Bom dia, as privatizações feitas pelo
governo do PT não tem este nome, no entender dos sábios petistas chama-se
concessão! Não admitem que a entrega dos aeroportos a iniciativa privada é uma
PRIVATIZAÇÃO, isto porque eles sempre foram contrários e vivem dizendo que o
governo FHC entregou a iniciativa privada o que pertencia ao “povo brasileiro”,
no seu ideário quanto mais o governo possuir mais lugares haverá para os
militantes de carteirinha serem colocados para “mamar” um pouquinho no dinheiro
público, claro está, que os “tubarões” do partido ficam nas posições chaves das
ditas estatais onde “mamam” com mais vigor. Agora levados por sua incapacidade
em tornar nossos aeroportos (como enfim tudo que está sob sua ingerência
administrativa) mais eficientes e a altura das necessidades atuais, resolveram entregar
a iniciativa privada a condição para tanto, claro está sempre alegando falta de
recursos e não má gerencia governamental. Assim são os petistas, sempre
arrumando justificativas para suas atitudes, porem não dando a elas os nomes
adequados para não “sujar” a imagem do partido perante a ideologia que passam
aos seus partidários. Encontrei e transcrevo abaixo um excelente artigo do
jornalista Guilherme Fiúza que traduz sobremaneira o que diz o PT e o que faz o
PT, leiam abaixo;
O PT ensina a privatizar com ternura
Autor: Guilherme Fiuza
Depois da festa de aniversário do PT, o Brasil respirou aliviado: após
o leilão de três aeroportos pelo governo Dilma, o Diretório Nacional do partido
divulgou uma resolução garantindo que “não é verdade que acabou a disputa
ideológica sobre as privatizações”. Graças a Deus! Sem disputa ideológica, como
se sabe, o PT desapareceria. E isso seria muito grave. Não pelo desgoverno, mas
pelo desemprego: para onde iria o imenso contingente de companheiros pendurados
na máquina pública graças à mitologia do partido? Hoje, o fim da disputa
ideológica seria praticamente um problema social.
O mito das privatizações como coisa do demônio já rendeu à esquerda uma
coleção de vitórias eleitorais. A ideia da “privataria” é uma mina de ouro, um
filão aparentemente inesgotável de votos. E o negócio é seguro, porque ao
eleitorado, nesse caso, não interessa a verdade. Assim como as crianças diante
dos contos de fadas, o eleitor prefere que o bem e o mal sejam distinguidos
pelo mito – que, entre outras vantagens, está sempre no mesmo lugar.
Se dependesse do PT, a telefonia nacional estaria até hoje nas mãos da
Telesp, Telerj e congêneres. Era um sistema apodrecido pela corrupção e pela
ineficiência, que servia menos aos aparelhos telefônicos que ao aparelhamento
político. Mas era “nosso”. A privatização mudou a vida de milhões de
brasileiros, especialmente os mais pobres, que até outro dia ainda se comunicavam
pelo sistema de recado na birosca. Mas, como a fábula não pode terminar com a
vitória do monstro (neoliberal), o eleitor arranjou um jeito de adorar seu
telefone novo e detestar a privatização. Viva o milagre da disputa ideológica.
O mito da “privataria” é tão forte que vende até livro. Um ajuntamento
criativo de documentos que, bem embaralhados, resultam numa série de quase
denúncias gravíssimas – no melhor do jornalismo impressionista – vira
best-seller. As privatizações melhoraram a vida dos brasileiros e livraram o
Estado de uma multidão de parasitas. Mas é muito mais emocionante acreditar na
lenda de uma quadrilha de espertos que saqueou o país vendendo “o que é nosso”.
E que – atenção! – pode voltar a qualquer momento tentando derrotar o PT.
Confrontos entre ideologias já se viram aos montes. Mas um partido
defendendo a própria “disputa ideológica” é a primeira vez. Eis a tradução da
nota do PT para o português:
– Prezados eleitores, por favor, não abandonem essa dicotomia estúpida
entre privatização e defesa do patrimônio público. Não deixem de acreditar que
a fronteira entre o bem e o mal está nesse dilema imaginário. Esqueçam o bom
funcionamento de telefones, aeroportos e outros itens da monotonia cotidiana.
Sejam politizados, revolucionários, concentrem-se no duelo entre direita e
esquerda. Só assim, com essa mente esquemática e essa lógica primária, vocês
terão a chance de vestir a camisa, levantar a bandeira e verter seu ódio contra
o inimigo. Ah, sim: e, nas eleições, exerçam sua cidadania descarregando seus
votos conscientes nos candidatos contra a privataria (que, por acaso, são os
nossos).
A inédita defesa dessa instituição lucrativa (a disputa ideológica) se
fez necessária por causa da privatização dos aeroportos de Guarulhos, Campinas
e Brasília. Antes que o povo começasse a confundir o bem com o mal e
vice-versa, o partido fez o esclarecimento definitivo: privatização do PT não é
privatização.
Alívio geral. Por um momento, até pareceu que algum vírus neoliberal
tivesse sido solto no gabinete da companheira Dilma. Felizmente isso não
aconteceu. O que parecia privatização era, na verdade, “concessão”. A
privatização da telefonia também foi uma concessão, mas aí há uma enorme
diferença: não foi feita pelo PT. Portanto, é privataria.
Com tudo colocado em seu devido lugar, o partido da presidente pôde
cuidar de retocar outras verdades. Pela resolução do Diretório Nacional, o país
ficou sabendo que a queda de sete ministros de Dilma após uma escandalosa
sucessão de fraudes foi “uma campanha de setores da oposição que buscavam
desestabilizar o governo através de seguidas denúncias de corrupção em
ministérios”. Por essa, ninguém esperava. Os neoliberais fizeram até os
companheiros do bem privatizarem dinheiro do povo.
Voltei
O artigo diz tudo, éste é o verdadeiro PT.
Até amanhã.
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