Bom dia, o
Brasil das Maravilhas está bem ilustrado no texto do jornalista J.R.Guzo publicado
na edição de Veja, onde coloca a nu as “realizações” tão decantadas pelo PT e o
governo Dilma, o sonho dos petistas está centrado no país visitado por Alice no
conto magistral de Lewis Carroll, pseudônimo usado pelo escritor Charles L.
Dodgson publicado em 1865 e agora reeditado no ideário petista. No Brasil pós
PT com seu Grande Líder Lula, tudo se transformou, ganhou novas cores, o povo
está feliz, foram feitas grandes realizações na área de infra-estrutura,
hospitais estão mais modernos sem filas, escolas novas e com um ritmo
educacional incomparável, a corrupção não mais existe, todos tem alimentos a
mesa, crescimento constante e insuperável, economia sólida e sem problemas,
inflação não mais existe, enfim todos os problemas anteriores ao seu governo
foram sanados, resolvidos, banidos, tudo para o bem do povo, somos todos iguais
com direitos argüidos na Constituição respeitados integralmente, temos um Executivo
e um Legislativo forte elogiado por suas ações no resto do mundo, dizem todos
lá fora: O Brasil é o país a ser copiado e seguido... Este é o Brasil das
Maravilhas cantado alto e a bom som pelos petistas, quanta maldade, quanta
hipocrisia, mas é o que de melhor eles fazem, vender ilusões, leiam abaixo;
Em busca do nada,
J.R. GUZZO
A palavra provavelmente mais correta
para descrever a maior parte das atividades do governo brasileiro hoje em dia,
em português comum, seria “farsa”. Mas é melhor, por prudência e pela cortesia
com que se devem tratar nossas altas autoridades em geral, utilizar alguma
coisa mais leve ─ “ficção”, talvez, é o termo que se aconselha, já que não pode
ser entendido como ofensa (Deus nos livre de uma coisa dessas), e ao mesmo
tempo serve para resumir com bastante clareza a atual conduta do superior
comando da nação.
Entre as paredes do caixote de concreto
e vidro em que funciona o Palácio do Planalto, é fabricada todos os dias a
impressão de que ali se vive numa colmeia de trabalho sem descanso e de
operosidade sem precedentes; segundo essa visão, apresentada como fato
praticamente indiscutível na propaganda oficial, ainda não foi criado no Brasil
o problema que as prodigiosas qualidades de gerência atribuídas à presidente
Dilma Rousseff tenham deixado sem solução. Mas um metro para fora do Palácio,
na vida real que começa na rua, o mundo dos fatos, indiferente ao que se diz do
lado de dentro, mostra o contrário: nada do que o governo manda resolver, ou
quase nada, consegue ser resolvido.
Falta de tempo para mostrar serviço de
verdade, do tipo que pode ser visto e comprovado, com certeza não é. Já faz
mais de nove anos que a presidente Dilma está dentro do governo, no qual dá
expediente desde o primeiro dia de mandato de seu antecessor ─ com a função,
justamente, de ser a tocadora de obras número 1 da República. Alguma coisa de
porte, a esta altura, já tinha de ter aparecido. Mas não aparece.
Tão inúteis quanto a passagem do tempo
ou os oceanos de dinheiro que o poder público tem para gastar vêm sendo as
demissões em série na equipe ministerial. Em pouco mais de um ano de governo
Dilma, já foram para a rua doze ministros, mais os lideres no Senado e na
Câmara ─ todos nomeados por ela mesma, é verdade, incluindo-se aí alguns dos
mais notórios candidatos a morte súbita que já passaram por um ministério na
história deste país. Os resultados disso, pelo que se viu até agora, foram
nulos. As demissões, sem dúvida, mostram que a presidente está disposta a
valer-se de sua posição no topo da cadeia alimentar de Brasília ─ pode mandar
qualquer um embora, e não pode ser mandada embora por ninguém.
O problema, tristemente, é que o
exercício repetido de toda essa autoridade não tem sido capaz de gerar nenhum
efeito útil para a vida prática do país e do cidadão. Seja porque Dilma está
substituindo tão mal quanto nomeou, seja porque os novos ministros vivem
paralisados pelo medo de perder o seu emprego, o fato é que nenhuma de todas as
trocas feitas até agora resultou num único metro a mais de estrada asfaltada,
ou num poste de luz, ou em qualquer coisa que preste.
O que certamente não falta, nesse
deserto de resultados, é a construção de miragens. Empreiteiras de obras
públicas, por exemplo, fazem aparecer na imprensa fotos da presidente em cima
de um carrinho de trem, cercada por um alarmante cordão de puxadores de palmas,
numa visita de inspeção à Ferrovia Norte-Sul. Uns tantos minutos depois, todos
voltam a seu carro oficial ou helicóptero e deixam para trás a realidade.
A Ferrovia Transnordestina, por
exemplo, com 1700 quilômetros de extensão, foi iniciada em 2006 e deveria ter
sido entregue em 2010; já estamos em 2012, o custo de 4,5 bilhões de reais
pulou para quase 7 bilhões e tudo o que se conseguiu construir, até agora,
foram 10% do percurso. O petroleiro João Cândido, que começou a ser construído
quatro anos atrás para a Petrobras em Pernambuco, e foi lançado ao mar em 2010
pelo ex-presidente Lula como um prodígio da nova indústria naval brasileira,
voltou a terra firme logo após a cerimônia; continua lá até hoje. Entre as mais
espetaculares obras do PAC, com todos os seus bilhões em investimentos,
inclui-se o “trem-bala” ─ mas a única coisa que se pode dizer com certeza sobre
o “trem-bala”, até agora, é que ele não existe.
A presidente Dilma, que sabe muito bem
o que é inépcia, tenta há nove anos achar o caminho de saída desse vale de
lágrimas; pode continuar tentando pelos próximos cinquenta e não vai encontrar
nada. Não vai encontrar porque procura no lugar errado; imagina que a solução
está em criar mais repartições públicas, mais regras, mais controles, mais
programas e mais tudo o que faça um “estado forte”. É o tipo de ideia que
encanta a presidente. Nunca deu certo até hoje. Mas ela continua convencida de
que um dia ainda vai dar.
Voltei
Não
poderia de deixar passar em branco o artigo do Mauro Pereira que também trata
do mundo virtual petista, leiam;
‘Como é doloroso ser petista’,
MAURO PEREIRA
Realmente, a política é fascinante. Às
vezes é despojada, até mesmo oferecida, e mostra-se por inteiro logo no
primeiro olhar. Noutras, faz-se recatada e custa revelar-se. Normalmente nessas
ocasiões quer-se pudica para esconder suas mazelas. Assim é o PT. Esbanjador
para propagar obras que nunca foram realizadas e difundir as maravilhas de um
Brasil que jamais existiu, mas nada generoso ao expor suas feridas e seus
fracassos.
Aliás, na arte de disfarçar seus
pecados os pupilos de Lula são peritos. Não pareceram constrangidos, por
exemplo, quando argumentaram que o salário mínimo de R$ 560,00 oferecido pelo
governo era mais benéfico aos trabalhadores do que os R$ 600,00 propostos pela
oposição. Sem ficarem ruborizados, culpam os beneficiários do Bolsa Família
pelo caos dos aeroportos brasileiros, além de sustentarem que o governo só
autorizou o aumento nos preços dos remédios convencido de que essa medida
resultará numa estupenda retração nos preços dos medicamentos.
Há que considerar-se, ainda, a
desenvoltura do ministro do Esporte que elegeu o atraso nas obras da Copa como
ponto fundamental para que os prazos assumidos junto a FIFA sejam cumpridos.
Também merece atenção aquele outro ministro apelidado de aloprado pelo chefe
que incorporou a fantasia de Diógenes contemporâneo, arrastando suas lamparinas
pela escuridão que assola o governo, em busca de um homem de caráter no seio da
companheirada. Com certeza haverá de encontrar, contudo, não antes de consumir
alguns bons barris de querosene.
É no PAC, contudo, que se superaram,
celebrando o fracasso do PAC 1 com a empulhação do PAC 2. As obras de
transposição do Rio São Francisco confirmam que os ministros têm que trabalhar
o dobro para produzir a metade. Também comprovam que o governo do PT tem que
gastar o dobro para construir a metade. Coisas de profissionais.
Deve ser doloroso ser petista nos dias
de hoje. Acredito até que alguns perdem o sono ao lembrarem os tempos das vacas
magras, quando a sobrevivência na oposição demandava a mais impiedosa sabotagem
disfarçada de criatividade. Como consolo, responsabilizam a má sorte pelo fato
de o presidente Fernando Henrique, depois de oito anos de mandato, não lhes ter
proporcionado sequer a oportunidade de acusá-lo de ter algum membro de sua
família envolvido em negócios nebulosos.
A frustração petista se consolida ao terem
à sua disposição o governo incompetente, corrupto e perdulário que sempre
pediram a Deus quando assombravam seu antecessor. É visível o inconformismo que
lhes corrói a alma ao sentirem na própria carne o manipular cínico e debochado
do destino que lhes concedeu como única alternativa apenas aquela destinada aos
medíocres: ver com os olhos e lamber com a testa.
Sem dúvida, ser petista não é tarefa
para amadores.
Voltei
Como
podemos perceber, tudo vai bem no mundo petista!!!
Até amanhã.
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