetências do governo. Animal político notável, deflagrou a campanha eleitoral.

O mandato de Dilma durou apenas dois anos. Os outros dois serão anulados pelas articulações políticas para conseguir outros quatro a partir de 2015.
Por Reinaldo Azevedo





Reale Júnior volta a fazer picadinho de proposta aloprada de novo Código Penal, e relator da estrovenga se abespinha. Tá bom! Então falemos de arrogância. Ou: Mate um feto de sete meses, mas cuidado com o filhote da tartaruga!

Lembram-se daquela proposta de reforma do Código Penal que foi elaborada por uma “comissão de notáveis” escolhida pelo então presidente do Senado, José Sarney (PMDB-AP)? Trata-se de uma formidável coleção de sandices. Já escrevi uma penca de textos a respeito, conforme evidenciam os links abaixo.

Se aprovada, abandonar um animal, no Brasil, renderia uma pena superior a abandonar uma criança. O aborto seria legalizado (embora a Constituição proteja a vida desde a concepção). Haveria também a legalização do consumo de drogas e, na prática, do pequeno tráfico. A proposta foi elaborada com a sapiência dos arrogantes e a arrogância dos que se querem sábios. Um trabalho dessa dimensão não contou nem mesmo com o trabalho de uma comissão de revisão. Pra quê? Antes que prossiga, eis alguns dos textos que já escrevi a respeito.

Nesta quinta, Miguel Reale Júnior participou de uma reunião da comissão do Senado que cuida do assunto. Fez um picadinho impiedoso do texto. Tocou em alguns aspectos que abordei nos posts acima e expôs outras barbaridades. Reproduzo trechos de um texto publicado no Globo Online. Volto em seguida.
*
(…) O jurista Miguel Reale Júnior, ex- ministro da Justiça do governo de Fernando Henrique, voltou a atacar duramente nesta quinta-feira a proposta elaborada por uma comissão de juristas formada pelo Senado para reformar o Código Penal. Ele disse que a proposta contém absurdos, contradições graves e pode ser motivo de vergonha internacional para o Brasil. Criticou até mesmo erros de português do texto do anteprojeto, que foi aprovado pela comissão de juristas no ano passado e agora tramita no Senado como projeto de lei.

(…)
Entre outros pontos, ele criticou as restrições impostas ao livramento condicional e a instituição da barganha, em que uma das partes, após acordo judicial, concorda em cumprir uma determinada pena. “A barganha é manifestamente inconstitucional. A aplicação da barganha nos Estados Unidos mostra o grau de injustiça, de inocentes que, receosos de conseguir provar sua inocência na Justiça, aceitam a pena mínima imposta”, afirmou.

(…)
ele também criticou a forma como a eutanásia é tratada. “Prevê perdão de parente que mata independentemente de diagnóstico médico. Quem vai julgar o estado terminal é o parente que mata quem precisa se salvar do sofrimento. Quantos velhinhos vão olhar com desconfiança o suco de laranja que lhe oferecem?”.Também criticou a parte que trata dos crimes contra animais. “Entre uma criança e um cachorro, eu vou socorrer o cachorro, para não passar mais tempo na prisão.”

Após a fala de meia hora de Miguel Reale Júnior, o procurador regional da República e relator da comissão de juristas, Luiz Carlos Gonçalves, reagiu (…) Também bastante exaltado, o procurador negou temer críticas, mas exigiu respeito e disse que várias das observações de Miguel Reale Júnior estão erradas.

“Eu aprendi com meu pai que cordialidade e educação não são mera formalidade. Independentemente do que tenhamos feito ou dito, todas as pessoas são dignas de respeito”, afirmou Gonçalves, acrescentando: “Eu quero aqui de público fazer um desagravo a todos os membros da comissão. Nós não nos nomeamos. Não buscamos notoriedade. Fomos nomeados pelo Senado. Trabalhamos abnegadamente e intensamente e, por isso, não merecemos as palavras desonrosas e desairosas de Miguel Reale Júnior em várias entrevistas. Podemos estar errados, mas exigimos respeito.”

Voltei

O texto publicado no Globo, se lido na íntegra, é francamente simpático ao procurador, censurando, ainda que de modo mitigado, o comportamento de Miguel Reale em razão de suas supostas “frases de efeito”. Vamos ver. “Frase de efeito” não é problema se o efeito da frase é desnudar incoerências e erros de uma proposta.

Quem é que está exigindo “respeito”? Ah, é o procurador Gonçalves. Conheço Reale e duvido que ele tenha sido desrespeitoso. Tem sido, isto sim, duro e técnico nas críticas. E conheço Gonçalves também. Em setembro do ano passado, ele foi a um debate no programa “Entre Aspas”, da GloboNews, mediado pela jornalista Mônica Waldvogel, com a professora de direito da USP Janaína Paschoal. Escrevi um post a respeito. Lá estava o retrato da arrogância. Dei este título, certamente mais indignado do que Miguel Reale Júnior: “Atenção, senadores! Atenção, brasileiros! Divulguem o fato. Caiu a máscara! Coordenador da reforma do Código Penal confessa: “NÓS RECONHECEMOS ORGULHOSAMENTE A LEGALIZAÇÃO DO ABORTO”. Ou: Matar um feto de sete meses dá seis meses de cadeia; matar um filhote de codorna, dois anos! Ou: A revolução dos tarados morais”.

Sim, Janaina provou que, na proposta elaborada pela comissão, havia, na prática, a legalizaão do aborto, embora o Código Penal não possa fazê-lo porque a garantia à vida é matéria constitucional. Como se tivesse investido por algum poder divino, respondeu Gonçalves: “Nós reconhecemos [a legalização do aborto] orgulhosamente!”. E pontuava a cada pouco a fala de sua interlocutora com o advérbio: “Orgulhosamente, orgulhosamente…”. Vale dizer: ele se orgulhava, então, de um truque enfiado no projeto: a legalização do aborto pela via infraconstitucional. Por que alguém se orgulharia de enganar as pessoas?

A proposta de reforma do Código Penal que chegou ao Senado é uma coleção de sandices e tem de ser jogada no lixo. Se os que escreveram aquela estrovenga conhecem ou não direito, não serei eu a avaliar, que não sou especialista nem nada (Reale é). Mas não preciso ser um expert para considerar uma criança superior a um cachorro e um feto humano superior a um filhote de codorna.

O Globo informa que havia pessoas portando cartazes em favor do direito dos animais na galeria da Câmara. Que bom, né?  Será que voltaremos ao tempo em que será preciso evocar a Lei de Proteção aos Animais para preservar os humanos da morte?
Reinaldo Azevedo














Exemplos’

 por Merval Pereira

PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA

MERVAL PEREIRA

Fazer oposição ao governo popular que chegou para nos redimir só pode ser coisa de direitistas raivosos, de reacionários a serviço dos piores interesses. Ao contrário, basta que alguém adira ao governo petista para se transformar imediatamente em pessoa respeitável, sobre quem nada pode ser dito sem que uma crítica signifique tentativa de desestabilizar o tal governo popular.

Reputações são lavadas em segundos, passados são esquecidos, muitos se tornam esquerdistas tardiamente. Quantos parentes de presos políticos que nunca levantaram um dedo para repudiar a ditadura agora posam de esquerdistas em defesa da memória de seus queridos e aproveitam para tirar um benefício do governo?

Por que Fernando Henrique deveria “no mínimo ficar quieto”, se, tanto quanto ele, os ex-presidentes que nos restam atuam politicamente com intensidade? E por que Fernando Henrique deveria deixar Dilma trabalhar em paz se ele é o principal nome da oposição e, como o nome diz, tem como função principal se opor ao que está aí no governo?

O que fazia o PT quando estava na oposição? Deixava Fernando Henrique governar com tranquilidade ou tentava por todos os meios boicotar sua administração? Logo no início do governo Lula, quando ele assumiu surpreendentemente como tarefa de seu governo prosseguir a reforma da Previdência, conversei com o então presidente da Câmara, deputado João Paulo Cunha ─ hoje condenado pela participação no mensalão ─ e perguntei a ele por que o PT se batera tanto contra a reforma quando o PSDB estava no governo se agora se mostrava favorável a ela.

Ele, candidamente, respondeu: “Luta política”. Simples assim. A “luta política” justificava tudo, até mesmo trabalhar contra medidas que eles consideravam acertadas. Enquanto ainda era presidente, Lula reclamava da ação de Fernando Henrique, dizendo que ele tinha que aprender a ser ex-presidente. Houve momento em que petista graduado disse que o ex-presidente tucano deveria ir para a casa “cuidar dos netinhos”.

Lula prontificava-se a fazer isso, ao mesmo tempo em que prometia voltar a fazer churrascos para os amigos, sem se meter em política. Ensinaria a Fernando Henrique o que é ser um ex-presidente. Sabemos muito bem o que ele fez desde o primeiro momento em que deixou a Presidência. Faz questão de demonstrar sempre que quem está no comando é ele, a ponto de, na reunião do PT para comemorar os dez anos de poder do partido, ter feito discurso em que tratou a presidente Dilma Rousseff como se fosse um oposicionista. Como ele sempre é o centro de suas próprias falas, Lula fez brincadeira com sua conhecida vaidade. Disse que gostava tanto dele mesmo que sempre votou em si próprio para presidente da República, e que, quando não pôde mais fazê-lo, votou num “poste”.

O “poste” em questão estava ali a seu lado, era a presidente da República, que foi classificada assim durante a campanha eleitoral pelos críticos de sua escolha. Para aliviar o ambiente, Lula deu um fecho generoso à sua piada de mau gosto, dizendo que o “poste” Dilma estava iluminando o Brasil.

Todas essas atitudes de Lula fora do poder podem ser perfeitamente aceitáveis para seus correligionários e eleitores, que costumam não ver seus defeitos. Mas não é possível que críticas aos governos petistas, ou mesmo à sua pessoa, sejam consideradas demonstrações de reacionarismo político, ou tentativa de boicotar as ações do governo popular que chegou para redimir o país, sem dever nada a ninguém, sem ter herdado nada, tendo construído tudo. Lula alimenta essa bobajada.







PT vai contra governo e quer projeto para regular mídia(censurar)

Diretório Nacional da sigla aprovou resolução ontem em que anuncia apoio a projeto de lei de iniciativa popular

01 de março de 2013 | 21h 30

Fernando Gallo - enviado especial de O Estado de S. Paulo
FORTALEZA - O Diretório Nacional do PT aprovou nesta sexta-feira, 1º, após reunião em Fortaleza, resolução intitulada "Democratização da mídia é urgente e inadiável" na qual decide apoiar um projeto de lei de iniciativa popular para novo marco regulatório das comunicações.

A proposta já foi encampada por entidades como o Fórum Nacional pela Democratização da Comunicação (FNDC) e pela Central Única dos Trabalhadores (CUT). No último dia 20, o Ministério das Comunicações anunciou o adiamento da implantação do novo marco regulatório, que há tempos se encontra parado na pasta.

Na quarta-feira, questionado sobre o assunto em evento da CUT, o secretário-geral da Presidência, ministro Gilberto Carvalho, afirmou que isso não está na pauta do governo.

No documento aprovado ontem, o PT conclama o governo a "reconsiderar a atitude do Ministério das Comunicações, dando início à reforma do marco regulatório, bem como a abrir diálogo com os movimentos sociais e grupos da sociedade civil que lutam para democratizar as mídias no País" e também a "rever o pacote de isenções concedidos às empresas de telecomunicações" - no valor de R$ 60 bilhões, no contexto do Plano Nacional de Banda Larga -, "a reiniciar o processo de recuperação da Telebrás" e a "manter a neutralidade da internet". O diretório petista também conclama sua militância a se juntar a essa campanha.

Além disso, o texto afirma que o oligopólio que controla o sistema de mídia no Brasil "é um dos mais fortes obstáculos, nos dias de hoje, à transformação da realidade do nosso País".

Insistência. Em outra resolução também divulgada nesta sexta, o PT afirma que "a despeito das dificuldades para a instituição de um marco regulatório para a mídia, o PT continuará lutando pelo alargamento da liberdade de expressão no País".

"Como um direito social, contra qualquer tipo de censura, restrição ou discriminação, e insistindo junto ao Congresso Nacional para que dê eficácia aos artigos da Constituição que disciplinam o assunto".

Os petistas afirmam haver "necessidade de que as deliberações democraticamente aprovadas pela Conferência Nacional de Comunicação", realizada em Brasília em 2009, sejam implementadas pela União, "em especial aquelas que determinam a reforma do marco regulatório das comunicações, mudanças no regime de concessões de rádio e TV, adequação da produção e difusão de conteúdos às normas da Constituição Federal, e anistia às rádios comunitárias".









Até amanhã





As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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