Bom dia,
continuando no Brasil das Maravilhas, mais um artigo que a de se destacar
quanto à ineficácia do governo Dilma, simplesmente nada do que se vê em sua
publicidade é realidade. Poderia se pensar que são apenas algumas vozes
discordantes deste governo que estariam a enxovalhar as “grandes realizações”
feitas no país dirigido magistralmente pela Sra. Dilma e seus Ministros. O que
de fato acontece e é de fácil constatação para quem quiser ver é a venda da
ilusão ao povo através de muita publicidade e engodo visual produzido em
estúdio por especialistas marqueteiros pagos com nosso dinheiro, o Brasil virou
uma grande produção holiwoodiana magistralmente dirigida pelo PT. Hoje publico
mais um artigo, desta vez do jornalista Marco Antonio Villa do Estadão que nos
traz uns pontos a mais para pensarmos, leiam;
‘A incompetência virou elogio’
PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA TERÇA-FEIRAMARCO ANTONIO VILLA
O governo Dilma Rousseff
lembra o petroleiro João Cândido. Foi inaugurado com festa, mas não pôde
navegar. De longe, até que tem um bom aspecto. Mas não resiste ao teste. Se for
lançado ao mar, afunda. Não há discurso, por mais empolgante que seja, que
consiga impedir o naufrágio. A presidente apresenta um ar de uma política
bem-intencionada, de uma tia severa e até parece acreditar no que diz. Imagina
que seu governo vai bem, que as metas estão cumpridas, que formou uma boa
equipe de auxiliares e que sua relação com a base de sustentação política é
estritamente republicana. Contudo, os seus primeiros 15
meses de governo foram marcados por escândalos de corrupção, pela subserviência
aos tradicionais oligarcas que controlam o Legislativo em Brasília e por uma
irritante paralisia administrativa.
Inicialmente, a presidente vendeu a
ideia que o Ministério não era dela, mas de Lula. E que era o preço que teria
pagado por ser uma neófita na política nacional. Alguns chegaram até a
acreditar que ela estaria se afastando do seu tutor político, o que demonstra
como é amplo o campo do engodo no Brasil. Foi passando o tempo e nada mudou. Se
ocorreram algumas mudanças no Ministério, nenhuma foi por sua iniciativa. Além
do que, foi mantida a mesma lógica na designação dos novos ministros.
Confundindo cara feia com energia, a
presidente continuou representando o papel de hábil executiva e que via a
política com certo desprezo, como se os seus ideais de juventude não estivessem
superados. Como sua base não é flor que se cheire, acabou até ganhando a
simpatia popular. Contudo, não se afastou deste jardim, numa curiosa relação de
amor e ódio. Manteve o método herdado do seu padrinho político, de transformar
a ocupação do Estado em instrumento permanente de negociação política. E ainda
diz, sem ficar ruborizada, que não é partidária do toma lá dá cá. Dá para acreditar?
O Ministério é notabilizado pela
inoperância administrativa. Bom ministro é aquele que não aparece nos jornais
com alguma acusação de corrupção. Para este governo, isto basta. Sem ser
enfadonho, basta destacar dois casos. Aloizio Mercadante teve passagem pífia
pelo Ministério da Ciência e Tecnologia. Se fosse demitido na reforma
ministerial ─ aquela que a presidente anunciou no último trimestre do ano
passado e até hoje não realizou ─, poucos reclamariam, pois nada fez durante
mais de um ano na função. Porém, como um bom exemplo do tempo em que vivemos,
acabou promovido para o Ministério da Educação. Ou seja, a incapacidade foi
premiada. O mesmo, parece, ocorrerá com Edison Lobão, que deve sair do
Ministério de Minas e Energia para a presidência do Senado, com o beneplácito
da presidente. O que fez de positivo no seu ministério?
Numa caricata representação de
participação política, Dilma patrocinou uma reunião com o empresariado nacional
para ouvir o já sabido. Todas as reclamações ou concordâncias já eram
conhecidas antes do encontro. Então, para que a reunião? Para manter a aura da
Presidência-espetáculo? Para garantir uma fugaz manchete no dia seguinte? Será
que ela não sabe que não tem o poder de comunicação do seu tutor político e que
tudo será esquecido rapidamente?
Uma das maiores obras da atualidade
serve como referência para analisar como o governo trata a coisa pública. Desde
quando foi anunciada a transposição de parte das águas do Rio São Francisco,
inúmeras vozes sensatas se levantaram para demonstrar o absurdo da proposta.
Nada demoveu o governo. Além do que estava próxima a eleição presidencial de
2010. Dilma ganhou de goleada na região por onde a obra passaria ─ em algumas
cidades teve 92% dos votos. Passaria porque, apesar dos bilhões gastos, os
canteiros estão abandonados e o pouco que foi realizado está sendo destruído
pela falta de conservação. Enquanto isso, estados como a Bahia estão sofrendo
com a maior seca dos últimos 30 anos. E, em vez de incentivar a agricultura
seca, a formação de cooperativas, a construção de estradas vicinais e os
projetos de conservação da água desenvolvidos por diversas entidades, a
presidente optou por derramar bilhões de reais nos cofres das grandes
empreiteiras.
A falta de uma boa equipe ministerial,
a ausência de projetos e o descompromisso com o futuro do país são evidentes. O
pouco ─ muito pouco ─ que funciona na máquina estatal é produto de mudanças que
tiveram início no final do século XX. A ausência de novas iniciativas é
patente. Sem condições de pensar o novo, resta ao governo maldizer os países
que estão dando certo em vez de aprender as razões do êxito, reforçando um
certo amargor nacional com o sucesso alheio. No passado a culpa era imputada
aos Estados Unidos; hoje este papel está reservado à China.
Como em um conto de fadas, a presidente
acredita que tudo terá um final feliz. Mas, até agora, o lobo mau está reinando
absoluto na floresta. Basta observar os péssimos resultados econômicos do ano
passado quando o Brasil foi o país que menos cresceu na América do Sul. E a
comparação é com o Paraguai e o Equador e não com a Índia e a China.
Não é descabido imaginar que a
presidente foi contaminada pelo “virus brasilienses”. Esta “espécie”, que
prolifera com muita facilidade em Brasília, tem uma variante mais perigosa, o
“petismus”. A vacina é a democracia combinada com outra forma de governar,
buscando a competência, os melhores quadros e alianças programáticas. Mas em um
país marcado pela subserviência, a incompetência governamental se transformou
em elogio.
NAVIO FANTASMA JOÃO CÂNDIDO
Voltei
Como escrevi ontem, estamos
presenciando mais uma obra prima do gênero de ficção, desta vez não escrita por
grandes literatos, mas por membros petistas mal intencionados para iludir o
povo brasileiro.
Até amanhã.
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