domingo, 7 de outubro de 2012

JOAQUIM BARBOSA TAMBEM DE MÃE ANALFABETA À MINISTRO DO SUPREMO COM ALTO SABER, AQUELE QUE SE "ACHA" CONTINUA IGNORANTE E MENTIROSO - CHÁVEZ O ÍDOLO DO GOVERNO BRASILEIRO

Bom dia, leremos no texto de Veja desta semana que reproduzo em parte para vocês,  que para ser honesto e decente não se precisa nascer em "berço de ouro". Ao contrário daquele que se diz "o enviado" em sua megalomania o Sr.  Lula o Mentiroso que também nasceu num berço pobre mas seguiu caminho diverso,  leremos que o homem hoje vestido da toga da mais alta magistratura do país, com imenso saber conquistado por esforço próprio, ao contrário daquele, soube amealhar cultura, soube conquistar seu espaço sem necessidade de cotas, soube amealhar intenso saber somente com seu esforço pessoal  de pessoa de um berço pobre mas de muita honestidade voltado para o trabalho e a conquista, com muita luta em busca de seus objetivos procurando sempre ir adiante sem os favores a que muitos recorrem para sobressair em sua vida pessoal e intelectual.


Aquele que se diz "o enviado" se vangloria de nunca ter lido um livro sequer  não mostra nenhuma vergonha de ter vivido a maior parte de sua vida produtiva na dependência de outros, sejam de sindicatos, sejam de pessoas amigas, não tem cultura por que não quis, tempo para isto não lhe faltou, e mesmo assim chegou ao mais alto posto deste país onde poderia ter assimilado o saber e virtudes de muitos que o admiravam, não o fez, pelo contrário, se achou o ser superior que de nada precisava para liderar o povo brasileiro, apenas de sua retórica apoiada em mentiras e mais mentiras, como um semi-analfabeto que como o aluno rebelde se refugia fora dos muros da escola pode dar exemplo a esta juventude que anda por aí ao léo, sem rumo, sem direção, que acha que não precisa de estudo e cultura para ser alguém na vida, claro pensam eles, se Lula pode ser Presidente sem ao menos ter saber, porque eu terei de ter cultura para ser também alguém? 



Graças aos acontecimentos recentes com o julgamento do mensalão, eis que surge uma luz ao fim do túnel para esta juventude tão sem ideais,  tomara que passem a mirarem-se no exemplo deste grande homem que está a lhes mostrar o caminho para o sucesso, com sacrifício e muito esforço próprio, cada um desses jovens poderá mirar-se na vida do Sr. Ministro Joaquim Barbosa para terem a melhor visão de um futuro, na vida deste grande homem hoje compartilhada nas redes sociais como o herói do momento poderão se espelhar para que seu futuro seja muito melhor do que lhes disse e representa o Sr. Luis Inácio Lula da Silva. 



Parabéns revista Veja por trazer detalhes tão íntimos e pessoais desta figura digna de respeito e idolatria chamada Joaquim Barbosa, seus méritos pessoais devem ser mostrados a nossos jovens para que sirva de exemplo de retidão e conquistas, PARABÉNS MINISTRO JOAQUIM BARBOSA. Leiam;

Juarez Capaverde







A MÃE DE JOAQUIM BARBOSA TAMBÉM NASCEU ANALFABETA! E NÃO DEU À LUZ UM MESSIAS DE ARAQUE!


A VEJA desta semana traz na capa a imagem de um menino negro, de olhar severo e altivo. É Joaquim Barbosa, hoje ministro do Supremo Tribunal Federal, aos 14 anos. Num país acostumado à impunidade, ao “isso não vai dar em nada”, ele se tornou uma justa referência. 

Segue trecho da reportagem de Hugo Marques e Laura Diniz. Lula estava certo: um ex-garoto pobre viria a simbolizar a esperança, e falta muito para que cheguemos lá, do fim da impunidade no Brasil. 

A mãe de Joaquim Barbosa, leitor amigo, a exemplo da sua e da minha, também “nasceu analfabeta”. Acabou dando à luz um futuro ministro do Supremo, obcecado pela leitura e pelo estudo, não um Messias de araque…
*
O menino Joaquim Barbosa nunca se acomodou àquilo que o destino parecia lhe reservar. Filho de um pedreiro, cresceu ouvindo dos adultos que nas festas de aniversário de famílias mais abastadas deveria ficar sempre no fundo do salão. Só comia doces se alguém lhe oferecesse. 

Na última quarta-feira, o ministro Joaquim Barbosa, 58 anos, apresentou seu voto sobre um dos mais marcantes capítulos do julgamento do mensalão — o “last act (bribery)”, “último ato (suborno)”, como ele anotou em inglês no envelope pardo que guardava o texto de sua decisão. Além do português, Barbosa domina quatro idiomas — inglês, alemão, italiano e francês. 

Pouco antes da sessão, o ministro fez uma última revisão no texto. Cortou algumas citações, acrescentou outras e destacou trechos. Não alterou em nada a essência da sua convicção, cristalizada depois de sete anos como relator do processo.

Durante mais de três horas, Barbosa demoliu a defesa e as esperanças dos petistas José Dirceu, José Genoino e Delúbio Soares, mostrando como eles usaram dinheiro desviado dos cofres públicos para subornar parlamentares e comprar o apoio de partidos políticos ao governo Lula. 

Exaurido pela dor nas costas que o martiriza há anos, o ministro anunciou seu “last act” no mesmo tom monocórdio com que discorreu sobre as provas: condenou por crime de corrupção ativa Dirceu, Genoino e Delúbio, que formavam a cúpula do Partido dos Trabalhadores (PT). 

Dois ministros acompanharam o relator e um aceitou em parte as teses da defesa. A votação continua nesta semana, quando os seis ministros restantes vão revelar suas decisões, mas o Supremo Tribunal Federal, o STF, já consolidou perante os brasileiros o conceito — sem o qual uma nação não se sustenta — de que a Justiça funciona também para os ricos e poderosos.



b)




          LIÇÃO REPUBLICANA

por Ruy Fabiano

O julgamento do Mensalão não apenas repõe ordem e princípios – finalidade, em suma, da Justiça -, mas também evidencia o quanto o país ainda precisa avançar nesse campo.

Basta ver algumas reações às condenações em curso, que ocupam amplos espaços na mídia.

Muito embora os juízes estejam se atendo rigorosamente aos autos e embasando com fartura de dados os seus votos – o que, óbvio, constitui dever elementar -, recebem insultos por parte de correligionários dos condenados.

O presidente da CUT, Vagner Freitas, do alto de um trio elétrico, num comício em São Paulo, anteontem, pediu nada menos que uma vaia para o Judiciário.

O fato de ser ilegal a participação de uma central sindical num comício em prol de um partido – no caso, o PT, de Fernando Haddad – tornou-se um detalhe.

No país em que as leis são como gripes – umas pegam, outras não -, essa vem sendo ignorada já há algumas campanhas. A seu lado, estava Lula, que já presidiu a República e ignorou solenemente a mesma lei. O exemplo vem de cima.

Mas não é esse o ponto. O grave é supor que um julgamento é uma causa política ou ideológica. O crime não é de direita, nem de esquerda. É simplesmente um crime. Não importa se o ladrão está a serviço de uma causa ideológica que considere nobre e humanista ou se meramente quer locupletar-se.

Ao roubar, infringe a lei e causa danos a terceiros. Quando na oposição, o PT era implacável com a corrupção alheia, que considerava um mal intrínseco ao capitalismo. Denunciava os adversários mesmo quando não havia evidência de delito.

Pôs a moralidade a serviço de uma causa, brandindo-a como um instrumento de poder, o que, em si, é imoral.

Nessa estratégia, deixou muitos cadáveres políticos pelo caminho, sem qualquer demonstração de remorso, mesmo quando os fatos lhe evidenciaram o equívoco.

Entre algumas de suas vítimas, estavam o deputado Ibsen Pinheiro e o ex-ministro de FHC Eduardo Jorge. São citações aleatórias. Há muitas outras, que não caberiam num só artigo.

Nesse embate em busca do poder a qualquer custo – em que os fins justificam os meios -, pontificaram personagens como José Genoíno e José Dirceu, figuras de proa em numerosas CPIs.

Hoje, estão no banco dos réus, como protagonistas do mais sofisticado escândalo que já se perpetrou contra o Estado, nas palavras de dois procuradores da República (Antonio Fernando de Souza e Roberto Gurgel), ratificadas por nove dos 11 ministros do STF (as exceções são conhecidas e não precisam ser nominadas).

O ministro Celso de Mello, decano da Corte, resumiu o assalto num voto belíssimo, que o historiador Marco Antonio Villa considerou um marco reproclamador da República. Concordo.

A diferença é que essa condenação atém-se aos fatos. O juízo de valor de Celso de Mello não é uma abstração, mas uma constatação.

Os correligionários de Genoíno e Dirceu, no entanto – e não estão apenas no PT, mas também em parte da imprensa -, se sentem no direito de pôr toda a Corte sob suspeita.

Seria porta-voz de uma “elite imunda”, inconformada com um governo voltado para os pobres. Ora, como se pode pretender invocar a população pobre quem a surrupiou roubando dinheiro público?

Mais que isso, a acusação, gravíssima, crime de lesa-República, está dizendo que os ministros do STF são desonestos, que não estão fazendo justiça, mas o contrário.

O deputado Paulo Rocha, do PT, chega ao requinte de, após reconhecer a natureza fraudulenta dos empréstimos feitos por seu partido, reclamar que “não foi para isso que os colocamos lá”, referindo-se aos juízes nomeados nos governos Lula e Dilma.

Ele supõe – e esse é apenas um dos sinais da miopia republicana dele e de seu partido – que a nomeação de juízes é um gesto partidário, de benevolência. Não leu a Constituição ou não a entendeu – ou ambas as coisas. 

A lei diz que o presidente da República indica ao Senado o integrante dos tribunais superiores e este aprova-o ou não. São dois Poderes da República procedendo a composição do terceiro.

Diz a Constituição que as nomeações são impessoais e devem ter como base a improbidade e o notório saber. Notório é um saber percebido pelos demais e não apenas por quem indica ou é indicado. Daí a necessidade, às vezes desatendida, de que o nomeado tenha obras publicadas. Mas esse é outro assunto.

O nomeado não deve nada a quem nomeia. Deve ao público, a quem representa. E sua prestação de serviços é avaliada segundo sua fidelidade à lei, não aos amigos. Nesse sentido, o voto de Rosa Weber, condenando José Genoíno, foi exemplar.

Deixou claro que o admirava, mas não podia ignorar a lambança em que estava metido. As sessões, em que pese a natureza enfadonha do juridiquês, têm sido aulas exemplares de republicanismo, repondo princípios que pareciam extintos.

Um deles é exatamente este: não adianta alegar as razões do roubo; eles não o justificam. Outro: caixa dois é crime – e, com dinheiro público, não é caixa dois: é peculato.

O Supremo faz história e reescreve sua acidentada biografia com letra de ouro. A expressão “doa a quem doer”, que Lula tantas vezes empregou, está sendo posta em prática. E, pelo visto, está doendo em muita gente.



Ruy Fabiano é jornalista



C)




               A DEFESA DO STF


Merval Pereira, O Globo

Entre os desserviços que o ministro Ricardo Lewandowski está prestando no julgamento do mensalão, talvez o mais nocivo seja a tentativa de desacreditar o STF nos seus comentários paralelos.

Certa vez classificou o julgamento como “nada ortodoxo”, sugerindo que estavam sendo esquecidas jurisprudências e relegadas medidas de proteção aos réus definidas na lei.

Ao anunciar, na abertura de seu voto que absolveria o ex-ministro da Casa Civil José Dirceu, que se punha ao lado de “princípios fundamentais” do processo penal moderno, que se constituiu em “marco civilizatório importantíssimo, instrumento de defesa do cidadão contra o arbítrio do Estado”, Lewandowski atirava sobre seus pares a suspeita de que não seguiam as mesmas regras ao condenar “inocentes” como o ex-presidente do PT José Genoino e Dirceu.

Chegou a dizer “repudiar a perspectiva que considera o réu como inimigo”. Esquecendo-se de que os réus, esses sim, representavam o “arbítrio do Estado”, pois faziam parte fundamental do governo petista sob o qual a trama criminosa foi armada e executada, segundo a denúncia, a partir de gabinetes do Planalto.

A maioria do plenário, no entanto, demonstra estar bastante convicta de suas posições, sendo exemplo disso os resultados acachapantes das condenações. E, sempre que podem, os ministros rebatem as insinuações de que estariam flexibilizando a legislação, com inovações no julgamento que reduzem a garantia constitucional dos acusados.

O revisor disse, em seu voto de anteontem, que a maioria teria decidido pela desnecessidade da indicação do ato de ofício para provar-se a culpa de um réu, no que foi prontamente rebatido por Gilmar Mendes, que afirmou que o STF havia identificado, sim, atos de ofício dos políticos acusados de corrupção passiva: os votos e a participação em reuniões.

E Celso de Mello lembrou que o Ministério Público “indicou que todo esse comportamento se realizou no contexto, pelo menos, de duas grandes reformas: a previdenciária e a tributária”.

Da mesma maneira, a condenação do ex-presidente da Câmara João Paulo Cunha por corrupção passiva teve por base o dinheiro recebido de Marcos Valério, tendo o petista praticado o “ato de ofício” de convocar a licitação que resultou na vitória da agência do publicitário corruptor.

Rosa Weber, citada pelo revisor como adepta da tese da desnecessidade de identificação do ato de ofício, afirmou considerar que houve, sim, compra de votos. Ela citou autores para defender a tese de que um réu pode ser condenado mesmo à ausência de provas testemunhais ou de documentos. Chegou a dizer que os indícios “gritam nos autos”.

Também esclareceu sua posição sobre uma maior elasticidade na admissão da prova em caso de crimes dessa natureza, os “crimes de poder”, “que em absoluto implica em qualquer flexibilização de garantias constitucionais aos acusados”.

Para ela, “o ordinário se presume. Só o extraordinário se prova. (...) se ocorrem fatos ou circunstâncias tão intimamente ligadas que chegam a formar um convencimento de que o acusado tenha cometido o crime, esses indícios também serão provas tão claras como a luz”.

Luiz Fux lembrou acórdão da Suprema Corte de Portugal no sentido de que a prova nem sempre é direta. “Nós juízes nos valemos de regras de experiência. Será que nestas condições seria possível não saber?”, ressaltou, lembrando que anteriormente Ayres Britto havia utilizado o mesmo raciocínio.



D)


              A SOMBRA DE LULA

Poucos notaram, mas na quinta-feira houve diálogo em que a figura do ex-presidente Lula esteve presente de maneira velada:

Lewandowski: Eu não via a prova. Eu gostaria de ver a prova. Estou dizendo que há uma prova frontalmente contrária.

Marco Aurélio: Vossa Excelência imagina que um tesoureiro de um partido político teria essa autonomia?

Lewandowski: Ao contrário do que já foi dito, eu não acredito em Papai Noel, mas disse que é possível que eles tenham cooperado a mando de alguém, mas esse alguém precisa ser identificado.

Marco Aurélio: Esse alguém não estaria denunciado no processo?

Lewandowski: Não, não é isso..

Ricardo Jardim


E)



           "A HORA DA SAIDEIRA"


PUBLICADO NO ESTADÃO EM 30 DE SETEMBRO



JOÃO UBALDO RIBEIRO

Na semana passada, li um artigo do professor Marco Antonio Villa, que não conheço pessoalmente, mostrando, em última análise, como a era Lula está passando, ou até já passou quase inteiramente, o que talvez venha a ser sublinhado pelos resultados das eleições. Achei-o muito oportuno e necessário, porque mostra algo que muita gente, inclusive os políticos não comprometidos diretamente com o ex-presidente, já está observando há algum tempo, mas ainda não juntou todos os indícios, nem traçou o panorama completo.

O PT que nós conhecíamos, de princípios bem definidos e inabaláveis e de uma postura ética quase santimonial, constituindo uma identidade clara, acabou de desaparecer depois da primeira posse do ex-presidente. Hoje sua identidade é a mesma de qualquer dos outros partidos brasileiros, todos peças da mesma máquina pervertida, sem perfil ideológico ou programático, declamando objetivos vagos e fáceis, tais como “vamos cuidar da população carente”, “investiremos em saneamento básico e saúde”, “levaremos educação a todos os brasileiros” e outras banalidades genéricas, com as quais todo mundo concorda sem nem pensar. 

No terreno prático, a luta não é pelo bem público, nem para efetivamente mudar coisa alguma, mas para chegar ao poder pelo poder, não importando se com isso se incorre em traição a ideais antes apregoados com fervor e se celebram acordos interesseiros e indecentes.

A famosa governabilidade levou o PT, capitaneado por seu líder, a alianças, acordos e práticas veementemente condenadas e denunciadas por ele, antes de chegar ao poder. O “todo mundo faz” passou a ser explicação e justificativa para atos ilegítimos, ilegais ou indecorosos. O presidente, à testa de uma votação consagradora, não trouxe consigo a vontade de verdadeiramente realizar as reformas de que todos sabemos que o Brasil precisa ─ e o PT ostentava saber mais do que ninguém. No entanto, cadê reforma tributária, reforma política, reforma administrativa, cadê as antigas reformas de base, enfim? 

O ex-presidente não foi levado ao poder por uma revolução, mas num contexto democrático e teria de vencer sérios obstáculos para a consecução dessas reformas. Mas tais obstáculos sempre existem para quem pretende mudanças e, afinal, foi para isso que muitos de seus eleitores votaram nele.

O resultado logo se fez ver. Extinguiu-se a chama inovadora do PT, sobrou o lulismo. Mas que é o lulismo? A que corpo de ideias aderem aqueles que abraçam o lulismo? Que valores prezam, o que pretendem para o País, que programa ou filosofia de governo abraçam, que bandeiras desfraldam além do bolsa família (de cujo crescimento em número de beneficiados os governantes petistas se gabam, quando o lógico seria que se envergonhassem, pois esse número devia diminuir e não aumentar, se bolsa família realmente resolvesse alguma coisa) e de outras ações pontuais e quase de improviso? 

É forçoso concluir que o lulismo não tem conteúdo, não é nada além do permanente empenho em manter o ex-presidente numa posição de poder e influência. O lulismo é Lula, o que ele fizer, o que quiser, o que preferir.

Isso não se sustenta, a não ser num regime totalitário ou de culto à personalidade semirreligioso. No momento em que o ex-presidente não for mais percebido como detentor de uma boa chave para posições de prestígio, seu abandono será crescente, pois nem mesmo implica renegar princípios ou ideais. 

Ele agora é político de um partido como qualquer outro e, se deixou alguma marca na vida política brasileira, esta terá sido, essencialmente, a tal “visão pragmática”, que na verdade consiste em fazer praticamente qualquer negócio para se sustentar no poder e que ele levou a extremos, principalmente considerando as longínquas raízes éticas do PT. Para não falar nas consequências do mensalão, cujo desenrolar ainda pode revelar muitas surpresas.

O lulismo, não o hoje desfigurado petismo, tem reagido, é natural. Os muitos que ainda se beneficiam dele obviamente não querem abdicar do que conquistaram. Mas encontram dificuldades em admitir que sua motivação é essa, fica meio chato. E não vêm obtendo muito êxito em seus esforços, porque apoiar o lulismo significa não apoiar nada, a não ser o próprio Lula e seu projeto pessoal de continuar mandando e, juntamente com seu círculo de acólitos, fazendo o que estiver de acordo com esse projeto. 

Chegam mesmo à esquisita alegação de que há um golpe em andamento, como se alguém estivesse sugerindo a deposição da presidente Dilma. Que golpe? Um processo legítimo, conduzido dentro dos limites institucionais? Então foi golpe o impeachment de Collor e haverá golpe sempre que um governante for legitimamente cassado? Os alarmes de golpe, parecendo tirados de um jornal de 30 ou 40 anos atrás, são um pseudoargumento patético e até suspeito, mesmo porque o ex-presidente não está ocupando nenhum cargo público.

É triste sair do poder, como se infere da resistência renhida, obstinada e muitas vezes melancólica que seus ocupantes opõem a deixar de exercê-lo. O poder político não é conferido por resultados de pesquisas de popularidade; deve-se, em nosso caso presente, aos resultados de eleições. 

O lulismo talvez acredite possuir alguma substância, mas os acontecimentos terminarão por evidenciar o oposto dessa presunção voluntarista. Trata-se apenas de um homem ─ e de um homem cujas prioridades parecem encerrar-se nele mesmo. 

Mas sua saída de cena não deverá ser levada a cabo com resignação. Ele insistirá e talvez ainda o vejamos perder outra eleição em São Paulo. Não a do Haddad, que aparentemente já perdeu. Mas a dele mesmo, depois que o mundo der mais algumas voltas e ele quiser iniciar uma jornada de volta ao topo, com esse fito candidatando-se à Prefeitura de São Paulo.




II O QUE PENSA O BRASIL SOBRE HUGO CHAVEZ, UMA VERGONHA PARA O POVO BRASILEIRO




Tenho aqui demonstrado por diversas vezes o que se passa no âmago do governo brasileiro sobre o ditador venezuelano Hugo Chavez, me sinto envergonhado a cada leitura que faço sobre o assunto com as opiniões do governo, abaixo mais um texto do qual podemos extrair a simpatia irrestrita com a ditadura de Chaves, uma vergonha. Leiam;

Juarez Capaverde


Para Patriota, Venezuela é só 'um tipo diferente de democracia'

Em palestra no Rio de Janeiro, chanceler brasileiro afirma que "não existe um modelo único de democracia" e defende "circunstâncias especiais" de Chávez

Luís Bulcão, do Rio de Janeiro

O ministro das Relações Exteriores, Antônio Patriota, durante entrevista no Itamaraty (Ueslei Marcelino/Reuters)

Após quase 14 anos de políticas de nacionalização de empresas privadas, perseguição à imprensa e a oposicionistas, alterações na constituição, com aumento dos poderes presidenciais e fim do limite para reeleições, a Venezuela vai novamente às urnas neste domingo. Apesar de ter seu poder contestado em eleições e referendos anteriores, Chávez enfrenta um oponente em crescente evidência . Caso vença novamente, vai poder consolidar a segunda década sem alternância de poder no país que antes dele, apesar de seu quadro social, era considerada uma democracia estável na América do Sul.

Independentemente do resultado das urnas — legítimo ou com fraudes —, democracia é uma alcunha que não veste bem o governo chavista. A discussão foi evidenciada diante da manobra pouco discreta de Brasil, Argentina e Uruguai para a admissão da Venezuela no Mercosul — aproveitando a suspensão temporária do Paraguai com base em uma cláusula democrática utilizada para punir o país diante do impeachment do presidente Fernando Lugo, em junho. 

A ação ainda carece de explicação coerente. O Paraguai era o único membro do bloco a se opor à entrada do país de Chávez, cuja admissão precisava ser unânime. A deposição de Lugo, através de uma ação constitucional do congresso paraguaio, serviu de motivo para a suspensão do país. Já o mecanismo utilizado para punir o Paraguai, o Protocolo de Ushuaia, que prevê a possibilidade de suspensão e expulsão de um membro do bloco diante de uma ruptura democrática, sequer foi cogitado como empecilho para o ingresso da Venezuela.

Na noite de sexta-feira, após uma palestra na Casa do Saber, no Rio de Janeiro, a questão caiu novamente sobre o chanceler Antônio Patriota, que participou intensamente da gestão da crise paraguaia, em plena realização da Rio+20, em junho. Acostumado a justificar a relação do governo brasileiro com o regime de Chávez desde quando era embaixador em Washington (2007-2009), Patriota deu seu jeito de responder a uma pergunta incômoda – apesar de já exaustivamente respondida pelo bom senso: A Venezuela pode ser considerada uma democracia plena?
Patriota deu início à explicação isentado Chávez de culpa pela polarização política em seu país, que, segundo descreve, é muito mais intensa do que no Brasil. O chanceler lembrou que Chávez, democraticamente eleito, sofreu uma tentativa de golpe em 2002 — mas não mencionou que Chávez também participou de duas tentativas de golpe antes de ser eleito. Patriota alegou que a oposição venezuelana durante anos se afastou do processo democrático, contestando sua legitimidade, e que retomou a atividade ainda em um ambiente extremamente dividido — como promete ser o pleito do próximo domingo.

Por fim, o ministro saiu-se com essa: “A resposta é que não existe um modelo único de democracia. Existem graus diferentes de amadurecimento democrático. Existem circunstâncias especiais. E o julgamento sobre um país aqui na nossa região, onde subscrevemos cláusulas democráticas (Tratado de Ushuaia, no Mercosul, e carta democrática, da UNASUL), é coletivo e político até certo ponto. Se a região considera que há plena democracia na Venezuela, então há plena democracia na Venezuela. A Unasul poderia ter se reunido, deliberado sobre a Venezuela, e considerado que não havia (plena democracia). Não é essa a opinião da América do Sul. Então é essa a resposta possível. Não é inteiramente satisfatória, mas é a resposta possível”, afirmou.

A diferença do grau de tolerância na Venezuela e no Paraguai continuou sem resposta. Mesmo assim, Patriota confirmou que o Paraguai pode retornar ao bloco diante das eleições, previstas para 2013. “Para que haja o bom andamento, o Paraguai precisa viver em plena vigência democrática. Se as eleições forem livres e democráticas, estarão dadas as condições para o retorno do Paraguai (ao Mercosul)”, afirmou, durante a palestra.

Chávez, o ‘mediador’ – O chanceler também comemorou a abertura do processo de paz na Colômbia e felicitou Chávez pela intermediação entre as Farc e o governo colombiano. Patriota também congratulou Cuba por sediar encontros reservados e estabelecer o diálogo entre o grupo guerrilheiro e o governo de Juan Manuel Santos — que precisou se afastar da presidência por alguns dias devido ao tratamento de um câncer. 

Patriota destacou a evolução política da Colômbia. Segundo ele, que classificou a presidência de Santos como “lúcida, corajosa e criativa”, um cenário promissor contaria com a participação dos grupos divergentes na vida política colombiana de forma pacífica. “Esse fenômeno já aconteceu em outros lugares, como na Irlanda do Norte e, de certa forma, em Angola. Demonstra um amadurecimento das lideranças da nossa região”, defendeu.




                   FRASE DO DIA


 "Ele, como líder, tinha que estar preocupado. E não deveria ter feito o que ele fez, que é fingir que não houve mensalão"



Palavras de Fernando Henrique Cardoso sobre declaração de Lula no comício de encerramento da campanha de Haddad em São Paulo.




Até amanhã, espero que tenham usado bem seu voto.


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As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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