Bom dia, o sujeito não tem um pingo de
juízo mesmo, agora se compara a Lincoln, grande estadista e um homem honesto ao contrário de si, que
escreveu dando sua vida uma das maiores páginas da história americana, depois
de se comparar a Getulio Vargas, e até a Jesus, tudo seria possível,e assim estamos vendo até onde chega a Megalomania do
maior estelionatário que temos entre nós, o inventor do Brasil Maravilha, o
grande(?) Luis Inácio Lula da Silva!
Acabaram com a miséria no Brasil! Como
podem afirmações como esta terem repercussões tão intensas, basta que saiamos
do circulo central das cidades para que constatemos in loco a pobreza e a miséria
que tem em nosso redor, eles divulgam e fazem parecer realidade suas afirmações,
claro está que em suas propagandas criadas pelos eficientes marqueteiros
regiamente pagos com nosso dinheiro, estamos vivenciando uma das melhores décadas
em nosso país, todo o povo feliz,
com hospitais prestando um melhor atendimento
igualado aos de primeiro mundo, sem pedintes e maltrapilhos nas ruas das
cidades, agora até nas pequenas se encontram pessoas mendigando, uma educação comparável
as dos países possuidores dos melhores índices na área, uma infra-estrutura
invejável, com excelentes estradas e um transporte seguro e confortável, ao invés
de metrôs e ônibus super lotados, e estradas esburacadas, sim, este é o país
das mentiras produzidas pelo governo, e pior, esta é a principal razão que eles
os petistas querem o poder de controle total da mídia, para que possam
continuar a iludir o povo miserável e sem cultura que os apóia sempre na
esperança que tudo se torne verdade e assim possam ser gente igual a todos que admiram, são mesmo um bando de mentirosos e
estelionatários como sempre escrevo aqui, vamos ver até quando poderão
continuar suas mentiras, no que depender de mim e daqueles a quem dirijo meus
textos, não muito tempo não.
Agressão e covardia, fazem parte da
cartilha dos petistas no congresso, que infelizmente lá estão grande parte por
nossa culpa, tudo que venha a lhes atingir é rechaçado com violência de sua
parte como as agressões que ocorreram na manifestação jocosa criada pela oposição
nos corredores da Câmara, eles simplesmente pularam um ano nas suas comemorações,
o ano de 2005 quando foi descoberto o maior roubo do dinheiro público
patrocinado por membros petistas desde o descobrimento do Brasil, o mensalão e
seus mensaleiros foram surrupiados de seus livros de exaltação ao governo
petista desde a subida de Lula ao poder, o mentiroso, aquele que não sabia,
agora se esqueceu deste roubo, antes não sabia, não viu, e não soube, ou não
existiu, agora se esqueceu, muita esperteza dele e deste partido mentiroso e
ladrão, que tem em suas hostes pessoas como José Dirceu condenado por Chefe de
Quadrilha e Corrupção, José Genuíno também condenado como Corrupto, enfim para
citar apenas estes, que mesmo condenados ainda não estão onde deveriam estar,
atrás das grades. VIVA 2005 O ANO QUE O PT E LULA MOSTRARAM SUA CARA E A QUE
VIERAM, ROUBAR DO POVO BRASILEIRO, FOI COMPROVADO, EXISTIU E FOI VERDADEIRO,
HOUVE O ROUBO E PATROCINADO PELO PT, LULA, O PARTIDO E PONTO FINAL.
E o grande amigo de Lula, Hugo Chavez
agora governa por telepatia e nas sombras já que nem o povo o consegue ver desde
que retornou a Venezuela, será? Este é um dos ídolos petista, o que ocorre lá é
o que querem eles para o Brasil, eternidade no poder de qualquer maneira mesmo
afrontando a Constituição, Chavez já conseguiu, iremos deixar os petistas
fazerem o mesmo aqui? Nunca jamais.
Juarez Capaverde
O Lincoln de cordão carnavalesco finge que aprendeu a ler para reduzir o estadista americano a uma versão em inglês de Lula
O único doutor honoris causa do mundo que sempre
detestou escola e estudo guardou para a festa do 30° aniversário da CUT a
notícia tão confiável quanto uma previsão de Guido Mantega. “Estou lendo muito
agora”, disse já no começo do palavrório desta quarta-feira. A plateia caiu na
gargalhada. O palanque ambulante reiterou que o milagre que se consumara. “Só
de livro do Ricardo Kotscho e do Frei Betto já li uns trezentos”, exemplificou.
A troca da gargalhada pelo riso respeitoso foi a senha para a viagem pela
estratosfera.
“Estava lendo o livro do Lincoln’, decolou,
caprichando na pose de quem decorou a Bíblia ainda no berçário. Não disse qual.
Mas pelo menos descobriu que houve um Lincoln ─ Abraham ─ que foi presidente
dos Estados Unidos. É um avanço e tanto. Até recentemente, Lula achava que
Lincoln era marca de cigarro e de automóvel. “Fiquei impressionado como a
imprensa batia no Lincoln, em 1860, igualzinho bate em mim”, comparou-se o
Exterminador do Plural ao vencedor da Guerra da Secessão. No Brasil da Era da
Mediocridade, não há limites para a bazófia. A lira do delírio encaixa qualquer
partitura.
O posseiro do Planalto e o antigo inquilino da Casa
Branca só não são idênticos porque o Lincoln de cordão carnavalesco é
favorecido pelo aparecimento de armas inexistentes nos tempos da versão de Lula
em inglês. “O coitado não tinha computador”, descobriu. “Sabe o que ele fazia
para saber de notícias? Ia para o telex, para o telégrafo, ficar numa sala
esperando”.
O telex instalado por Lula na Casa Branca permitiu
que Lincoln usasse em 1860 um aparelho ínventado em 1930. “Nós aqui poderemos
xingar um ao outro em tempo real”, completou o animador de comício. Em sete
anos e meio, como prova o post reproduzido na seção Vale Reprise,
ele produziu 19 palavras manuscritas. Mas faz de conta que aprendeu a disparar
desaforos pela internet.
De 2003 para cá, o ex-presidente repetiu em
incontáveis palavrórios que é o Getúlio Vargas do século 21. A comparação só
faria algum sentido se o novo Pai dos Pobres reprisasse o tiro no coração. De
qualquer forma, um Getúlio agora lhe parece pouco. O maior dos governantes
desde Tomé de Souza é páreo para o estadista que impediu a fragmentação dos EUA
e acabou com a escravidão. Mas não tem chance alguma de morrer como o colega
ianque.
Lincoln foi assassinado enquanto assistia a uma peça
teatral. Lula nem sabe o que é isso. Jamais foi visto na plateia do gênero. E
nunca será. Quem acha leitura pior que exercício em esteira decerto acha teatro
mais detestável que três maratonas. Uma atrás da outra.
Augusto Nunes/Veja/Direto ao Ponto
Lula é mesmo o nosso Lincoln? Ou: A safadeza e a sem-vergonhice como atos heroicos
Luiz Inácio Lula da Silva, quem diria?,
recorreu a Lincoln para justificar as safadezas e a sem-vergonhice do mensalão.
O que há de mais interessante nisso? Trata-se, pela primeira vez, de uma
confissão, ainda que feita de alusões e silêncios. Vamos lá.
O Apedeuta compareceu nesta quarta a um
evento em comemoração aos 30 anos da CUT. E, como é de seu feitio, jogou
palavras no ventilador. O homem que já se comparou a Jesus Cristo — a parte da
cruz, é evidente, ele dispensa porque até greve de fome ele furava chupando
escondido balas Juquinha — anda com inveja da notoriedade que Lincoln voltou a
adquirir nos últimos tempos… Que coisa! Quando Barack Obama foi eleito
presidente dos EUA, em 2008, o Babalorixá de Banânia torceu o nariz. Não viu
nada de especial naquilo, não. Grande coisa um negro na Casa Branca! Ele queria
era ver um operário sentar naquela cadeira. Não sei se vocês entenderam a
sutileza do pensamento…
No discurso que fez no aniversário da
central sindical que responde hoje por boa parte do que há de mais atrasado no
Brasil em matéria de corporativismo, que infelicita a vida de milhões de
brasileiros, abusando daquele estilo informal que alça a tolice à condição de
categoria de pensamento, Lula afirmou:
“Nós sabemos o time que temos, sabemos o time dos adversários e sabemos o que eles estão querendo fazer conosco. Acho que a bronca que eles tinham de mim é o meu sucesso e agora é o sucesso da Dilma. Eles não admitem que uma mulher que veio de onde ela veio dê certo porque a onda pega. Daqui a pouco, qualquer um de vocês vai querer ser presidente da República. Essa gente nunca quis que eu ganhasse as eleições. Nunca quis que a Dilma ganhasse as eleições. Aliás, essa gente não gosta de gente progressista. Esses dias eu estava lendo, eu ando lendo muito agora, viu, Gilberto [referia-se a Gilberto Carvalho], o livro do Lincoln e fiquei impressionado como a imprensa batia no Lincoln em 1860. Igualzinho bate em mim. E o coitado não tinha computador. Ele ia para o telégrafo, esperando tic tic tic. Nós aqui podemos xingar o outro em tempo real. (…)”
Lula já declarou que detesta ler. Não
conseguiu enfrentar sem dormir, segundo confessou, um romance curtinho de Chico
Buarque. Faz sentido. Terá encarado a pedreira de “Lincoln”? Talvez tenha
assistido ao filme de Steven Spielberg, de uma chatice que chega a ser
comovente!!!, e olhem lá… O vocabulário a que recorreu me faz supor que andou
mesmo é lendo briefing de assessoria. Há anos, muitos anos mesmo!, divirto-me
identificando dedicação metódica nas bobagens que diz. Em muitos aspectos, Lula
é a personagem mais “fake” da política brasileira. Todas as coisas estúpidas
que solta ao vento nascem de um cálculo.
A facilidade com que as asneiras vão
brotando de sua boca faz supor uma personagem algo ingênua, que conserva a
autenticidade popular e o frescor natural do povo. Huuummm… Isso pode agradar a
alguns subintelectuais do Complexo PUCUSP, que sonham com esse misto de
torneiro mecânico e Tirano de Siracusa, uma coisa assim de “rei filósofo que
veio da graxa”… Trata-se de uma fantasia! Lula é chefe de uma máquina que se
apoderou do estado brasileiro — e parte considerável dessa máquina, a sua ala,
digamos, heavy metal, é
justamente a CUT. Ali se concentra, reitero, boa parte do atraso brasileiro.
Mas retomo o fio.
O vocabulário a que Lula recorreu é coisa
de assessoria mesmo, de briefing. Dinheiro não falta a seu instituto para
contratar sabidos. O livro “Lincoln” a que ele se refere, base do filme de
Spielberg, certamente é a biografia escrita por Doris Kearns Goodwin, cujo
título em inglês é “Team of Rivals: The
political Genius of Abraham Lincoln”. Agora voltemos lá à sua fala.
O “team” do presidente americano era uma “equipe”, mas Lula preferiu a outra
acepção, que também serve para uma disputa futebolística, jogo metafórico em
que ele é mesmo imbatível.
No fim das contas, faz tudo parecer uma
pelada. Vejam lá: ele diz saber o que os adversários querem fazer com “eles”,
os petistas… Muito provavelmente, querem ganhar o “jogo”, também entendido, em
sua monomania metafórica, por “eleição”. O nosso “Lincoln” de Garanhuns
transforma a pretensão legítima dos adversários numa espécie de conspiração e
ato criminoso. Não por acaso, no dia anterior, recomendou a FHC que, “no
mínimo”, ficasse quieto e colaborasse para que Dilma fizesse um bom governo. O
nosso grande patriarca criminaliza a ação política de seus oponentes. Ela se
confunde com sabotagem.
No discurso, também sobraram críticas à
imprensa, como de hábito. Embora os petistas deem hoje as cartas em boa parte
das redações do país — quando não estão no comando, compõem o caldo de cultura
que transforma bandidos em heróis e, se preciso, heróis em bandidos —, o nosso
o Lincoln de São Bernardo ainda não está contente com a sujeição. Quer mais.
Enquanto restar um texto independente no país, ele continuará a vociferar
contra a “mídia”. Adicionalmente, os petistas contam ainda com a súcia
financiada por estatais que faz seu trabalho criminoso passar por jornalismo.
Vamos ao ponto.
Assumindo o mensalão
O Babalorixá de Banânia comparou-se a Lincoln — a exemplo do que se deu com Cristo, ele também dispensa a parte sacrificial… — no suposto tratamento que a imprensa dispensaria a ambos. Besteira! Parte da imprensa americana apoiava Lincoln, parte não. A geografia da guerra civil, é evidente, pautava em boa medida críticas e elogios. Uma coisa é certa: jamais ocorreu ao presidente americano tentar censurá-la, como fez Lula no Brasil mais de uma vez. Até porque não conseguiria. Estava empenhado na aprovação da 13ª Emenda, a que proíbe a escravidão nos EUA, mas subordinado à Primeira Emenda, a que impede a censura do Estado. O Congresso não pode nem mesmo legislar a respeito de limites à liberdade de expressão.
A alusão a Lincoln, de fato, remete a
outra coisa, bem mais dolosa do ponto de vista intelectual, ético, moral,
político e histórico. A relação de Lula e dos petistas com o mensalão passou
por diversas fases. Houve a primeira, a da admissão do erro, com pedido de
desculpas. Durou pouco. Veio em seguida a acusação de “golpe das elites”,
forjada por um oximoro reluzente: “intelectuais petistas”. Depois, chegou a da
negação: “O mensalão nunca existiu”. E agora estamos diante da quarta, e é
neste ponto que Lula decidiu pegar carona na vida de Lincoln: os crimes dos
mensaleiros teriam sido atos heroicos.
Como assim?
O republicano Lincoln, e o filme dá
grande destaque a essa passagem, retardou o fim da guerra civil para poder
aprovar a 13ª emenda, que proibiu a escravidão no país, e, sim, literalmente
comprou o apoio de alguns democratas, especialmente de congressistas que não
tinham sido reeleitos. A moeda principal foram cargos no governo federal, mas
também houve dinheiro. Eis aí: é precisamente nesse ponto que Lula pretende, no
que me parece uma forma de confissão, colar a sua biografia à do presidente
americano.
Eis um debate interessante, que remete a
fundamentos da moral individual e da ética pública: a transgressão de um
princípio para pôr fim a uma ignomínia, como a escravidão, é aceitável? Ao comprar
o voto daqueles parlamentares com um propósito específico, de que outros males
— imaginem aí — Lincoln estava livrando os EUA? No mínimo, pode-se supor que o
fim do conflito poria termo apenas ao primeiro ciclo da guerra civil, porque
outro estaria sendo contratado. Um fundamento ético ou moral, que é sempre
abstrato, revela a sua força quando aplicado. Vamos ao exemplo mais elementar:
todos sabemos que é errado matar como princípio geral, mas nem por isso cabe
hesitação quando há apenas duas alternativas: matar ou morrer. Se não matar
vira sinônimo de morrer, matar, então, é a única alternativa de que dispõe a
vida. Nesse caso, anula-se a diferença moral entre não matar e matar. É por
isso que a ética da guerra — e ela existe —, por mais que pareça funesta (e, em
certa medida, é mesmo), modula os modos da morte.
A política não é, e nunca foi, um
exercício de santos. Com frequência, governantes os mais virtuosos tiveram de
recorrer a expedientes que nem sempre foram de seu agrado para realizar tarefas
necessárias que, de outra sorte, não se realizariam. No mundo da ética e da
moral aplicadas, muitas vezes somos obrigados — e o governante mais do que do
que qualquer um de nós — a escolher o mal menor porque o nosso princípio
abstrato já não encontra lugar na realidade corrompida. Apelando a uma
dicotomia conhecida, de Max Weber, nem sempre a ética da responsabilidade, que
é a do homem público, atende a todas as exigências da ética da convicção, que é
a do indivíduo.
Voltemos a Lula. Por que mesmo o seu
partido fez o mensalão? Com que propósito? Se o ato de Lincoln não era, em si
(e não era!), um exemplo de pureza e não poderia, pois, aspirar à condição de
uma norma abstrata (“compre parlamentares sempre que precisar”), seu
desdobramento prático livrou os EUA de diabólicos azares — além, evidentemente,
de conferir mais dignidade a milhões de pessoas submetidas à ignomínia da
escravidão. O peculatário que enfiou a mão em quase R$ 80 milhões do Banco do
Brasil pretendia o que mesmo? Aquela súcia de vagabundos que roubou dinheiro
público estava a serviço de que causa?
Lincoln tinha em mente um país, e não foi
sem grande sofrimento pessoal — até o sacrifício final — que levou adiante o
seu intento. Estava, efetivamente, consolidando uma república federativa. O
mensalão, ao contrário, os fatos falam de forma eloquente, foi uma tentativa de
golpear as instituições e de transformar a compra de votos numa rotina. Estava
em curso a formação de um Congresso paralelo e de uma República das sombras.
Não deixa de ser interessante que Lula
tenha feito esse discurso asqueroso na CUT. Não se esqueçam de que, nas
lambanças do mensalão, ficamos sabendo que a turma queria usar a central
sindical para criar um… banco dos companheiros! Eis o nosso Lincoln! Aquele
atuou para pôr fim à vergonha da escravidão. O nosso, para criar um modelo que
eternizasse o seu partido no poder.
Lula deveria, no mínimo, ficar de boca
fechada.
Por Reinaldo Azevedo
Depois do pobre que vira classe média sem sair da pobreza, o Brasil Maravilha inventou o ex-miserável que continua paupérrimo. Vai acabar inventando o mendigo magnata
Às vésperas da celebração dos 10 anos da Descoberta
dos Cofres Federais, a presidente da República animou a quermesse do PT com
outra notícia assombrosa: falta muito pouco para a completa erradicação da
miséria em território nacional. “Mais 2,5 milhões de brasileiras e brasileiros
estão deixando a extrema pobreza”, informou Dilma Rousseff em 17 de fevereiro.
Eram os últimos indigentes cadastrados pelo governo
federal. Graças aos trocados distribuídos pelo programa Brasil Carinhoso, todos
passaram a ganhar R$ 71 por mês. E só é miserável quem ganha menos de R$ 70.
Passou disso, é pobre. Nesta segunda-feira, depois de cumprimentar-se pela
façanha, Dilma reiterou que o miserável-brasileiro só não é uma espécie extinta
porque cerca de 500 mil famílias em situação de pobreza extrema estão fora do
chamado Cadastro Único de Programas Sociais.
Como nem sabe quem são, quantos são e onde moram
esses miseráveis recalcitrantes, o governo ainda não pôde transferi-los para a
divisão superior. “O Estado não deve esperar que essas pessoas em situação de
pobreza extrema batam à nossa porta para que nós os encontremos”, repetiu no
Café com a Presidenta. Até dezembro de 2014, prometeu, o governo encontrará um
por um.
Queiram ou não, estejam onde estiverem ─ num cafundó
da Amazônia ou no mais remoto grotão do Centro-Oeste ─, todos serão obrigados a
subir na vida. Enquanto isso, perguntam os que não perderam o juízo, que tal
resolver a situação dos incontáveis pedintes visíveis a olho nu, o dia inteiro,
nas esquinas mais movimentadas de todo o país?
O que espera a supergerente de araque para estender
os braços do governo às mãos de crianças que vendem balas, jovens com malabares,
adultos que limpam parabrisas sem pedir licença, mulheres que sobraçam bebês,
velhos hemiplégicos e outros passageiros do último vagão? Porque não são
miseráveis, informam os especialistas em ilusionismo estatístico a serviço dos
farsantes no poder.
Desde maio de 2012, por decisão do Planalto, vigora a
pirâmide social redesenhada pelo ministro Wellington Moreira Franco, chefe da
Secretaria de Assuntos Estratégicos. Segundo esse monumento ao cinismo, a faixa
dos miseráveis abrange quem ganha individualmente entre zero e R$ 70 reais. A
pobreza vai de R$ 71 a R$ 250. A classe média começa em R$ 251 e a acaba em R$
850.
Os que embolsam mais de R$ 851 são ricos, e é nessa
categoria que se enquadram milhares de seres andrajosos que se plantam de manhã
à noite nos principais cruzamentos. Em São Paulo, esmolando oito horas por dia,
cada um ganha de R$ 35 a R$ 40. Quase todos rondam os R$ 1.200 por mês. São,
portanto, pedintes de classe média. Caso melhorem a produtividade, logo serão
mendigos milionários.
Os analfabetos são quase 13 milhões, há mais de 30
milhões de analfabetos funcionais, a rede de ensino público está em frangalhos.
Metade da população não tem acesso a serviços básicos de saneamento, o sistema
de saúde pública é indecente. As três refeições diárias prometidas por Lula em
fevereiro de 2003 nunca desceram do palanque, um oceano de desvalidos tenta
sobreviver com dois reais e alguns centavos por dia.
De costas para o mundo real, os vigaristas no comando
seguem fazendo de conta que o Primeiríssimo Mundo é aqui. O pior é que uma
imensidão de vítimas do embuste parece acreditar na existência do Brasil
Maravilha registrado em cartório. E vota nos gigolôs da miséria com a expressão
satisfeita de quem vive numa Noruega com muito sol e Carnaval.
Essa parceria entre a esperteza e a ignorância faz
milagres. Depois de inventar o pobre que sobe para a classe média sem sair da
pobreza, inventou agora o ex-miserável que não tem onde cair morto. Vai acabar
inventando o mendigo magnata.
Augusto Nunes
Delacroix resolve pintar Lula: A Ignorância Guiando o Povo! Ou: O dia em que o Apedeuta e Collor mandaram seus adversários “calar a boca”
“Elite”, como grupo social a ser vencido,
não é um conceito marxista. É só um chavão petista. E o petismo é uma derivação
tardia, oportunista e rebaixada da teoria revolucionária. Já escrevi muito a
respeito. Do bolchevismo, o PT herdou apenas a tara autoritária, que pode ser
aplicada, e eles estão tentando, também num regime capitalista. “E se herdasse
tudo? Seria melhor?” É claro que não! Mas isso seria impossível. O socialismo
como alternativa econômica acabou, morreu. Restaram o amor pela ditadura e
esses idiotas que saem por aí ameaçando desafetos nas ruas com sua mordida
hidrófoba. Mas volto ao ponto.
Lula está cumprindo ao menos uma de suas
promessas mirabolantes: acabar com a elite brasileira — com qualquer uma, em
qualquer área. Está em curso uma evidente marcha do emburrecimento, da qual,
nem poderia ser diferente, ele é o líder. Eu o imagino no quadro de Delacroix
em lugar da Liberdade, que carrega uma bandeira, com os seios nus. Título: A
Ignorância Guiando o Povo. O rebaixamento a que esse sujeito submete a política
e a sua contribuição à deseducação democrática ainda não mereceram a devida
atenção científica — dos cientistas sociais; daquela parcela que ainda resiste
à ditadura intelectual do partido. Por que isso tudo?
Nesta terça, tivemos um dia realmente
exemplar do espírito do tempo. As personagens de destaque foram o próprio Lula
e o senador Fernando Collor de Mello (PTB-AL). Vamos ver.
Numa manobra vexaminosa — contando com a
pressurosa ajuda de seu aliado petista Tião Viana (AC), que presidia a Mesa —,
Collor conseguiu aprovar, na quinta-feira passada, um requerimento para que o
TCU investigue a compra de 1.200 iPads feita pela Procuradoria-Geral da
República. O alvo, mais uma vez, é Roberto Gurgel. O impichado tenta vingar-se
do procurador-geral, de quem é desafeto, fazendo a vontade também do PT, para
quem opera hoje quando não está cuidando exclusivamente de questões pessoais ou
paroquiais.
Em 1992, como todos sabem ou se lembram,
os petistas ajudaram a incendiar o país contra “o caçador de marajás”, que não
resistiu. Hoje, são companheiros de jornada, parceiros, amigos. Quem mudou? Nem
um nem outro. Ambos seguem sendo o que sempre foram.
Pois bem. Gurgel, acusado por Collor, fez
o óbvio: defendeu-se. Chamou de risíveis as suspeitas. E como reagiu aquele
senhor que dava murros no peito na década de 90 e dizia ter “aquilo roxo”? Ora,
saiu ofendendo e vociferando, como é de seu feitio. Arrancou a pistola
retórica, que traz sempre na cinta — não deixa de ser um avanço moral no seu
caso —, e disparou:
“Ele [Gurgel] tem que calar a boca. Ele e a sua trupe corporativista de êmulos [rivais]. Agora é o Senado que quer saber de tudo. Por isso, cale a boca e espere o TCU dar a palavra final. Só ele é capaz de dizer se o senhor prevaricou ou não. Se cometeu mais um ilícito a acrescentar ao seu portfólio criminoso”.
Collor é valentão assim porque tem a
imunidade parlamentar. Age como um pivete inimputável, que traz de cor e
salteado trechos do Estatuto da Criança e do Adolescente para cometer crimes
impunemente. É, nesse caso, um pivete ético. Quais são os crimes, afinal, do
procurador-geral da República? Que seja Collor a se comportar como o seu Catão,
eis uma ironia macabra. Esse é mais um dos vampiros do republicanismo aos quais
o PT garantiu farto suprimento de sangue. Por quê? Porque quiseram as
circunstâncias históricas e políticas, não sem a colaboração de setores da
oposição e, sim!, da imprensa, que o velho e o novo patrimonialismos se
estreitassem, como disse o poeta, “num abraço insano”.
No mesmo dia, a mesma fala!
Collor não foi o único a mandar um desafeto calar a boca. Nesta mesma terça, referindo-se ao ex-presidente Fernando Henrique Cardoso, Lula afirmou:
“Eu acho que o Fernando Henrique Cardoso deveria, no mínimo, ficar quieto. O que ele deveria fazer é contribuir para a Dilma continuar a governar o Brasil bem, ou seja, deixa ela trabalhar.”
Então ficamos assim: o PT lança um
livreto eivado de mentiras sobre o governo do antecessor, e Lula acha que ao
agredido não cabe nem mesmo o direito de defesa. Notem: para ele, FHC deveria
“no mínimo, ficar quieto”. Ou por outra: essa é a menor das coisas que ele
espera do antecessor: o silêncio obsequioso. Imagino a noção que deve ter do
“máximo”. Mais: o presidente de honra do partido de oposição, segundo o
Apedeuta, tem é de “contribuir” com o governo. Claro! É o que Lula sempre fez
quando estava na oposição, certo? Impressionante!
Impressionante, mas não inesperado. Se há
alguém “nestepaiz” que tem defendido, ao longo dos anos, que a oposição diga a
que veio, este alguém é este escriba. Mas me parece evidente que os tucanos
cometeram um erro e morderam a isca ao responder ao embate de caráter eleitoral
proposto por Lula desde agora. Esse é o ambiente do Apedeuta. Fica mais feliz
do que pinto no lixo. Pode sair por aí, distribuindo suas caneladas e
rearranjando precocemente as forças governistas (ver post a respeito). As
ineficiências do governo perderam lugar no noticiário para o embate eleitoreiro
com quase dois anos de antecedência. Quem ganha com isso? Não é o povo!
Por Reinaldo Azevedo
Reynaldo-BH: ‘Parla, Lula! Parla!’
REYNALDO
ROCHA- No blog de Augusto Nunes
A culpa é de FHC! Lula seria a obra-prima de Fernando
Henrique Cardoso? E este uma nova encarnação de Michelangelo?
Lula é o “Moisés” esculpido pelo gênio de Caprese.
Conta a história que ao término de Moisés, Michelangelo, impressionado com o
que havia realizado, exclamou: PARLA!
Só FHC consegue que Lula fale. O silêncio de quase
100 dias sobre o que exigimos saber é mais uma bofetada na cidadania. Não se
trata de segredos de alcovas ou, quem sabe, 50 tons de marrom. Trata-se de
perguntas simples que precisam de respostas do mesmo teor.
Rosemary Noronha foi escolhida a partir de quais
qualificações? Como assessora internacional,, domina quantos idiomas? É formada
em exatamente o quê? Há quanto tempo assessora Lula? Por que tinha passaporte
diplomático? Por que acompanhou Lula em viagens ao exterior? Onde se hospedava?
Lula autorizou Rose a falar em nome dele? Lula apoiava as tratativas corruptas
da amante? Recebia algo por estes favores da dileta assessora? Rose estava
autorizada a se apresentar como namorada do co-presidente? Nenhum dos ameaçados
pelos pedidos de Rose procurou Lula (ou alguém com acesso ao ex-presidente)
para relatar a chantagem ameaçadora? Lula nunca soube dos irmãos Metralhas,
cuja indicação bancou, ou da ligação da dupla com Rose? Nunca soube do aumento
patrimonial da amante?
Após quase 100 dias, Lula falou! Sobre FHC! É só o
que sabe falar.
Um “Móises” que se revolta com o Michelangelo que o
criou. A criação se revoltando contra o criador. O mármore que se sabe pedra.
Que só tem a forma que tem, pelo gênio que o moldou.
É preciso matar o criador para existir como criatura.
Não se trata de mera inveja patológica. Trata-se de sobrevivência. Igualmente
doentia.
É sintomático que Lula peça (ou ordene) que FHC se
cale. Faz parte do delírio. Que solicita o silêncio do outro para garantir o
próprio discurso. Quer que o criador fique mudo para conseguir atenção.
Não se preocupa sequer com a imbecilidade de exigir
de terceiro o que se recusa a fazer: calar-se. Mesmo que um alerte e exponha
verdades. E a estátua repita mentiras que só visam destruir o motivo da
infelicidade existencial que o perturba.
Lula fala. Sobre FHC. E sobre tudo. Exceto quando o
“não sabia” é ineficaz. Ou risível.
É tão evidente a obsessão psicótica de Lula em
relação ao criador que não se importa com outras críticas: de Eduardo Campos,
de Ciro Gomes, da imprensa e de milhões de brasileiros. Estes são desprezados.
Não merecem respostas. Porém, em relação a FHC, é imediata a resposta espumando
ódio pela baba que escorre da boca.
Se FHC ousar dizer que Lula já não tem barba, será
ferozmente atacado em represália. Se o Brasil disser que Lula tem uma amante
que foi paga com nosso dinheiro e usou do cargo (e cama) para ser uma corrupta
na antessala da presidência, ouviremos o silêncio.
Parla, Lula! Parla!
Quem sabe se FHC perguntar algo sobre Rose ─ o que
cobramos há mais de três meses! ─ Lula atenda à ordem do criador. E fale. Mesmo
que diga ─ quem sabe? ─ que Rose é uma agente da direita raivosa infiltrada
pelos tucanos na cama do Imperador de Garanhuns.
Lula pediu para FHC se calar. O Brasil decente exige
que Lula fale.
É uma diferença imensa. Que demonstra o mesmo: o
caráter de quem nascendo para ser cópia, jamais conseguirá ser original.
Parla! Sem precisar que seu criador ordene.
Deputados petistas imitam a corja que agrediu Yoani e partem para o confronto físico com oposicionistas dentro da Câmara. Carvalho avisou: “O bicho vai pegar”
Vejam este homem.
É o deputado Amauri Teixeira, do PT da
Bahia. Ele é valente. Muito valente. Seu ato de maior coragem, até agora, foi
tentar expulsar aos berros, do plenário da Câmara, uma mulher muito perigosa,
uma verdadeira ameaça à democracia brasileira: Yoani Sánchez. A gente via essa
figura mirrada vociferando contra aquela gigante que é a blogueira cubana e
pensava: “Que forja garantiu a têmpera de tamanha ousadia?”
Nesta quarta, Amauri, o Valentão contra
Cubanas Indefesas, resolveu aprontar mais uma. Assim como seus sequazes, nas
ruas, querem impedir os adversários de se manifestar na base da coerção e da
força física, Amauri tenta impedir que os parlamentares de oposição digam o que
pensam também na base da porrada. Não foi o único. O lulista fanático Devanir
Ribeiro (PT-SP) também resolveu coagir fisicamente um deputado da oposição.
Gilberto Carvalho afirmou no ano passado:
“Em 2013, o bicho vai pegar”. Pelo visto, o PT já superou a fase da luta
pacífica para chegar ao poder. Pelo visto, chegou a hora da porrada. Leiam o
que informa Gabriel Castro e Marcella Matos, na VEJA.com.
O que era para ser um ato de protesto da
oposição se transformou em tumulto — mais um — na Câmara dos Deputados. O DEM
resolveu incluir, em frente ao painel que lembra os 33 anos do PT, uma referência
ao escândalo do mensalão, já que o ano de 2005 foi excluído na exposição
montada nos corredores da Casa para marcar o aniversário da sigla. A imagem
elaborada pelo DEM reúne capas de jornais e revistas na época do escândalo e
contém uma breve descrição do episódio.
Mas a manifestação irônica não durou
muito. Segundos após o pano vermelho que cobria a placa ser descerrado,
enquanto os parlamentares da oposição ainda posavam ao lado ao painel, o
deputado Amauri Teixeira (PT-BA) resolveu retirar o estandarte do lugar. Com a
ajuda de José Márcio Ribeiro da Costa, chefe de gabinete da liderança do PT,
ele removeu o painel.
O petista, que, na semana passada, havia
tentado expulsar, aos berros, a blogueira cubana Yoani Sánchez do plenário,
ainda quis tirar satisfações com assessores, que, em meio ao tumulto, o
chamaram de “mensaleiro”. Os deputados Felipe Maia (DEM-RJ) e Edson Santos
(PT-RJ) quase partiram para as vias de fato, em meio ao empurra-empurra.
Cláudio Cajado (DEM-BA) também se desentendeu com Amauri Teixeira.
“Nós sempre respeitamos qualquer
manifestação que tenha nesse corredor. Estou retirando [o painel da oposição] da frente do painel
do PT. Na frente, nós não aceitamos”, disse Amauri, enquanto removia a placa.
Mas, em vez de apenas retirar o painel do corredor, o deputado e seu assessor
esconderam o objeto na liderança do PT, em outro andar.
Ao site de VEJA, após esconder a placa,
José Márcio da Costa reagiu com ironia: “O painel sumiu”. O líder do DEM,
Ronaldo Caiado, não pretende resgatar o objeto causador da discórdia: “O painel
foi dado como presente para que o PT coloque na sala do líder”, ironizou.
Minutos após a confusão, o mensaleiro José Genoino (PT-SP) passou pelo local.
Cabisbaixo, ele se fez de desentendido quando indagado a respeito da
controvérsia.
Plenário
O vergonhoso bate-boca protagonizado em frente à exposição do PT continuou no plenário na Câmara dos Deputados. Primeiro a se manifestar, o deputado Sibá Machado (PT-AC) tentou amenizar o ato do correligionário Amauri Teixeira passando a culpa adiante: afirmou que foram os democratas que criaram o tumulto ao “colocar um material apócrifo” e que foram eles que quase partiram para a agressão contra parlamentares petistas.
O deputado Onyx Lorenzoni (DEM-RS)
interveio: “Não é apócrifo, não. Foi reprodução de capas de revistas do ano de
2005, porque a exposição [a feita pelo PT]
esquece o inconveniente ano de 2005”, ressaltando que não houve ataques por
parte dos democratas. Enquanto o democrata falava, mais uma cena de agressão. O
deputado Devanir Ribeiro (PT-SP) deu um tapa no microfone, tirando-o de
Lorenzoni.
Ignorando os episódios, o líder do PT
José Guimarães preferiu não comentar as atitudes de Teixeira e Ribeiro — e
ainda disse estar ofendido: “Hoje nós sofremos o assédio de uma ação que nos
leva ao constrangimento, como nunca fizemos com outro partido”.
Por Reinaldo Azevedo
Reynaldo-BH: Hugo Chávez e o uso da própria morte como instrumento político
Existem variadas formas de se medir a estatura de um
homem, de um regime ou de uma situação. Depende da régua que se usa. Ou do uso
que se queira fazer dela.
Até onde a vida ─ o que ao fim e ao cabo é só o que
nos resta ─ entra nesta composição? Não sei. Ou melhor, o que sei não se coaduna
com o que vejo.
Falo de Hugo Chávez. “Retornado” de Cuba após meses
de isolamento e dúvidas, chega a Caracas sem que ninguém o tenha visto. Ou se
viu, como estava.
Este foi o primeiro passo. Depois, uma foto com as
filhas. Montagem? Real? Um único momento de lucidez? Não se sabe. Mas o novo
Simon Bolívar não poderia morrer longe da pátria.
Ao retornar, o primeiro aviso: está mal. Como na
piada famosa, “sua avó subiu no telhado”. Depois, piorou. Notícia divulgada em
uma “plenária” latino-americana, dessas que acontecem duas vezes por mês, sem
que ninguém (muito menos eles) saiba para que sirvam ou quais os resultados.
O que assusta é o uso da vida e da morte como
propaganda de um regime que o cadáver pretende deixar como legado. O que
espanta é a manipulação da verdade como instrumento de continuidade do pesadelo
que não se encerra com o fim do caudilho.
Terá Chávez ─ ainda ─ consciência do que se faz? Ou
será um corpo inerte à espera do melhor momento de um anúncio que parece, a
cada dia, mais inevitável? Estará sendo usado ou deixando-se usar? Até onde
esta régua mede a infâmia? Acreditará na posteridade ou o impulso do poder pelo
poder é um câncer ainda mais letal que aquele que o mata?
Um homem que deixa a própria vida ser transformada em
um espetáculo dantesco e tenebroso, à espera da morte, não é medido com a minha
régua.
A pantomima que se ensaia à vista de todos tem uma
peculiaridade: trata-se de realidade. Um homem vai morrer.
Aos sucessores desta herança destrutiva, interessa a
morte anunciada, oculta e mitificada. Ao próprio, a terra não lhe será leve.
Infelizmente.
Hugo Chávez em agonia é o exemplo maior da idolatria
do poder. De quem, abrindo mão da vida e da dignidade, se oferece em sacrifício
em nome de nada. De nenhum valor. De nenhuma verdade. Abusando da falsificação.
Até do último ato que todo e qualquer ser humano terá que encenar. Ou viver.
Se não bastasse o que fez em vida, na busca de um
poder eternizado, usa a morte nesta tentativa.
Sinto por ele. Sinceramente. Esta batalha ─ contra a
morte ─ sempre será perdida. Por todos. Cedo ou tarde. Resta saber, de cada um,
como se comportar na saída de cena. A última. Final. Que não comporta mentiras.
Mesmo em se tratando de Hugo Chávez.
Pena.
Até
amanhã.
As
fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde