Pimentel usa seu passado de esquerdista para justificar seu presente de consultor. Diz que era um democrata. Mentira! Não era, não!
Fernando Pimentel
O
ministro Fernando Pimentel concedeu uma entrevista em Genebra e,
confrontado com os fatos, preferiu dar risada. Comentando a pressão da
oposição para que se explique no Congresso, saiu-se com uma afirmação
curiosa: “Essa é a opinião dela,
mas eu tenho a minha. Esse é o ponto. Eu sou um democrata por convicção.
Pela democracia, lutei na juventude, fui preso, torturado, de maneira
que conviver até com a injustiça faz parte da minha história”. Epa!
Aí, não! Pimentel participou, vejam o post abaixo, de uma mentira
escandalosa sobre o presente (as suas consultorias e palestras). E,
ontem, contou uma mentira escandalosa sobre o passado. Vamos, então,
cuidar um pouco da história?
Faço isso em
atenção especial às moças e moços que lêem este blog, alguns deles,
talvez muitos (a julgar pelo volume de comentários que excluo), de
esquerda. Não quero mudar a convicção de ninguém. Não sou o Gabriel
Chalita da ideologia, aquele do partido “que vai dar o que você merece”.
Não invisto na auto-ajuda ideológica. Cada um sabe de si. Mesmo
escolhendo o caminho errado, essas vítimas da mistificação têm o direito
de conhecer a verdade. Se continuarem militantes de esquerda depois
disso, aí não há nada a fazer; é uma questão de caráter.
Resumi aqui
outro dia a trajetória de Fernando Pimentel. Lembrei que foi aluno da
Escolinha de Marxismo da Professora Dilma Rousseff quando ainda era um
adolescente. Ele acabou ingressando em seu grupo político, o Colina
(Comando de Libertação Nacional), que tinha sua base principal em Belo
Horizonte. Mais tarde, o Colina se fundiu com a VPR (Vanguarda Popular
Revolucionária), liderada por Carlos Lamarca, dando origem à
VAR-Palmares. O marido de Dilma, um dos chefes da organização, despachou
Pimentel para Porto Alegre. Lamarca não gostou da “holding” e decidiu
desfazê-la, refundando a VPR, e Pimentel preferiu segui-lo. Foi como
seguidor do militar desertor e ladrão de armas que o agora ministro
“consultor” assaltou o carro pagador de um banco e tentou seqüestrar o
cônsul americano, que se safou, mas saiu ferido, com um tiro no ombro.
Compreendo
que, de cara, a Mafaldinha e o Remelento não acreditem em mim — “esse
reacionário”. Bem, então acreditem nos fatos. Jacob Gorender,
historiador de esquerda e autor do livro “Combate nas Trevas”,
afirma que o Colina, o primeiro grupo a que Dilma pertenceu e do qual
era uma das dirigentes, foi um dos poucos a fazer a defesa clara do
terrorismo. Talvez, como escrevi certa feita, ela pertencesse à facção
lítero-musical da turma, que organizava chás beneficentes com as
senhoras respeitáveis da sociedade mineira. Enquanto alguns pegavam o
berro, outros pegavam o cabo da xícara. Pimentel, pois, como Dilma, fez
parte de um grupo que a própria esquerda considera que fazia a defesa
clara do TERRORISMO. Não era democracia o que queria Pimentel quando
tentou seqüestrar o cônsul.
Que
importância tem isso hoje? Ora, quem tem de responder essa pergunta é
Pimentel, não eu. Foi ele quem evocou o seu passado para justificar o
injustificável no presente. Que ele pensasse à época que o assalto ao
carro pagador do banco, de que foi um dos protagonistas, era uma “roubo
social”, vá lá, não é? Que, em 2011, justifique a sua “consultoria” com o
seu amor pregresso pela democracia, aí é de lascar. Até porque, se for
assim, a consultoria continua injustificada, já que ele, resta claro,
não queria democracia, certo? Seu chefe esmagava cabeças de adversários a
coronhadas depois de um julgamento feito por um “tribunal
revolucionário”.
Aliás, a
VAR-Palmares de Pimentel e Dilma era tão democrática, mas tão
democrática, que nem mesmo os militantes de esquerda estavam
absolutamente seguros. Havia o “justiçamento” — condenação à morte dos
próprios companheiros — caso se suspeitasse que o militante era um
traidor ou estava prestes a trair. Já publiquei aqui um vídeo em que um ex-militanhte da ALN
conta como matou um parceiro de luta porque havia a suspeita de que ele
pudesse trair o movimento. Atenção! Havia apenas a suspeita de que dia
ele pudesse fazer isso… O coitado apenas havia pedido para deixar a
organização.
Muito bem!
Em 29 de maio de 1970, Dilma Rousseff, uma das chefonas da VAR-Palmares,
estava presa havia cinco meses. Tinha sido detida em janeiro. Consta
que foi torturada por longos 22 dias, o que, todos sabem, era prática
inusual nos porões. Os trogloditas queriam quebrar a resistência do
preso bem depressa para não dar tempo de seus aliados fugirem. Mas tudo
bem! Não vou contestar isso, não. Uma coisa é certa. Dilma teve mais
sorte do que Geraldo Ferreira Damasceno, militante da
Dissidência da VAR-Palmares, assassinado pelos próprios esquerdistas no
dia 29 de maio de 1970. Em 1969, outro militante do grupo havia sido
condenado à morte pelos “companheiros” : Antonio Nogueira da Silva
Filho. Só não morreu porque conseguiu escapar. Teve de sair do país.
Só
a título de ilustração e para que constatemos até onde chega o
humanismo, eventualmente a cara-de-pau, dos democratas de esquerda,
saibam: no dia 28 de junho de 1973, um comando da ALN assassinou, dentro
de uma escola, o professor Francisco Jacques Moreira de Alvarenga,
também esquerdista, da Resistência Armada Nacionalista (RAN). Foi
acusado de delação. Maria do Amparo Almeida Araujo, então militante da
ALN, participou do grupo que levantou dados sobre a rotina de Alvarenga
etc. Mais tarde, vejam que coisa!, ela foi uma das fundadoras do grupo
“Tortura Nunca Mais”. Hoje, é secretária de Direitos Humanos e Segurança
Cidadã na Prefeitura do Recife. Não fundou o grupo “Justiçamento Nunca
Mais”. É coerente. Mas isso, reitero, é só mais uma nota de instrução
aos jovens.
Volto a Pimentel.
O esforço
revisionista da história, como já perceberam, busca criar um passado em
que, de um lado, estavam os bandidos e, de outro, os heróis. Não é por
acaso e tem pouco a ver com os tempos idos. O propósito é mesmo criar um
álibi para os malfeitores do presente e os do futuro.
Por Reinaldo Azevedo
Então vejamos, o sr. Pimentel um terrorista hoje se transveste de democrata, quem rouba banco, mata inocentes, não foi e nunca será um democrata, democratas são e o foram pessoas como Ulisses Guimarães, Trancredo Neves e outros que mudaram os rumos do Brasil pelo diálogo, usando como arma apenas seus conhecimentos culturais e exemplar vida pública para que o Brasil deixasse de ser uma Ditadura e de fato se tornasse uma Democracia, o que conseguiram estes guerrilheiros de subúrbio que não mortes de ambos os lados, temos a inteligência e a sabedoria para lutarmos contra o que não achemos certo, e, nunca com armas letais que ceifam vidas, alem do mais, eles os ditos revolucionários, assaltantes de banco não só mataram pessoas inocentes como tambem trouxeram desgostos a muitas familias de jovens seguidores que acreditavam neles e tinham ideais outros, como sempre eles são de um convencimento marcante, o que lhes deu seguidores que nem ao menos sabiam por que estavam lutando, com certeza não pela democracia, mas sim por uma outra ditadura, esta de esquerda, ou me digam gente que estudava e dava aulas de Marxismo era democrata! Pesquisem. leiam sobre o que se passou neste país naqueles anos e tirem suas conclusões, Ditaduras são ruins em qualquer circunstâncias seja de direita ou de esquerda, basta que tenham por exemplo Cuba e China para que entendam, e isto era o que queriam Dilma, Zé Dirceu e outros esquerdistas da época, e tomem cuidado, pois é o que ainda querem, não o conseguiram pelas armas, mas agora com muito mais desfaçatez o estão tentanto sob o manto da democracia da qual detem a maioria neste congresso que rasteja aos pés do governo para benesses e enriquecimento ilícitos, este é o congresso nos dias de hoje, com raríssimas exeções. CUIDADO!!!
Até amanhã.
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