segunda-feira, 1 de outubro de 2012

O VOTO HISTÓRICO DO MINISTRO CELSO DE MELLO COLOCOU A VERDADE DO QUE QUERIA LULA E O PT - O FIM DA ERA LULA SE APROXIMA VERTIGINOSAMENTE - ONDE ESTÃO OS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS ANUNCIADOS ? - EDUCAÇÃO, O MAIS GRAVE DOS RISCOS -


Bom dia, como já venho escrevendo a alguns dias, o PT e seu líder Lula o Mentiroso encontra-se numa posição delicada, isto claro sem que admitam, por julgarem-se seres superiores que aqui estão para consertar o mundo não admitem seus erros e suas atitudes estúpidas e sem coerência com os ideais que sempre fizeram crer ao povo brasileiro, ideias de princípios e honestidade sobre todas as coisas o que infelizmente está sendo contestado por ações em desacordo com elas, isto está sendo provado justamente neste julgamento do mensalão. Ao serem levados ao poder, seus princípios foram jogados no ralo e passaram a personificarem tudo de ruim que há na política e no cuidado do bem público, pelo contrário, usaram o bem público para patrocinarem tudo que está sendo confirmado no julgamento, desvio de dinheiro do povo, compra de apoio político para seus objetivos, enfim tudo aquilo que sempre lutaram as claras, sabe-se hoje também que era tudo cortina de fumaça, queriam era o poder e com o poder assumirem o país e implantarem sua ideologia comunista/fascista com tudo de ruim que existe nesta ideologia, a democracia que vivemos para eles não é democracia já que tudo que é contrário aos seus pensamentos e atitudes não é ideal, precisam com que todos aceitem e partilhem de suas ideias sem contestações, ora, esta democracia que eles preconizam na verdade é uma ditadura tal qual a que vivemos, uma ditadura de esquerda que não admite oposição nem uma imprensa livre que pode mostrar seus erros e defeitos, tudo e todos que lutam pelo bem coletivo em desacordo com suas regras é perniciosa ao seu ver. Será que é isto que o povo brasileiro anseia? Será que esta tal de democracia da esquerda com um único e permanente poder é o que queremos? A verdadeira democracia impõe uma alternância no poder, opositores para eles tornam-se inimigos mortais, basta lembrarem-se das palavras de Lula no programa do Ratinho do SBT: "Não admito que os tucanos sejam levados à Presidência, se para evitar isto concorro novamente", tal declaração está cheia de auto-suficiência e arrogância antidemocrática e por si só é a prova inconteste de seus objetivos, ou seja, eternizarem-se no poder e continuarem a fazer uso do Estado em prol do partido e de sua militância como se observa na partirização das estatais no país mesmo que sem a competência necessária para seu gerenciamento trazendo inclusive prejuízos incontáveis como se está observando na Petrobras que virou Ptbrás, novamente pergunto a vocês que me lêem e acompanham: Será este o país que queremos, um país dirigido por esta esquerda retrógrada ou a democracia plena que vivemos até bem pouco? Pensem e respondam a si mesmo e tomem a atitude que todos aqueles que querem a democracia plena devem tomar, tirem-nos do poder pelas armas que todos temos, a arma do voto, não elejam mais esta cambada de petista estelionatários guiados pelo maior deles Luis Inácio Lula da Silva aquele que viveu a maior parte de sua vida sem trabalhar a nossa custa através dos sindicatos que sustentamos por lei que a isto nos obriga. Leiam;
Juarez Capaverde




Mensalão: Trechos do voto histórico do ministro Celso de Mello na data de hoje 01.10.2012

* Quero registrar que o STF está julgando a presente causa da mesma forma que sempre julgou os demais processos que foram submetidos sua apreciação. Sempre respeitando os direitos e garantias fundamentais que a Constituição assegura a qualquer acusado, observando ainda, nesse julgamento, além do postulado, os parâmetros jurídicos, muito menos flexibilizando direitos fundamentais a quaisquer que sejam os réus e quaisquer que sejam os delitos.

* E isso é o que entre nós prevalece porque se impõe a todos os cidadãos dessa República um dever muito claro: a de que o Estado brasileiro não tolera o poder que corrompe e nem admite o poder que se deixa corromper.

* (...) Este processo criminal, senhor presidente, revela a face sombria daqueles que, no controle do aparelho de Estado, transformaram a cultura da transgressão em prática ordinária e desonesta de poder, como se o exercício das instituições da República pudesse ser degradado a uma função de mera satisfação instrumental de interesses governamentais ou desígnios pessoais

* (...). A conduta dos réus, notadamente daqueles que ostentam ou ostentaram funções de governo, maculou o próprio espírito republicano. Em assuntos de Estado ou de governo, nem o cinismo, nem o pragmatismo, nem a ausência de senso ético e nem o oportunismo podem justificar práticas criminosas, como as ações de corrupção do alto poder executivo ou de agremiações partidárias. (...)

* É nesse contexto que se pode dizer que a motivação ética é de natureza republicana. Isso passa pela virtude civil do desejo de viver com dignidade. E pressupõe-se que ninguém poderá viver com dignidade em uma República corrompida (...). Diz o professor Celso Laffer "numa República, o primeiro dever do governante é o senso de Estado, vale dizer, o dever de buscar o bem comum e não o individual ou de grupos. E o primeiro dever do cidadão é de respeitar os outros. (...)"

* O conceito de República aponta para o consenso jurídico do governo das leis e não do governo dos homens, ou seja aponta para o valor do Estado de Direito. O governo das leis obstaculiza o efeito corruptor do abuso de poder, das preferências pessoais dos governantes por meio da função equalizadora das normas gerais, que assegura a previsibilidade das ações pessoais e, por tabela, o exercício da liberdade (...).

* E numa República as boas leis devem ser conjugadas com os bons costumes dos governantes e dos governados que a elas dão vigência e eficácia. A ausência de bons costumes por parte dos governantes leva à corrupção, que significa destruição (...). O espírito público da postura republicana é o antídoto do efeito deletério da corrupção (...).

* Nós sabemos que o cidadão tem o direito de exigir que o estado seja dirigido por administradores íntegros e por juízes incorruptíveis. O fato é que quem tem o poder e a força do estado em suas mãos não tem o direto de exercer em seu próprio proveito.

* É importante destacar as gravíssimas consequências que resultam do ato indigno e criminoso do parlamentar que comprovadamente vende o seu voto, comercializa a sua atuação legislativa em troca de dinheiro ou outras vantagens. Só vale destacar, de passagem, senhor presidente, a gravidade das consequências do ato do parlamentar que se deixa corromper. Consequências de natureza penal, constitucional e também institucional. Mas vale pensar sobre a validade ou não do ato legislativo decorrente de corrupção parlamentar (...) Essa é uma situação que se aplica, claramente, às sentenças quando proferidas por juízes corruptos. O eminente ministro Fux aí está para confirmar este aspecto que é muito delicado. Alguns autores sustentam que haveria inconstitucionalidade no ato legislativo decorrente de corrupção parlamentar...

* Esses vergonhosos atos de corrupção parlamentar profundamente levianos quanto à dignidade e à respeitabilidade do Congresso Nacional, atos de corrupção alimentados por transações obscuras, devem ser condenados e punidos com o peso e o rigor das leis dessa república porque esses vergonhosos atos que afetam o cidadão comum privando-o de serviços essenciais, colocando-os à margem da vida, esses atos significam tentativa imoral e ilícita de manipular criminosamente à margem do sistema funcional do processo democrático e comprometendo-o.


b)



Lula, o nosso Maomé frustrado, não reconhece o poder do Supremo, a legitimidade da oposição e a autoridade do povo. A menos, claro!, que façam o que ele manda!
Luiz Inácio Inconformado da Silva não está sendo julgado no Supremo Tribunal Federal, embora, a meu juízo, devesse. Supor que a quadrilha do mensalão tenha se reunido naquela orgia de corruptos ativos e passivos, no embalo de peculatos e gestão fraudulenta, sem a sua anuência vai além da ingenuidade, não é? Trata-se mesmo de uma forma de cretinice. 

A Procuradoria-Geral da República, de todo modo, diz não ter conseguido reunir indícios suficientes para denunciá-lo. Nas conversas que mantém com interlocutores, reveladas por VEJA, Marcos Valério diz o que a todos parece óbvio: “Lula era o chefe”. 

É bem verdade que há outros inquéritos que investigam outras franjas do mensalão — inclusive aquele que diz respeito ao BMG e que corre na Justiça Federal de Minas. Nunca é tarde para chegar ao Babalorixá de Banânia. Naquele caso, as pegadas de Lula parecem muito claras.

O Apedeuta resiste, para usar palavra de sua predileção sobre si mesmo, a “desencarnar”. E agora, na sua compreensão sempre perturbada da democracia — espero que aquele rapaz que resenhou meu livro, o tal Bernardo Mello Franco, não se abespinhe por eu estar “atacando” Lula —, resolveu que existe uma contradição inelutável entre o “STF” e o “povo”. 

Um estaria de um lado, e o outro, de outro!!! Na coluna Holofote da VEJA desta semana, lemos a seguinte nota:

“’Eu não vou deixar que o último capítulo de minha biografia seja escrito pelos ministros do Supremo Tribunal Federal. Quem vai escrevê-lo é o povo’. 

Foi com essa frase que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva encerrou um almoço com um ex-ministro há duas semanas. Lula não aceita a interpretação corrente de que a condenação dos mensaleiros e o fracasso do PT nas eleições representarão o fim de sua carreira política. O interlocutor ficou em dúvida se ele pretende voltar às urnas em 2014 ou se liderará uma campanha para tentar reverter a condenação dos mensaleiros.”

As dúvidas desse interlocutor não fazem sentido político e jurídico. Comecemos por este último: a decisão do STF é irrecorrível. Os “embargos infringentes” então mais para “embargos auriculares”, que se fazem só nas orelhas do interlocutor. 

A maioria dos réus, até agora, está condenada por placar expressivo. Há casos de 11 a zero, 10 a zero (depois da saída de Cezar Peluzo), 10 a 1, 9 a 2… O que Lula pretende fazer? Mandar os bate-paus do petismo cercar o Supremo de tacape na mão? É retórica balofa para realidade frouxa, oca.

No que concerne à política, qual a saída? Dar um pé em Dilma e tomar o lugar dela como candidata natural à reeleição? No petismo, atenção!, há entusiastas de sua candidatura ao governo de São Paulo. É… Talvez pudesse tentar. 

Não custa lembrar que este senhor perdeu todas as disputas se considerarmos só o eleitorado do Estado. Se dependesse só de São Paulo, ele e Dilma nunca teriam sido eleitos presidentes da República. Luiz Inácio Faroleiro da Silva pode correr esse risco? Muitos ficarão francamente melados de emoção. Se der certo, bem… Se não der, será um enterro político sem glórias.

O desempenho vexaminoso do PT nas capitais — e tudo indica que o resultado será muito ruim nacionalmente — demonstra que seus poderes mágicos eram frutos da mística e da mistificação. Não! O eleitorado não faz o que Lula manda. E ponto! 

Se Fernando Haddad passar para o segundo turno em São Paulo, o projeto do chefão manco do PT ganha sobrevida porque é bem provável que Russomanno não tenha fôlego para a segunda rodada. Se não passar, os tais coelhos que ele prometeu assar quando se tornasse ex-presidente o aguardam…

Lula está desesperado. Ontem, os petistas fizeram dois comícios na Zona Leste da cidade. O Apedeuta, que disputou uma vez o governo de São Paulo e cinco vezes a Presidência — tendo sido eleito, então, depois de quatro derrotas para cargos executivos —, recomendou, com a grosseria que lhe é peculiar, que José Serra se aposentasse… 

Sabem o que é fabuloso? No próximo dia 27, o petista completará 67 anos. É apenas três anos mais novo do que o tucano — diferença que, convenham, a partir, sei lá, dos 20, já não faz mais… diferença! Dia desses, afirmou que, caso Dilma não queira se candidatar à reeleição (era um convite…), ele aceitaria a parada. Se isso viesse a acontecer, estaria com 69 anos…

Não pensem que Lula está brincando quando recomenda que o adversário se aposente! Ele fala a sério. E agora começo a ligar os pontos, leitor: o homem que não reconhece a autoridade do Supremo e pensa em apelar ao “povo” para contraditar o tribunal é o mesmo que não reconhece a legitimidade do adversário e da oposição. Quando sugere a aposentadoria de Serra, está deixando claro que não quer vencer o seu opositor, mas eliminá-lo do jogo político.

Esse demiurgo inescrupuloso pode avançar também para a delinquência política pura e simples. Referindo-se a Marta Suplicy, que estava presente ao comício, afirmou que “não deixaram Marta se reeleger” por ela “se meter a fazer coisas para os pobres”.

“Não deixaram”??? Quem “não deixaram”, cara-pálida? Em 2004, Serra foi eleito contra Marta pelo povo. Em 2008, Kassab foi eleito prefeito contra Marta pelo povo! 

Entendi: o Babalorixá de Banânia não reconhece o poder do Supremo, não reconhece a legitimidade da oposição e não reconhece nem mesmo a autoridade do povo se este não votar em quem ele manda. Entendo seu nervosismo: o PT perdeu a eleição para o governo de São Paulo duas vezes (2006 e 2010) e a para a Prefeitura duas vezes (2004 e 2008) com ele na Presidência da República, tentando dar ordens aos paulistas e paulistanos.

Lula não se conforma de não ser o nosso Maomé, ainda que certa imprensa faça esforço para isso. É que eu não sou um exímio desenhista, viu, Mello Franco? Se fosse, agora faria uma charge de Lula pendurado na brocha do próprio rancor.

Por Reinaldo Azevedo



c)




01/10/2012 às 14:54 \ Feira Livre/Augusto Nunes



                      ‘Tapar o sol’



PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO DESTE DOMINGO



FERREIRA GULLAR

Gostaria de deixar claro que não tenho nada de pessoal contra o ex-presidente Lula, nem nenhum compromisso partidário, eleitoral ou ideológico com ninguém. Digo isso porque, nesta coluna, tenho emitido, com alguma frequência, opiniões críticas sobre a atuação do referido político, o que poderia levar o leitor àquela suposição.

Não resta dúvida de que tenho sérias restrições ao seu comportamento e especificamente a certas declarações que emite, sem qualquer compromisso com a verdade dos fatos. E, se o faço, é porque o tenho como um líder político importante, capaz de influir no destino do país. Noutras palavras, o que ele diz e faz, pela influência de que desfruta, importa a todos nós.

E a propósito disso é que me surpreende a facilidade com que faz afirmações que só atendem a sua conveniência, mas sem qualquer compromisso com a verdade. É certo que o faz sabendo que não enganará as pessoas bem informadas, mas sim aquelas que creem cegamente no que ele diga, seja o que for.

Exemplo disso foi a entrevista que deu a um repórter do New York Times, quando voltou a afirmar que o mensalão é apenas uma invenção de seus adversários políticos. E vejam bem, ele fez tal afirmação quando o Supremo Tribunal Federal já julgava os acusados nesse processo e já havia condenado vários deles. Afirmar o que afirmou em tais circunstâncias mostra o seu total descompromisso com a verdade e total desrespeito com às instituições do Estado brasileiro.

Pode alguém admitir que a mais alta corte de Justiça do país aceitaria, como procedentes, acusações que fossem meras invenções de políticos e jornalistas irresponsáveis?

E mais: os ministros do STF passaram sete anos analisando os autos desse processo, tempo mais que suficiente para avaliá-lo. Afirmar, como faz Lula, que tudo aquilo é mera invenção equivale a dizer, implicitamente, que os ministros do STF são coniventes com uma grande farsa.

Mas o descompromisso de Lula com os fatos parece não ter limites. Para levar o entrevistador do “NYT” a crer na sua versão, disse que não precisava comprar votos, pois, ao assumir a Presidência, contava com a maioria dos deputados federais.

Não contava. Os verdadeiros dados são os seguintes: o PT elegera 91 deputados; o PSB, 24; o PL; 26; o PC do B, 12, num total de 153 deputados. Mesmo com os eleitos por partidos menores, cuja adesão negociava, não alcançava a metade mais um dos membros da Câmara Federal.

Cabe observar que ele não disse ao jornalista norte-americano que não comprou os deputados porque seria indigno fazê-lo. Disse que não os comprou porque tinha maioria, ou seja, não necessitava comprá-los. Pode-se deduzir, então, que, como na verdade necessitava, os comprou. Não há que se surpreender, Lula é isso mesmo. Sempre o foi, desde sua militância no sindicato. Para ele, não há valores: vale o que o levar ao poder ou o mantiver nele.

Sucede que, apesar do que diga, ninguém mais duvida de que houve o mensalão. Pior ainda, corre por aí que o Marcos Valério está disposto a pôr a boca no mundo e contar que o verdadeiro chefe da patranha era o Lula mesmo, como, aliás, sempre esteve evidente. E já o procurador-geral da República declarou que, se os dados se confirmarem, o processará. É nessas horas que o Lula falastrão se cala e desaparece. Às vezes, chama Dilma para defendê-lo.

Desta vez, chamou o Rui Falcão, presidente do PT, para articular o apoio dos líderes da base política do governo. Disso resultou um documento desastroso, que chega ao ponto de acusar o Supremo de perpetrar um golpe de Estado contra a democracia, equivalente aos golpes que derrubaram Vargas e João Goulart. Pode? Vargas e Goulart, como se sabe, foram depostos pela extrema direita com o apoio de militares golpistas.

O julgamento do STF realiza-se às claras, à vista de milhões de telespectadores. Não é uma conspiração. Ele desempenha as funções que a Constituição lhe atribui. E que golpe é esse contra um político que não está no poder?

O tal manifesto só causou constrangimento. O governador Eduardo Campos, de Pernambuco, deu a entender que foi forçado a assiná-lo, após rejeitar três versões dele. Enfim, mais um vexame. Só que Lula, nessas horas, não aparece. Manda alguém fazer por ele, seja um manifesto, seja um mensalão.




d)




Joaquim Barbosa autoriza abertura de novo inquérito sobre mensalão; desta vez, podem se complicar Fernando Pimentel, Benedita da Silva e Vicentinho…



Se “eles” lá, vocês sabem quem, já andavam meio chateados com Joaquim Barbosa e com o STF, agora há o risco de que comecem a babar de ódio. O ministro autorizou a abertura de um novo inquérito para investigar a segunda fase do mensalão. E, desta feita, ele mexe com um homem importante do governo Dilma Rousseff: o ministro Fernando Pimentel — aquele, sabem?, que era “consultor” e que também havia contratado aquela primeira equipe dedicada a montar o falso dossiê contra o tucano José Serra, em 2010. 

Um petista moderno, como sabemos… Além de Pimentel, também aparecem no rolo Benedita da Silva e o deputado Vicente Paulo da Silva, o Vicentinho (PT-SP). Lula vai dizer que se trata de mais uma conspiração contra as forças populares… Leiam trecho de reportagem de Flávio Ferreira, na Folha:

O ministro Joaquim Barbosa, relator do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal, autorizou a abertura de um inquérito para investigar repasses feitos pelo esquema para pessoas ligadas ao ministro do Desenvolvimento, Fernando Pimentel, e a outros políticos petistas. 

O novo inquérito, a ser instaurado na Justiça Federal em Belo Horizonte, também vai investigar repasses a pessoas que trabalharam com os deputados Benedita da Silva (PT-RJ) e Vicentinho (PT-SP), além de dezenas de outras pessoas e empresas que receberam dinheiro do esquema.

Essas pessoas não são parte do processo que está em julgamento no Supremo desde o início de agosto, porque os repasses só foram descobertos pela Polícia Federal quando a ação principal já estava em andamento no STF. A nova fase do caso foi inaugurada há pouco mais de um mês, após pedido da Procuradoria-Geral da República para que fossem aprofundadas as investigações sobre o destino do dinheiro distribuído pelo PT com a colaboração do empresário Marcos Valério Fernandes de Souza.

O requerimento cita nominalmente Pimentel, um dos principais auxiliares da presidente Dilma Rousseff, Benedita e Vicentinho, dizendo que, como eles têm foro privilegiado, a investigação deverá voltar ao Supremo “caso surjam indícios concretos de que os valores arrecadados” destinavam-se aos três. (…) Seguindo o caminho do dinheiro distribuído pelo empresário, a polícia chegou a Rodrigo Barroso Fernandes, em Belo Horizonte. Na época do repasse, em 2004, ele era coordenador financeiro do comitê da campanha de Fernando Pimentel à Prefeitura de Belo Horizonte, diz a PF.
(…)

As investigações também apontaram repasses para Carlos Roberto de Macedo Chaves, que teria feito dois saques no valor de R$ 50 mil em agosto e setembro de 2003. Ele disse à PF que trabalhou como contador da campanha de Benedita em 2002. De acordo com a polícia, a origem desse dinheiro foi o fundo Visanet, controlado pelo Banco do Brasil e por outras instituições financeiras.
(…)

Em relação a Vicentinho, a PF descobriu que o produtor audiovisual Nélio José Batista Costa recebeu R$ 17 mil da empresa Estratégia Marketing, de Valério, em agosto de 2004, “devido aos serviços prestados durante a campanha eleitoral do candidato Vicentinho para a Prefeitura de São Bernardo do Campo”.
(…)

Por Reinaldo Azevedo




e)



 Feira Livre do blog de Augusto Nunes

Reynaldo-BH: ‘No caso do mensalão, já não há nada suposto. Há fatos comprovados’

REYNALDO ROCHA

Vamos combinar?

Que tal agora, após o pronunciamento da Justiça que transitará em julgado (sem apelações), por ter sido proferido pela mais alta corte do Brasil, passarmos a chamar as coisas pelo nome?

Sai o deputado João Paulo e entra o corrupto condenado João Paulo.

Sai o empresário Marcos Valério e entra o bandido Marcos Valério.

Onde se lê “recursos não contabilizados”, leia-se simplesmente roubo!

Mas, antes de mais nada, deletemos o uso da palavra “suposto” para qualificar o que é a mais absoluta verdade.

É cansativo ler que existia um suposto esquema de compra de votos. Nada disso: existiu um esquema criminoso de compra de votos!

Boa parte da imprensa parece buscar, em nome de uma pretensa imparcialidade, o que seria um distanciamento dos fatos. Isso é saudável até que se comece a agredir os fatos em nome desta falsificação ausente de todos os manuais de redação.

Excesso de cautela também pode ser sinônimo de discordância. Ou mesmo de covardia.

Nós, leitores, exigimos que os meios de comunicação sejam informativos. Pedir que jornalistas relatem fatos é estranho. Mas, infelizmente, necessário.

Sei que os “blogueiros progressistas” e os membros do PIG (Partido da Imprensa Governamental) jamais deixarão de usar o “suposto”. É o que resta a quem compactuou e protegeu uma camarilha de bandidos que sempre soubemos existir.

Mas a imprensa séria que, provavelmente por excesso de zelo, insiste em expressões como “suposto mensalão”, “suposto participante” ou “suposto desvio de verbas públicas” está obrigada – pelos fatos! – a revogar o termo que inspira dúvidas.

Não há nada suposto! Há fatos comprovados. E julgados como tal.

Espero que aprendamos, na esteira de tantas lições, a usar as palavras na exata dimensão que  possuem.

Assim teremos uma imprensa sem meios-termos. E sem medo de expor o que é simplesmente verdadeiro.

Por supuesto!

(Que, em espanhol, quer dizer claro, óbvio, certamente.)



f)


01/10/2012 às 20:00 \ Política & Cia\ Ricardo Setti\Veja


MENSALÃO: Não é exagero imaginar que Dirceu já treme na base

Dirceu: "Esse comportamento (compra de votos) na política dá cadeia, sim", disse o procurador-geral da República, para quem é "torrencial" a prova contra o ex-chefe da Casa Civil (Foto: veja.abril.com.br)

Amigas e amigos do blog, não sei o que vocês acham, mas o teor de alguns votos expedidos hoje durante mais uma sessão de julgamento do processo do mensalão no Supremo Tribunal Federal e a reiteração, em votos e apartes de ministros, de que o mensalão abrangeu entre seus crimes o de quadrilha ou bando (artigo 288 do Código Penal) deve estar preocupando o ex-chefe da Casa Civil José Dirceu.

Como se sabe, o Ministério Público, na denúncia aceita pelo Supremo em 2007, qualifica Dirceu como “o chefe da quadrilha” do mensalão.

Das longas intervenções dos vários ministros que votaram por sucessivas condenações de hoje, me impressionou a veemência com que o decano do Supremo — o ministro que há mais tempo enverga a toga entre os 11 que constituem a Corte –, Celso de Mello, no Supremo desde 1989, referiu-se aos altos escalões do poder em uma das votações de hoje à tarde.

“Esses vergonhosos atos de corrupção parlamentar, lesivos à respeitabilidade do Congresso Nacional, atos de corrupção alimentados por transações obscuras arquitetadas em altos patamares governamentais, devem ser condenados e punidos com todo o rigor da lei”, sentenciou o ministro.

Posso estar enganado, mas acho que Celso de Mello, com o peso moral de sua intervenção, parece já estar antecipando que fará recair sobre Dirceu o peso da lei. “Altos patamares governamentais”, como diz o ministro, seria quem, senão ele?

Não parece exagero imaginar que Dirceu, a esta altura, treme na base.

Para não deixar dúvida sobre a reiterada posição do Ministério Público, o procurador-geral Roberto Gurgel voltou a dizer hoje que “José Dirceu era o grande mentor, o grande líder” da “organização criminosa” que constituiu o mensalão para comprar apoio parlamentar para o governo Lula no Congresso.

“Continuo absolutamente convencido da participação dele, a prova é mais que abundante, é torrencial em relação ao ministro José Dirceu”, enfatizou o chefe do Ministério Público Federal, para o qual a condenação dos réus, ao final do julgamento, será “um marco” para a mudança das práticas políticas no país.

“Esse comportamento na política dá cadeia, sim”, bradou Gurgel. “Acredito firmemente que vai ter cadeia, em número bem significativo.”

Ricardo Setti





II- ECONOMIA ONDE ESTÃO OS INVESTIMENTOS ESTRANGEIROS TÃO ANUNCIADOS? PORQUE SERÁ QUE DESISTIRAM?






Carlos Brickmann

Indústria Automobilística -- 6 grandes marcas anunciaram investimentos no Brasil. Ia, mas não foi.

O TAMANHO DA MAROLINHA
José Dirceu informa que o crescimento da atividade econômica já começa a ser comprovado por pesquisas e indicadores divulgados nos últimos dias. Mas não é bem assim: o aumento do PIB, previsto pelo Banco Central, é de 1,6%, menor que o aumento da população. É menos renda para cada brasileiro.

Não é de espantar: só na área automobilística, seis empresas que anunciaram a construção de fábricas no país mudaram de planos. A GM e a Peugeot-Citroën construiriam uma fábrica conjunta. Desistiram. A BMW, que vive anunciando novos projetos (o último era uma fábrica de motores no Paraná), prometeu escolher o local de sua fábrica brasileira em fevereiro – de 2012. Até agora, nada.

A JAC, chinesa, cujos carros são anunciados por Fausto Silva (do lado de fora: nenhum dos anúncios o mostra sentado no banco), investiria R$ 900 milhões em Camaçari, na Bahia, criando 3.500 empregos e produzindo 100 mil carros por ano. Isso, naturalmente, se a fábrica fosse erguida – mas não foi.

A Jaguar Land-Rover, da gigante indiana Tata Motors, iria produzir no país, iniciando a construção de sua fábrica em janeiro último. Desistiu porque, a seu ver, a política brasileira para a produção de automóveis é pouco clara.

A Great Wall, chinesa, declarou-se impressionada com o mercado brasileiro e anunciou investimentos para produzir seus carros aqui. E, como as outras, também desistiu silenciosamente do projeto. Aliás, todas as empresas fizeram barulho ao anunciar fábricas, mas quando desistiram só se ouviu o som do silêncio.

Alô, Aloízio Mercadante

O novo sistema operacional da Apple está dando problemas tremendos – de alto consumo de bateria a mapas mais cheios de erros do que pesquisa eleitoral. Deve ser efeito das mudanças causadas pela produção no Brasil. Conforme garantiu o então ministro Aloízio Mercadante (e, portanto, não aconteceu), os chineses investiriam US$ 12 bilhões em cinco fábricas no país.

Não eram US$ 12 bilhões, nem o dinheiro era deles: era nosso, do BNDES.

Mas não faz mal, porque o investimento não foi mesmo feito. Como não houve investimento, nem fábricas, o novo sistema operacional vive falhando. Já Mercadante aproveitou e mudou de cargo.

Não ficaria bem para ele revogar mais uma promessa irrevogável.





III- EDUCAÇÃO SOB PRISMA DA ECONOMIA, TAMBEM UM CAOS




O MAIS GRAVE DOS RISCOS


Miriam Leitão, O Globo

O IBGE revelou uma notícia assustadora, mas não houve reação à altura. O Brasil tem um milhão quatrocentos e quinze mil crianças de 7 a 14 anos oficialmente analfabetas pelo registro da Pesquisa Nacional por Amostras de Domicílios (Pnad). E de 2009 a 2011 caiu — sim, é isso, caiu — o percentual de jovens de 15 a 17 anos na escola. Será que é assim que queremos vencer?

A vastidão da tragédia educacional brasileira não caberia nesta coluna, e arruinaria — querida leitora, caro leitor — este seu domingo. Por isso vamos pensar juntos apenas em alguns números. Fomos informados dias atrás pelo IBGE que em 2009 o Brasil tinha 85,2% de jovens de 15 a 17 anos na escola.

O que equivale a dizer que 14,8% não estavam, e isso já era um absurdo suficiente. Mas em 2011, a Pnad descobriu que o número tinha piorado e agora só há 83,7%. Aumentou para 16,3% o total de jovens nessa faixa crítica que estão fora da escola.

Em qualquer país do mundo, que saiba a natureza do desafio presente, esses números seriam motivo para se fazer um escândalo, iniciar uma investigação, chamar as autoridades à responsabilidade. O ministro se desculparia, os educadores seriam entrevistados para saber como resolver o problema, os contribuintes exigiriam mais respeito com seus impostos, os pais se mobilizariam.

Mas a notícia foi dada numa sopa de outros indicadores e sumiu por lá. Em alguns jornais foi destaque, em outros, nem isso.

Como assim que em 2012 o país fica sabendo que tem menos — e não mais — jovens onde eles deveriam estar? E mesmo assim não se assusta, não reage? Difícil saber o que é pior: se a notícia em si ou a falta de reação diante da notícia.

Os demógrafos já nos informaram que estão nascendo menos brasileiros, e que, por isso, a população vai parar de crescer. Os empresários estão dizendo que há um apagão de mão de obra, falta trabalhador qualificado.

Nem que seja por uma mera questão econômica, de formação de trabalhadores, o país deveria exigir explicação das autoridades. Afinal, estamos jogando fora cérebros que serão necessários à economia.

Mas a educação, evidentemente, não é só para formação de trabalhadores, como se fossem peças de uma máquina. É a única estrada que leva as pessoas à realização do seu potencial, a única forma de realmente incluir o cidadão, a melhor maneira de fortalecer a democracia.

A taxa de analfabetismo no Brasil é considerada a partir de 15 anos. Com esse recorte etário, a taxa foi de 8,6% em 2011. Uma melhora em relação a 2009, quando era de 9,7%. Com mais de 15 anos temos 12,9 milhões de analfabetos.

Mas se formos considerar quem não está na conta — os de 7 a 14 anos — existem mais 1,4 milhão de analfabetos. O problema desse número é que ele derrota a ideia de que o analfabetismo é um problema herdado pelos erros passados do Brasil. De fato, ele é maior quanto mais alta for a idade. Mas esses dados mostram que o país está repetindo agora o mesmo desatino. Há analfabetos jovens, hoje. Meio milhão deles estão na área rural. Aliás a taxa de analfabetismo rural brasileiro é de 21%.

Eu queria não estragar o domingo de você que me lê. Então vamos concluir assim: ainda há tempo. Se o Brasil se apressar, pode correr atrás dos ainda analfabetos. Pode tentar trazer de volta os jovens que desistiram da escola.

Alguns mais céticos dirão que não há mais tempo e o cérebro não educado na infância jamais terá de volta a habilidade necessária. São tantos os casos de superação.

É quase tarde demais, mas ainda há tempo. Se o Brasil não se apressar esses jovens continuarão em seu desamparo.








              FRASE DO DIA

"Nós sabemos que o cidadão tem o direito de exigir que o Estado seja dirigido por administradores íntegros e por juízes incorruptíveis. O fato é que quem tem o poder e a força do estado em suas mãos não tem o direto de exercer em seu próprio proveito."



Celso de Mello, ministro do Supremo Tribunal Federal




Até amanhã







As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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