Bom dia, como diz o título e se pergunta o
General Rocha Paiva, a Sra. Dilma vai depor perante a Comissão da Verdade? E a
Sra. Eleonora Menicucci? Esta seria o certo de acontecer, porem isto acontecerá? Como militante de oposição a ditadura
confessa, as duas senhoras deveriam também ser convocadas para relatarem suas atividades e o que fizeram durante o período
que se investigará. A pergunta do Sr. General tem procedência, como os
indicados para compor a Comissão o será pela Sra. Dilma como Presidente, terão
eles, se não forem isentos a coragem de chamá-la para depor? De fato o Sr.
General tem toda a razão ao manifestar esta preocupação, assim como todos os
signatários do Manifesto que esta semana tomou boa parte da mídia pela maneira
como a Sra. Dilma tratou do assunto orientada pelo Sr. Celso Amorim, contumaz
encrenqueiro de plantão no Planalto. A situação ainda não foi contornada,
abaixo parte da entrevista com o General Rocha Paiva ao Jornal Globo On Line do dia
02.03 p.p. onde poderão ler na íntegra abaixo alguns trechos, leiam;
- ‘(Vamos chamar a presidente para depor)?'
General Luiz Eduardo Rocha Paiva
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General lança suspeita sobre participação de Dilma em
atentado e duvida que ela tenha sido torturada - Entrevista General Rocha
Paiva - O Globo 02/03/2112
O General Rocha
Paiva propõe que a Comissão da Verdade investigue a morte do soldado Mario
Kozel , morto pela VAR-Palmares, e sugere que a presidente Dilma
Rousseff preste depoimento sobre o caso.
O general Luiz
Eduardo Rocha Paiva acha que a Comissão da Verdade, para não ser
"parcial e maniqueísta", tem que convocar também os que
participaram de ações armadas,
direta ou indiretamente. Não hesita em perguntar até se a presidente Dilma
Rousseff não tem que depor?
- Ela era da
VAR-Palmares, que lançou o carro-bomba que matou o soldado Mario Kozel Filho.
A comissão não vai chamá-la, por quê?
Rocha Paiva se
refere ao atentado ocorrido em 26 de junho de 1968 no Quartel-General do II
Exército, em São Paulo. Até 2007 Rocha Paiva ocupava posição de destaque no
Exército. Foi comandante da Escola de Comando do Estado-Maior do Exército e
secretário-geral do Exército. Abaixo, trechos da entrevista:
Por que o
senhor é contra a Comissão da Verdade?
GENERAL LUIZ EDUARDO ROCHA PAIVA: Ela busca a reconciliação
nacional depois de 30 anos, e não há mais cisão alguma que tenha ficado do
regime militar. Se há alguma coisa a investigar, é só usar a Polícia Federal,
e, com vontade política, a presidente tem autoridade para ir até onde ela
quiser, respeitada a Lei de Anistia. A Comissão da Verdade não é imparcial. É
maniqueísta. O objetivo é promover o esclarecimento de torturas, mortes,
desaparecimentos forçados e ocultação de cadáveres. Por que não promover
também o esclarecimento de atentados terroristas e seqüestros de pessoas e
aviões, e de execução e justiçamento até de companheiros da luta armada?
Quem era contra o
regime foi punido, preso, torturado, exilado. O que o senhor acha desse
argumento?
ROCHA PAIVA: Acho que não cola. Nem todos os assassinos,
terroristas, seqüestradores são conhecidos. Os que planejaram ou estiveram no
apoio logístico e no financiamento, não são conhecidos. O ministro Ayres Britto,
do STF, reconheceu, em parecer, à revelia da Lei da Anistia, os direitos dos
que se sentiram vítimas do regime militar de mover ações civis indenizatórias
contra ex-agentes do Estado. No momento em que se abre esse precedente, quem
for ouvido na Comissão da Verdade poderá estar produzindo provas contra si
próprio. Os que sofreram com a luta armada
também deveriam ter o mesmo direito.
O ex-deputado
Rubens Paiva sumiu dentro de um batalhão do Exército. A família há 41 anos
busca informação e não tem. O Exército não tem a obrigação de dar informação?
ROCHA PAIVA: É emblemático o caso Rubens Paiva. Por quê? O
homem foi deputado, das classes favorecidas, e todos se preocupam com ele e
com Stuart Angel, também. Agora, por que os crimes do PCdoB no Araguaia, de
perseguição e morte de mateiros, que eram guias das forças legais, não são
emblemáticos?
O senhor não acha
que tortura é um desvio?
ROCHA PAIVA: Isso é um desvio, ninguém está dizendo que
não. Agora, não foi anistiado? Não é desvio também aqueles grupos armados
revolucionários da esquerda, que seguiam linha maoísta, linha soviética,
linha cubana, que queriam implantar uma ditadura nos moldes dos países
responsáveis pelos maiores crimes contra a Humanidade no século passado?
Existiu uma luta, foram cometidos desvios pelos dois lados.
Um lado foi punido.
A presidente Dilma ficou presa três anos e foi submetida a tortura.
ROCHA PAIVA: Ela diz que foi submetida a torturas. A
senhora tem certeza?
Ah, eu acredito
nela...
ROCHA PAIVA: Ah, e eu não sei.
O senhor acha que
essas suas opiniões contra a Comissão da Verdade são compartilhadas por
pessoas na ativa?
ROCHA PAIVA: Olha, não tenho dúvida de que é geral. Agora,
a gente tem que ver o seguinte: o que um militar na ativa pode falar? Não
pode falar contra o governo. Os chefes militares cultuam hierarquia,
disciplina e também justiça. Ante a iminência de uma injustiça que vai ser
perpetrada contra seus subordinados, eles têm obrigação moral e funcional de
- com franqueza, disciplina, dentro da lei - levar sua posição a seus
comandantes superiores. Se não fizerem isso, não são dignos de serem chefes.
Acha justo que os
torturadores não sejam conhecidos?
ROCHA PAIVA: Não vejo por que eles têm que aparecer agora,
porque estão anistiados. Por que não tem que aparecer também quem seqüestrou,
quem planejou? Se uma autoridade de hoje tiver participado; até a presidente
Dilma tiver participado, seja diretamente ou indiretamente, que aí é
cor-responsável, de um crime que tenha deixado seqüelas com vítimas, vai
haver a Comissão da Verdade? A presidente vai aparecer? É isso que a senhora
quer depois de 30 anos?
O senhor nunca
ouviu sequer falar que havia tortura dentro do Exército?
ROCHA PAIVA :
Miriam, sempre se falou. Agora, quando é que não houve tortura no Brasil?
Quer fazer um cálculo comigo? A senhora pega o livro "Brasil, nunca
mais", da insuspeita Arquidiocese de São Paulo, de dom Paulo Evaristo
Arns. Fizeram pesquisas nos arquivos do STM. Levantaram 1.918 torturados. Se
a senhora dividir isso pelo tempo da luta armada, são dez anos. Doze meses no
ano e 30 dias, a senhora vai ter menos de um torturado por dia. Aí esse
número de 1.918, depois que sai o bolsa-ditadura,
sobe pra 20 mil torturados. Se a senhora fizer essa mesma conta que eu fiz, a
senhora vai chegar a seis torturados por dia. Então uma média de meio
torturado por dia, se é que se pode dizer assim, e seis. A senhora vai ter em
torno de quatro torturados por dia por conta da luta armada.
O senhor não acha
que é mais inteligente da parte das Forças Armadas admitirem que houve o
erro? Até para preservar a instituição?
ROCHA PAIVA: Não vejo por que pedir perdão se não houve
nenhuma cisão social remanescente do regime militar. Quando saiu o regime
militar, e começaram a fazer pesquisas, as Forças Armadas já estavam no topo
das instituições de maior credibilidade do país, acima até da imprensa.
Então, por que essa instituição precisa pedir perdão?
Porque é crime,
general.
ROCHA PAIVA: Foi anistiado, insisto nisso. Não tem que
pedir perdão coisa nenhuma.
Vladimir Herzog foi
se apresentar para depor e morreu.
ROCHA PAIVA: E quem disse que ele foi morto pelos agentes
do Estado? Nisso há controvérsias. Ninguém pode afirmar.
Por que os
militares que estavam lá naquele momento não esclarecem tudo na Comissão da
Verdade?
ROCHA PAIVA: Existe um inquérito e está escrito no
inquérito. Chame os oficiais que estão ali. Chame a pessoa e escute. Agora,
chame também quem pode ter mandado matar ou quem pode ter dado a ordem para
assassinar o capitão Chandler, assassinado na frente do seu filho. Quem fez,
a gente sabe. Foi a ALN. O senador que foi relator da Comissão da Verdade, do
projeto de lei. Aloysio Nunes Ferreira era da ALN. Será que ele não tem
alguma coisa? Vamos chamar o senador na Comissão da Verdade? Sim. Por que não? Vamos chamar a presidente Dilma?
Ela era da VAR-Palmares. E a VAR-Palmares foi a que lançou o carro-bomba que
matou o soldado Mario Kozel Filho. Ela era da parte de apoio. Será que ela
participou do apoio a essa operação? A Comissão da Verdade não vai chamá-la,
por quê? Entende? Minha posição é essa.
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Voltei,
Assim nada terminou, ainda iremos ler e
ouvir muito sobre o assunto, enquanto a Sra. Dilma não perder a atitude
ditatorial, e manter o Sr. Amorim como seu Ministro corremos riscos dessas inconseqüências
ditadas pela prepotência petista, fato consumado em todos os escalões
governamental em que estes senhores se locupetram diariamente.
Até amanhã.
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