Bom dia
estamos nos encaminhando para os “velhos tempos” também no rumo que está
tomando a direção da economia no país. Já não bastasse a lengalenga com os
militares, também a equipe econômica que não sabe lidar com os acontecimentos
recentes no mundo, está se preparando a passos largos para o fechamento do
mercado nacional, achando que com isto sanará os problemas atuais do cambio e
dos investimentos estrangeiros no Brasil elevando o valor do Real, com certeza
estes investidores não deixarão de abocanhar os altos juros pagos, os maiores
do planeta, para o capital unicamente voraz do investimento nos papeis do
governo que precisa pagar sua dívida pública cada vez maior. Como dizem os mais
renomados economistas brasileiros, estamos retrocedendo, voltando ao tempo que
o Brasil parou e o brasileiro só tinha a opção nacional que era a pior possível,
a abertura trouxe as indústrias à necessidade de se atualizar para concorrer
com o mercado pujante dos países que começaram aqui colocar seus produtos nos
proporcionando qualidade, tecnologia, etc.. Na maneira como o governo está
agindo hoje, voltaremos às dificuldades daqueles tempos nos obrigando a
conviver com o que a indústria nacional produzirá, sem nos dar a opção da escolha.
Leiam o artigo abaixo,
Governo retoma o círculo vicioso e letal do protecionismo
Controle de capitais, barreiras às importações e reserva de mercado dão o tom do que será a política econômica daqui para a frente: um perigoso retrocesso.
Ana Clara
Costa
Dilma
Rousseff: medidas de proteção à indústria nacional não devem parar.
Apreensivo sobre os rumos da conjuntura
econômica mundial, o ministro da Fazenda, Guido Mantega, disse em novembro
estar extremamente
preocupado com a crise na Europa e cobrou uma atuação mais
firme dos países da zona do euro para sanar as incertezas que pairavam sobre a
região, temendo que elas alcançassem o Brasil. Ele prometeu na época que usaria
todas as armas que lhe cabiam para evitar que a economia brasileira sofresse os
efeitos das turbulências. Pouco tempo antes, o ministro
já havia dado uma pista do que estava por vir. Anunciara em setembro o
heterodoxo decreto que aumentava em 30 pontos porcentuais o Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) sobre veículos importados. Era um prenúncio do caminho arriscado que o governo estava
prestes a trilhar: o do protecionismo. De lá
para cá, o Planalto analisa pedidos de salvaguarda a setores diversos, como o
têxtil e o vinífero; já sobretaxou os tênis
de alta performance asiáticos e acaba de impor limites aos desembarques de
carros mexicanos no país. A opção já
se mostrou errada num passado nada distante, reservando ao Brasil ineficiências
que até hoje persistem. O risco de o governo Dilma ceder a essa tentação incomoda
a maioria dos especialistas no mercado e na academia, muitos dos quais
testemunhas oculares do fracasso dessa opção.
O que dizem os economistas sobre o protecionismo
Maílson da Nóbrega, ex-ministro da Fazenda
"Líderes da indústria deveriam
fazer coro para que o governo ataque as causas estruturais da falta de
competitividade. Em vez disso, resolveram fazer coro junto aos que pedem queda
de juros, desvalorização cambial e reserva de mercado. Mas eles irão se
decepcionar com os efeitos desse protecionismo. No curto
prazo, veremos o encarecimento dos produtos, o aumento das pressões
inflacionárias e a redução do ambiente competitivo. No médio e longo prazo, o Brasil está
retrocedendo aos padrões do passado, da época do general (Ernesto) Geisel, em
que a proteção do estado conduz à acomodação e inibe a busca de eficiência da
indústria. Além disso, ela também limita o ganho em produtividade e conspira
contra o crescimento do país"
A entrada de montanhas de dinheiro nos
países emergentes, por meio do mercado financeiro, faz com que moedas como o
real se apreciem ante o dólar ou o euro. Essa dinâmica, comemorada pela classe
média que viaja ao exterior, é o pesadelo do momento para o Palácio do
Planalto. É por isso que, desde o ano passado, o governo adotou uma sequência
de medidas para conter a entrada de moeda estrangeira no país, utilizando o
Imposto de Operações Financeiras (IOF) como arma. A
tributação, contudo, é vista como medida paliativa, pois não impede que o
Brasil continue atrativo para o investidor estrangeiro que está disposto a
navegar em mares emergentes.
Por trás desse surto de preocupação com
o câmbio, há duas razões que se entrelaçam: a indústria e o emprego. Com o real
valorizado, os produtos industrializados brasileiros são derrotados em qualquer
tipo de comparação com seus similares estrangeiros – e a crescente onda de
importações é reflexo disso. Pouco competitiva, a
indústria comporta-se como criança chorona de quem o brinquedo foi tomado pelo
coleguinha mais forte – e esperneia para que os pais intercedam em seu favor.
O governo poderia ignorar a birra, mas aí se lembra que o setor industrial
emprega mais de 8 milhões de brasileiros e financia – de norte a sul – a
política nacional. Mais ainda: com uma
indústria em crise aguda, possíveis demissões criariam um ambiente de
pessimismo e insegurança entre a população, o que poderia afetar o consumo, o
PIB (a nova vedete do Planalto) e os votos. Já os sindicatos ligados ao
setor industrial representam apoio político. Sem traquejo para lidar com eles,
à presidente Dilma resta a decepcionante tarefa de ceder às pressões.
A esse
cenário se soma a já conhecida simpatia da velha guarda petista pelo fechamento
de mercado e proteção da indústria – e Dilma, neste aspecto,
nunca se mostrou tão alinhada com a tradição do partido como agora. “Vamos
proteger o mercado interno” tornou-se máxima tão comum quanto a “nunca antes na
história deste país” proferida à exaustão por seu antecessor.
O ponto mais importante não é
esquadrinhar as reais intenções da equipe econômica ao querer aplicar barreiras
de importação a diversos setores da indústria – até mesmo aos menos relevantes
economicamente, como a
inexplicável salvaguarda ao vinho nacional que está sendo investigada
pelo Ministério do Desenvolvimento e da Indústria (MDIC). O que é relevante para o país é saber que a escola Mantega
está combatendo o inimigo errado.
Medidas de curto prazo para controlar o
câmbio ocupam o lugar das merecidas – e há muito tempo esperadas – reformas
tributária, trabalhista e política. Em vez de
restringir a entrada de produtos estrangeiros, a opção de desonerar a indústria
ainda é tratada com timidez por um governo que não pode se permitir um pouco de
renúncia fiscal. Rever acordos bilaterais quando estes deixam de ser
rentáveis, como ocorre com o caso do México, mostra as faces de um Brasil
disposto a mudar as regras do jogo quando elas já não são mais úteis.
Contudo, a
própria história econômica do país aponta que o protecionismo sempre foi uma
escolha péssima. Dele
herdou-se uma indústria automotiva sucateada até os anos 1990 (quando
iniciou-se a abertura de mercado), o atraso tecnológico acarretado pela
Política Nacional de Informática dos anos 1970 e um passado de hiperinflação
que ainda permanece na memória da população adulta, e não foi completamente
superado.
A década
perdida de 1980, época em que o Brasil declarou moratória, também foi marcada
pelo protecionismo. Para financiar os subsídios ao mercado fechado, o
governo endividou-se no exterior ao longo de mais de três décadas para depois
ver-se acuado, sem meios para pagar os juros de seu endividamento e sem uma
indústria eficiente. Nas duas décadas
seguintes, o país conseguiu uma segunda chance para se levantar. Pode não haver
uma terceira.
Voltei,
Os
economistas falam, eu apenas emito minha modesta opinião, abaixo manifesto das
empresas de comércio exterior com alguns interessantes esclarecimentos;
Movimento protecionista ameaça economia do país
13.3.2012
INFORME DA ABECE- ASS.BRAS.DE EMP. DE
COM. EXTERIOR
AS EMPRESAS DE COMÉRCIO EXTERIOR DO BRASIL VÊM A PÚBLICO ALERTAR SOBRE O ENORME RISCO DE RETROCESSO QUE RONDA NOSSA ECONOMIA.
Um movimento de entidades tem propagado
mitos e inverdades sobre o comércio exterior e as importações brasileiras.
E usa o discurso da defesa do emprego e
da produção para esconder interesses setoriais e suas ineficiências.
Essa pressão protecionista quer eliminar
incentivos fiscais que os Estados adotam, legitimamente, para estimular sua
economia regional e que só trazem benefício para o país como um todo.
Por isso é essencial que se conheça a
verdade:
O COMÉRCIO EXTERIOR NÃO VIVE CRISE
O Brasil teve expressivo saldo
comercial de US$ 30 bilhões em 2011. As exportações cresceram 26,8%, mais que
as importações (24,5%).
O avanço das compras do exterior é
coerente com o crescimento da corrente de comércio do país.
A IMPORTAÇÃO AJUDA O PAÍS
Nada menos do que 83% das importações
se destinam ao processamento industrial, como máquinas, equipamentos, insumos,
petróleo. São importações que complementam a produção nacional. Elas não
substituem o produto brasileiro. Esse perfil das importações estimula a
economia, com novos investimentos e empregos.
AS IMPORTAÇOES SÃO MUITO CENTRALIZADAS
O Estado de São Paulo importou sozinho
US$ 82 bilhões (36% do total) em 2011, uma enorme diferença em relação aos
demais.
E a indústria é a maior importadora. Se os Estados não puderem seguir com incentivos às suas atividades portuárias, essa distorção econômica ficará ainda maior.
E a indústria é a maior importadora. Se os Estados não puderem seguir com incentivos às suas atividades portuárias, essa distorção econômica ficará ainda maior.
ALÉM DISSO, O PAÍS JÁ TEM PROTECIONISMO
DEMAIS
Com altas alíquotas de Imposto de
Importação, custos de frete, seguro e logística dos portos, os produtos
importados, vendidos na origem ao mesmo preço dos nacionais, ficam até 50% mais
caros no Brasil.
A participação das importações no nosso
PIB é da ordem de 12%, muito abaixo de outras economias em desenvolvimento. O
Brasil já é hoje considerado um dos países mais protecionistas do mundo.
E O CONSUMIDOR É QUEM SAI PERDENDO
A importação tem grande peso no
controle das pressões inflacionárias. Um maior fechamento da economia e o
encarecimento dos itens importados vão, inevitavelmente, encorajar rodadas de
aumento de preços internos.
É falácia afirmar que os incentivos
fiscais nos Estados acarretam avalanche de importações. Esse estímulo é
amparado em bases legais e ajuda a descentralizar regionalmente o comércio
exterior brasileiro.
Na votação da resolução 72, os senadores terão a
possibilidade de evitar que alterações importantes na cobrança do ICMS sejam
adotadas sem que haja uma discussão em paralelo de uma reforma tributária e de
políticas de desenvolvimento regional. Uma alíquota única de ICMS trará
prejuízo aos Estados e aos consumidores, afetando empregos e a economia
nacional.
O país jamais conseguirá atingir o
desenvolvimento sustentável à base de protecionismo, de distorções econômicas e
de distorções de informação.
Até amanhã.
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