Bom dia, leiam nos textos se não tinha eu
razão ao dizer que o PT quer a censura outra vez , agora de forma disfarçada,
comentaristas muito mais qualificados que eu chegaram a mesma conclusão,
somente aqueles que comungam das benesses oferecidas pelo governo estarão
apoiando esta corja em seus intentos, não tendo vozes ativas que mostrem e
divulguem seus maus feitos e seus roubos, o Brasil Maravilha então poderá ser
pintado com mais cores favoráveis a eles e assim continuarão enrolando o povo
honesto e que acredita em seus discursos falaciosos, a realidade do país não
poderá ser mostrada como é na verdade, só a propaganda oficial cantará suas
virtudes que são inverdades mas com o poder nas mãos conseguirão enfim tornar-nos
um povo dependente do Estado e para nos
ter em suas mãos e assim viveremos sob o jugo do partido tal qual em Cuba, Irã,
Venezuela e outros tantos por ai, e o pior, nossas riquezas serão dilapidadas
como estão fazendo com a Petrobrás que se tornou deficitária devido as gestões políticas
desde que assumiram o poder e fazem o que o governo quer e dita, dando ao povo com
uma mão e tomando com a outra, procurem saber quanto foi a desvalorização da
Petrobrás neste período de gestão petista e poderão confirmar o que escrevo,
está nos jornais econômicos do país e até nos de fora do Brasil, nosso Ministro
da economia, Sr. Guido Mantega, virou piada internacional com suas previsões
furadas feitas sempre que é entrevistado, este é o Brasil depois do PT, estamos
nos tornando piada com nosso Doutor analfabeto, e nosso Ministro Pai de Santo, ressalvando
que os Pais de Santo ao menos estão aí para isto, prever o futuro, e o Sr. Mantega
deveria apenas ser o Ministro que gerencia nossos passos na economia.
Ainda sobre a afirmativa feita por Lula
em sua comparação a Lincoln lhes trago mais um texto como de costume genial,
deste colaborador da secção Feira Livre do blog do jornalista Augusto Nunes em
Veja. Com vale a pena ler.
Juarez
Capaverde
02/03/2013
às 7:34
PT defende em resolução censura à imprensa, e Rui Falcão convida jornalistas a apoiar proposta. Exagero? Então leiam!
Agora é para valer. O Diretório Nacional
do PT divulgou uma resolução nesta
sexta em que defende um “novo marco regulatório das comunicações”, que vem a
ser o outro nome do “controle da mídia”, mera perífrase para se referir à
censura. Eles são petistas e não desistem nunca.
O governo Lula tentou, mais de uma vez,
criar mecanismos para censurar a imprensa. Deu com os burros n’água. Dilma
Rousseff, até outro dia, dava sinais de que não entraria nessa. Nunca se sabe.
Também até outro dia, ela reconhecia em FHC o arquiteto do Real e coisa e tal.
Há duas semanas, vem esculhambando o tucano. Lula decidiu antecipar o
calendário eleitoral e impôs à presidente uma agenda. Emparedada por más
notícias e pelo pibinho, ela não teve como fugir. De todo modo, é pouco
provável que ceda a esse aspecto da agenda em particular. Mas os petistas já encontraram
uma saída. E Rui Falcão, presidente do PT, deixou claro que espera contar
com a colaboração dos jornalistas em seu projeto de censura. Ele quer ver os
coleguinhas botando a corda no pescoço para que um de seus estafetas possa
puxá-la quando necessário.
Na resolução, escreve o PT (em vermelho):
(…) o DN [Diretório Nacional] conclama nossa militância a coletar, este ano, mais de 1,5 milhão de assinaturas para apresentar ao Congresso Nacional um projeto de lei de iniciativa popular. O PT se associará à campanha por um Projeto de Lei de Iniciativa Popular em favor de um novo marco regulatório das comunicações, tal como proposto pela CUT, pelo Fórum Nacional de Democratização da Comunicação (FNDC) e outras entidades.
(…)
Não percam de vista o tal Fórum Nacional de Democratização da Comunicação
(FNDC). Já volto a ele. Antes, vou me fixar em outros aspectos.
O PT sabe que o governo federal, de moto próprio, não criará mecanismos
oficiais de censura, como quer o partido. Então é preciso recorrer à galera. O
petismo pretende apresentar uma emenda de iniciativa popular. É só uma forma de
tirar o peso das costas de Dilma. É claro que, se o governo quisesse, impediria
que uma porcaria como essa (entre outras) constasse da resolução. Mas sabem
como é.. Dilma não vai ela mesma censurar a imprensa, mas permite que seu
partido lance uma proposta cujo objetivo esse. Faz sentido! A presidente
manteve, por exemplo, o pornográfico esquema de financiamento estatal da
imprensa suja, cujos objetivos mais do que declarados são puxar o saco do
governo, atacar a oposição e difamar o jornalismo independente.
O governo permite, assim, que a investida
petista contra a liberdade de expressão seja lavada por uma suposta emenda de
iniciativa popular.
Ao defender a tal regulamentação, Rui
Falcão afirmou:
“Nós aprovamos um documento que enfatiza de novo a questão do alargamento da liberdade de expressão. Peço para vocês, jornalistas, que enfatizem essa questão. Ela nada tem a ver com censura ou controle (da mídia). Mas pode ampliar o mercado (de trabalho), garantir que vocês possam ter um código de ética reconhecido pelas empresas. Para que vocês não tenham uma matéria eventualmente adulterada ou mesmo apurar matérias que fraudem a consciência de vocês”.
É asqueroso!
É mentira! A regulamentação que os
petistas e uma penca de movimentos de esquerda defendem agride, sim,
frontalmente a liberdade de expressão, constitui censura e busca o controle de
conteúdo da informação. Falcão poderia dizer o que significa “apurar matérias
que fraudem a consciência” dos jornalistas. Vamos a um exemplo: digamos que um
petista ladrão seja flagrado roubando o Banco do Brasil. Caberia a um
jornalista eventualmente filiado ao PT alegar escrúpulo de consciência se
escalado para fazer uma reportagem a respeito?
Vejam que coisa: o pedido de Falcão aos
jornalistas, em que ele nega a pretensão da censura e do controle, já circula
por aí. Que tal, então, a gente entrar no mérito do que diz a resolução? Lá
está que o petismo usará como referência de sua luta o que foi “proposto pela CUT, pelo Fórum Nacional de
Democratização da Comunicação (FNDC)…” Ok! A íntegra da
proposta do tal fórum, encampada pelo partido, está aqui.
Destaco abaixo, em vermelho, alguns mimos do texto. Comento em azul.
O FNDC reivindica que este Marco Regulatório leve efetivamente à
regulação da mídia, e contenha, também, mecanismos de controle, pela sociedade,
do seu conteúdo e da extrapolação de audiência que facilita a existência dos
oligopólios da comunicação que desrespeitam a pluralidade e diversidade
cultural.
Viram? A “sociedade” teria “mecanismos de controle do conteúdo” do que é veiculado. Mas quem é “a sociedade”? Ora, todos sabemos! Trata-se de ONGs, sindicatos, associações disso e daquilo, movimento sociais, todos aqueles grupos que são controlados pelo… PT! Mas isso é pouco: seria preciso evitar a “extrapolação de audiência”. Se uma emissora, por exemplo, começasse a ter telespectadores demais, seria preciso dar um jeito de cortar suas asinhas. Como? Sei lá! O tal fórum dá uma pista de como seria esse “mecanismo de controle”. Leiam.
O FNDC propõe inclusão, na estrutura das empresas de Rádio e TV, de
mecanismos que estimulem e permitam o controle público sobre a programação,
como conselhos com participação da sociedade, conselhos editorais e serviços de
ouvidoria.
A exemplo do que acontece na Venezuela chavista, rádios e TVs seriam comandados por “conselhos” populares, entenderam? Uma miríade de ONGs e movimentos sociais — tudo franja do petismo — decidiria a pauta do Jornal Nacional. O PT também não abre mão da possibilidade de punir jornalistas rebeldes. Mais uma proposta:
O FNDC propõe a criação de mecanismos de controle público, tais como
conselhos de comunicação municipais e estaduais, agências reguladoras,
ombudsman e Conselho Federal dos Jornalistas.
As emissoras ficariam sujeitas a essa borrasca de conselheiros, e os jornalistas, individualmente, seriam monitorados pelo Conselho Federal de Jornalismo — proposta já repudiada pela sociedade. O PT já arrumou um laranja para apresentar o texto. O órgão teria competência, imaginem só, para cassar a licença de jornalistas.
Publicidade
O fórum também está preocupado com as criancinhas, é certo!. No que diz respeito à publicidade, prega:
Quanto à influência da publicidade nas relações de consumo e na construção de subjetividade, em especial no período da infância, o FNDC defende:
- A necessidade de resgatar a plenitude do desenvolvimento da criança em virtude do assédio do mercado, fortalecendo os valores da infância, priorizando o ato de brincar e não o objeto, o brinquedo anunciado.
- Que as reais necessidades da criança sejam contempladas quanto à preservação da saúde, inclusive quando são evidentes os apelos publicitários para o consumo de alimentos inadequados e prejudiciais como gorduras trans e outros, camuflados em elaboradas mensagens publicitárias.
Eu sempre fico fascinado com o verbo
“resgatar”. Dá a ideia de que vivíamos no Éden antes de essa porcaria de
capitalismo vir dar nas nossas terras. Digam-me cá: jogar pião, como joguei (e
sou bom nisso até hoje, como constatei outro dia; sei fazer o bicho “dormir” na
fieira… Alguns leitores, a esta altura, hão de perguntar: “Do que fala esse
Reinaldo?”), é superior a brincar no iPad? Por quê? Uma criança, não sendo
“assediada pelo mercado”, será assediada por quem? Por pedagogos do partido?
Trata-se de uma linguagem rançosa, boçal, velha, que expressa uma concepção de
educação que é prima pobre da doutrinação, que já é uma lástima. Mas entendo
essas almas: depois de submeter os meios de comunicação à censura dos
“conselhos populares”, o PT quer golpear também a sua receita publicitária.
Quanto mais dependentes eles forem da Petrobras, do Banco do Brasil, da CEF e do
próprio governo federal, melhor!
Se vocês lerem a íntegra da proposta que o
PT tomou como modelo em sua resolução, encontrarão lá a reivindicação para que
o estado passe a financiar as produções comunitárias. E quem é a “comunidade”?
Bidu! A turma do partido. Faltasse besteira, lá vai outra: o fórum quer a volta
da obrigatoriedade do diploma de jornalista.
Mas por quê?
O PT chegou ao poder com a “mídia” que está aí — ou quase. Digo “quase” porque, na média, o jornalismo brasileiro já foi mais crítico, menos sabujo, mais independente, menos atrelado à pauta do partido do poder, mais corajoso, menos pusilânime diante daqueles que se querem “os donos do povo”. Quando na oposição, o partido jamais falou em controlar a imprensa. Ela lhe era útil, e o partido foi uma fonte inesgotável de dossiês e denúncias contra seus adversários. Algumas chegaram a ser estupidamente veiculadas pela imprensa, sem qualquer comprovação, tal era a intimidade do partido com jornalistas.
Hoje, essa imprensa, com importantes
exceções honrosas, está muito mais rendida ao poder. Mesmo assim, isso parece
pouco ao PT. O partido está em seu terceiro mandato no governo federal; tem
chances imensas de conquistar o quarto mandato. Desde que as eleições diretas
foram reinstituídas no país, é a agremiação mais bem-sucedida: venceu três das
seis disputas… Tudo o mais constante, em 2015, serão quatro de sete.
Cumpre, então, perguntar: que diabo de
mal a imprensa livre faz ao PT? Em que prejudica os seus anseios? Ao contrário:
até Lula reconhece ser ele próprio produto da liberdade de imprensa. Por que a
sanha autoritária, a volúpia da censura? A resposta é óbvia: o partido quer o
poder absoluto. Isso não significa que pretenda, sei lá, pôr a oposição na
clandestinidade. Ele só quer torná-la irrelevante, demonizando aqueles que não
se submetem à sua vontade. Lembram-se daquele blogueiro lulista que chegou a
sugerir que reportagens procurassem identificar os que consideravam o governo
ruim ou péssimo? É fascismo na veia!
Notem, ademais, que o “controle da mídia”
voltou a ser pauta urgente e inegociável para os petistas depois da condenação
dos mensaleiros. Eles não querem uma imprensa que possa, enfim, vigiar os seus
corruptos, os seus peculatários, os seus quadrilheiros.
Encerro
Mas Rui Falcão, mesmo assim, quer o apoio dos jornalistas para a proposta. Diz que é tudo em favor do mercado de trabalho e da liberdade de expressão. O PT deu uma prova recente do que entende por pluralidade e imprensa livre: mandou seus bate-paus para a rua para xingar e agredir Yoani Sánchez. Na reunião que organizou a tramoia contra a blogueira, estava um homem de Gilberto Carvalho, que vem a ser um dos dois braços esquerdos de Dilma Rousseff.
Por Reinaldo Azevedo
Para FT, Guido Mantega insiste em tocar 'disco quebrado'
Jornal britânico afirma que otimismo do ministro não ajuda a melhorar a credibilidade do governo
Guido Mantega: para FT,
otimismo do ministro não tem razão de ser (Lionel
Bonaventure/AFP)
O jornal britânico Financial Times
aproveitou o resultado frustrante do Produto Interno Bruto (PIB)
brasileiro de 2012 para ironizar o governo -
sobretudo a figura do ministro da Fazenda, Guido Mantega, que teima em fazer
previsões inatingíveis para a economia brasileira. "O Brasil vai crescer
entre 3% e 4% em 2013! E isso quem diz é Guido Mantega, o ministro da Fazenda,
também conhecido como 'Guido, o Vidente', então deve ser verdade",
informava o site do jornal, em artigo cujo título era "O disco quebrado de
Guido Mantega".
Segundo o FT, o otimismo persistente do
ministro não tem colaborado para a melhora da credibilidade do governo. "É
compreensível que o Mantega esteja na defensiva depois que o IBGE publicou
outro conjunto de dados frustrantes nesta sexta", escreveu o jornal,
ressaltando também a importante queda na taxa de poupança e investimentos na
economia brasileira, mostrada também pelo IBGE. A taxa de poupança ficou em
14,8% do PIB, ante o porcentual de 17,2% em 2011. Já a de investimentos
terminou o ano em 18,1% do PIB, ante 19,3% no ano anterior.
O jornal afirma que os resultados de 2012
mostram a realidade que muitos temiam que ocorresse: ao cortar gastos públicos
para equilibrar as contas, em vez de reduzir as despesas correntes e o tamanho
da máquina pública, o governo acabou prejudicando os investimentos e
afugentando os empresários. "O Brasil deu início a uma série de
iniciativas para impulsionar o investimento de novo, mas todas deram pouco ou
nenhum resultado", diz o FT. "Nada disso, no entanto, tirará o
sorriso da cara de Mantega".
Bons ventos - A crítica do FT se refere às declarações do ministro nesta sexta-feira,
após uma conversa com a presidente Dilma na noite de
quinta-feira. Mantega demonstrou otimismo – em alguns momentos exagerado –
com a situação atual da economia brasileira. Para ele, os dados preliminares do
primeiro trimestre mostram um nível de atividade em recuperação, repetindo o
desempenho do quarto trimestre. O Índice de Atividade Econômica do Banco
Central (IBC-Br) subiu 0,62% do terceiro para o quarto trimestre de 2012. O
ministro espremeu os dados e reforçou que as vendas no varejo continuam em
alta.
O consumo foi o modelo de crescimento
escolhido pelo governo para empurrar a expansão da economia brasileira nos
últimos anos, mas a estratégia parece mostrar sinais de esgotamento. No segundo
semestre do ano passado, houve uma perda constante no indicador, que teve
retração de 0,5% em dezembro ante novembro. Mesmo assim, fechou em 8,4% no ano,
segundo o IBGE. Mas, como no início do ano passado, quando previu um
crescimento robusto, o tal “pibão” que a presidente Dilma tanto cobra,
Mantega repetiu o discurso agora. “O crescimento para este ano ficará entre 3 e
4%”, afirmou.
Desde o segundo governo de Getúlio
Vargas, em 1951, a média de crescimento do biênio inicial de Dilma Rousseff só
é melhor que o mesmo período de Fernando Collor de Mello, quando a economia
brasileira estava em recessão. Para se defender, Mantega afirma que não é
correto fazer comparação com o passado, principalmente porque desde 2003 os
governos Lula e Dilma elevaram o patamar de crescimento médio da economia
brasileira. “Criamos condições para que o crescimento volte ao patamar de 4%”,
reforçou.
Herança maldita – Petrobras já perdeu em 2013 mais que em todo 2012
Por Eulina Oliveira, no Estadão Online:
Petrobras perdeu R$ 53,9 bilhões em valor de mercado somente em 2013, até ontem, 28 de fevereiro, segundo cálculos da consultoria Economatica. O montante é maior que o verificado em todo o ano de 2012, de R$ 36,7 bilhões. Segundo a consultoria, o recuo no primeiro bimestre deste ano é o terceiro maior da história da empresa, fazendo-se a comparação com os resultados anuais fechados. A maior queda de valor de mercado da Petrobras aconteceu em 2008, quando a companhia perdeu R$ 205,9 bilhões. Em 2011, a perda foi de R$ 88,683 bilhões.
Desde o fim de 2010, a estatal perdeu R$
179,3 bilhões de valor de mercado – passou de R$ 380,2 bilhões para R$ 200,9
bilhões no último dia 28 de fevereiro. No mesmo período, outra blue chip, a
Vale, perdeu R$ 82,6 bilhões, passando de R$ 275,0 bilhões em dezembro de 2010
para R$ 192,3 bilhões no fim de fevereiro de 2013. Nos dois primeiros meses
deste ano, a Vale perdeu R$ 22,772 bilhões em valor de mercado, ante ganho de
R$ 17,164 bilhões em todo o ano de 2012. O levantamento da Economatica mostra
também que, atualmente, a Petrobras é a segunda maior empresa em valor de
mercado do Brasil, atrás da Ambev (R$ 274 bilhões). A diferença para a terceira
colocada, a Vale, é de apenas R$ 8,6 bilhões, ou 4,4%.
01/03/2013
às 16:56 \ Política & Cia Ricardo
Setti em Veja
Mau exemplo de Lula chega ao ministro Mantega, ele joga fora os anos FHC e diz a investidores estrangeiros que respeito a contratos no Brasil existe “pelo menos desde 2003″ — de novo, como se o Brasil tivesse começado com o lulalato
Já comentei, no blog, que o estreitamento da
convivência com o ex-presidento Lula fez mal aos bons modos, à civilidade e ao
espírito republicano da presidente Dilma Rousseff.
Foi o caso da célebre e infeliz declaração de que
Lula e ela, no poder, não herdaram “nada”, mas “construíram” – a velha história
que Lula transformou em mantra megalomaníaco e segundo a qual o Brasil não
começou com Pedro Álvares Cabral (1500), o descobridor, nem com o primeiro
governador-geral, Tomé de Souza (1549-1533), nem sequer com o Imperador Pedro
II (1831-1889), ou com Getúlio Vargas (1930-1945/1951-1954), ou mesmo com Juscelino
Kubitschek (1956-1961) – começou com ele, o “deus” do lulalato.
A presidente Dilma vinha tratando com elegância e
reconhecimento o ex-presidente Fernando Henrique Cardoso (1995-2003), a quem
convidou mais de uma vez para eventos no Planalto e no Alvorada, chamou de
“querido presidente” e cujos méritos na estabilidade econômica e trajetória
democrática do país reconheceu quando FHC completou 80 anos.
Deu um passo atrás no trato republicano com sua
declaração eleitoreira de dias atrás. Vai ver que levou um aperto de seu mentor
– “neztepaiz” de co-Presidência, nada é impossível.
Mas o mau exemplo de Lula se espraia, e atinge agora
a geralmente sóbria, objetiva área econômica. O sempre sereno ministro da
Fazenda, Guido Mantega, sereno e previsível a ponto de tornar-se levemente
aborrecido, foi contaminado.
Hoje, como vocês podem ver na
home page do site de VEJA, concedeu longa entrevista sobre a economia, seus
tropeços em 2012 e seu suposto brilhante futuro. Dias atrás, porém, ao expor a
investidores um gigantesco plano de 235 bilhões de dólares em concessões a
serem supostamente feitas na área de infraestrutura nos próximos anos, o sereno
Mantega pisou na bola feio.
Primeiro, o ministro incursionou por uma área que os
governos adoram – anunciar bombasticamente coisas que não aconteceram e que não
se sabe se vão ocorrer, mas exibem números espantosos. Referiu-se à construção
de 7,5 mil quilômetros de novas rodovias, 10 mil quilômetros de ferrovias (juro
por Deus!), falou do nosso velho conhecido, o trem-bala, mencionou concessões
gigantescas na área energética (eletricidade e gás natural), citou dois grandes
aeroportos internacionais etc etc.
Em seguida, descreveu a estrutura de financiamento
para investidores estrangeiros, que incluem, é claro, o BNDES, o Banco do
Brasil e a Caixa, apelou para que os colossais fundos de pensão americanos se
interessem pelo filão brasileiro, apresentou o total que se pretende investir –
quase inacreditáveis 235 bilhões de dólares e abanou no ar uma rentabilidade de
encher os olhos da plateia: 10% ao ano, em moeda forte.
No capítulo das garantias, e vendo que investidores
na plateia o apertavam sobre recentes intervenções do governo na área de
energia – houve quem mencionasse “quebra de contrato” — , aí chegou a hora da
bobagem monumental: lembrou que o Brasil, diferentemente do que ocorria no
passado, é um país que propicia não apenas rentabilidade, mas “segurança”, com
regras claras e contratos que têm sido respeitados “pelo menos desde 2003”.
Repito: pelo menos desde 2003!!! Ou seja, desde o
início do lulalato!!!
Quer dizer, os acertos fundamentais do governo Itamar
em 1994, começando pelo próprio Plano Real, e tudo o que veio depois nos dois
governos de FHC não focam considerados!
Quer dizer que não existiu a atitude do governo FHC
que — sob críticas ferozes dos que hoje ocupam o poder – de praticamente
santifica, como pedra de toque da recuperação da credibilidade do país, o cumprimento
dos contratos???
Mantega jogou levianamente pela janela todo um elenco
de acertos da era FHC adotados em direção do que chamou de “regras claras e
contratos respeitados”: a autonomia do Banco Central, que agiu sem as
interferências políticas que hoje se esboçam, as privatizações devidamente
precedidas de reformas na Constituição devidamente aprovadas pelo Congresso, a
renegociação da dívida dos Estados – em que se retiraram colossais esqueletos
do armário –, a renegociação impecável da dívida externa, que permitiu ao
lulalato praticamente quitá-la, depois, a privatização de bancos estaduais
irresponsáveis, o escrupuloso cumprimento de todos os contratos e… a Lei de
Responsabilidade Fiscal, marco jurídico fundamental para o respeito aos pactos
jurídicos.
Não se reconhece, no Mantega demagogo que adota o
estalinismo lulopetista de querer reescrever o passado – mesmo o passado
recente –, aquele economista técnico e objetivo que, ainda como assessor do
candidato Lula, viajou à Europa em 2002 para ver como funcionavam bancos
centrais independentes, como o alemão e o britânico, visando à eventual adoção
do mesmo status para o BC brasileiro.
Fala-se, em bastidores do PT, que entre os candidatos
a governador de São Paulo cogitados por Lula para tentar arrebatar o Palácio
dos Bandeirantes dos tucanos, estaria Mantega – no caso de a economia voltar a
crescer com intensidade.
Pode ser, então, que essa ainda distante mosca azul
tenha picado o ministro e transmitido, a ele, o mal da megalomania do lulalato.
Mantega é uma piada!
A imprensa brasileira, com as exceções
costumeiras, está virando o território da falta de memória. Há muitos fatores
que concorrem pra isso. Um deles, sem dúvida, é a velocidade com que as
informações — e desinformações — são produzidas e postas para circular. Fica
difícil reter alguma coisa se as pessoas a tanto não se dispõem. Some-se a isso
o fato de que o PT é mais do que um partido tentando implementar um programa de
governo. O que era inicialmente um ajuntamento ideológico foi transformado em
torcida. Por que eu sou corintiano? Sei lá!
Porque meu pai era? Pode ser. Mas eu não
tenho uma razão racional pra isso. E tendo a achar, claro!, que meu time é injustiçado
pela conspiração dos não-corintianos, que o juiz não gosta muito da gente etc.
Assim é o petismo, também o das redações sem memória: está sempre tentando a se
defender dos “adversários”, e isso implica lidar mal com a verdade. O tema e
amplo e fica para outros textos. Por que trago a questão agora? Porque esse PIB
ridículo de 2012, de 0,9% tem história, tem um marco importante, que precisa
ser lembrado.
Em junho do ano passado, o Credit Suisse
— que já vinha desafiando a, como direi?, ciência de Guido Mantega,
prevendo um PIB de apenas 2% — baixou a sua projeção para 1,5%. O ministro
ficou furioso. É que a Mãe Dinah havia inaugurado aquele ano prevendo uma
expansão da economia de 4,5%, depois dos magros 2,7% de 2011. Ali pelo início
do segundo trimestre, ele decidiu baixar 0,5 ponto e se contentou com 4%.
No fim de junho, já não era tão preciso a respeito, mas uma coisa o homem
assegurava: seria superior a 2011 — logo, rondando a casa dos 3%.
Como o PT tem o “dom de iludir”, para
lembrar a bela música em que Caetano Velosa responde à belíssima “Pra que
mentir?”, de Noel Rosa e Vadico, a reação irada de Mantega ganhou mais
visibilidade até do que a projeção do Credit Suisse. Cumpre lembrar as palavras
do ministro, então, quando confrontado com aquela projeção:
“É uma piada. Vai ser muito mais que isso!”
Como vocês viram, foi quase a METADE DISSO.
Mantega estava num hotel, na Barra, no
Rio, onde se encontrava a delegação brasileira que participava da “Rio + 20”.
Fazia-se acompanhar de Fernando Pimentel, ministro do Desenvolvimento,
Indústria e Comércio Exterior. Este senhor, nessa pasta, ainda renderá a Dilma
Rousseff um Prêmio Jabuti na categoria “Ficção”. Ele foi um pouco mais ameno do
Mantega. Deitou sobre a projeção do Credit Suisse um olhar caridoso, de
latino-americano safo e superior, que encara com piedade e bonomia tupiniquins
a ignorância dos bárbaros:
“Acho que a visão que os europeus têm é necessariamente negativa por ser influenciada pelo clima por lá. A situação do mercado financeiro na Europa é muito ruim. Não acompanho esse pessimismo do Credit Suisse. Acho que nós vamos crescer mais que isso”.
Ministros de estado não têm, claro!, de
ficar fazendo previsões pessimistas. Mas também podem evitar o ridículo. Das
duas, uma: ou Mantega e Pimentel ignoravam de forma absoluta a realidade
brasileira — e isso é preocupante porque enseja decisões erradas — ou atuaram
de forma consciente para enganar as pessoas. O que é pior? A
incompetência ou a mentira deliberada?
Mantega é uma piada!
Por Reinaldo Azevedo
Reynaldo-BH: Os leitores não são meros consumidores. São formadores de opinião
REYNALDO ROCHA
A manchete do Diário
do Comércio, divulgada nacionalmente pelo blog do Augusto Nunes, é
um exemplo do que deveria ser a imprensa.
Há exagero? Ofensas? Inverdades? Ou retrata um fato
na completa acepção do que seja notícia?
Quem sou eu para ditar rumos ou padrões para a
imprensa? Bem, sou um leitor. E como tal mereço respeito, como qualquer outro.
Leitor: não é consumidor. É formador de opinião. Não é comprador de carnes e
cereais. Pretende entender o que acontece ao seu redor. Não é um torcedor de um
time de futebol: quer posicionar-se em relação ao próprio futuro.
Teriam os jornalistas ao menos a noção da importância
do que escrevem, do que opinam e para onde ─ e como ─ podem levar as matérias
que produzem? Pensam em quem lê? Ou continuamos ─ leitores ─ a ser uma ficção
quase fantasmagórica?
Quantos escrevem para si próprios!
Os que escrevem por encomenda sequer me preocupam.
São conhecidos. Os conhecemos. E desprezamos. Não são jornalistas.
Não se trata de defender o BBB da Globo ou de atacar
o Corinthians! Na verdade falamos de nossas vidas ─ inclusive a deles! ─ e de
nosso futuro.
Parafraseando o filósofo Neném Prancha, do Rio de
Janeiro, que dizia que “pênalti é tão importante que quem deveria bater era o
presidente do clube”, assim deveria ser com o jornalismo.
Após escrever e antes de publicar, um jornalista deveria
submeter o texto aos filhos e amigos. E perguntar: “faz sentido com a vida, com
a verdade, com a decência”? Certamente seria um parâmetro para os que não
conseguem ter no espelho a resposta do que vivem.
Não se trata de apologia de uma oposição que pretendo
cada vez mais intensa. À Era da Mediocridade. Até admito que existam (???)
jornalistas que defendam o estado de coisa que se instalou no Brasil.
Admito que possam existir. Mesmo que não os consiga
identificar.
Trata-se de um respeito ao meu direito de leitor. O
ridículo, a megalomania, a doença da menos valia, a mentira e a falsidade, são
necessariamente matéria de interesse jornalístico. Na visão de um leitor.
Seja do macaco Simão no zoo do Rio, do jogador que se
acha o novo Pelé, da celebridade instantânea de um reality show que se julga
Fernanda Montenegro ou do palhaço que se elegeu deputado e prefere optar pelo
circo desprezando o Parlamento.
Porque não com um co-presidente que delira, mente, ofende, envergonha e se mostra um doente mental?
Que linha divisória ─ ética ─ separa a crítica a um
“João-ninguém” que se julga o novo Pelé e é ridicularizado por isto e um
presidente que nunca leu (e nunca lerá!) e se compara com Cristo, ou Lincoln? A
comparação é sempre com o personagem da hora: seja uma discussão teológica ou
um filme de Hollywood! A biografia nunca seria lida (e nem será!) por quem já
afirmou que “jornal provoca azia!”. Só as antas não percebem que o jornal de
hoje é o livro de história de amanhã. Faz parte da natureza das antas.
Assim, infelizmente, mais que louvar o Diário do Comércio (e eu louvo), sinto
uma profunda desesperança pelos OUTROS veículos de imprensa, que, perdendo
leitores, não entendem o motivo. E não observam que na WEB se tem um jornalismo
que mereça o nome.
Quem perde? Todos nós! Mas, como ingênuos bovinos
caminhando para o matadouro que só terão a certeza do fim quando não haverá
mais porteira para escapar, os jornalistas dóceis e politicamente corretos irão
se perguntar: por quê?
A resposta, talvez, esteja nas manchetes do Diário do Comércio.
‘O telec do Linco’, do trovador gaúcho Alamir Longo
O doutor honoris causa
com pinta de imperador,
se lança de professor
esbanjando sabedoria
e a gente que nem sabia
que o safo era um leitor…
II
Pois agora está explicado
tamanho conhecimento…
pois o livro é um instrumento
valioso e transformador
que converte a pensador
até mesmo um pobre jumento!
III
Mas eu acho que o estadista
deu de mão no livro errado…
ou pegou ele virado
quando foi fazer a leitura!
pois cada vez mais loucura
esse cabra tem perfilado.
IV
Dizer montes de besteiras
pra ele é coisa normal…
no seu discurso boçal
se embriaga em devaneio,
só falta dizer que veio
com a esquadra de Cabral!
V
E agora veio com essa…
telex e computador!
Do Lincoln fez seu pastor
em delirante piadinha,
enfeitada a rizadinha
da sacrossanta plateia,
que sequer fazia ideia
que o “linco,telec” não tinha!
Frase do dia, ou Piada do
dia
Comandamos a redemocratização do País, fomos insubstituíveis na
estabilização da moeda e protagonistas nas conquistas sociais dos últimos anos.
Renan Calheiros, sobre
a importância do PMDB na política nacional
Até amanhã
As fotos inseridas nos texto o foram
pelo blogueiro. Juarez Capaverde
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