domingo, 7 de abril de 2013

A GUARDA PRETORIANA DO SÉCULO XXI NO BRASIL - A FAXINEIRA DILMA TRAZ O LIXO DE VOLTA - LULA O MENTIROSO SOB INVESTIGAÇÃO - CONGRESSO NACIONAL, UMA PIADA - A ESQUERDA BRASILEIRA APOIA A CORÉIA DO NORTE! - A GRANDE PIADA, CHAVEZ VIROU PASSARINHO -


 A GUARDA PRETORIANA- Bom dia, como já escrevi diversas vezes, estamos a caminho de entregar a esta turma perniciosa que se apossou do governo ao ser eleita infelizmente, o Brasil. Numa canetada sem alarde, modificaram o artigo que criou a Força Nacional que foi organizado em parceria e com o auxilio dos governos estaduais para agirem no caso de solicitação de um governante estadual ou municipal que tivesse necessidade de uma ação em defesa da Ordem Pública local. Como escreve em seu texto o advogado João Rafael Diniz, ficou a tal de Força as ordens do Governo Central ou de qualquer um de seus Ministros que se sentirem afrontados em orientações emitidas de seus gabinetes, sejam elas legais ou não. Esta é a nova Guarda Pretoriana Moderna do século XXI organizada e usada aqui em nosso país pelo PT e seus governantes, que de uma forma ou de outra, a terão a sua disposição para agirem de acordo com seus critérios.

A FAXINEIRA que não era, agora nos mostra que os conchavos estão mais evidentes ainda, devolve aos “faxinados” os Ministérios onde roubaram descaradamente, e cria outros para suprir a falta de onde colocar os partidos no intuito de sua reeleição em 2014. Sabem eles que o povo não se dá conta desta barbaridade, e que os votos amealhados através destes partidos serão pagos regiamente com nosso dinheiro, até quando? Leiam o artigo de Guilherme Fiúza em Época, cujo título é uma grande verdade: Eles Zombam do Brasil!

LULA O MENTIROSO SOB INVESTIGAÇÃO- Só poderia escrever estas palavras em letras maiúsculas, mais um órgão que não se curvou ao estelionatário mor do país, o Ministério Público apesar de orientação ao contrário do governo, abriu processo investigativo contra o larápio que junto com sua turma, roubou o dinheiro do povo brasileiro e hoje vive como milionário, ele e sua família claro, como que com uma aposentadoria pífia, hoje é um dos grandes milionários deste país, e tudo após subir ao poder como Presidente, vamos agora acompanhar o desenrolar das investigações, estaremos atentos.

Quando sito aqui que este nosso Congresso não tem mais vergonha de nada do que fazem, pouco se importando com a opinião do povo que levou os senhores congressistas à ele, muitos ficam a reclamar e se colocar contra o que escrevo, claro sito também que há exceções, mas apenas isto, a grande maioria é formada por uma “cambada” de aproveitadores que lá estão para salopar o dinheiro público e assim enriquecerem, me digam então, como podem ter a sua frente em oito (8) comissões importantes dentro da Câmara, 4 réus apenados e outros quatro (4) respondendo por ações contra si, é de fato uma vergonha os pares que assim elegeram tais sujeitos que nem merecem ser chamados de congressistas.

A esquerda brasileira se solidariza com a Coréia do Norte e parte para o ataque acusando os Estados Unidos de estarem a provocar uma guerra nuclear. Só lendo o manifesto escrito na página do PC, que transcrevo na íntegra para vocês, se percebe o perigo que esta gente representa para a democracia, e o pior, eles estão sendo alimentados pelo governo petista que sutilmente lhes dá carta branca para agirem sem se mostrarem totalmente de acordo com suas atitudes, servem estas atitudes partidárias desta turma como “boi de piranha” para o PT, fiquem atentos brasileiros democratas, estamos correndo um sério risco.

A GRANDE PIADA – Lhes informo conforme texto do editorial do Estadão desta quinta para quem não o leu, que HUGO CHAVÉZ, o ídolo petista e de Lula o Sujo, subiu aos céus e retornou em forma de, acreditem, PASSARINHO(?), voltou a Terra para orientar e ajudar a eleger Nicolas Maduro como novo Presidente da Venezuela, fico a imaginar de que forma se apresentará o Grande Lula quando passar desta, talvez venha como aquela ave de rapina igual a como hoje se apresenta, o ABUTRE, com toda a certeza será uma ave mal cheirosa.

 Juarez Capaverde








A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff‏

Posted on 05/04/2013Espartano

·         A nova guarda pretoriana de Dilma Rousseff‏

 

Instituída por César Augusto, primeiro dos grandes imperadores de Roma, a Guarda Pretoriana foi um corpo militar especial, destacado das legiões romanas ordinárias, que serviu aos interesses pessoais dos imperadores e à segurança de suas famílias. Era formada por homens experientes, recrutados entre os legionários do exército romano que demonstrassem maior habilidade e inteligência no campo de batalha. No seu longo período de existência (mais de três séculos) a Guarda notabilizou-se por garantir a estabilidade interna de diversos imperadores, reprimindo levantes populares e realizando incursões assassinas em nome da governabilidade do império.

Passou quase despercebido mas, há algumas semanas, a Presidência da República publicou no Diário Oficial o decreto n.º 7.957/2013, que, dentre outros, alterou o decreto de criação da Força Nacional de Segurança Pública. A partir daí, o Executivo passou a contar com sua própria força policial, a ser enviada e “aplicada” em qualquer região do país ao sabor de sua vontade.

Numa primeira análise, chamou a atenção de alguns jornalistas e profissionais da causa ambiental a criação da “Companhia de Operações Ambientais da Força Nacional de Segurança Pública”. Essa nova divisão operacional dentro da Força Nacional terá por atribuições: apoiar ações de fiscalização ambiental, atuar na prevenção a crimes ambientais, executar tarefas de defesa civil, auxiliar na investigação de crimes ambientais, e, finalmente, “prestar auxílio à realização de levantamentos e laudos técnicos sobre impactos ambientais negativos”.


Não é preciso lembrar que uma das notícias mais importantes da semana passada foi o envio de tropas militares da Força Nacional de Segurança Pública para os municípios de Itaituba e Jacareacanga, no sudoeste paraense. O objetivo da incursão militar, solicitada pelo ministro das Minas e Energia, Edison Lobão, é exatamente “apoiar” (leia-se: garantir pela força) o trabalho de 80 técnicos contratados pela Eletronorte para os levantamentos de campo necessários à elaboração do Estudo de Impacto Ambiental dos projetos de barramento do rio Tapajós, para fins de aproveitamento hídrico (construção de hidrelétricas, pelo menos 7 delas).

Inconstitucionalidade

A criação dessa companhia especial, seguida da operação de guerra que invadiu terras, inclusive áreas de caça das aldeias indígenas do povo Munduruku, acabou por obscurecer outra pequena alteração efetuada pela Presidência no ato de criação da Força Nacional (decreto 5.289/2004), mais especificamente sobre a legitimidade para solicitar o auxílio dessa tropa.
O art. 4º do decreto original tinha a seguinte redação:

“Art. 4º  A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado ou do Distrito Federal.
Após a alteração, passou a vigorar assim:

“Art. 4º  A Força Nacional de Segurança Pública poderá ser empregada em qualquer parte do território nacional, mediante solicitação expressa do respectivo Governador de Estado, do Distrito Federal ou de Ministro de Estado.”
A partir de agora, qualquer ministro pode solicitar o emprego da Força Nacional para defender os interesses do governo federal, sem a necessidade de qualquer autorização judicial, nem mesmo aquiescência do governo do estado







A inclusão dessas cinco palavras mágicas ao final do artigo 4º acabou por subverter por completo a razão de ser do decreto e, de quebra, burlou as determinações da Constituição Federal sobre a repartição de responsabilidades entre os entes da Federação (municípios, estados e União), o que pode ser considerado inclusive como quebra do pacto federativo. A partir de agora, qualquer ministro de Estado (todos eles subordinados à Presidência) pode solicitar ao Ministério da Justiça o emprego da Força Nacional de Segurança Pública em qualquer parte do país, para defender os interesses do governo federal, sem a necessidade de qualquer autorização judicial, nem mesmo aquiescência do governo do estado em questão.

Para entender melhor a gravidade da situação, é preciso ter em mente que a Força Nacional de Segurança Pública não é uma polícia, mas um “programa de cooperação federativa” (art. 1º do decreto), ao qual podem aderir livremente os governos estaduais, e cujo objetivo é a “preservação da ordem pública e da incolumidade das pessoas e do patrimônio” em situações excepcionais em que as polícias militares dos estados necessitem, e peçam, o apoio de tropas vindas de outros estados. Isso porque a Constituição Federal determina que a responsabilidade por “polícia ostensiva e a preservação da ordem pública” é das polícias militares dos estados, subordinadas aos respectivos governadores (art. 144, §§ 4º e 5º). À União restam duas possibilidades: intervenção federal no estado  (art. 34), ou decreto de estado de defesa (art.136), ambas situações excepcionalíssimas de garantia da segurança e integridade nacionais, em que serão acionadas as Forças Armadas (Exército, Marinha e Aeronáutica).

Esse contingente
militar de repressão
poderá ser usado
contra populações afetadas
pelas diversas obras de interesse do Governo



A chave para compreender a mudança é que, até o mês passado, era preciso “solicitação expressa do respectivo Governador de Estado ou do Distrito Federal” para motivar o envio da Força Nacional de Segurança Pública a qualquer parte do país, por tratar-se essencialmente de um programa de cooperação federativa entre estados e União.


Agora não mais. A recente alteração do art. 4º do decreto5.289/2004, transformou a Força Nacional de Segurança Pública na nova Guarda Pretoriana da presidente Dilma Rousseff. Retirou das mãos dos estados a responsabilidade pela polícia ostensiva e preservação da ordem pública, nos locais em que os ministros entenderem ser mais conveniente a atuação de uma força controlada pelo Governo Federal. Esse contingente militar de repressão poderá ser usado contra populações afetadas pelas diversas obras de interesse do Governo, que lutam pelo direito a serem ouvidas sobre os impactos desses projetos nas suas próprias vidas e no direito à existência digna, tal como já está ocorrendo com os ribeirinhos e indígenas do rio Tapajós.

Não por acaso, essa profunda alteração no caráter da Força Nacional foi levada a cabo sem maiores alardes, no corpo de um decreto que tratava de outros assuntos. A inconstitucionalidade do ato é evidente, viola uma série de regras e princípios constitucionais além de atentar contra o próprio pacto federativo, um dos poucos alicerces da jovem república brasileira.

* João Rafael Diniz é advogado e membro do grupo Tortura Nunca Mais – SP



Procuradoria aciona PF para investigar Lula no mensalão

 

Ministério Público pede 1ª apuração formal após depoimento de Valério, que acusou petista de negociar com Portugal Telecom repasse ilegal ao PT


Alana Rizzo e Felipe Recondo - O Estado de S. Paulo - 

BRASÍLIA - A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu na sexta-feira, 5, à Polícia Federal a abertura de um inquérito para apurar a acusação do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza segundo a qual o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva negociou, no início de seu mandato, repasses ilegais para o PT com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom.

Trata-se do primeiro inquérito aberto formalmente para investigar o conteúdo do depoimento prestado à Procuradoria-Geral da República em 24 de setembro de 2012 por Valério, condenado a mais de 40 anos de prisão por operar o mensalão. O conteúdo do depoimento, no qual o empresário afirma, entre outras coisas, que Lula sabia do mensalão e teve despesas pessoais pagas com dinheiro do esquema, foi revelado pelo Estado em dezembro.

A Procuradoria do Distrito Federal já havia instaurado seis procedimentos preliminares para analisar as acusações feitas por Valério no depoimento. A abertura de inquérito é o passo seguinte à análise prévia dessas acusações.

No caso da Portugal Telecom, Valério disse que Lula e o então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, reuniram-se com Horta no Palácio Planalto e combinaram que uma fornecedora da empresa em Macau, na China, transferiria R$ 7 milhões para o PT.

O dinheiro, ainda segundo Valério, chegou ao Brasil por meio de contas bancárias de publicitários que prestaram serviços para campanhas eleitorais petistas.

As negociações com a Portugal Telecom estariam por trás da viagem feita em 2005 a Portugal por Valério, seu ex-advogado Rogério Tolentino e o ex-secretário do PTB Emerson Palmieri. Segundo o presidente do PTB, Roberto Jefferson, o então ministro da Casa Civil, José Dirceu, havia incumbido Valério de ir a Portugal para negociar a doação de recursos da Portugal Telecom para o PT e o PTB. Essa missão e os depoimentos de Jefferson e Palmieri foram usados à exaustão ao longo do julgamento do mensalão para mostrar o envolvimento de Dirceu no esquema.

O dinheiro, segundo as acusações de Valério, foi usado para pagar dívidas com a dupla sertaneja Zezé Di Camargo e Luciano, que se apresentava em comícios petistas, além do publicitário Nizan Guanaes, que realizou a campanha do petista Jorge Bittar à Prefeitura do Rio em 2004. As operações teriam ocorrido em 2005.

O publicitário e a dupla negam ter recebido pagamentos ilegais.

O presidente do Instituto Lula, Paulo Okamotto, informou que o ex-presidente não vai comentar a abertura do inquérito pela procuradoria do Distrito Federal. Em outra ocasião, Lula classificou o depoimento de Valério de “mentiroso”. Miguel Horta nega ter tratado de repasses ilegais com integrantes do governo.

Benefícios. Após ser condenado pelo Supremo como o operador do mensalão, Valério procurou voluntariamente a Procuradoria-Geral da República. Buscava com isso obter proteção e possíveis benefícios, como redução de sua pena de 40 anos, 2 meses e 10 dias de prisão pelos crimes de corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, evasão de divisas e formação de quadrilha.

Todas as acusações feitas por Valério ocuparam apenas 13 páginas. Em alguns momentos, ele foi quase telegráfico. O empresário deverá ser chamado a esclarecer as acusações e a dar mais elementos sobre o que disse.



Mensalão – Aconteceu! MP não se intimida, e Lula é agora um investigado

 

O PT ameaçou até botar as tropas na rua para que isto não acontecesse, mas aconteceu. Lula passou à condição de investigado no caso do mensalão. A Al Qaeda Eletrônica até ensaiou aquela conversa mole de “Lula é meu amigo, mexeu com ele, mexeu comigo” para intimidar o Ministério Público, mas não adiantou. Agora o ex-presidente da República é, oficialmente, um investigado.

“Mas a Polícia Federal pode se negar?” Claro que não! O que ela pode é fazer o inquérito e concluir que ele não cometeu nenhum crime. Vamos ver. Mas vai ter de investigar. Se o MP pediu que o faça, é porque viu, quando menos, indícios de prática criminosa.

Leiam o que informa Gabriel Castro, na VEJA.com:

A Procuradoria da República no Distrito Federal pediu à Polícia Federal a abertura de inquérito para apurar denúncias feitas pelo operador do mensalão, o publicitário Marcos Valério de Souza, contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e o ex-ministro Antonio Palocci Filho. Valério acusou Lula de ter intermediado um repasse de 7 milhões de reais da Portugal Telecom ao PT.

A decisão foi tomada nesta quinta-feira pelo Ministério Público e significa que a investigação sobre o papel de Lula no esquema do mensalão avançou mais um passo – será o primeiro inquérito aberto contra o ex-presidente da República. Até agora, apenas um procedimento de investigação para checar os indícios fornecidos por Valério em seus depoimentos contra o ex-presidente havia sido instaurado.

Nos depoimentos, Valério afirmou que Lula teve participação direta na montagem do esquema de desvio de recursos e compra de apoio político no Congresso Nacional. As acusações de Valério levaram o MPF a abrir outras cinco apurações preliminares. Dessas, uma já foi encaminhada à Procuradoria Eleitoral do Distrito Federal porque envolve denúncia de caixa dois; as outras investigações ainda estão sob análise de procuradores e também podem se transformar em inquéritos.

Portugal Telecom

O novo inquérito vai apurar a participação de Lula na intermediação de um empréstimo de 7 milhões de reais da Portugal Telecom para o PT. De acordo com depoimento prestado por Marcos Valério à Procuradoria Geral da República no ano passado, uma fornecedora da Portugal Telecom, sediada em Macau, repassou o dinheiro ao PT para quitar dívidas de campanha. Os recursos teriam entrado no país por meio das contas de publicitários que trabalharam para o partido.

Segundo a denúncia, Lula teria se reunido com Miguel Horta, então presidente da Portugal Telecom, para negociar o repasse. A transação estaria ligada a uma viagem feita por Valério a Portugal, em 2005. O episódio foi usado, no julgamento do mensalão, como uma prova da influência do publicitário em negociações financeiras envolvendo o PT.

Por Reinaldo Azevedo





Oito presidentes de comissões respondem a inquérito ou ação penal na Justiça



BRASÍLIA — Responder a inquéritos ou ações penais no Supremo Tribunal Federal (STF) não é exclusividade do deputado Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), presidente da Comissão de Direitos Humanos da Câmara. Levantamento do site “Congresso em Foco” mostra que oito presidentes de comissões na Câmara têm problemas na Justiça. Esses parlamentares dizem que os inquéritos são iniciados a pedido do Ministério Público, mesmo sem evidência de culpa, e se queixam de que acabam jogados no mesmo bolo dos réus em ações penais.

Na Câmara, dos 21 presidentes de comissões temáticas, quatro são réus em ações penais no STF, acusados de crimes de corrupção, contra a ordem tributária, formação de quadrilha e estelionato. Outros quatro presidentes de comissão respondem a inquéritos na Corte. O levantamento mostra que os oito respondem a 14 inquéritos e quatro ações penais, em investigações feitas a pedido da Procuradoria Geral da República.

Entre os quatro réus no STF, além do Pastor Marco Feliciano (PSC-SP), está o presidente da Comissão de Finanças e Tributação, João Magalhães (PMDB-MG). Além da ação penal por corrupção passiva, ele responde a cinco inquéritos relativos a crimes contra o sistema financeiro, peculato, tráfico de influência e contra a Lei de Licitação e corrupção. A Comissão de Finanças vota propostas que podem causar impacto financeiro no Orçamento.

Magalhães está sendo processado com base em denúncia de envolvimento em esquema de desvio de verbas de prefeituras mineiras, investigado pela Operação João de Barro, da Polícia Federal. Em dezembro de 2012, a Justiça mineira decretou o bloqueio dos bens do deputado e de outros 12 prefeitos. O deputado diz que é inocente.

Também são réus no STF o presidente da Comissão de Desenvolvimento Urbano, Sérgio Moraes (PTB-RS), e o presidente da Comissão de Agricultura, Giacobo (PR-PR). Moraes está sendo processado desde 2007, por crime de responsabilidade, acusado de ter feito contratação, em caráter emergencial, de médicos e enfermeiros quando era prefeito de Santa Cruz do Sul (RS). O deputado chegou a ser eleito presidente do Conselho de Ética da Câmara, mas renunciou, após dizer que se lixava para a opinião pública. Sobre o processo no qual é réu, afirma que a contratação foi necessária porque o concurso realizado antes, para preencher as vagas, tinha sido anulado pelo Tribunal de Contas do Estado.

Giacobo responde a ação penal por crime de sonegação fiscal. Segundo o deputado, o processo foi aberto na primeira instância contra empresa da qual era sócio; todos os outros sócios foram inocentados, mas, como ele é deputado, a decisão final está pendente no Supremo.

— É uma vergonha, há mais de cinco anos aguardo uma decisão. O que me resta é entrar com mandado de segurança contra a ministra Cármen Lúcia, pedindo que julgue — disse o deputado.

Eleito presidente da Comissão de Constituição e Justiça, o deputado Décio Lima (PT-SC) responde a quatro inquéritos por crimes contra a Lei de Licitações e improbidade administrativa, entre outros, da época em que foi prefeito de Blumenau. O deputado enviou nota em que afirma que já foi inocentado em outras instâncias por estas acusações e negou qualquer irregularidade.

O presidente da Comissão de Trabalho, Roberto Santiago (PSD-SP), responde a inquérito por crime eleitoral, acusado de ter dado carona a eleitores. Sua assessoria informa que foi acusado por inimigos políticos e que ainda não é réu. O deputado e ex-jogador Romário (PS-RJ), da Comissão de Turismo e Desporto, também tem inquérito no STF, por crime contra o meio ambiente. Ele é acusado de ter usado explosivos para detonar uma pedra em uma encosta num terreno que possui em Angra dos Reis. Em sua defesa, alega que não agiu de má-fé e que a propriedade estava sob cuidados de amigos na época. O deputado Lincoln Portela (PR-MG), presidente da Comissão de Legislação Participativa, responde a inquérito por crime de improbidade. Segundo Lincoln, é um grande equívoco cometido contra ele.



O novo ministério zomba do Brasil


(ÉPOCA – edição 773)

Está confirmado: o julgamento do mensalão não teve a menor importância para o Brasil. Não se sabe ainda quando os condenados serão presos, se forem, mas isso também não importa. O que importa é que o esquema deu certo. O grupo político que organizou o maior assalto da história aos cofres públicos – ninguém jamais ousara criar um duto permanente entre o dinheiro do Estado e um partido político – vai muito bem, obrigado. Aprovado em duas eleições presidenciais, parte para a terceira como franco favorito. E os últimos atos da presidente da República mostram sua desinibição para reger o esquema parasitário.

Dilma Rousseff anunciou uma reforma ministerial. Assunto delicado. Como se sabe, a presidente passou todo o seu primeiro ano de governo tentando segurar nos cargos o exército de ministros podres que nomeou. Em muitos casos não foi possível. A avalanche de denúncias publicada pela imprensa burguesa, que não deixa o governo popular sugar o país em paz, foi irresistível. Mas a opinião pública brasileira é tão lunática que esse vexame – ter que cortar cabeças em série, todas recém-nomeadas – passou ao senso comum como a “faxina ética” da presidente. O Brasil gosta é de novela, e resolveu acreditar nesse enredo tosco da mãe-coragem que toma conta da casa.

Dilma, Lula e sua turma exultaram com o cheque em branco que receberam da nação. Ao longo de dez anos no poder, o tráfico de influência para edificar a República do fisiologismo foi flagrado em todo o estado-maior petista, de cabo a rabo: de Valdomiro a Dirceu, de Erenice a Rosemary, de Palocci a Pimentel, dos aloprados aos mensaleiros, dos transportes ao turismo, da agricultura ao trabalho. A tecnologia da sucção do Estado pelos revolucionários progressistas foi esfregada diversas vezes na cara do eleitorado, que continuou aprovando sorridente o truque. É por isso que agora, nos conchavos para a tal reforma ministerial, Dilma não faz a menor cerimônia para chamar os fantasmas para dançar.

Entre os principais interlocutores da presidente para decidir quem vai abocanhar o que, estão figuras inesquecíveis como o ex-ministro do Trabalho Carlos Lupi. O sujeito que tentou ficar no cargo na marra, que disse que só saía debaixo de tiro, após uma floresta de irregularidades apontadas na sua gestão – incluindo passeio em avião de dono de ONG beneficiada por seu ministério – está aí de novo, dando as cartas no primeiro escalão à luz do dia. O brasileiro é mesmo um generoso.

Quem mais apareceu decidindo com Dilma o futuro do seu ministério? Alfredo Nascimento, o ex-ministro dos Transportes demitido na “faxina”, falando grosso de novo para resolver quem vai ficar com uma das pastas mais endinheiradas do governo. E atenção: esses encontros não são secretos. Faxineira e faxinados mostram para quem quiser ver que continuam jogando no mesmo time, sem arranhar o mito da gerentona ética. Magia pura.

Mas nessa conversa houve um desentendimento inicial. Dilma queria que assumisse o ministério dos Transportes o senador Blairo Maggi, muito citado por réus do escândalo Cachoeira-Delta. Se o Brasil não lembra de nada, por ela tudo bem. Quem vetou foi o próprio Nascimento. A escolha da presidente não passou no filtro do ministro demitido por ela. Isso é que é faxina bem feita.

Já que o Brasil não liga para essas coisas, nem para a gastança pública que fermenta a inflação, Dilma Rousseff achou que era hora de criar mais um ministério. Contando ninguém acredita. Vem aí a pasta da Micro e Pequena Empresa, para acomodar mais um companheiro e premiar o partido criado por Gilberto Kassab para aderir à indústria política do oprimido.

Evidentemente, os brasileiros não vão se importar que o novo ministério, com dezenas de novos cargos custando mais alguns milhões de reais ao Tesouro, tenha funções já cobertas pelo Ministério do Desenvolvimento. Faz sentido. O ministro do Desenvolvimento é Fernando Pimentel, o amigo de Dilma que faturou R$ 2 milhões com consultorias invisíveis e permaneceu no cargo agarrado à saia da madrinha. Para ter um ministro café-com-leite que precisa ficar escondido, melhor mesmo criar um ministério novinho em folha para fazer o que ele não faz.

Eis o triunfo da doutrina do mensalão: para cada Dirceu preso, sempre haverá uma Dilma livre, leve e solta.



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A volta dos 'faxinados'


O Estado de S.Paulo

Na segunda-feira, o presidente do chamado Partido da República (PR), senador Alfredo Nascimento, levou o correligionário César Borges, um dos vice-presidentes do Banco do Brasil e ex-governador da Bahia, ao principal gabinete do comitê reeleitoral da presidente Dilma Rousseff, conhecido como Palácio do Planalto. Não se quer dizer com isso que a sede do governo do País nada mais seja hoje em dia do que a sede da campanha de Dilma. Mas nada do que ali se faça importa tanto quanto as ações destinadas a manter a presidente no posto até 1.º de janeiro de 2019. É o que explica a reaparição no coração do poder do chefe do PR, o mesmo que Dilma, na sua decantada fase ética, expurgou da administração federal.

Apadrinhado - também ele - pelo ainda presidente Lula, Nascimento foi reconduzido ao apetitoso Ministério dos Transportes, com seus R$ 10 bilhões de recursos, que ocupara de 2007 a 2010. Durou até julho de 2011, quando sucumbiu, com outros 27 integrantes da pasta, a denúncias incontestáveis de corrupção no setor, a começar do Departamento Nacional de Infraestrutura de Transportes (Dnit). O PR foi o primeiro partido a ser "faxinado" por Dilma, mas o seu titular não mereceu a mesma primazia - antes dele, caíra em desgraça o todo-poderoso ministro da Casa Civil, Antonio Palocci. Para o lugar de Nascimento, a presidente promoveu o secretário executivo do Ministério, Paulo Sérgio Passos. E ali provavelmente permaneceria não fosse o fato de Dilma se dispor a "fazer o diabo" pela reeleição.

Passos agradava a Dilma, mas não ao PR, a que é filiado. Os republicanos o consideravam "escolha pessoal" da presidente, não uma demonstração de que o partido, apesar de tudo, continuava representado no primeiro escalão. Depois de dois meses de resistência, ela capitulou diante de Nascimento. Para garantir o minuto e 10 segundos do PR, duas vezes por dia, no horário eleitoral - e para impedir que esse tempo possa beneficiar o governador de Pernambuco, Eduardo Campos, do PSB, se sair candidato, ou, não seria de excluir, o senador tucano Aécio Neves -, a presidente entregou a Nascimento a cabeça de Passos.

Dilma bateu o pé, no entanto, em relação ao sucessor. Apesar dos protestos de boa parte da bancada federal da agremiação (34 deputados e 4 senadores), que reivindicava o cargo para um dos seus, fechou questão em torno do nome de César Borges, a ser empossado hoje. O engenheiro que ascendeu na política baiana se integrando ao feudo de Antonio Carlos Magalhães (1927-2007) contou agora com o apoio do governador petista do Estado, Jaques Wagner. Borges tem biografia para ser um bom ministro, ainda mais tendo recebido carta branca da presidente para mexer no Dnit. Mas isso não altera o essencial: o uso da Esplanada dos Ministérios como moeda de troca no mercado eleitoral.

Antes de Nascimento, com efeito, Dilma reabilitou o cacique pedetista Carlos Lupi, atingido por uma vassourada quando titular do Trabalho. Há pouco, o posto foi entregue ao seu liderado Manoel Dias, secretário-geral do PDT. Para afagar o PMDB em dois Estados cruciais, nomeou o ex-governador fluminense Wellington Moreira Franco para a Secretaria da Aviação Civil e o presidente do partido em Minas, deputado Antonio Andrade, para a Agricultura. E uma nova pasta, a da Micro e Pequena Empresa, acaba de ser criada para atrair o ex-prefeito paulistano Gilberto Kassab aos palanques dilmistas de 2014. O titular do 39.º Ministério será o vice-governador paulista Afif Domingos, correligionário de Kassab no PSD.

Lula disse certa vez que, se governasse o Brasil, Cristo "teria de se aliar a Judas". A esta altura, ninguém dirá que Dilma faltou à aula naquele dia. Já não se trata de suas alianças com partidos e personagens promíscuos. Quanto a isso, ressalte-se apenas que não é a tal da governabilidade que move a presidente, mas a ânsia de seguir no Planalto. O que mostra a que extremos Dilma leva à prática, sem disfarçar, as lições de seu mentor é a prontidão para premiar - por nenhum outro motivo a não ser aquele - políticos como Alfredo Nascimento e Carlos Lupi, acusados de participação em "malfeitos" e por isso removidos de sua equipe.



Além da imaginação


Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

Algo de sobrenatural, no sentido metafísico do excesso, está acontecendo quando um ministro de Estado toma posse acusando a presidente da República (responsável por sua nomeação) de ter cometido uma injustiça ao demitir um antecessor, colega de partido, por suspeita de corrupção no ministério dos Transportes.

As denúncias que levaram a presidente Dilma Rousseff a demitir Alfredo Nascimento ainda no primeiro ano de governo resultaram em dois inquéritos no Supremo Tribunal Federal e o ato da demissão rendeu prestígio e popularidade à governante ontem apontada pelo novo titular da pasta, César Borges, como autora da iniquidade.

"Hoje se corrige uma injustiça cometida a Vossa Excelência, que foi denunciado, mas nada, nada, nada foi provado", disse Borges referindo-se a Nascimento, muito aplaudido pela plateia.

Entre os que ovacionavam estavam o deputado Paulo Maluf, caçado pela Interpol, o deputado Natan Donadon, prestes a ser preso por ter sido condenado pelo STF por corrupção, e o presidente do Senado, Renan Calheiros, denunciado ao Supremo por uso de documentos falsos e desvio de dinheiro público.

Tom Jobim dizia que nosso País não é para amadores. A frase literal: "O Brasil não é para principiantes". Tivesse vivido mais uns 20 anos (morreu em 1994) provavelmente chegaria à conclusão de que o panorama nacional foge também à compreensão dos profissionais.

A presidente, cujos assessores são sempre tão ciosos em lustrar-lhe a imagem de pessoa irascível, achou ruim? Caso tenha achado, fez que não notou que o Palácio do Planalto servia de palco para ato de desagravo de um dos varridos na dita "faxina ética".

Sorriu e atribuiu ao empossado a tarefa de consolidar a presença do PR - até então tratado feito lixo no governo a fim, naturalmente, de "segurar" o partido na aliança até a eleição de 2014. Afinal, o que é a coerência (não, não, falar em decência soaria grosseiro) diante dos 70 segundos a que tem direito a legenda no horário eleitoral?

Em verdade, o que se passou naquela cerimônia foi um jogo de aparências. O PR fingindo que estava satisfeito, a presidente fazendo de conta que preservava autoridade ao impor nome de sua preferência, mas o que fica é o seguinte: o ministério não é garantia de nada e Dilma tropeçou na austeridade.

A conta só não soma zero porque o País continua a arcar com o prejuízo do modelo pervertido de loteamento da máquina pública mediante critério puramente eleitoral.

Legado. Além de ministros "faxinados" de partidos depois reincorporados ao governo, além da ilusão "vendida" ao governador Sérgio Cabral de que a divisão dos royalties do petróleo seria resolvida no Palácio do Planalto, e os problemas daí decorrentes na aprovação da nova lei pelo Congresso, o ex-presidente Lula deixou várias heranças nada benditas para a sucessora Dilma Rousseff.

A construtora Odebrecht, por exemplo, arcou com os custos do estádio do Corinthians, o Itaquerão, confiante na promessa de Lula de que o BNDES entraria com R$ 400 milhões. Como a construção de campos de futebol está fora do alcance legal da instituição, o problema se transferiu para o Banco do Brasil, o agente financeiro, que há meses negocia com a Odebrecht as garantias, ora não aceitas pela empresa, ora não aceitas pelo BB.

E com isso, a pendenga se estende na proporção direta em que se reduzem as chances de o estádio ficar pronto para a abertura da Copa do Mundo como previsto no anúncio retumbante do então presidente.








Brasil: Partidos e movimentos solidarizam-se com a Coreia Popular

Movimentos, partidos e meios de comunicação progressistas e anti-imperialistas enviaram nesta teça-feira (2) uma declaração de solidariedade e apoio à embaixada da República Popular e Democrática da Coreia em Brasília. 
 
A escalada da tensão na Península Coreana, com a participação direta dos Estados Unidos, tem aumentado a pressão e a preocupação com um possível conflito internacional, apesar dos pedidos reiterados por diálogo enquanto a Coreia do Sul, apoiada pelos EUA, toma medidas belicistas.

Neste contexto, movimentos e partidos brasileiros que lutam contra o imperialismo belicista e pela manutenção da paz e da soberania das nações enviaram a seguinte declaração à embaixada da Coreia Popular:


Senhor Embaixador da República Popular e Democrática da Coreia;

A campanha de uma guerra nuclear desenvolvida pelos Estados Unidos contra a República Democrática Popular da Coreia passou dos limites e chegou à perigosa fase de combate real.

 Apesar de repetidos avisos da RDP da Coréia, os Estados Unidos tem enviado para a Coréia do Sul os bombardeios nucleares estratégicos B-52 e, em seguida, outros meios sofisticados como aeronaves Stealth B-2, dentre outras armas.

Os exercícios com esses bombardeios contra a RDP da Coréia são ações que servem para desafiar e provocar uma reação nunca antes vista e torna a situação intolerável.

As atuais situações criadas na península coreana e as maquinações de guerra nuclear dos EUA e sua fantoche aliada Coréia do Sul além de seus parceiros que ameaçam a paz no mundo e da região, nos levam a afirmar:

1. Nosso total, irrestrito e absoluto apoio e solidariedade à luta do povo coreano para defender a soberania e a dignidade nacional do país;

2. Lutaremos para que o mundo se mobilize para que os Estados Unidos e Coréia do Sul devem cessar imediatamente os exercícios de guerra nuclear contra a RDP da Coréia;

3. Incentivaremos a humanidade e os povos progressistas de todo o mundo e que se opõem a guerra, que se manifestem com o objetivo de manter a Paz contra a coerção e as arbitrariedades do terrorismo dos EUA.

Conscientes de estarmos contribuindo e promovendo um ato de fé revolucionária pela paz mundial, as entidades abaixo manifestam esse apoio e solidariedade.

Brasília, 02 de abril de 2013.

PCdoB, PT, PSB, Cebrapaz, CUT, MST, MDD, UJS, UNE, Unegro, Unipop, CDRI, CDR/DF, MPS, CMP, CPB, Telesur, TV Comunitária de Brasília, Jornal Revolução Socialista.


Com informações do Cebrapaz - DF





Chávez, o passarinho’,  editorial do Estadão

 
Hugo Chavez

EDITORIAL PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA QUINTA-FEIRA

Hugo Chávez reencarnou num passarinho. A notícia foi dada pelo sucessor do caudilho venezuelano, o presidente postiço Nicolás Maduro, no início oficial da campanha para a eleição do próximo dia 14. Maduro disse que estava numa capelinha de madeira, rezando, quando entrou um “passarinho pequenininho”, que deu três voltas sobre sua cabeça e pousou numa viga, momento em que começou a assoviar.

Maduro, claro, assoviou de volta, porque, entre outras qualidades fantásticas, ele entende a linguagem dos bichos, e percebeu que se tratava de Chávez emplumado. “Eu senti o espírito dele. Eu o senti como uma bênção, dizendo-nos: ‘Hoje começa a batalha. Rumo à vitória’. Eu o senti na minha alma”, declarou Maduro, levando a campanha eleitoral de vez para o terreno do outro mundo, um caminho sem volta desde a morte de Chávez. Não se trata, pois, da eleição de um presidente, mas da unção do filho de Deus na Venezuela – e, nesse caso, seu opositor, Henrique Capriles, só pode ser o diabo.
Maduro está presidente da Venezuela apenas por obra e graça dos desejos do falecido caudilho e das desavergonhadas manobras governistas para rasgar a Constituição que eles juram respeitar. Foi a única maneira de estabelecer um mínimo de ordem nas hostes chavistas após a morte de seu líder, evitando, ao menos por ora, um conflito entre correligionários.

De discreto assessor internacional do presidente, mais conhecido fora do que dentro do país, Maduro saltou para o estrelato bolivariano quando Chávez agonizava. Sem o carisma ou a capacidade de liderança de seu mentor, ele tem a responsabilidade de manter a coesão do movimento chavista, enfrentando a crescente desconfiança da base – que certamente vai se empenhar para elegê-lo, porque se trata de uma ordem do caudilho, mas que não lhe garante apoio incondicional depois disso. Com a Venezuela mergulhada em profunda crise econômica, uma desarrumação política entre os chavistas pode tornar o país definitivamente ingovernável.

Por essa razão, Maduro precisa ver Chávez até nos passarinhos que pousam nas igrejas. A beatificação do falecido, como se sabe, começou logo depois de sua morte, mas, à medida que o tempo passa, os hagiógrafos estão perdendo qualquer pudor. Num comunicado interno da PDVSA, a estatal de petróleo que é o esteio do “socialismo do século 21″, os funcionários ficaram sabendo que Chávez havia se transformado em Cristo, pois “padeceu por seu povo, consumiu-se a seu serviço, sofreu de seu próprio calvário, foi assassinado por um império, morreu jovem…”. Ou seja, “preenche todos os requisitos para ser um Cristo, pois, ademais, fez milagres em vida”. E o texto termina com uma exortação: “Oremos por Chávezcristo!”.

Como entidade divina, portanto, Chávez é onipresente, e as leis terrenas não se aplicam a seus apóstolos. A campanha eleitoral não poderia começar antes de 2 de abril, mas o chavismo já está no palanque desde a morte do caudilho, há um mês, ocupando os principais canais de TV, primeiro com o interminável funeral de Chávez, depois com as redes obrigatórias e com a transmissão integral de longos eventos públicos oficiais.

Como é apenas um mortal, Capriles que se vire com os dez dias de campanha a que tem direito, durante os quais enfrentará o rolo compressor a serviço do governo – incluindo o apoio do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que, dizendo falar “em nome do Mercosul”, interpretou a eleição de Maduro como um “sonho de Chávez”.

Se havia necessidade de alguma prova adicional de que há na Venezuela de hoje uma brutal regressão da democracia, a despeito do que pensam os simpatizantes do chavismo no governo brasileiro, agora não há mais. Maduro, ou quem quer que os chavistas imponham ao país no futuro previsível, estará empenhado em impedir que seu poder seja contestado, lastreando-o não em elementos mundanos, como o respeito às instituições democráticas e às liberdades civis, e sim no mistério do “Chávezcristo.


Frase do dia

"Não há nada que justifique qualquer nova investigação sobre o chamado mensalão."

José Dirceu condenado como Chefe de Quadrilha, criticando a Procuradoria do DF que quer investigar as denúncias de Marcos Valério contra Lula no mensalão.



Até amanhã



As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde.

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