Pasta das Cidades adultera documento e eleva em R$ 700 milhões projeto da Copa
Com aval do ministro, diretora de Mobilidade Urbana assina parecer forjado que recomenda projeto de Veículo Leve sobre Trilhos em Cuiabá e desbanca projeto original de linha rápida de ônibus
23 de novembro de 2011 | 23h 59
Leandro Colon, de O Estado de S.Paulo
BRASÍLIA - O Ministério das Cidades, com aval do
ministro Mário Negromonte, aprovou uma fraude para respaldar
tecnicamente um acordo político que mudou o projeto de infraestrutura da
Copa do Mundo de 2014 em Cuiabá (MT). Documento forjado pela diretora
de Mobilidade Urbana da pasta, com autorização do chefe de gabinete do
ministro, Cássio Peixoto, adulterou o parecer técnico que vetava a
mudança do projeto do governo de Mato Grosso de trocar a implantação de
uma linha rápida de ônibus (BRT) pela construção de um Veículo Leve
Sobre Trilhos (VLT).Fraude na pasta teve o aval de Negromonte
Com a fraude, o Ministério das Cidades passou a respaldar a obra e
seu custo subiu para R$ 1,2 bilhão, R$ 700 milhões a mais do que o
projeto original. A mudança para o novo projeto foi publicada no dia 9
de novembro na nova Matriz de Responsabilidades da Copa do Mundo.
Para tanto, a equipe do ministro operou para derrubar o estudo
interno de 16 páginas que alertava para os problemas de custo, dos
prazos e da falta de estudos comparativos sobre as duas mobilidades de
transporte.
O novo projeto de Cuiabá foi acertado pelo governo de Mato Grosso com
o Palácio do Planalto. A estratégia para cumpri-lo foi inserir no
processo documento a favor da proposta de R$ 1,2 bilhão. Numa tentativa
de esconder a manobra, o "parecer técnico" favorável ficou com o mesmo
número de páginas do parecer contrário e a mesma numeração oficial (nota
123/2011), e foi inserido a partir da folha 139 do processo, a página
em que começava a primeira análise.
O analista técnico Higor Guerra foi quem assinou o parecer contrário.
Ele era o representante do ministério nas reuniões em Cuiabá para
tratar das obras de mobilidade urbana da Copa - a última, em 29 de
junho. O parecer dele, do dia 8 de agosto, mostrava que os estudos do
governo de Mato Grosso "não contemplaram uma exaustiva e profunda
análise comparativa". Os prazos estipulados, alertou, "são extremamente
exíguos". Além do mais, o BRT já estava com o financiamento equacionado.
Em reunião com assessores na última segunda-feira, no sexto andar do
Ministério das Cidades, a diretora de Mobilidade Urbana, Luiza Vianna,
disse que a ordem para mudar o parecer partiu de Cássio Peixoto, braço
direito de Negromonte, e Guilherme Ramalho, coordenador-geral de
Infraestrutura da Copa de 2014 do Ministério do Planejamento. "Ambos me
telefonaram", disse. O Estado teve acesso a uma gravação da reunião.
No dia 6 de outubro, atendendo a essas ordens superiores, Luiza
Vianna pediu para Higor Guerra alterar seu parecer. O funcionário
negou-se a assinar o outro documento e pediu desligamento há duas
semanas por escrito ao secretário Nacional de Transporte e da Mobilidade
Urbana, Luiz Carlos Bueno de Lima.
O sr. Negromonte cumpriu ordens do Palácio do Planalto, entenderam, agora a sra presidente não poderá tomar nenhuma atitude contra o sr. Negromonte, o funcionário Higor Guerra pediu demisão, ou foi a isto forçado por não aceitar alterar seu relatório contrário a mudança exigida pelo Palácio do Planalto, inchando o custo da obra em R$ 700 milhões de reais, então como falei ontem, onde está a presidente, pois ainda não assumiu, e continua apoiando atitudes como esta, adulteração de documentos, isto é crime passivel de punição ao funcionário público, e a sra presidente não é um funcionário público do país? Onde fica a punição?
Em audio que pode ser acessado na página do Estadão a sra. Luiza Viana confessa a alteração fraudulenta do documento.
Fraude no Ministério 1: "Nós fizemos outra nota técnica, com o mesmo número sim"
Num trecho, a diretora de Mobilidade Urbana do Ministério
das Cidades, Luiza Gomide Vianna, admite a fraude em documento para
alterar projeto no transporte público de Cuiabá, no valor de R$ 1,2 bi.
Fraude no Ministério 2: Não era uma boa ideia fazer o parecer do MT baseado na analise do Higor
A diretora diz aos assessores que foi orientada por Cássio
Peixoto, chefe de gabinete do ministro, e Guilherme Ramalho, coordenador
de Infraestrutura da Copa-2014 do Planejamento, a mexer no processo.
Fraude no Ministério 3: "Fizemos uma revisão juntas da nota técnica que seria encaminhada para o MP"
A diretora do Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna,
conta novamente das ligações recebidas do chefe de gabinete do ministro e
diz que, ao lado da gerente Cristina Soja, alterou o documento.
Fraude no Ministério 4: "Nosso trabalho é para o governo, a nota técnica de vocês é para o governo"
No trecho, da diretora de Mobilidade Urbana do
Ministério das Cidades, Luiza Gomide Vianna, manda um recado aos
assessores de que as notas técnicas precisam atender aos desejos do
governo.
Para escutar o audio, basta acessar a página de política do estadão em www.estadão.com.br , aí está mais uma prova de que a Copa só servirá para que seja consumado o maior roubo de dinheiro público deste país pelos petralhas no poder, ou não? Os fatos se sobrepõe, o orçamento inicial já foi para o espaço a muito tempo, guardem e lembrem depois em quantos bilhões foram as diferenças, e então saberemos para onde foram não é? Para o bolso do Grande Partido o PT e seus cupinchas, onde está a ética tão propagada por eles nos anos em que foram oposição? Ficaram cegos, surdos e mudos como seu Grande Líder LULA MEGALOMANÍACO DA SILVA.
PERGUNTA: E AÍ SRA. PRESIDENTE, QUANDO DE FATO VAI ASSUMIR?
OU EXISTE ALGO MAIS QUE NÃO SABEMOS!
Até amanhã.
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