terça-feira, 26 de maio de 2015

PODEMOS, OU DEVEMOS DIZER: " FORA COM O PT E SEUS MAIS DE QUARENTA LADRÕES"!

Bom dia, direto ao assunto principal, talvez agora com Vaccari no presídio as coisas mudem, acredito que ele ainda estava esperando uma reação do partido e do governo em seu favor, porem o Senhor Juiz Moro não vai deixar brecha para que eles tentem beneficiar Vaccari evitando a ele o xilindró, assim, logo que sentir na pele os efeitos do cárcere talvez abra o bico, difícil, mas não impossível, torçamos para isso. E Dilma a Presidente que não é, continua com seu dilmês até no exterior, levando o Brasil ao ridículo com suas bobagens ditas sobre assuntos que deveria estar instruída para comentar, mas como sempre, acha que seu português e conhecimentos são maiores do que na realidade o são, deveria voltar para a escola o que infelizmente daria na mesma já que neste país poucos são os que aprendem algo e ela com sua burrice repetiria muitas vezes de ano e não aprenderia nada, leiam o excelente comentário de Reinaldo Azevedo transcrito. E o “cara” hen? Fugiu da raia para não ter que explicar aos componentes do partido em reunião tudo que está aparecendo contra ele (ainda nem uma ínfima parcela do que se tem a descobrir) e dá uma desculpa esfarrapada por ter fugido a talve3z algumas perguntas indiscretas de seus partidários, este é o Grande Cacique do PT, alem de mentiroso, ladrão, agora fujão e medroso. Como já é sabido, o PT tudo fará para que a caixa-preta do BNDS não seja aberta, Dilma vetou a transparência do que é feito neste outro ninho de cobras petista, que também devem ter roubado muito lá, espero que o Congresso tenha a coragem de derrubar o veto e mostre ao povo brasileiro o tamanho da roubalheira e os beneficiados deste novo escândalo que se avizinha, vamos lá gente, precisamos cobrar mais de nossos congressistas, aliás, exigir mais já que nós os colocamos lá, cobre de quem você elegeu, afinal todos seremos os beneficiados. E o que me dizem do fato do Guerrilheiro de Araque e Chefe de Quadrilha José Dirceu estar prestes a ser novamente desmascarado como ladrão do nosso dinheiro o que o tornou milionário, a cadeia do mensalão lhe foi leve, espero que agora o tempo atrás das grades seja mais longo, até o fim de seus dias melhor seria, espero ver este traste onde merece na cadeia. Espero que a reportagem o novo tom da oposição aqui transcrita seja realmente um novo tom, e não cortina de fumaça se quiserem acharão uma maneira de descer esta cambada petista e Dilma do Planalto, vamos aguardar e ficar de olho se não é somente “balela” e fica tudo assim mesmo como está. E o grande João Santana, verdadeiro criador da vitória de Dilma, está começando a se enroscar nos problemas petistas, este é outro que não deveria estar fazendo publicidade, principalmente enganosa como as que fez para o PT, deveria estar junto com estes ladrões petistas também atrás das grades, esperemos que isto aconteça, precisamos passar este país a limpo, como diz o jornalista Boris Casoy.

Vaccari e ex-deputados serão transferidos para presídio

Polícia Federal comunicou ao juiz Sérgio Moro que falta espaço na carceragem de Curitiba (PR) para manter os políticos presos na Operação Lava Jato

Por: Laryssa Borges, de Brasília25/05/2015 às 10:41 - Atualizado em 25/05/2015 às 12:03


André Vargas, Luiz Argôlo e Pedro Corrêa(Vagner Rosario/VEJA.com)

O juiz federal Sérgio Moro, responsável Operação Lava Jato na primeira instância, autorizou a transferência do ex-tesoureiro do PT João Vaccari Neto e dos ex-deputados André Vargas (ex-PT), Luiz Argôlo (SD) e Pedro Corrêa (PP) da carceragem da Polícia Federal em Curitiba (PR). Presos preventivamente, eles serão levados nesta terça-feira para o Complexo Médico-Penal do Paraná - um presídio com capacidade para 350 detentos em Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba.

A transferência dos quatro ocorrerá após a Polícia Federal ter informado à Justiça Federal que tinha "dificuldades" em manter os quatro presos provisórios por falta de espaço na carceragem da Superintendência da PF. Em fases anteriores da Lava Jato, empreiteiros que estavam presos também haviam sido transferidos para o Complexo Médico-Penal. Atualmente, boa parte dos executivos das maiores construtoras do país cumpre prisão domiciliar com tornozeleiras eletrônicas enquanto aguarda julgamento.

Lava Jato: Moro quer julgar réus sem foro até o fim do ano

O milagre da multiplicação na Lava Jato: lobistas aumentam patrimônio pessoal em até 97 vezes

Apesar de ter autorizado a transferência de Vaccari e dos três ex-deputados, o juiz disse que a medida não será aplicada ao ex-diretor da Área Internacional da Petrobras Nestor Cerveró, também preso preventivamente, porque ele deve "aguardar o próximo julgamento da ação penal já em fase final".

Na última semana, o juiz Sérgio Moro aceitou denúncia do Ministério Público contra os três ex-deputados e outras dez pessoas, que passaram à condição de rés por crimes como corrupção e lavagem de dinheiro.

Vaccari, por sua vez, é réu em duas ações penais que tratam do escândalo do petrolão. Ele é suspeito de ter recebido propinas na forma de doações eleitorais registradas e de ter direcionado 2,4 milhões de reais para pagamento de despesas com Editora e Gráfica Atitude, ligada ao PT.

Em um dos processos, foi aceita denúncia contra outros 26 investigados na Operação Lava Jato, entre eles o ex-diretor de Serviços da Petrobras Renato Duque, o empresário Adir Assad, o doleiro Alberto Youssef, o ex-diretor da Área Internacional da petroleira Paulo Roberto Costa, o ex-gerente de Serviços Pedro Barusco e os empreiteiros Agenor Franklin Magalhães Medeiros, Augusto Ribeiro de Mendonça Neto, José Aldemário Pinheiro Filho, Julio Gerin Camargo e Sergio Cunha Mendes.

Depoimento - Segundo a PF, além da transferência dos políticos presos na operação, também deve ocorrer nesta terça-feira o interrogatório do lobista Milton Pascowitch, preso na 13ª fase da Lava Jato. Ligado ao ex-ministro José Dirceu (PT), um dos petistas condenados no mensalão, ele é suspeito de operar um esquema de pagamento de propinas e de fazer lobby para o partido.


O SAMBA-DA-PRESIDENTE-DOIDA – Dilma muda as cores nacionais mexicanas, inventa uma tal camisa verde da Seleção e faz uma suruba histórico-antropológica das civilizações pré-colombianas. Ah, sim: ela diz que a Petrobras é “a pátria de mãos sujas de óleo”. Concordo!

 

Eu nunca entendi por que diabos a presidente Dilma Rousseff tem a ambição de parecer uma pensadora, uma intelectual, uma estilista. Ela não é nada disso. Ao forçar a mão, acaba dizendo patacoadas estupendas, que concorrem um tanto para ridicularizá-la. Nesse sentido, Lula é mais prudente: transforma a sua ignorância em agressão aos adversários (especialmente FHC) ou em graça. Dilma tem a ambição de ser profunda. Aí as coisas se complicam. Ela concedeu uma entrevista ao jornal mexicano de esquerda “La Jornada”, publicada neste domingo. A transcrição, na íntegra, sem edição, está no site da Presidência (aqui).

Há de tudo lá: algumas parvoíces decorrentes do esforço de parecer sabida, distorções ideológicas as mais detestáveis e humor involuntário. E, claro!, também imposturas. A sua fala sobre o impeachment é, para dizer pouco, imprudente. Já chego lá. Começo pelo humor involuntário.  Prestem atenção a este trecho do diálogo:

Dilma - Teve um teatrólogo brasileiro, que você deve conhecer, Nelson Rodrigues, que, além, disso, foi um colunista de futebol.

Jornalista: Sim, claro.


Dilma: Que, quando se referia à Seleção Brasileira, dizia que a Seleção Brasileira era a pátria de chuteiras, a pátria verde e amarela de chuteiras. Lá, a Seleção Mexicana é a pátria azul, branca e verde…


Jornalista: Não, a camisa é verde, a camisa da Seleção. Sim, é verde.


Dilma: É verde? Então, é a pátria verde de chuteiras. A nossa também às vezes é verde, hein?

Vamos lá, leitor! As cores nacionais do México são verde, vermelho e branco, sem o azul. A Seleção Brasileira já jogou com camiseta branca, amarela, azul e até vermelha — curiosamente, em 1917, ano da Revolução Russa, e 1936, ano seguinte à Intentona Comunista. Mas verde, como disse Dilma, nunca! E a conversa ainda vai avançar para o terreno do surrealismo explícito. Leiam.

Jornalista: Agora deixa eu fazer uma pergunta, uma pergunta…

Dilma: Agora, a Petrobras é tão importante para o Brasil como a Seleção.

Jornalista: Claro.

Dilma: Então, eu sempre disse o seguinte: “Se a Seleção Brasileira é a pátria de chuteiras, a Petrobras é a pátria com as mãos sujas de óleo.

Jornalista: Ah, isso é muito bom, presidente, é uma frase muito boa!

Dilma: E vocês têm também a pátria suja de óleo lá, a mão suja de óleo.

É espantoso que, diante do maior escândalo conhecido da história do país, que tem a Petrobras como epicentro, Dilma diga que a “Petrobras é pátria com as mãos sujas de óleo” e transfira, digamos, esse mérito duvidoso também ao México. De resto, a Petrobras é, sim, a pátria de mãos sujas. Mas não de óleo…

Dilma começa a conversa, se vocês lerem a transcrição, tentando demonstrar a sua expertise em história mexicana. Arma uma lambança dos diabos com os povos pré-colombianos — seu interlocutor não ajuda muito, diga-se — e faz uma defesa do relativismo cultural que chega a flertar com sacrifícios humanos. E eu não estou brincando.

Referindo-se à cidade arqueológica maia de Chichén Itzá, diz a nossa sábia presidente:

Presidente - Eu fui a Chichén Itzá (…). É impressionante Chichén Itzá e também todo o conhecimento astronômico, a precisão do conhecimento astronômico. Para você ter aquela precisão, tem de ter um certo domínio razoável da matemática para aquele tipo de precisão que eles tinham. (…). E o que é destacado de forma bastante simplória para nós? É destacado sacrifícios humanos [ela disse assim, com erro gramatical mesmo], numa visão, eu acho, preconceituosa, contra aquela civilização que tinha um padrão de desenvolvimento e de desempenho que nós não conhecemos. A nossa população indígena não estava nesse nível de desenvolvimento. A mesma coisa o inca, não é? Mas lá é mais, era mais avançada, a mais avançada de todas. E não era asteca, não é? Eles não sabem, eles chamam de Tolteca, Olmeca.

Jornalista: Maia.


Presidenta: A Maia é mais embaixo, é ali na península do Iucatã, não é?


Santo Deus!
Vamos botar ordem na suruba histórico-antropológica pré-colombiana feita por Dilma. Comecemos pelo maior de todos os absurdos. A cultura inca não tem relação nenhuma com o México porque foi uma civilização andina, que se estendeu de um pedacinho do oeste da Colômbia até Chile e Argentina, passando por Equador, Peru — que era o centro irradiador — e Bolívia.
Reparem que, dado o contexto, a presidente sugere que a cidade de Chichén-Itzá não fica no estado de Iucatã, mas fica. Para a presidente brasileira, que deve ter lido apressadamente um resumo feito pela assessoria, Chichén-Itzá não é uma cidade asteca, mas tolteca ou olmeca…  Bem, nem uma coisa, nem outra, nem a terceira. A cidade é maia.
Trata-se de um erro de geografia e de tempo. Os olmecas (vejam o mapa), prestem atenção!, existiram entre 1.500 e 400 ANTES DE CRISTO. Os toltecas, entre os séculos 10 e 12 DEPOIS DE CRISTO e foram dominados por bárbaros, que resultaram no Império Asteca.

O mais encantador, no entanto, é Dilma sugerir que a gente vê com preconceito os sacrifícios humanos das civilizações pré-colombianas… É, vai ver que sim! Confesso que vejo com preconceito também os atos sacrificiais em massa levados a efeito por Hitler, Stálin, Pol Pot, Mao Tsé-tung. Sabem como é… Cada civilização tem seu jeito de matar…

Há mais besteira.

Num dado momento, ainda tentando se mostrar sábia sobre a cultura mexicana, disse a presidente:

“Eu sei de todas as histórias da relação do México com os Estados Unidos, que, na Revolução de 1910, diziam: ‘Ah, pobre México! Tão longe de Deus e tão perto dos Estados Unidos!’. O jornalista, não mais esperto do que a presidente, emenda: “Isso”.


É uma tolice. A dupla trata a frase como se contivesse um conteúdo revolucionário. Mas não! O autor da dita-cuja foi o então presidente Porfírio Dias, que foi derrubado pela… revolução!

Impeachment

Indagada sobre o impeachment, afirmou a presidente:

“Sem base real, porque o impeachment está previsto na Constituição, não é? Ele é um elemento da Constituição, está lá escrito. Agora, o problema do impeachment é sem base real, e não é um processo, e não é algo, vamos dizer assim, institucionalizado, tá? Eu acho que tem um caráter muito mais de luta política, você entende? Ou seja, é muito mais esgrimido como uma arma política, não é? Uma espécie de espada política, mistura de espada de Dâmocles que querem impor ao Brasil. Agora, a mim não atemorizam com isso. Eu não tenho temor disso, eu respondo pelos meus atos. E eu tenho clareza dos meus atos. Então…”

Não sei o que Dilma quis dizer. De fato, o impeachment está na Constituição. O que não está institucionalizado? Eu, por exemplo, acho que a investigação já evidenciou a sua responsabilidade no escândalo do petrolão, mas certamente não há 342 deputados que concordem com isso. Ademais, é evidente que o impeachment é um processo político — essa é, diga-se, a sua natureza. Fazer essa afirmação para tentar descartá-lo é uma estultice. Ademais, convém aguardar o resultado da investigação.

Não por acaso, a presidente brasileira vitupera contra a deposição legal e constitucional de Fernando Lugo no Paraguai, o que lhe deu o ensejo de suspender aquele país do Mercosul e de abrigar a ditadura venezuelana.

A entrevista é uma confusão dos diabos. Dilma precisa ler melhor os briefings que recebe da assessoria e parar com esse negócio de querer recitar dados. Não é a sua praia. Melhor falar pouco e não dar bom-dia a cavalo!

Não é que a entrevista não seja engraçada. Dei aqui boas gargalhadas. Mas também se ri de tédio, não é?
Texto publicado originalmente às 4h34
Por Reinaldo Azevedo


Lula falta ao encontro do PT. Dizer o quê?

 

As coisas não andam boas para os companheiros. Definitivamente, não! Estava prevista a participação de Lula na abertura do Congresso Estadual do PT. Ele desistiu.

Oficialmente, não foi ao evento porque esta sexta marca o aniversário de casamento com Marisa Letícia. Então tá. Eu tinha entendido que o Babalorixá de Banania não dava bola a certas formalidades desde quando decidiu levar Rosemary Noronha, sua amiga íntima, a viagens internacionais — se Marisa não fosse, é claro! Parece que elas têm certas divergências, ou convergências, de gosto, sei lá.

Quem sou eu para duvidar, não é? Mas é estranho que Lula falte a um encontro estadual do partido por uma questão, digamos, “burguesa” como essa.

A verdade é que se juntaram a fome com a vontade de comer. Dos mil militantes previstos, não mais de 500 estavam presentes. Era um mico. Mais: num dia como esta sexta, ele teria de falar sobre o corte no Orçamento feito por Dilma Rousseff. Dizer o quê: “Olhem aqui, companheiros, chegou a hora de a gente administrar uma recessão”.

Poderia, como alternativa, largar o braço na companheira. Aí seria abrir guerra aberta. E ele anda sabotando a sua aliada pelas beiradas…


Por Reinaldo Azevedo


Dilma quer que BNDES continue a ser caixa-preta e veta medida sobre transparência. Reajam, senhores parlamentares! Esse veto tem de ser derrubado

 

Pois é… A presidente Dilma Rousseff está doidinha para que a gente tenha a certeza de que algo de podre se passa no reino do BNDES, não é mesmo?, ou não teria agido como agiu, dando uma desculpa mandraque para manter secretas operações de um banco público de fomento. Insista-se neste caráter: trata-se de um banco de fomento, não de um ente estatal que dispute com entes privados fatias de mercado.

Ao sancionar a lei que garantiu um crédito de até R$ 30 bilhões do Tesouro para o BNDES, a presidente vetou a emenda aprovada pelo Congresso que proíbe o banco de alegar sigilo em suas operações, muito especialmente naquelas realizadas no exterior. Ou por outra: a presidente quer que o BNDES continue a ser a caixa-preta que empresta dinheiro a Cuba, à Venezuela ou a Angola sem prestar contas a ninguém.

Mas não só: alguns potentados da economia nacional também estão agarrados às tetas do banco. Não por acaso, costumam brilhar entre os maiores financiadores das campanhas eleitorais dos companheiros. “Ah, vamos acabar, então, com as doações das empresas…” Aí se faz tudo pelo caixa dois. É o pior tentando corrigir o ruim.

Ao justificar o veto, afirma a presidente: “A divulgação ampla e irrestrita das demais informações das operações de apoio financeiro do BNDES feriria sigilos bancários e empresarias e prejudicaria a competitividade das empresas brasileiras no mercado global de bens e serviços”. É conversa mole para boi dormir. Ninguém está exigindo que o tomador do empréstimo divulgue suas opções estratégicas ou exponha a rotina interna da empresa.

Defendi aqui e defendo que o BNDES tenha os devidos aportes para financiar as privatizações — ou “concessões”, como gostam de chamar os petistas. Reitero a minha posição: o país não pode parar porque está sendo governado pelo PT. Já basta a ruindade que lhe é inata. O sigilo, no entanto, é injustificável.

Não sou bobo. Não acho que um governo tenha de revelar o tempo todo as entranhas do estado. Há questões que requerem um tempo de sigilo — jamais o eterno — em razão da segurança nacional. Assim é nas maiores democracias do mundo. Por isso mesmo, os respectivos Parlamentos costumam dispor de comissões voltadas para esses assuntos, com poder para ouvir representantes do Executivo em sessões secretas. Também o Brasil dispõe desses instrumentos.
Mas me digam: em que a revelação das condições de concessão de empréstimo do BNDES afeta a segurança nacional? De que modo os interesses do país passariam a correr riscos? Quem, a esta altura, senão os petistas, querem manter sigilo sobre o financiamento do porto de Mariel, em Cuba, por exemplo? E quer mantê-lo por quê?

Os presidentes do Senado e da Câmara, Renan Calheiros (PMDB-AL) e Eduardo Cunha (PMDB-RJ), respectivamente, demonstraram a intenção de elaborar um projeto que amplia o controle do Congresso sobre as estatais. Seria, consta, uma espécie de Lei de Responsabilidade Fiscal para as empresas públicas, que estariam obrigadas a detalhar projetos, investimentos, gastos etc. 

Que se faça já!

E, na esteira desse espírito, que não se poupem esforços para derrubar esse veto de Dilma. Trata-se, sem dúvida, de uma audácia arrogante num momento como este. Uma das razões que explicam a penúria da Petrobras é exatamente o espírito de sigilo. A rigor, nunca ninguém soube direito o que se passava por lá. Aliás, a própria Dilma alegou ignorância, quando presidente do Conselho, sobre as condições da compra da refinaria de Pasadena. E ela era, reitere-se, presidente do Conselho!!!

Nós arcamos com o custo BNDES. Todos os brasileiros, na prática, são financiadores das operações do banco em Cuba, em Angola ou na Venezuela. Por que não temos o direito de saber? Se o banco quer operar com o sigilo cabível àqueles que disputam o mercado de crédito, que se transforme, então, numa instituição comum. Nesse caso, vai parar de pegar dinheiro do Tesouro, que custa a taxa Selic, e emprestar a alguns escolhidos a juros subsidiados. Se eu pago a conta, tenho o direito de saber a destinação dos recursos.


O Congresso só tem uma coisa a fazer: derrubar o veto de Dilma. E, então, vamos ver as consequências. Examinadas as contas do BNDES e seus contratos secretos, pode-se chegar à conclusão de que nada havia de estranho ou errado. Nesse caso, estaremos todos fazendo um bem ao governo e ao PT, e eles não terão do que reclamar. Caso, no entanto, se encontrem caroços no angu, aí estaremos fazendo um bem ao país, não é?

Senhores deputados, senhores senadores! A derrubada do veto, portanto, é eticamente inescapável. É, por si, a busca do bem! Ou se estará colaborando com a própria Dilma (e não há mal nenhum em protegê-la de si mesma) ou se estará colaborando, o que é mais provável, com o país.

Reajam, senhores! Esse veto parece mais uma provocação de quem não está em condições técnicas de ditar as regras do jogo.

Por Reinaldo Azevedo


Lava Jato se aproxima de Dirceu

Lobista preso na última semana seria o elo entre o petista e a Engevix. Para Sérgio Moro, dinheiro para consultorias do ex-ministro era propina do Petrolão

 

Claudio Dantas Sequeira (claudiodantas@istoe.com.br) 

Ao deflagrar a 13ª fase da Operação Lava-Jato, a Justiça Federal do Paraná fechou o cerco ao ex-ministro da Casa Civil, José Dirceu. Cumprindo pena em regime aberto pela condenação do processo do mensalão, o petista agora corre sério risco de voltar para a cadeia por envolvimento no esquema de desvio de recursos da Petrobras. Na quinta-feira 21, o juiz Sérgio Moro determinou a prisão preventiva do empresário Milton Pascowitch, considerado pela PF o “elo” entre Dirceu e a construtora Engevix. Em seu despacho, Moro ressaltou o papel do lobista na intermediação de contratos da empreiteira com a Petrobras e a Sete Brasil, com o pagamento de comissões a agentes públicos e políticos, dentre eles o ex-diretor de Serviços da estatal Renato Duque e o próprio Dirceu. Para Moro, o dinheiro recebido pelo ex-ministro por meio de consultorias seria propina do Petrolão. Ele cita pagamentos feitos pela Jamp Engenheiros, que pertence à Milton Pascowitch, à JD Assessoria e Consultoria num total de R$ 1,46 milhão. Desse total, cerca de 80% caíram na conta da empresa de Dirceu em 2012 durante o julgamento do mensalão no STF.

ELE OUTRA VEZ
 
Ligação com empresário preso, Milton Pascowitch (abaixo), pode complicar
a situação de José Dirceu, que cumpre pena domiciliar pelo mensalão

Para o delegado Igor Romário, da PF em Curitiba, a “ligação entre Pascowitch e o PT é através do José Dirceu”. O repasse da Jamp se soma a outro pagamento de R$ 1,1 milhão recebido por Dirceu da própria Engevix, também como suposta consultoria. Na quebra de sigilo da empresa de Pascowitch, a força-tarefa descobriu que a Jamp embolsou em dez anos mais de R$ 78 milhões em repasses da Engevix, que tem contratos com a Petrobras e a Sete Brasil. Além do dinheiro para Dirceu, Pascowitch também repassou R$ 1,2 milhão a D3TM Consultoria e Participações, que pertence a Renato Duque. Para Moro, “há fundada suspeita de que os pagamentos visavam adimplir compromissos anteriores de propina, como também aconteceu em relação à empresa Costa Global, controlada por Paulo Roberto Costa”. A relação de Pascowitch com Duque, apadrinhado de Dirceu, já havia sido mostrada na busca e apreensão feita na casa do ex-diretor em março, quando foram encontradas obras de arte valiosíssimas adquiridas pelo lobista. “O papel de Milton Pascowitch era equivalente ao de Alberto Youssef, ou seja, de profissional dedicado ao pagamento de propina e de lavagem de dinheiro”, diz Moro.





      O novo tom da oposição

 

Partidos oposicionistas elevam o tom das críticas ao governo e entram com uma ação criminal contra Dilma por pedaladas fiscais. É uma guinada no comportamento do bloco


A semana passada ficou marcada por uma mudança significativa na oposição ao governo Dilma Rousseff. Depois de alguns episódios de postura vacilante em relação às estratégias a serem adotadas, os partidos contrários à administração petista subiram o tom das críticas e tomaram medidas concretas para se contrapor ao Palácio do Planalto. Em momentos distintos, os oposicionistas abandonaram a cautela, afinaram o discurso e apontaram o dedo para os erros em série cometidos pelo governo federal. Nesses movimentos, mostraram alternativas para livrar o País de sucessivos solavancos políticos e buscar a retomada do caminho do crescimento econômico. O lance mais impactante foi a guinada de discurso do PSDB no programa levado ao ar em cadeia de rádio e televisão na noite de terça-feira 19. Liderados pelo presidente do PSDB, senador Aécio Neves (MG), os tucanos passaram a cobrar publicamente a investigação das responsabilidades da presidente Dilma Rousseff no escândalo de corrupção da Petrobras. “Para acabar com a corrupção, é preciso que a Justiça investigue a fundo. O Brasil precisa saber quem roubou, quem mandou roubar e quem, sabendo de tudo isso, se calou”, afirmou Aécio.
                                     


"O Brasil precisa saber quem roubou, quem mandou roubar
e quem, sabendo de tudo isso, se calou"
Aécio Neves, presidente do PSDB
O mais contundente ataque ao petismo, no entanto, partiu do ex-presidente Fernando Henrique Cardoso. Ironizando um bordão lançado pelo ex-presidente Lula, seu sucessor, FHC disse que “nunca antes na história desse País se roubou tanto em nome de uma causa”. A tribuiu a Lula a origem da atual crise vivida pelo Brasil. “A raiz da crise atual foi plantada bem antes da eleição da atual presidente. Os enganos e desvios começaram já no governo Lula”. Tratou-se de uma inflexão no discurso de FHC. Nos últimos meses, quando o PSDB ensaiou ações mais bruscas – por exemplo, para questionar a lisura da reeleição de Dilma -, FHC preferiu adotar uma linha mais moderada. No programa da semana passada, foi diferente.

ARTILHARIA TUCANA
Exibido na terça-feira 19, programa do PSDB vinculou a atual
crise econômica aos desmandos do governo do PT

Numa outra frente de atuação, a oposição demonstrou união ao decidir fustigar o governo na Justiça. Depois de receber um parecer elaborado pelo jurista Miguel Reale Júnior com a conclusão de que ainda não há elementos suficientes para um pedido de impeachment contra a presidente, os partidos que não se alinham com o Planalto resolveram adotar outra estratégia. Nesta terça-feira 26, as legendas oposicionistas vão protocolar na Procuradoria Geral da República, uma ação de crime comum contra a presidente Dilma. O anúncio foi feito na quinta-feira 21 após decisão conjunta do PSDB, PPS, DEM, PSC e Solidariedade. A justificativa para a medida são as pedaladas fiscais, expressão usada para definir o uso de recursos dos bancos públicos para pagar benefícios sociais como forma de maquiar o mau resultado das contas do governo em 2014. Para o TCU, não há dúvida de que o governo Dilma Rousseff incorreu, de fato, em crime de responsabilidade fiscal, ao utilizar recursos de bancos públicos para inflar artificialmente seus resultados e melhorar as contas da União. Nos cálculos do TCU, mais de R$ 40 bilhões foram sacados pelo governo das contas do Banco do Brasil, Caixa e BNDES, para engordar a contabilidade fiscal e se aproximar da meta de superávit primário, a economia feita para o pagamento dos juros da dívida pública. “Há um descumprimento de lei. Um banco público não pode emprestar dinheiro para o governo. É como se você estivesse devendo no seu cheque especial, e o governo não pode ter esse cheque especial”, disse o relator do processo do TCU, José Múcio. A representação pode resultar no afastamento da presidente da República do cargo caso o procurador-geral da República, Rodrigo Janot, ofereça denúncia ao STF e a Câmara dos Deputados autorize a abertura da ação penal. Nesse caso, Dilma seria afastada por até 180 dias.

"Nunca antes na história desse País se roubou tanto em nome de uma
causa. Os enganos e desvios começaram já no governo Lula"
Fernando Henrique Cardoso, ex-presidente da República

A postura da oposição incomodou o PT mais do que das outras vezes. Além de convocar a militância para abarrotar as redes sociais com mensagens contra os tucanos, os petistas decidiram acionar o PSDB na Justiça por causa do programa exibido na semana passada.


Líder do PSDB defende apuração rigorosa sobre origem de pagamentos a marqueteiro do PT

3 de maio de 2015
                                        

Para o Líder do PSDB na Câmara, Carlos Sampaio (SP), é imprescindível uma apuração profunda e rigorosa sobre a origem dos US$ 16 milhões trazidos de Angola para o Brasil por meio de duas empresas do marqueteiro do PT, João Santana, conforme noticiado hoje pela Folha de S. Paulo.

De acordo com o jornal, a Polícia Federal abriu inquérito para apurar suspeitas de lavagem de dinheiro nas operações realizadas em 2012. Uma das hipóteses investigadas é que os recursos de Angola tenham sido pagos ao marqueteiro por empreiteiras brasileiras que atuam no país africano, uma forma indireta de o PT quitar sua dívida com Santana.
                   
                                        João Santana Marqueteiro do PT

Segundo Sampaio, chama a atenção a existência de elementos comuns nas apurações abertas contra o ex-presidente Lula, por tráfico internacional de influência investigado pelo Ministério Público Federal, e contra o marqueteiro do PT, além da semelhança entre o modus operandi utilizado no Mensalão e no Petrolão com a operação utilizada por Santana. Além disso, segundo Sampaio, é preciso saber se se tratam de recursos estrangeiros utilizados em benefício do PT, prática proibida pela legislação brasileira.

“O Mensalão e o Petrolão foram arquitetados para desviar dinheiro público e financiar o projeto do PT para se manter no poder.  Sendo o marqueteiro João Santana uma peça importante nessa obsessão petista do poder pelo poder, é provável, como desconfia a Polícia Federal,  que os recursos trazidos para o Brasil de Angola, tenham como origem empresas brasileiras que prestam serviço no país africano. Além disso, é preciso averiguar se o PT se beneficiou de recursos estrangeiros, o que é proibido pela legislação brasileira. Tudo isso precisa ser investigado com toda profundidade”, afirmou Sampaio, que integrou a CPI dos Correios e participa da CPI da Petrobras.

O Líder do PSDB ressalta que Angola foi um dos países visitados por Lula em seu périplo pela América Latina e África financiado por empreiteiras brasileiras. Sampaio observa também que contratos de financiamento entre o BNDES e o governo de Angola foram decretados sigilosos pelo governo brasileiro.

De 2006 a 2012, o BNDES desembolsou mais de US$ 5,2 bilhões para obras em Angola, segundo reportagens da época.  “As experiências do Mensalão e do Petrolão nos levam a crer que não existe coincidência nas situações que envolvem o PT. Eles não dão ponto sem nó. Transformaram o Estado num braço do partido e essa lógica se reproduz nas ações e operações do governo. Chegamos a um ponto em que tudo o que o PT faz é suspeito”, afirma Sampaio.



Até amanhã





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