Bom dia, interessante artigo do
jornalista Augusto Nunes, onde se encontra aquele que se diz O Salvador, o
grande Mentiroso Lula da Silva, que agora depois de não saber de nada, também teve
perda da memória e esqueceu do fato importante envolvendo sua “amiguinha”
Rosemary flagrada numa operação da Policia Federal cometendo uma serie de
irregularidades na tal de Chefia de Gabinete da Presidência em São Paulo, onde
está Lula que não falou do ocorrido, que não veio a público explicar uma série
de irregularidades da qual a dita senhora participou nos anos de seu governo,
ali bem juntinho dele, nas viagens internacionais cuja presença não foi
registrada como devia, e por acaso, sempre que a Sra. Maria Letícia não ia
junto! Estranho não acham, somente ele o grande safado não se pronunciou até
agora, foi pego de “calças curtas” outra vez e resolveu ignorar o fato, e como
sempre é pego nos seus mal feitos e agora não tendo o que contestar resolveu esquecer,
muito conveniente realmente, é um farsante e como tenho dito aqui o maior
estelionatário deste país sem nenhuma dúvida, aquele que consegue enganar não
um ou meia dúzia, mas milhões de brasileiros incautos, é de fato o maior
farsante que este país já produziu, e me provem o contrário se puderem.
Resposta de FHC á este larápio e
mentiroso se fez ouvir através do artigo escrito e publicado no Estadão, suas
mentiras e afirmações foram devidamente colocadas no contexto que se viveu
neste país, afirmações como se o Brasil tivesse sido descoberto depois da sua
posse e que antes tudo era o que de pior havia, como sempre bazofias, mas desta
fez o Sr. Fernando Henrique Cardoso lhe deu a resposta a altura.
Já começou e está se tornando rotineira a ameaça feita
pelo Sr. Gilberto Carvalho, aquele que está envolvido na morte do Prefeito
Celso Daniel lembram, que disse alto e bom som que em 2013 o bicho iria pegar,
e está pegando mesmo, os arruaceiros orquestrados pelo PT e pelo governo estão
indo as ruas ameaçando e partindo para a agressão daqueles que não comungam das
barbaridades que eles estão cometendo com o Brasil, agora tentando calar pela
força os que não seguem sua cartilha, é um absurdo, daqui a pouco poderemos ter
uma guerra civil patrocinada por este bando de loucos,como escrevi, dirigidos e
orquestrados pelo partido no governo o PT e seus dirigentes.
Para tentar a reeleição vale tudo, o
grande chefe agora está novamente se entregando aos sindicalistas para assim
contar com seu apoio para as próximas eleições, é uma vergonha pois trata-se de
uma compra de votos das mais aviltantes e diretas, será que ninguém fará nada
contra esta nojeira, quando pegam um candidato dando combustível ou até mesmo
dentaduras como já divulgado, todos põe a “boca no trombone”, e quanto a esta
compra amplamente divulgada ninguém fala nada?
E na Venezuela do amigo Chavez pelo
poder da tirania o sujeito continua governando o país mesmo tendo virado “fantasma”,
pelas notícias finalmente está havendo algumas manifestações contestando este
fato, vamos acompanhar e ver onde eles poderão ir nestas manifestações até
a força ser usada para calar os que se atreveram a tomar esta atitude.
Juarez
Capaverde
4/03/2013
Direto ao Ponto Augusto Nunes
Faz 100 dias que Lula afronta o Brasil decente com o silêncio sobre o caso de polícia em que se meteu ao lado de Rose
Faz 100 dias que os brasileiros decentes foram
afrontados pela descoberta do escândalo em que Lula se meteu ao lado de
Rosemary Noronha. Faz 100 dias que o país que presta é afrontado pela mudez
malandra do caçador de votos que promoveu uma gatuna de quinta categoria a
chefe do escritório da Presidência da República em São Paulo. Faz 100 dias que
o ex-presidente foge de perguntas sobre o caso de polícia que protagonizou em
companhia da Primeiríssima Amiga e dos bebês quadrilheiros de Rosemary.
Surpreendido pela divulgação das maracutaias
comprovadas por policiais federais engajados na Operação Porto Seguro, Lula fez
o que sempre faz quando precisa costurar algum álibi menos cretino: perdeu a
voz e sumiu.
Passou a primeira semana enfurnado no Instituto Lula.
Passou as duas seguintes longe do Brasil, driblando repórteres com escapadas
pela porta dos fundos ou pela cozinha do restaurante.
Recuperou a voz no começo do ano, mas ainda garimpa
no porão das desculpas esfarrapadas alguma que o anime a enfrentar jornalistas
armados apenas de perguntas sem resposta. Para impedir que a aproximação do
perigo, tem recorrido a cordões de isolamento, cercadinhos, muralhas humanas e
outras mesquinharias improvisadas para livrá-lo de gente interessada no enredo
da pornochanchada financiada por cofres públicos que apresentou ao Brasil,
entre outros espantos, os talentos ocultos de Rosemary Noronha.
O silêncio que vai completando 2.500 horas,
insista-se, só vale para o caso Rose. Entre 23 de novembro de 2012 e 3 de março
de 2013, excluídos os poucos dias em que teve de desativar o serviço de som, o
palanque ambulante continuou desempenhando simultaneamente os papeis de
co-presidente da República, presidente honorário da base alugada, chefe supremo
da seita, protetor dos pecadores companheiros, arquiteto do Brasil Maravilha e
consultor-geral do mundo.
Abençoou catadores de lixo e metalúrgicos, leu mais
de 300 livros, fingiu entender o que Sofia Loren disse em italiano, avisou que
os EUA nunca mais elegerão um negro se Barack Obama fizer besteira, louvou
bandidos de estimação, insultou a oposição, deliberou sobre a tragédia ocorrida
no jogo do Corithians em Oruro, explicou aos governantes europeus como se
transforma tsunami em marolinha, recomendou a FHC que pare de dizer o que pensa
e descobriu que Abraham Lincoln reencarnou no Brasil com o nome de Luiz Inácio
Lula da Silva. Fora o resto.
Só não falou sobre o que importa, agarrado à
esperança de sobreviver sem fraturas expostas ao primeiro escândalo que não
pode terceirizar. Não houve intermediários entre Lula e Rose. Não há bodes
expiatórios que a apresentar. É natural que fuja como o diabo da cruz de pelo
menos 40 perguntas formuladas pelo timaço de comentaristas:
1. Por que se recusa a prestar esclarecimentos sobre
um escândalo investigado pela Polícia Federal que o envolve diretamente?
2. Considera inconsistentes as provas reunidas pela
Operação Porto Seguro?
3. Por que disse em Berlim que não se surpreendeu com
a Operação Porto Seguro?
4. Desta vez sabia de tudo ou, de novo, nunca soube
de nada?
5. Onde e quando conheceu Rosemary Noronha?
6. Como qualifica a relação que mantém com Rose há 17
anos?
7. Em quais critérios se baseou para instalar uma
mulher sem experiência administrativa na chefia do gabinete presidencial em São
Paulo?
8. Por que pediu a Dilma Rousseff que mantivesse Rose
no cargo?
9. Por que criou os escritórios da Presidência da
República?
10. Continua achando necessária a existência de
escritórios e chefes de gabinete?
11. Além de demitir Rose, Dilma Rousseff extinguiu o
cargo que ocupava. A presidente errou?
12. Por que Rose foi incluída na comitiva
presidencial em pelo menos 20 viagens internacionais?
13. Por que foi contemplada com um passaporte
diplomático?
14. Quem autorizou a concessão do passaporte?
15. Por que o nome de Rosemary Noronha nunca apareceu
nas listas oficiais de passageiros do avião presidencial divulgadas pelo Diário
Oficial da União?
16. Quem se responsabilizou pelo embarque de uma
passageira clandestina?
17. Por que Marisa Letícia e Rose não eram incluídas
numa mesma comitiva?
18. Quais eram as tarefas confiadas a Rose durante as
viagens?
19. Todo avião utilizado por autoridades em missão
oficial é considerado Unidade Militar. Os militares que tripulavam a aeronave
sabiam que havia uma clandestina a bordo?
20. Como foram pagas e justificadas as despesas de
uma passageira que oficialmente não existia?
21. Por que nomeou os irmãos Paulo e Rubens Vieira, a
pedido de Rose, para cargos de direção em agências reguladoras?
22. Examinou o currículo dos nomeados?
23. Por que o aliado José Sarney, presidente do
Senado, convocou irregularmente uma terceira sessão que aprovou a nomeação de
Paulo Vieira, rejeitada em votação anterior?
24. Acha que são culpados?
25. Por que comunicou à imprensa, por meio de um
diretor do Instituto Lula, que não comentaria o episódio por considerá-lo
“assunto pessoal”?
26. Por que Rose se apresentava como “namorada do
presidente”?
27. Se teve o nome usado indevidamente, por que não
processou Rosemary Noronha?
28. Conversou com Rose nos últimos 100 dias?
29. Por que Rose tinha direito ao uso de cartão
corporativo?
30. Por que foram mantidos em sigilo os pagamentos
feitos por Rose com o cartão corporativo ?
31. Autorizou a inclusão, na decoração do escritório
da Presidência em São Paulo, da foto em tamanho família em que aparece
simulando a cobrança de um pênalti?
32. O blog do deputado federal Anthony Garotinho
afirmou que Rose embarcou para Portugal com 25 milhões de euros. Se a denúncia
é improcedente, por que não processa quem a divulgou?
33. Por que alegou que não comentaria o episódio por
considerá-lo “assunto pessoal”, conforme comunicou à imprensa um dos diretores
do Instituto Lula?
34. Era previamente informado por Rose das reuniões
que promoveria no escritório da presidência?
35. Depois das reuniões, era informado por Rose do
que fora discutido e decidido?
36. Por que, mais uma vez, alegou ter sido “traído”?
Quem o traiu?
37. Se pudesse recuar no tempo, faria tudo de novo?
38. Não se arrepende de nada?
39.Não sente vergonha por nada?
40. Que história contou em casa?
Há dias, Lula acusou a imprensa de negar-lhe o espaço
que merece. Está convidado a preencher o espaço que quiser com respostas a
essas perguntas. Todas serão publicadas na íntegra.
Coragem, Lula.
Feira Livre
04/03/2013
às 14:51 \ Feira Livre – Augusto
Nunes
‘Sem disfarce nem miopia’
por Fernando Henrique Cardoso
PUBLICADO NO ESTADÃO
FERNANDO HENRIQUE CARDOSO
As forças governistas, depois de precipitarem a
campanha eleitoral, voltaram ao diapasão antigo: comparar os governos petistas
com os do PSDB. Chega a ser doentio! Será que não sabem olhar para a frente? As
conjunturas mudam. O que é possível fazer numa dada fase muitas vezes não pode
ser feito em outra; políticas podem e devem ser aperfeiçoadas.
Porém, na lógica infantil prevalecente, em lugar de
se perguntar o que mudou no País em cada governo, em que direção e com qual
velocidade, fazem-se comparações sem sentido e imagina-se que tudo começou do
zero no primeiro dia do governo Lula.
Na cartilha de exaltação aos dez anos do PT no poder,
com capa ao estilo realismo socialista e Dilma e Lula retratados como duas
faces de uma mesma criatura, a História é reescrita para fazer as estatísticas
falarem o que aos donos do poder interessa. Nada de novo sob o sol: é só
lembrar dos museus soviéticos que borravam nas fotos os rostos dos
ex-companheiros caídos em desgraça…
O PSDB não deve entrar nessa armadilha. É melhor
olhar para a frente e deixar as picuinhas para quem gosta delas.
Quanto ao futuro, o governo está demonstrando miopia
estratégica.
Depois de quatro anos iniciais de consolidação da
herança bendita, a política econômica teve de reagir ao violento impacto da
crise de 2007/2008. Foi necessário, sem demora, expandir o gasto público,
desonerar setores produtivos, ampliar o crédito por intermédio dos bancos
públicos, etc.
Em situações extraordinárias, medidas
extraordinárias. Mas o cachimbo foi entortando a boca: a discricionariedade
governamental tornou-se a regra desde então.
Com isso, a credibilidade do Banco Central foi posta
em xeque, a transparência das contas públicas também. Cresceram as dúvidas
sobre a inflação futura e sobre o compromisso do governo com a responsabilidade
fiscal.
Não há que exagerar na crítica: por ora, o trem não
descarrilou.
Mas as balizas que asseguraram crescimento com
estabilidade – câmbio flutuante, metas inflacionárias e responsabilidade fiscal
-, mesmo ainda em pé, se tornam cada vez mais referências longínquas. A máquina
governamental está enguiçada, como o próprio governo sente, e sua incapacidade
para consertá-la é preocupante. Os expedientes utilizados até agora com o
propósito de acelerar o crescimento deram em quase nada (o pibinho).
Na ânsia de acelerar a economia, o governo beijou a
cruz e apelou para as concessões (portos, aeroportos, estradas) e mesmo
privatizações (de partes da distribuição energética). Mas a viseira ideológica,
o hábito de se fecharem pequenos grupos, a precariedade gerencial não permitem
dar efetividade a decisões que ferem o coração de suas crenças arcaicas.
Enquanto a China puxar as exportações de
matérias-primas e de alimentos, tudo se vai arranjando.
Mesmo assim, a produção industrial torna-se menos
competitiva e perde importância relativa no processo produtivo.
A balança comercial já deixou de ser folgada, mas com
o financiamento estrangeiro as contas vão fechando.
No curto prazo, tudo bem. Em prazo mais longo, volta
a preocupar o fantasma da “vulnerabilidade externa”.
Já se veem no horizonte sinais de retomada na
economia mundial.
Não me refiro a uma incerta recuperação do emprego e
do equilíbrio fiscal, este em alguns países da Europa, aquele nos Estados
Unidos. Refiro-me ao que Schumpeter salientava para explicar a natureza do
crescimento econômico, uma onda de inovações.
Provavelmente serão os Estados Unidos que
capitanearão a nova investida capitalista mundial. O gás de xisto e os novos
métodos de extração de petróleo tornarão aquele país a grande potência
energética. Junto com ele, Canadá, México, Argentina e Brasil podem ter um
lugar ao sol. De ser isso verdade, uma nova geopolítica se desenha, com, por um
lado, um polo chinês-asiático e outro americano.
Isso num contexto político e cultural que não aceita
hegemonias, no qual, portanto, a multiplicidade de polos e subpolos requer uma
nova institucionalidade global.
Diante disso, como ficará o Brasil: pendendo para a
Alba (Aliança Bolivariana para as Américas), de inspiração chavista? À margem
da nova aliança atlântica proposta pelos Estados Unidos que, por agora,
contempla apenas a América do Norte e a Europa? Iremos fortalecer nossos laços
como mundo árabe longínquo, ou este terminará por se aconchegar na dupla
formada pela China e pela Índia, ambos países carentes de energia? E como nos
situaremos na dinâmica da nova fase do capitalismo global? Ao que eu saiba, ela
continuará dependendo do aumento contínuo de produtividade para assegurar as
bases do bem-estar social (que não será decorrência automática disso, mas de
políticas adequadas).
Como, então, querer acelerar o crescimento utilizando
truques e maquiagens,do tipo subsídios tópicos, exceções de impostos setoriais,
salvamento de empresas via hospital BNDES ou Caixa Econômica? Quando o PSDB fez
o Plano Real, percebeu as oportunidades que se abriam para o Brasil com a globalização,
desde que ajustássemos a economia e iniciássemos políticas de inclusão social.
Na época o PT não entendeu do que se tratava.
Queria dar o calote da dívida externa e sustentava o
inadequado programa Fome Zero, que jamais saiu do papel. Foram as bolsas que o
PSDB introduziu que salvara mo PT quando este, tardiamente, se deu conta de que
era melhor fazer uma política de transferência direta de rendas. Em geral,
aferrou-se à ideia de que a globalização seria uma ideologia – o neoliberalismo
-, e não a maneira contemporânea de organizar a produção com base em novas
tecnologias e novas normas.
Não estará o PT repetindo o equívoco, com uma leitura
míope do mundo e distorcida do papel do Estado? A resposta cabe ao governo.
Ao PSDB cumpre oferecer a sua visão alternativa e um
programa contemporâneo que amplie as possibilidades de realização pessoal e
coletiva dos brasileiros.
Sem esquecer o passado, mas com os olhos no futuro.
Milícias fascistoides tentam bater em jornalista. Sentem-se incentivados pelas falas de Gilberto Carvalho e Rui Falcão e estimuladas pelo arremedo de jornalismo financiado por estatais. Dilma, posso lhe garantir que isso não é bom nem para o país nem para a sua (re)candidatura! Que vergonha, presidente!
O jornalista Merval Pereira, colunista no
Globo e comentarista do GloboNews, denunciou na sua coluna de domingo, no
jornal, algo muito grave. Na coluna, reproduzida em seu blog, ele conta que foi à inauguração, na
sexta-feira à noite, do museu MAR, na praça Mauá, zona portuária do Rio. Havia
lá, informa, vários grupos de protesto. Os mais ruidosos atacavam a
revitalização da área e criticavam a MP dos Portos, que já classifiquei aqui de
um dos acertos do governo Dilma. Muito bem!
Reproduzo, em azul, trecho de seu artigo,
intitulado “Meu momento Yoani”. Leiam com atenção.
“O que esses jovens do PT, do PCdoB, da Juventude Socialista, do PDT, sei lá de onde, queriam dizer é que a revitalização do centro do Rio é uma modernidade que rejeitam. E o que dizer da nova legislação sobre os portos do país? O que está por trás dos protestos, no entanto, é uma nada estranhável, embora exótica, aliança entre órgãos sindicais e empresários que operam os portos sem competição, beneficiando-se de uma reserva de mercado tão ultrapassada quanto prejudicial à economia brasileira.”
(…)
As pessoas que saiam da festa de inauguração forçosamente tinham que passar pelos manifestantes para pegar seus carros, e houve momentos em que as agressões verbais chegaram às raias da agressão física. Uma senhora que ia à nossa frente foi chamada de “fascista” por um manifestante, que gritou tão perto do seu rosto que quase houve contato físico.
Passei pelo grupo com minha mulher sob os gritos dos manifestantes, e um deles me reconheceu. Gritou alto: “Aí Merval fdp”. Foi o que bastou para que outros cercassem o carro em que estávamos, impedindo que saísse. Chutaram-no, socaram os vidros, puseram-se na frente com faixas e cartazes impedindo a visão do motorista. Só desistiram da agressão quando um grupo de PMs chegou para abrir caminho e permitir que o carro andasse.
Foram instantes de tensão que permitiram sentir a violência que está no ar nesses dias em que, como previu o Ministro Gilberto Carvalho, “o bicho vai pegar”. É claro que o que aconteceu com a blogueira cubana Yoani Sanchez nem se compara, mas o ocorrido na noite de sexta-feira mostra bem o clima belicoso que os manifestantes extremistas estão impondo a seus atos supostamente de protesto.
(…)
Voltei
Muito bem, meus caros. Já volto à manifestação. Antes, algumas outas considerações. Nesta segunda, Rui Falcão, presidente do PT, participou da abertura do Congresso Nacional de Trabalhadores Rurais da Contag (Confederação Nacional dos Trabalhadores na Agricultura). Esse modelo em que o chefe do partido fala a uma categoria que está sob a tutela da legenda tem história: é de inspiração fascista. Não é assim porque eu quero. É assim porque é o que informa a história. Falcão aproveitou a oportunidade para, mais uma vez, pregar o que os petistas chamam “democratização da mídia”, demonizado, uma vez mais, a imprensa brasileira. “Democratização”?
A fala acontece três dias depois de o
Diretório Nacional do PT ter divulgado uma resolução que trata do mesmo
assunto. No documento, a referência para a tal “democratização” são as
propostas contidas no Fórum Nacional de Democratização da Comunicação. No
sábado de manhã, escrevi um post a respeito. Demonstrei que o tal
fórum defende, sem meias-palavras, que os “representantes da sociedade
civil” — valer dizer: os petistas — controlem o conteúdo do que é veiculado
pela imprensa. Assim, o que o PT chama democratização é, em verdade, ditadura
partidária. É simples assim.
Pois bem… A violência retórica do petismo
contra a imprensa tem crescido. Órgãos financiados pelo Banco do Brasil e pela
Caixa Econômica Federal hostilizam abertamente os jornalistas considerados “de
oposição” — ou incômodos ao governo — e abrem suas respectivas áreas de
comentário às manifestações explícitas de ódio. Reitero: não se trata de
exercício da divergência, por mais dura e azeda que fosse. Não! É satanização
mesmo, com estímulo ao linchaento. Lá do Palácio do Planalto, no ano passado,
Gilberto Carvalho, secretário-geral da Presidência, avisou: “Em 2013, o bicho
vai pegar”.
E está pegando. Como se vê, dados a fala
de um ministro de estado, a permanente pregação dos petistas contra a imprensa
e o incentivo do subjornalismo chapa-branca (que, reitero, publica comentários
os mais desvairados, incentivando o pega-pra-capar), os ditos “militantes”
decidiram partir para a ação direta. Antes, eles só protestavam, gritavam,
xingavam. Agora não! Impunes, certos de que nada vai lhes acontecer, eles
decidiram que é hora de começar a espancar aqueles de que discordam. É uma nova
fase da sua “luta”.
Já não bastam mais as tentativas de
linchamento moral; já não bastam mais as correntes organizadas de difamação na
Internet. E olhem que eles se especializaram nisso! Como revelou reportagem da mais recente edição de
VEJA, o rapaz que desenvolveu um programa, um método mesmo, para achincalhar os
adversários do PT (ou os assim considerados pelo partido) é funcionário do
deputado André Vargas (PT-PR), vice-presidente da Câmara. Seu nome é André
Guimarães. Ele já vende seus serviços a quem estiver disposto a comprar. A
depender do pacote, pode custar de R$ 2 mil a R$ 30 mil. Então ficamos assim:
as estatais pagam a rede suja, e a Câmara paga um expert em difamação. Não é
mais o suficiente.
Também isso tem história. Também isso
obedece a uma gradação. Ao discursar para uma multidão no dia 10 de fevereiro
de 1933, 11 dias depois de Hitler ter se tornado chanceler da Alemanha,
Goebbels anunciou uma guerra
contra a imprensa dos “judeus insolentes”. Em sua fala, fica evidente que a máquina difamatória
contra os inimigos era apenas a primeira etapa do processo. E ele anunciava
ali: “Um dia nossa
paciência vai acabar e calaremos esses judeus insolentes, bocas mentirosas!” Quando “a paciência” dos
nazistas acabou, a gente sabe bem o que fizeram.
Então é isto:
– a paciência de Gilberto Carvalho conosco acabou;
– a paciência de Rui Falcão conosco acabou;
– paciência da subimprensa a soldo conosco acabou.
Agora é chegada a hora de calar, na
porrada, a boca dos “judeus insolentes”, que somos nós.
É uma vergonha, presidente!
É claro que ninguém vai encontrar nas palavras de Carvalho ou de Falcão o incentivo explícito à pancadaria — até porque isso ensejaria processo judicial. O mesmo se diga daquela gente financiada por estatais. Mas é óbvio que eles todos, juntos, formam o caldo de cultura que conduz a essa intolerância — que começa a crescer também dentro das redações, é bom que saibam — nesse caso, ninguém bate em ninguém; não ainda. Mas as ideias já começaram a ser impiedosamente espancadas; a liberdade de expressão já está sob permanente assédio.
Em recente evento do PT, lá estava
fazendo o seu trabalho uma jornalista de TV. Assim que um dos chefões petistas
fez um ataque à “mídia” e à sua suposta parcialidade, uma idiota gritou:
“Fulana de Tal está Aqui!!!” Deixassem a coisa por conta dela, a repórter
poderia apanhar ali mesmo. Foi o que aconteceu com Merval. Essa é a democracia
deles — aquela em que as pessoas de que discordam são linchadas. Jamais se viu
um democrata propor algo parecido. Já os comunas e os fascistas —
essencialmente iguais, é bom notar — não podem tolerar a divergência. Inimigo é
para ser esmagado!
Não adianta Dilma fazer cara de paisagem
e fingir que não tem nada com isso. Tem, sim, presidente! Todos têm o dever de
zelar pelas leis e pela Constituição, mas ao presidente da República é
reservado também o papel de liderança moral, não de chefe de facção. Essa
história de que ela nada pode no partido é, lamento!, mera conversa mole de
quem está na zona de conforto. Se não tem como impedir a pregação bucéfala dos
petistas, tem ao menos como censurá-la. Ademais, enquanto dinheiro publico
continuar a irrigar campanhas organizadas de difamação, que já começam a
resultar em agressão física, Dilma tem, sim, “a ver com isso”.
Não é bom, presidente!
Não, presidente, isso não é bom! Não é bom para o país por razões que me dispenso de explicar. E não é bom também para a sua candidatura. A corrida nem começou, mas a violência retórica já alcança dimensões estúpidas. Aqui e ali, já começa a haver sinais de que setores importantes da sociedade estão se cansando do autoritarismo petista. O caso de Yoani Sánchez, evocado por Merval, foi exemplar, não é? A tramoia contra aquela moça contou com a participação de um assessor do governo (e com o apoio técnico de um funcionário de um figurão do PT), e nada aconteceu.
“Esse Reinaldo! Os caras que tentaram
agredir Merval, que chutaram seu carro, estavam também contra a MP dos Portos,
editada pela própria Dilma…” Eu sei. Esses grupos sempre são livres para
divergir à esquerda… Isso é lá com eles, problema interno. Eu estou cuidando
aqui é da tolerância com o “outro”.
Nos textos que escrevi sobre Yoani, afirmei,
está em arquivo, que a blogueira cubana era apenas a primeira da fila e que os
fascistoides estavam se preparando para espancar também os adversários nativos.
Eis aí. Dilma não precisa nos cobrir de beijos, como faz com “Chalitinha”.
Basta que faça cumprir a Constituição da República Federativa do Brasil.
Por Reinaldo Azevedo
Dilma abre a porta para sindicalistas e prepara medidas de reaproximação
Na busca de aliados. Depois de ver relação com centrais estremecida por causa de embates durante greves, presidente segue conselho de Lula, recebe grupos organizados no Planalto e deve anunciar pacote de bondades até o Dia do Trabalho, em 1º de maio
04 de março de 2013 | 2h 06
ROLDÃO ARRUDA - O Estado de S.Paulo
A presidente Dilma Rousseff seguiu o conselho de seu
antecessor e padrinho político, Luiz Inácio Lula da Silva, e iniciou um
processo de reaproximação com as centrais sindicais. A agenda presidencial
evidencia a nova estratégia: após dois anos sem muito espaço para reuniões com
sindicalistas, Dilma tem tido agora uma série de encontros do gênero.
Só na semana passada, recebeu dois presidente de
centrais sindicais - Vagner Freitas, da Central Única dos Trabalhadores (CUT),
e Ricardo Patah, da União Geral dos Trabalhadores (UGT). No dia 12 ela deve
participar da inauguração da nova sede do Sindicato dos Comerciários de São
Paulo, filiado à UGT e representante de um setor com cerca de 400 mil
trabalhadores. A data foi acertada diretamente entre o Planalto e os
organizadores.
Também não está descartada a possibilidade de,
amanhã, ao término da 7.ª Marcha das Centrais Sindicais, em Brasília, Dilma
receber os sindicalistas no Planalto. Até ontem a agenda presidencial não
registrava o compromisso, mas os sindicalistas não descartavam a hipóteses do
encontro.
Em outros anos, Dilma sempre preferiu delegar missões
desse tipo ao secretário-geral da Presidência, Gilberto Carvalho. Por causa
disso, eram quase invariáveis nas centrais as críticas ao seu estilo. Nos
confrontos entre o governo e os funcionários públicos, na greve que estes
realizaram em meados do ano passado, eram comuns as comparações entre a
presidente e Lula - todas sempre desfavoráveis a ela.
O esforço de aproximação do Planalto com as centrais
deve ir além de cumprimentos e reuniões. Paralelamente, o Planalto está
reunindo ministros de diferentes áreas para analisar as principais reivindicações
dos trabalhadores e verificar quais podem ser atendidas a curto prazo.
De acordo com alguns líderes sindicais, o governo
corre para fazer o anúncio de alguma "boa novidade" até o Dia do
Trabalho, comemorado em 1.º de maio.
Gentilezas. Filiado ao DEM, o presidente da UGT,
Ricardo Patah, sempre integrou o coro dos que criticavam o distanciamento entre
Dilma e as centrais. Na quinta-feira passada, porém, ao deixar o Planalto, a
opinião dele já era outra. Saiu "encantando" com as atenções que ele
e seus acompanhantes, entre os quais quatro deputados ligados à central,
receberam da presidente.
O encontro, programado para durar uma hora,
estendeu-se por uma hora e meia. Dilma interessou-se particularmente pelos
problemas enfrentados pelos motoboys, uma das categorias em que a UGT tem maior
penetração, e, ali mesmo, determinou a Gilberto Carvalho a organização de um
grupo interministerial para estudar essa questão.
"Eu sempre tive contato com o Lula, que recebia
as lideranças sindicais pelo menos uma vez por mês, visitava sindicatos e
chegou a ir ao congresso anual da UGT. Com a Dilma sempre foi diferente, mas
dessa vez ela nos surpreendeu", diz Patah.
"Ela nos recebeu com muita atenção, ouviu nossas
reivindicações e opiniões sobre a política econômica do governo. Dissemos a
ela, por exemplo, que não é correto desonerar a folha de pagamento das empresas
sem exigir contrapartidas dos empresários, para garantir o nível de emprego.
Foi um encontro histórico, na minha avaliação."
Dois dias antes de Patah, a presidente havia recebido
Vagner Freitas de Moraes, presidente da CUT, a maior central do País,
historicamente próxima do PT. Moraes também notou a mudança, mas não viu nela
nenhuma "alteração de rota". "Acho que a presidente está
aprimorando as políticas de um governo exitoso. Sempre dissemos a ela que os
resultados das ações são melhores quando se fala diretamente com os
interlocutores da sociedade", diz. "Não é uma atitude eleitoreira nem
oportunista, mas sim uma evolução."
Segunda maior central do País, a Força Sindical, do
deputado Paulo Pereira da Silva, é a exceção.
Tendência. Além de tentar se reaproximar dos
sindicalistas, Dilma mudou a atitude com outros setores também. Passou a
receber mais empresários, além de ter estreitado relações com o MST, outro
histórico aliado do PT, ao visitar neste ano um assentamento rural ligado à
organização.
Governo Dilma é campeão de gastos com homenagens
Em 1999, FHC gastou 13 milhões de reais com eventos. Oito anos depois, com Lula, foram 24 milhões re reais. Em 2012, 74 milhões de reais
Embora seja bem mais discreto que o do antecessor, o
governo da presidente Dilma Rousseff é campeão em gastos com festividades e
homenagens, segundo levantamento da ONG Contas Abertas divulgado nesta segunda-feira. Em
dois anos, foram gastos pelo governo Dilma com esse tipo de evento o mesmo que
nos quatro anos do segundo mandato de Luiz Inácio Lula da Silva. Enquanto o
ex-presidente desembolsou 144,6 milhões de reais entre 2007 e 2010, Dilma já
utilizou 91,1% desse valor: 131,7 milhões de reais.
Esses gastos tem crescido quase em progressão
geométrica desde o governo de Fernando Henrique Cardoso. Em 1999, por exemplo,
o tucano gastou cerca de 13 milhões de reais (valores atualizados) com
festividades e homenagens. Oito anos depois, no segundo mandato de Lula, foram
quase 24 milhões. O valor saltou para 52 milhões em 2010, ano em que o petista
decidiu eleger um sucessor a qualquer preço. Dilma seguiu a linha do padrinho
político. Só em 2012, foram 74 milhões.
Anualmente, o governo Dilma gasta, em média, 59,9 milhões
de reais com essa finalidade. Com Lula no poder, eram 36,1 milhões de reais. No
segundo governo de FHC, o gasto médio anual foi de 14,6 milhões de reais.
A campeã de gastança em 2012 foi a Fundação Nacional
de Arte (Funarte), com 11,3 milhões de reais. O contrato mais alto foi
celebrado com a “Romepar Consultoria, Representações e Participações”, do Rio
de Janeiro, quando foram pagos 1 milhão de reais para o “arrendamento de local
em Lisboa para a comemoração do ano ‘Brasil em Portugal’".
O Ministério das Relações Exteriores (MRE) também
encabeça o ranking (9,3 milhões de reais). O maior contrato, de 1,4 milhões de
reais, foi pago para o “Di Gagliardi Buffet”, empresa do Distrito Federal
contratada para prestar serviços em cerimoniais. A medalha de bronze foi para o
Fundo Nacional de Cultura, com 6 milhões de reais – embora não tenham sido
encontrados, segundo o levantamento do Contas Abertas, contratos realizados
entre o Fundo e as empresas de prestação de serviços.
Das 20 primeiras instituições que fizeram uso de
verba pública para festividades e homenagens, seis estão ligadas ao Ministério
da Defesa. Todas as repartições militares somadas, por exemplo, gastaram 7,1
milhões de reais com eventos do tipo.
Em protesto, oposição venezuelana pede provas de que Chávez está vivo
- Manifestantes exigem que governo informe sobre o real estado de saúde do presidente
CARACAS - Centenas de estudantes da oposição e outros
críticos do governo do presidente da Venezuela, Hugo Chávez, marcharam em
Caracas neste domingo para exigir a prova de que o líder venezuelano ainda está
vivo e governa. A multidão, incluindo vários líderes da coligação de oposição
Unidade Democrática, cantou músicas de protesto e hasteou bandeiras em uma
manifestação em um bairro central durante a manhã. O presidente regressou ao
país no último dia 18, mas não é visto em público desde dezembro, quando viajou
a Havana a fim de passar por sua quarta cirurgia para combater o câncer.
- A Venezuela está agora sem autoridade. O presidente
Chávez está doente, há dois meses não dá uma palavra. Essa pessoa não pode
governar - disse María Montero, uma professora de 56 anos.
A ideia da manifestação partiu de um grupo, de cerca
de 50 universitários, que se acorrentou na última terça-feira nas imediações do
Tribunal Supremo de Justiça, a corte responsável pelo adiamento por tempo
indeterminado da posse de Chávez para o quarto mandato, marcada para 10 de
janeiro. Em cartazes com frases como “Onde está Chávez?” e “Queremos a
verdade”, os estudantes pedem que uma junta médica avalie o estado do
presidente e se ele tem condições de governar.
Acompanhados de políticos da oposição, eles
criticaram a atitude do governo e exigiram respeito do vice-presidente Nicolás
Maduro. Ele havia chamado os manifestantes em rede de TV de “frouxos”.
- Queremos um porta-voz imparcial, que nos dê
informações sobre Chávez, médicos de verdade e não políticos - disse Maria
Mendoza, funcionária de 54 anos da estatal PDVSA.
Se em dezembro e janeiro, o governo fazia relatos
frequentes sobre o estado de saúde do presidente, as informações agora são cada
vez mais escassas. Anteontem, após dias de rumores crescentes sobre uma piora
do estado de Chávez, Maduro afirmou que o presidente tem se submetido a sessões
de quimioterapia desde que voltou para Caracas, onde estaria internado no nono
andar do Hospital Militar Carlos Arvelo, numa área isolada da unidade.
O presidente da Assembleia Nacional, Diosdado
Cabello, advertiu os estudantes de que não se aproximassem do hospital durante
os protestos. Num sinal da polarização política no país, outro grupo de
estudantes convocou uma marcha em defesa de Chávez nos arredores do Palácio de
Miraflores.
- Chávez está aqui, nas ruas! Nós somos Chávez“ -
afirmou um estudante à TV estatal, segurando a bandeira do país.
O líder da oposição, Henrique Capriles, não
participou dos protestos porque estava em visita aos Estados Unidos.
Referindo-se a ele como “o príncipe decadente da burguesia parasita”, Maduro o
acusou de estar conspirando contra o governo e de ter se reunido com Roger
Noriega, ex-embaixador dos EUA na Organização dos Estados Americanos (OEA).
No Twitter, Capriles publicou foto com dois sobrinhos
pequenos e brincou:
“Aqui estou com dois grandes conspiradores”.
Hugo Chávez, de 58 anos, passou pela quarta cirurgia
para tratamento de um câncer em dezembro do ano passado em Cuba. Em meados de
fevereiro, o presidente regressou à Venezuela, e foi levado diretamente para o
Hospital Militar. Além da divulgação de quatro fotos tiradas em Havana, o
governante não foi visto ou ouvido em público.
Frase do dia
Acho que o governo não está nos
iludindo. É mais grave: ele está iludido.
Senador Cristovam
Buarque (PDT-DF) a propósito da crise econômica que está chegando
Até amanhã
As fotos inseridas nos textos o foram
pelo blogueiro.Juarez Capaverde
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