terça-feira, 5 de março de 2013

E O VENTO LEVOU, LULA E ROSEMARY- RESPOSTA A ALTURA DE FHC - MILICIAS PETISTAS ATACAM OS QUE FALAM DO GOVERNO - COMPRA DE VOTOS PELO GOVERNO - VENEZUELA, CADÊ HUGO CHAVES -




Bom dia, interessante artigo do jornalista Augusto Nunes, onde se encontra aquele que se diz O Salvador, o grande Mentiroso Lula da Silva, que agora depois de não saber de nada, também teve perda da memória e esqueceu do fato importante envolvendo sua “amiguinha” Rosemary flagrada numa operação da Policia Federal cometendo uma serie de irregularidades na tal de Chefia de Gabinete da Presidência em São Paulo, onde está Lula que não falou do ocorrido, que não veio a público explicar uma série de irregularidades da qual a dita senhora participou nos anos de seu governo, ali bem juntinho dele, nas viagens internacionais cuja presença não foi registrada como devia, e por acaso, sempre que a Sra. Maria Letícia não ia junto! Estranho não acham, somente ele o grande safado não se pronunciou até agora, foi pego de “calças curtas” outra vez e resolveu ignorar o fato, e como sempre é pego nos seus mal feitos e agora não tendo o que contestar resolveu esquecer, muito conveniente realmente, é um farsante e como tenho dito aqui o maior estelionatário deste país sem nenhuma dúvida, aquele que consegue enganar não um ou meia dúzia, mas milhões de brasileiros incautos, é de fato o maior farsante que este país já produziu, e me provem o contrário se puderem.


Resposta de FHC á este larápio e mentiroso se fez ouvir através do artigo escrito e publicado no Estadão, suas mentiras e afirmações foram devidamente colocadas no contexto que se viveu neste país, afirmações como se o Brasil tivesse sido descoberto depois da sua posse e que antes tudo era o que de pior havia, como sempre bazofias, mas desta fez o Sr. Fernando Henrique Cardoso lhe deu a resposta a altura.


Já começou  e está se tornando rotineira a ameaça feita pelo Sr. Gilberto Carvalho, aquele que está envolvido na morte do Prefeito Celso Daniel lembram, que disse alto e bom som que em 2013 o bicho iria pegar, e está pegando mesmo, os arruaceiros orquestrados pelo PT e pelo governo estão indo as ruas ameaçando e partindo para a agressão daqueles que não comungam das barbaridades que eles estão cometendo com o Brasil, agora tentando calar pela força os que não seguem sua cartilha, é um absurdo, daqui a pouco poderemos ter uma guerra civil patrocinada por este bando de loucos,como escrevi, dirigidos e orquestrados pelo partido no governo o PT e seus dirigentes.



Para tentar a reeleição vale tudo, o grande chefe agora está novamente se entregando aos sindicalistas para assim contar com seu apoio para as próximas eleições, é uma vergonha pois trata-se de uma compra de votos das mais aviltantes e diretas, será que ninguém fará nada contra esta nojeira, quando pegam um candidato dando combustível ou até mesmo dentaduras como já divulgado, todos põe a “boca no trombone”, e quanto a esta compra amplamente divulgada ninguém fala nada?



E na Venezuela do amigo Chavez pelo poder da tirania o sujeito continua governando o país mesmo tendo virado “fantasma”, pelas notícias finalmente está havendo algumas manifestações contestando este fato, vamos acompanhar e ver onde eles poderão ir nestas manifestações até a força ser usada para calar os que se atreveram a tomar esta atitude.

Juarez Capaverde





4/03/2013
Direto ao Ponto Augusto Nunes

Faz 100 dias que Lula afronta o Brasil decente com o silêncio sobre o caso de polícia em que se meteu ao lado de Rose

 


Faz 100 dias que os brasileiros decentes foram afrontados pela descoberta do  escândalo em que Lula se meteu ao lado de Rosemary Noronha. Faz 100 dias que o país que presta é afrontado pela mudez malandra do caçador de votos que promoveu uma gatuna de quinta categoria a chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Faz 100 dias que o ex-presidente foge de perguntas sobre o caso de polícia que protagonizou em companhia da Primeiríssima Amiga e dos bebês quadrilheiros de Rosemary.

Surpreendido pela divulgação das maracutaias comprovadas por policiais federais engajados na Operação Porto Seguro, Lula fez o que sempre faz quando precisa costurar algum álibi menos cretino: perdeu a voz e sumiu.

Passou a primeira semana enfurnado no Instituto Lula. Passou as duas seguintes longe do Brasil, driblando repórteres com escapadas pela porta dos fundos ou pela cozinha do restaurante.

Recuperou a voz no começo do ano, mas ainda garimpa no porão das desculpas esfarrapadas alguma que o anime a enfrentar jornalistas armados apenas de perguntas sem resposta. Para impedir que a aproximação do perigo, tem recorrido a cordões de isolamento, cercadinhos, muralhas humanas e outras mesquinharias improvisadas para livrá-lo de gente interessada no enredo da pornochanchada financiada por cofres públicos que apresentou ao Brasil, entre outros espantos, os talentos ocultos de Rosemary Noronha.

O silêncio que vai completando 2.500 horas, insista-se, só vale para o caso Rose. Entre 23 de novembro de 2012 e 3 de março de 2013, excluídos os poucos dias em que teve de desativar o serviço de som, o palanque ambulante continuou desempenhando simultaneamente os papeis de co-presidente da República, presidente honorário da base alugada, chefe supremo da seita, protetor dos pecadores companheiros, arquiteto do Brasil Maravilha e consultor-geral do mundo.

Abençoou catadores de lixo e metalúrgicos, leu mais de 300 livros, fingiu entender o que Sofia Loren disse em italiano, avisou que os EUA nunca mais elegerão um negro se Barack Obama fizer besteira, louvou bandidos de estimação, insultou a oposição, deliberou sobre a tragédia ocorrida no jogo do Corithians em Oruro, explicou aos governantes europeus como se transforma tsunami em marolinha, recomendou a FHC que pare de dizer o que pensa e descobriu que Abraham Lincoln reencarnou no Brasil com o nome de Luiz Inácio Lula da Silva. Fora o resto.

Só não falou sobre o que importa, agarrado à esperança de sobreviver sem fraturas expostas ao primeiro escândalo que não pode terceirizar. Não houve intermediários entre Lula e Rose. Não há bodes expiatórios que a apresentar. É natural que fuja como o diabo da cruz de pelo menos 40 perguntas formuladas pelo timaço de comentaristas:

1. Por que se recusa a prestar esclarecimentos sobre um escândalo investigado pela Polícia Federal que o envolve diretamente?

2. Considera inconsistentes as provas reunidas pela Operação Porto Seguro?

3. Por que disse em Berlim que não se surpreendeu com a Operação Porto Seguro?

4. Desta vez sabia de tudo ou, de novo, nunca soube de nada?

5. Onde e quando conheceu Rosemary Noronha?

6. Como qualifica a relação que mantém com Rose há 17 anos?

7. Em quais critérios se baseou para instalar uma mulher sem experiência administrativa na chefia do gabinete presidencial em São Paulo?

8. Por que pediu a Dilma Rousseff que mantivesse Rose no cargo?

9. Por que criou os escritórios da Presidência da República?

10. Continua achando necessária a existência de escritórios e chefes de gabinete?

11. Além de demitir Rose, Dilma Rousseff extinguiu o cargo que ocupava. A presidente errou?

12. Por que  Rose foi incluída na comitiva presidencial em pelo menos 20 viagens internacionais?

13. Por que foi contemplada com um passaporte diplomático?

14. Quem autorizou a concessão do passaporte?

15. Por que o nome de Rosemary Noronha nunca apareceu nas listas oficiais de passageiros do avião presidencial divulgadas pelo Diário Oficial da União?

16. Quem se responsabilizou pelo embarque de uma passageira clandestina?

17. Por que Marisa Letícia e Rose não eram incluídas numa mesma comitiva?

18. Quais eram as tarefas confiadas a Rose durante as viagens?

19. Todo avião utilizado por autoridades em missão oficial é considerado Unidade Militar. Os militares que tripulavam a aeronave sabiam que havia uma clandestina a bordo?

20. Como foram pagas e justificadas as despesas de uma passageira que oficialmente não existia?

21. Por que nomeou os irmãos Paulo e Rubens Vieira, a pedido de Rose, para cargos de direção em agências reguladoras?

22. Examinou o currículo dos nomeados?

23. Por que o aliado José Sarney, presidente do Senado, convocou irregularmente uma terceira sessão que aprovou a nomeação de Paulo Vieira, rejeitada em votação anterior?

24. Acha que são culpados?

25. Por que comunicou à imprensa, por meio de um diretor do Instituto Lula, que não comentaria o episódio por considerá-lo “assunto pessoal”?

26. Por que Rose se apresentava como “namorada do presidente”?

27. Se teve o nome usado indevidamente, por que não processou Rosemary Noronha?

28. Conversou com Rose nos últimos 100 dias?

29. Por que Rose tinha direito ao uso de cartão corporativo?

30. Por que foram mantidos em sigilo os pagamentos feitos por Rose com o cartão corporativo ?

31. Autorizou a inclusão, na decoração do escritório da Presidência em São Paulo, da foto em tamanho família em que aparece simulando a cobrança de um pênalti?

32. O blog do deputado federal Anthony Garotinho afirmou que Rose embarcou para Portugal com 25 milhões de euros. Se a denúncia é improcedente, por que não processa quem a divulgou?

33. Por que alegou que não comentaria o episódio por considerá-lo “assunto pessoal”, conforme comunicou à imprensa um dos diretores do Instituto Lula?
34. Era previamente informado por Rose das reuniões que promoveria no escritório da presidência?

35. Depois das reuniões, era informado por Rose do que fora discutido e decidido?
36. Por que, mais uma vez, alegou ter sido “traído”? Quem o traiu?

37. Se pudesse recuar no tempo, faria tudo de novo?

38. Não se arrepende de nada?

39.Não sente vergonha por nada?

40. Que história contou em casa?

Há dias, Lula acusou a imprensa de negar-lhe o espaço que merece. Está convidado a preencher o espaço que quiser com respostas a essas perguntas. Todas serão publicadas na íntegra.

Coragem, Lula.






Feira Livre

04/03/2013
às 14:51 \ Feira Livre – Augusto Nunes

‘Sem disfarce nem miopia’   

 por Fernando Henrique Cardoso

PUBLICADO NO ESTADÃO


"Na cartilha de exaltação aos dez anos do PT no poder, com capa ao estilo realismo socialista e Dilma e Lula retratados como duas faces de uma mesma criatura, a História é reescrita para fazer as estatísticas falarem o que aos donos do poder interessa"

FERNANDO HENRIQUE CARDOSO

As forças governistas, depois de precipitarem a campanha eleitoral, voltaram ao diapasão antigo: comparar os governos petistas com os do PSDB. Chega a ser doentio! Será que não sabem olhar para a frente? As conjunturas mudam. O que é possível fazer numa dada fase muitas vezes não pode ser feito em outra; políticas podem e devem ser aperfeiçoadas.

Porém, na lógica infantil prevalecente, em lugar de se perguntar o que mudou no País em cada governo, em que direção e com qual velocidade, fazem-se comparações sem sentido e imagina-se que tudo começou do zero no primeiro dia do governo Lula. 

Na cartilha de exaltação aos dez anos do PT no poder, com capa ao estilo realismo socialista e Dilma e Lula retratados como duas faces de uma mesma criatura, a História é reescrita para fazer as estatísticas falarem o que aos donos do poder interessa. Nada de novo sob o sol: é só lembrar dos museus soviéticos que borravam nas fotos os rostos dos ex-companheiros caídos em desgraça…

O PSDB não deve entrar nessa armadilha. É melhor olhar para a frente e deixar as picuinhas para quem gosta delas.

Quanto ao futuro, o governo está demonstrando miopia estratégica.

Depois de quatro anos iniciais de consolidação da herança bendita, a política econômica teve de reagir ao violento impacto da crise de 2007/2008. Foi necessário, sem demora, expandir o gasto público, desonerar setores produtivos, ampliar o crédito por intermédio dos bancos públicos, etc.

Em situações extraordinárias, medidas extraordinárias. Mas o cachimbo foi entortando a boca: a discricionariedade governamental tornou-se a regra desde então.

Com isso, a credibilidade do Banco Central foi posta em xeque, a transparência das contas públicas também. Cresceram as dúvidas sobre a inflação futura e sobre o compromisso do governo com a responsabilidade fiscal.

Não há que exagerar na crítica: por ora, o trem não descarrilou.

Mas as balizas que asseguraram crescimento com estabilidade – câmbio flutuante, metas inflacionárias e responsabilidade fiscal -, mesmo ainda em pé, se tornam cada vez mais referências longínquas. A máquina governamental está enguiçada, como o próprio governo sente, e sua incapacidade para consertá-la é preocupante. Os expedientes utilizados até agora com o propósito de acelerar o crescimento deram em quase nada (o pibinho).

Na ânsia de acelerar a economia, o governo beijou a cruz e apelou para as concessões (portos, aeroportos, estradas) e mesmo privatizações (de partes da distribuição energética). Mas a viseira ideológica, o hábito de se fecharem pequenos grupos, a precariedade gerencial não permitem dar efetividade a decisões que ferem o coração de suas crenças arcaicas.

Enquanto a China puxar as exportações de matérias-primas e de alimentos, tudo se vai arranjando.

Mesmo assim, a produção industrial torna-se menos competitiva e perde importância relativa no processo produtivo.

A balança comercial já deixou de ser folgada, mas com o financiamento estrangeiro as contas vão fechando.

No curto prazo, tudo bem. Em prazo mais longo, volta a preocupar o fantasma da “vulnerabilidade externa”.

Já se veem no horizonte sinais de retomada na economia mundial.

Não me refiro a uma incerta recuperação do emprego e do equilíbrio fiscal, este em alguns países da Europa, aquele nos Estados Unidos. Refiro-me ao que Schumpeter salientava para explicar a natureza do crescimento econômico, uma onda de inovações.

Provavelmente serão os Estados Unidos que capitanearão a nova investida capitalista mundial. O gás de xisto e os novos métodos de extração de petróleo tornarão aquele país a grande potência energética. Junto com ele, Canadá, México, Argentina e Brasil podem ter um lugar ao sol. De ser isso verdade, uma nova geopolítica se desenha, com, por um lado, um polo chinês-asiático e outro americano.
Isso num contexto político e cultural que não aceita hegemonias, no qual, portanto, a multiplicidade de polos e subpolos requer uma nova institucionalidade global.

Diante disso, como ficará o Brasil: pendendo para a Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), de inspiração chavista? À margem da nova aliança atlântica proposta pelos Estados Unidos que, por agora, contempla apenas a América do Norte e a Europa? Iremos fortalecer nossos laços como mundo árabe longínquo, ou este terminará por se aconchegar na dupla formada pela China e pela Índia, ambos países carentes de energia? E como nos situaremos na dinâmica da nova fase do capitalismo global? Ao que eu saiba, ela continuará dependendo do aumento contínuo de produtividade para assegurar as bases do bem-estar social (que não será decorrência automática disso, mas de políticas adequadas). 

Como, então, querer acelerar o crescimento utilizando truques e maquiagens,do tipo subsídios tópicos, exceções de impostos setoriais, salvamento de empresas via hospital BNDES ou Caixa Econômica? Quando o PSDB fez o Plano Real, percebeu as oportunidades que se abriam para o Brasil com a globalização, desde que ajustássemos a economia e iniciássemos políticas de inclusão social. Na época o PT não entendeu do que se tratava.

Queria dar o calote da dívida externa e sustentava o inadequado programa Fome Zero, que jamais saiu do papel. Foram as bolsas que o PSDB introduziu que salvara mo PT quando este, tardiamente, se deu conta de que era melhor fazer uma política de transferência direta de rendas. Em geral, aferrou-se à ideia de que a globalização seria uma ideologia – o neoliberalismo -, e não a maneira contemporânea de organizar a produção com base em novas tecnologias e novas normas.

Não estará o PT repetindo o equívoco, com uma leitura míope do mundo e distorcida do papel do Estado? A resposta cabe ao governo.

Ao PSDB cumpre oferecer a sua visão alternativa e um programa contemporâneo que amplie as possibilidades de realização pessoal e coletiva dos brasileiros.
Sem esquecer o passado, mas com os olhos no futuro.







Milícias fascistoides tentam bater em jornalista. Sentem-se incentivados pelas falas de Gilberto Carvalho e Rui Falcão e estimuladas pelo arremedo de jornalismo financiado por estatais. Dilma, posso lhe garantir que isso não é bom nem para o país nem para a sua (re)candidatura! Que vergonha, presidente!    

O jornalista Merval Pereira, colunista no Globo e comentarista do GloboNews, denunciou na sua coluna de domingo, no jornal, algo muito grave. Na coluna, reproduzida em seu blog, ele conta que foi à inauguração, na sexta-feira à noite, do museu MAR, na praça Mauá, zona portuária do Rio. Havia lá, informa, vários grupos de protesto. Os mais ruidosos atacavam a revitalização da área e criticavam a MP dos Portos, que já classifiquei aqui de um dos acertos do governo Dilma. Muito bem!

Reproduzo, em azul, trecho de seu artigo, intitulado “Meu momento Yoani”. Leiam com atenção.

“O que esses jovens do PT, do PCdoB, da Juventude Socialista, do PDT, sei lá de onde, queriam dizer é que a revitalização do centro do Rio é uma modernidade que rejeitam. E o que dizer da nova legislação sobre os portos do país? O que está por trás dos protestos, no entanto, é uma nada estranhável, embora exótica, aliança entre órgãos sindicais e empresários que operam os portos sem competição, beneficiando-se de uma reserva de mercado tão ultrapassada quanto prejudicial à economia brasileira.”

(…)
As pessoas que saiam da festa de inauguração forçosamente tinham que passar pelos manifestantes para pegar seus carros, e houve momentos em que as agressões verbais chegaram às raias da agressão física. Uma senhora que ia à nossa frente foi chamada de “fascista” por um manifestante, que gritou tão perto do seu rosto que quase houve contato físico.

Passei pelo grupo com minha mulher sob os gritos dos manifestantes, e um deles me reconheceu. Gritou alto: “Aí Merval fdp”. Foi o que bastou para que outros cercassem o carro em que estávamos, impedindo que saísse. Chutaram-no, socaram os vidros, puseram-se na frente com faixas e cartazes impedindo a visão do motorista. Só desistiram da agressão quando um grupo de PMs chegou para abrir caminho e permitir que o carro andasse.

Foram instantes de tensão que permitiram sentir a violência que está no ar nesses dias em que, como previu o Ministro Gilberto Carvalho, “o bicho vai pegar”. É claro que o que aconteceu com a blogueira cubana Yoani Sanchez nem se compara, mas o ocorrido na noite de sexta-feira mostra bem o clima belicoso que os manifestantes extremistas estão impondo a seus atos supostamente de protesto.

(…)
Voltei

Muito bem, meus caros. Já volto à manifestação. Antes, algumas outas considerações. Nesta segunda, Rui Falcão, presidente do PT, participou da abertura do Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura). Esse modelo em que o chefe do partido fala a uma categoria que está sob a tutela da legenda tem história: é de inspiração fascista. Não é assim porque eu quero. É assim porque é o que informa a história. Falcão aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, pregar o que os petistas chamam “democratização da mídia”, demonizado, uma vez mais, a imprensa brasileira. “Democratização”?

A fala acontece três dias depois de o Diretório Nacional do PT ter divulgado uma resolução que trata do mesmo assunto. No documento, a referência para a tal “democratização” são as propostas contidas no Fórum Nacional de Democratização da Comunicação. No sábado de manhã, escrevi um post a respeito. Demonstrei que o tal fórum defende, sem meias-palavras, que  os “representantes da sociedade civil” — valer dizer: os petistas — controlem o conteúdo do que é veiculado pela imprensa. Assim, o que o PT chama democratização é, em verdade, ditadura partidária. É simples assim.

Pois bem… A violência retórica do petismo contra a imprensa tem crescido. Órgãos financiados pelo Banco do Brasil e pela Caixa Econômica Federal hostilizam abertamente os jornalistas considerados “de oposição” — ou incômodos ao governo — e abrem suas respectivas áreas de comentário às manifestações explícitas de ódio. Reitero: não se trata de exercício da divergência, por mais dura e azeda que fosse. Não! É satanização mesmo, com estímulo ao linchaento. Lá do Palácio do Planalto, no ano passado, Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, avisou: “Em 2013, o bicho vai pegar”.

E está pegando. Como se vê, dados a fala de um ministro de estado, a permanente pregação dos petistas contra a imprensa e o incentivo do subjornalismo chapa-branca (que, reitero, publica comentários os mais desvairados, incentivando o pega-pra-capar), os ditos “militantes” decidiram partir para a ação direta. Antes, eles só protestavam, gritavam, xingavam. Agora não! Impunes, certos de que nada vai lhes acontecer, eles decidiram que é hora de começar a espancar aqueles de que discordam. É uma nova fase da sua “luta”.

Já não bastam mais as tentativas de linchamento moral; já não bastam mais as correntes organizadas de difamação na Internet. E olhem que eles se especializaram nisso! Como revelou reportagem da mais recente edição de VEJA, o rapaz que desenvolveu um programa, um método mesmo, para achincalhar os adversários do PT (ou os assim considerados pelo partido) é funcionário do deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara. Seu nome é André Guimarães. Ele já vende seus serviços a quem estiver disposto a comprar. A depender do pacote, pode custar de R$ 2 mil a R$ 30 mil. Então ficamos assim: as estatais pagam a rede suja, e a Câmara paga um expert em difamação. Não é mais o suficiente.

Também isso tem história. Também isso obedece a uma gradação. Ao discursar para uma multidão no dia 10 de fevereiro de 1933, 11 dias depois de Hitler ter se tornado chanceler da Alemanha,  Goebbels anunciou uma guerra contra a imprensa dos “judeus insolentes. Em sua fala, fica evidente que a máquina difamatória contra os inimigos era apenas a primeira etapa do processo. E ele anunciava ali: “Um dia nossa paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!” Quando “a paciência” dos nazistas acabou, a gente sabe bem o que fizeram.

Então é isto:

– a paciência de Gilberto Carvalho conosco acabou;

– a paciência de Rui Falcão conosco acabou;

– paciência da subimprensa a soldo conosco acabou.

Agora é chegada a hora de calar, na porrada, a boca dos “judeus insolentes”, que somos nós.

É uma vergonha, presidente!

É claro que ninguém vai encontrar nas palavras de Carvalho ou de Falcão o incentivo explícito à pancadaria — até porque isso ensejaria processo judicial. O mesmo se diga daquela gente financiada por estatais. Mas é óbvio que eles todos, juntos, formam o caldo de cultura que conduz a essa intolerância — que começa a crescer também dentro das redações, é bom que saibam — nesse caso, ninguém bate em ninguém; não ainda. Mas as ideias já começaram a ser impiedosamente espancadas; a liberdade de expressão já está sob permanente assédio.

Em recente evento do PT, lá estava fazendo o seu trabalho uma jornalista de TV. Assim que um dos chefões petistas fez um ataque à “mídia” e à sua suposta parcialidade, uma idiota gritou: “Fulana de Tal está Aqui!!!” Deixassem a coisa por conta dela, a repórter poderia apanhar ali mesmo. Foi o que aconteceu com Merval. Essa é a democracia deles — aquela em que as pessoas de que discordam são linchadas. Jamais se viu um democrata propor algo parecido. Já os comunas e os fascistas — essencialmente iguais, é bom notar — não podem tolerar a divergência. Inimigo é para ser esmagado!

Não adianta Dilma fazer cara de paisagem e fingir que não tem nada com isso. Tem, sim, presidente! Todos têm o dever de zelar pelas leis e pela Constituição, mas ao presidente da República é reservado também o papel de liderança moral, não de chefe de facção. Essa história de que ela nada pode no partido é, lamento!, mera conversa mole de quem está na zona de conforto. Se não tem como impedir a pregação bucéfala dos petistas, tem ao menos como censurá-la. Ademais, enquanto dinheiro publico continuar a irrigar campanhas organizadas de difamação, que já começam a resultar em agressão física, Dilma tem, sim, “a ver com isso”.
Não é bom, presidente!

Não, presidente, isso não é bom! Não é bom para o país por razões que me dispenso de explicar. E não é bom também para a sua candidatura. A corrida nem começou, mas a violência retórica já alcança dimensões estúpidas. Aqui e ali, já começa a haver sinais de que setores importantes da sociedade estão se cansando do autoritarismo petista. O caso de Yoani Sánchez, evocado por Merval, foi exemplar, não é? A tramoia contra aquela moça contou com a participação de um assessor do governo (e com o apoio técnico de um funcionário de um figurão do PT), e nada aconteceu.

“Esse Reinaldo! Os caras que tentaram agredir Merval, que chutaram seu carro, estavam também contra a MP dos Portos, editada pela própria Dilma…” Eu sei. Esses grupos sempre são livres para divergir à esquerda… Isso é lá com eles, problema interno. Eu estou cuidando aqui é da tolerância com o “outro”.

Nos textos que escrevi sobre Yoani, afirmei, está em arquivo, que a blogueira cubana era apenas a primeira da fila e que os fascistoides estavam se preparando para espancar também os adversários nativos. Eis aí. Dilma não precisa nos cobrir de beijos, como faz com “Chalitinha”. Basta que faça cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil.

Por Reinaldo Azevedo




Dilma abre a porta para sindicalistas e prepara medidas de reaproximação

Na busca de aliados. Depois de ver relação com centrais estremecida por causa de embates durante greves, presidente segue conselho de Lula, recebe grupos organizados no Planalto e deve anunciar pacote de bondades até o Dia do Trabalho, em 1º de maio


04 de março de 2013 | 2h 06

ROLDÃO ARRUDA - O Estado de S.Paulo

A presidente Dilma Rousseff seguiu o conselho de seu antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, e iniciou um processo de reaproximação com as centrais sindicais. A agenda presidencial evidencia a nova estratégia: após dois anos sem muito espaço para reuniões com sindicalistas, Dilma tem tido agora uma série de encontros do gênero.

Só na semana passada, recebeu dois presidente de centrais sindicais - Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT), e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT). No dia 12 ela deve participar da inauguração da nova sede do Sindicato dos Comerciários de São Paulo, filiado à UGT e representante de um setor com cerca de 400 mil trabalhadores. A data foi acertada diretamente entre o Planalto e os organizadores.

Também não está descartada a possibilidade de, amanhã, ao término da 7.ª Marcha das Centrais Sindicais, em Brasília, Dilma receber os sindicalistas no Planalto. Até ontem a agenda presidencial não registrava o compromisso, mas os sindicalistas não descartavam a hipóteses do encontro. 

Em outros anos, Dilma sempre preferiu delegar missões desse tipo ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Por causa disso, eram quase invariáveis nas centrais as críticas ao seu estilo. Nos confrontos entre o governo e os funcionários públicos, na greve que estes realizaram em meados do ano passado, eram comuns as comparações entre a presidente e Lula - todas sempre desfavoráveis a ela.

O esforço de aproximação do Planalto com as centrais deve ir além de cumprimentos e reuniões. Paralelamente, o Planalto está reunindo ministros de diferentes áreas para analisar as principais reivindicações dos trabalhadores e verificar quais podem ser atendidas a curto prazo. 

De acordo com alguns líderes sindicais, o governo corre para fazer o anúncio de alguma "boa novidade" até o Dia do Trabalho, comemorado em 1.º de maio.

Gentilezas. Filiado ao DEM, o presidente da UGT, Ricardo Patah, sempre integrou o coro dos que criticavam o distanciamento entre Dilma e as centrais. Na quinta-feira passada, porém, ao deixar o Planalto, a opinião dele já era outra. Saiu "encantando" com as atenções que ele e seus acompanhantes, entre os quais quatro deputados ligados à central, receberam da presidente.

O encontro, programado para durar uma hora, estendeu-se por uma hora e meia. Dilma interessou-se particularmente pelos problemas enfrentados pelos motoboys, uma das categorias em que a UGT tem maior penetração, e, ali mesmo, determinou a Gilberto Carvalho a organização de um grupo interministerial para estudar essa questão.

"Eu sempre tive contato com o Lula, que recebia as lideranças sindicais pelo menos uma vez por mês, visitava sindicatos e chegou a ir ao congresso anual da UGT. Com a Dilma sempre foi diferente, mas dessa vez ela nos surpreendeu", diz Patah.

"Ela nos recebeu com muita atenção, ouviu nossas reivindicações e opiniões sobre a política econômica do governo. Dissemos a ela, por exemplo, que não é correto desonerar a folha de pagamento das empresas sem exigir contrapartidas dos empresários, para garantir o nível de emprego. Foi um encontro histórico, na minha avaliação."

Dois dias antes de Patah, a presidente havia recebido Vagner Freitas de Moraes, presidente da CUT, a maior central do País, historicamente próxima do PT. Moraes também notou a mudança, mas não viu nela nenhuma "alteração de rota". "Acho que a presidente está aprimorando as políticas de um governo exitoso. Sempre dissemos a ela que os resultados das ações são melhores quando se fala diretamente com os interlocutores da sociedade", diz. "Não é uma atitude eleitoreira nem oportunista, mas sim uma evolução."

Segunda maior central do País, a Força Sindical, do deputado Paulo Pereira da Silva, é a exceção. 

Tendência. Além de tentar se reaproximar dos sindicalistas, Dilma mudou a atitude com outros setores também. Passou a receber mais empresários, além de ter estreitado relações com o MST, outro histórico aliado do PT, ao visitar neste ano um assentamento rural ligado à organização.





Governo Dilma é campeão de gastos com homenagens

Em 1999, FHC gastou 13 milhões de reais com eventos. Oito anos depois, com Lula, foram 24 milhões re reais. Em 2012, 74 milhões de reais


Embora seja bem mais discreto que o do antecessor, o governo da presidente Dilma Rousseff é campeão em gastos com festividades e homenagens, segundo levantamento da ONG Contas Abertas divulgado nesta segunda-feira. Em dois anos, foram gastos pelo governo Dilma com esse tipo de evento o mesmo que nos quatro anos do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto o ex-presidente desembolsou 144,6 milhões de reais entre 2007 e 2010, Dilma já utilizou 91,1% desse valor: 131,7 milhões de reais.

Esses gastos tem crescido quase em progressão geométrica desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 1999, por exemplo, o tucano gastou cerca de 13 milhões de reais (valores atualizados) com festividades e homenagens. Oito anos depois, no segundo mandato de Lula, foram quase 24 milhões. O valor saltou para 52 milhões em 2010, ano em que o petista decidiu eleger um sucessor a qualquer preço. Dilma seguiu a linha do padrinho político. Só em 2012, foram 74 milhões. 

Anualmente, o governo Dilma gasta, em média, 59,9 milhões de reais com essa finalidade. Com Lula no poder, eram 36,1 milhões de reais. No segundo governo de FHC, o gasto médio anual foi de 14,6 milhões de reais.

A campeã de gastança em 2012 foi a Fundação Nacional de Arte (Funarte), com 11,3 milhões de reais. O contrato mais alto foi celebrado com a “Romepar Consultoria, Representações e Participações”, do Rio de Janeiro, quando foram pagos 1 milhão de reais para o “arrendamento de local em Lisboa para a comemoração do ano ‘Brasil em Portugal’".

O Ministério das Relações Exteriores (MRE) também encabeça o ranking (9,3 milhões de reais). O maior contrato, de 1,4 milhões de reais, foi pago para o “Di Gagliardi Buffet”, empresa do Distrito Federal contratada para prestar serviços em cerimoniais. A medalha de bronze foi para o Fundo Nacional de Cultura, com 6 milhões de reais – embora não tenham sido encontrados, segundo o levantamento do Contas Abertas, contratos realizados entre o Fundo e as empresas de prestação de serviços.

Das 20 primeiras instituições que fizeram uso de verba pública para festividades e homenagens, seis estão ligadas ao Ministério da Defesa. Todas as repartições militares somadas, por exemplo, gastaram 7,1 milhões de reais com eventos do tipo. 





Em protesto, oposição venezuelana pede provas de que Chávez está vivo

  • Manifestantes exigem que governo informe sobre o real estado de saúde do presidente
O Globo (Email · Facebook · Twitter)
Com agências internacionais (Facebook · Twitter)


CARACAS - Centenas de estudantes da oposição e outros críticos do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, marcharam em Caracas neste domingo para exigir a prova de que o líder venezuelano ainda está vivo e governa. A multidão, incluindo vários líderes da coligação de oposição Unidade Democrática, cantou músicas de protesto e hasteou bandeiras em uma manifestação em um bairro central durante a manhã. O presidente regressou ao país no último dia 18, mas não é visto em público desde dezembro, quando viajou a Havana a fim de passar por sua quarta cirurgia para combater o câncer. 

- A Venezuela está agora sem autoridade. O presidente Chávez está doente, há dois meses não dá uma palavra. Essa pessoa não pode governar - disse María Montero, uma professora de 56 anos.

A ideia da manifestação partiu de um grupo, de cerca de 50 universitários, que se acorrentou na última terça-feira nas imediações do Tribunal Supremo de Justiça, a corte responsável pelo adiamento por tempo indeterminado da posse de Chávez para o quarto mandato, marcada para 10 de janeiro. Em cartazes com frases como “Onde está Chávez?” e “Queremos a verdade”, os estudantes pedem que uma junta médica avalie o estado do presidente e se ele tem condições de governar.

Acompanhados de políticos da oposição, eles criticaram a atitude do governo e exigiram respeito do vice-presidente Nicolás Maduro. Ele havia chamado os manifestantes em rede de TV de “frouxos”.

- Queremos um porta-voz imparcial, que nos dê informações sobre Chávez, médicos de verdade e não políticos - disse Maria Mendoza, funcionária de 54 anos da estatal PDVSA.

Se em dezembro e janeiro, o governo fazia relatos frequentes sobre o estado de saúde do presidente, as informações agora são cada vez mais escassas. Anteontem, após dias de rumores crescentes sobre uma piora do estado de Chávez, Maduro afirmou que o presidente tem se submetido a sessões de quimioterapia desde que voltou para Caracas, onde estaria internado no nono andar do Hospital Militar Carlos Arvelo, numa área isolada da unidade.

O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado Cabello, advertiu os estudantes de que não se aproximassem do hospital durante os protestos. Num sinal da polarização política no país, outro grupo de estudantes convocou uma marcha em defesa de Chávez nos arredores do Palácio de Miraflores.

- Chávez está aqui, nas ruas! Nós somos Chávez“ - afirmou um estudante à TV estatal, segurando a bandeira do país.

O líder da oposição, Henrique Capriles, não participou dos protestos porque estava em visita aos Estados Unidos. Referindo-se a ele como “o príncipe decadente da burguesia parasita”, Maduro o acusou de estar conspirando contra o governo e de ter se reunido com Roger Noriega, ex-embaixador dos EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA).

No Twitter, Capriles publicou foto com dois sobrinhos pequenos e brincou:
“Aqui estou com dois grandes conspiradores”.

Hugo Chávez, de 58 anos, passou pela quarta cirurgia para tratamento de um câncer em dezembro do ano passado em Cuba. Em meados de fevereiro, o presidente regressou à Venezuela, e foi levado diretamente para o Hospital Militar. Além da divulgação de quatro fotos tiradas em Havana, o governante não foi visto ou ouvido em público.








Frase do dia

Acho que o governo não está nos iludindo. É mais grave: ele está iludido.

Senador Cristovam Buarque (PDT-DF) a propósito da crise econômica que está chegando





Até amanhã



As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro.Juarez Capaverde

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