Bom dia, ontem aqui comentei o fato de
minha internet ser de uma empresa do serviço móvel e que estava com muitas
dificuldades já há alguns dias e não conseguia resolver o problema, inclusive
emiti opinião com respeito à Anatel, hoje encontrei este artigo publicado no
Estadão de quinta-feira, escrito por Carlos Alberto Sardenberg sobre o assunto
telefonia, Sardenberg demonstra estranheza de que em apenas uma semana às
empresas que tinham sido “punidas” apresentaram um plano de investimentos para
resolver todos os problemas, e que, os técnicos da Anatel em tão pouco tempo aprovaram
tudo, mas que análise criteriosa dos planos pelos técnicos foi feita para
liberarem tão rapidamente as empresas da “punição”? Será que analisaram de fato
em tão pouco tempo? Para atender as reclamações dos consumidores levaram anos,
e agora, aceitaram os planos concebidos em tão curto espaço de tempo? Grande
eficiência destes técnicos como diz Sardenberg, uma análise de planos tão específicos
de grandes projetos, foi realmente uma tarefa de primorosa capacidade destes técnicos
da Anatel, ou não? Leiam o artigo abaixo;
Juarez
Capaverde
Pano rápido’, por Carlos Alberto Sardenberg
PUBLICADO NO ESTADÃO
DESTA SEGUNDA-FEIRA
Quer dizer que em menos de uma semana, Oi, Claro e
TIM prepararam planos de investimentos de R$ 20 bilhões, para imediata
execução? E que, em dois ou três dias, os técnicos da Anatel aprovaram tudo
depois de uma análise detalhada e criteriosa?
Um espetáculo de eficiência, não é mesmo? Reparem:
não são planos simples. Envolvem desde a instalação de centenas de antenas até
a colocação de um cabo submarino Rio-Miami (projeto da Claro). E, claro,
melhorias no call center.
Tudo resolvido, a Anatel liberou a venda de novas
linhas de celulares, que havia proibido para punir as empresas por falhas no
atendimento. Em tempo para que as companhias fizessem suas promoções de Dia dos
Pais.
A Anatel canta vitória. Deu uma lição nas teles e
garantiu, daqui em diante, bom atendimento ao consumidor. As companhias também
cantam vitória. Afinal, foram capazes de entregar os planos em poucos dias.
O governo da presidente Dilma também celebra. Dar um
pau nas teles rende talvez mais ibope do que atacar os bancos.
Pano rápido. Fecham-se as cortinas e
termina o teatro.
Alguém poderia perguntar: bom, se era assim, por que
não fizeram antes? Por que a Anatel deixou a situação piorar para só depois
cobrar os investimentos?
E os atores responderiam: quanta má
vontade!
Mas se os espectadores querem uma dica do que se
passa de verdade nos bastidores, aí vai: o grande problema para a ampliação do
número de antenas ─ as legislações absurdas e contraditórias que regulam a
construção de torres ─ continua sem solução. Parece que o governo está
estudando meios de simplificar a coisa, talvez com um projeto de lei ou uma
medida provisória.
Demora um pouco mais porque, como qualquer um sabe,
isso é muito mais difícil do que preparar, analisar, aprovar e executar planos
de R$ 20 bilhões.
II- FOI CRIADO O MERCOCHÁVEZ E
TERMINARAM COM O MERCOSUL
Magnífica reportagem de
Nathalia Watkins na Veja impressa desta semana sobre o ex-Mercosul, podemos
chamar assim o extinto Mercosul, já que foram quebradas descaradamente as
regras para a entrada de um país como membro do mesmo, incrível como Dilma,
Cristina e Mujica jogaram para o alto tudo que foi firmado na criação do grupo
de países que fariam parte deste mercado comum, acharam um jeito de incluir o
grande Chávez como membro mesmo que para isto tivessem que impedir a manifestação
de um membro efetivo como o Paraguai, que por acaso era o que não aceitava a
inclusão de Chavez por não considerarem a Venezuela um país totalmente democrático
apesar das aparências, a tal de democracia das esquerdas que nada mais é do que
uma ditadura disfarçada como sabemos todos nós basta que queiramos. Dilma está
se deixando levar pelas ordens emitidas por Lula o Mentiroso e por Marco Aurélio
Garcia o Marxista/Fascista/Nazista seu conselheiro para assuntos internacionais
que nada mais é do que um comunista que segue a cartilha das esquerdas
fascistas, até onde iremos com o Brasil nas mãos desta cambada de ladrões do
dinheiro público que ainda querem roubar a alma do povo brasileiro,
tranformando-nos em meros instrumentos de sua política ditatorial suja, leiam
depois como costuma agir Cristina Kirchner a mui amiga na Argentina e como hoje
se encontra o país, no fundo do poço. Leiam;
Juarez Capaverde
Sai o Mercosul. Entra em cena o “mercochávez”. E logo vem aí a Bolívia do cocaleiro Evo Morales
(Reportagem de Nathalia Watkins publicada na edição impressa de VEJA)
SAI O MERCOSUL. ENTRA EM CENA O “MERCOCHÁVEZ”
Brasil,
Argentina e Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco alegando desrespeito às
regras. Mas isso é o que eles mais têm feito
Um dos conceitos basilares nas relações
internacionais é o de boa-fé. Entende-se por isso a vontade de um governo de
respeitar o que foi combinado com os outros. Sempre que um Estado subscreve um
tratado, seja uma trégua, seja um acordo comercial, pressupõe-se que o seu
interlocutor se esforçará para seguir à risca todos os artigos e cláusulas.
Tal virtude desapareceu do Mercosul, o bloco
econômico regional criado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.
O mais recente golpe na boa-fé se deu na terça-feira
31, quando uma reunião em Brasília entre os presidentes José Mujica, do
Uruguai, Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina,
formalizou a adesão da Venezuela de Hugo Chávez, também presente, como membro
pleno do Mercosul.
O ingresso da Venezuela violou descaradamente as
regras inscritas nos documentos que criaram o bloco e que cimentaram suas bases
institucionais, como o Tratado de Assunção, de 1991, e o Protocolo de Ouro
Preto, de 1994.
Segundo esses dois textos, a entrada de um novo sócio
só poderia acontecer com a aprovação de todos os países. Em nenhum trecho está
escrito que a suspensão temporária de um dos membros – como ocorreu em junho
com o Paraguai em punição pelo impeachment do presidente Fernando Lugo – anula
a necessidade do consenso de todos os sócios para a aceitação de um novo
parceiro.
“Depois
de tantas irregularidades, fica difícil imaginar qual país sério terá confiança
em fazer acordos comerciais com o Mercosul”
O Congresso do Paraguai era o único que se opunha à
entrada da Venezuela. Mesmo que se aceite a hipótese de que a suspensão do
Paraguai tenha aberto uma brecha para forçar a adesão venezuelana, há outros
motivos pelos quais o país de Chávez não está apto para tanto.
A Venezuela passou os últimos cinco anos
menosprezando as exigências feitas para pavimentar sua entrada no Mercosul.
“Depois de tantas irregularidades, fica difícil imaginar qual país sério terá
confiança em fazer acordos comerciais com o Mercosul”, diz Maristela Basso,
professora de Direito Internacional da Universidade de São Paulo.
Chávez não moveu uma arepa para cumprir as metas
necessárias para se adequar aos padrões do Mercosul. Desconcertado com tanto
desapreço, o governo brasileiro se ajoelhou à espera de um milagre: anunciou
que o país bolivariano cumprirá todas as obrigações até o fim do ano. “Se a
Venezuela não fez nada até agora, como acreditar que fará algo no futuro?”, diz
o advogado e professor da Fundação Getulio Vargas Fernando Zilveti.
Ele completa: “Não se vê nenhuma intenção por parte
do governo venezuelano de se alinhar às regras internacionais, então que
incentivo teria para fazê-lo no Mercosul, para o qual consegue ser aceito sem
sequer cumprir os requisitos mais básicos?”.
Ninguém
contestou os traços semiditatoriais do regime de Chávez
A foto acima é a representação perfeita do novo
Mercosul que nasce com a chegada de Hugo Chávez. Trata-se de um clube de
governos cuja afinidade política se sobrepõe aos interesses comerciais de seus
países. A única exceção era o Paraguai, que por isso mesmo não foi convidado
para a patacoada.
A submissão do Brasil, da Argentina e do Uruguai à
vontade de Chávez é de tal ordem que ninguém contestou os traços
semiditatoriais de seu regime, apesar de o desrespeito à ordem democrática ter
sido justamente o argumento usado para excluir o Paraguai. Ainda que o processo
de impeachment de Lugo tenha sido rápido demais – durou apenas dois dias -, o
país respeitou sua Constituição e agora vive uma democracia plena.
O mesmo não se pode dizer da Venezuela. Em carta
aberta à presidente Dilma, na semana passada, a Human Rights Watch, uma das
organizações de direitos humanos mais respeitadas do mundo, demonstrou o uso
abusivo do poder do Estado por Hugo Chávez e alertou: “Se os países-membros do
Mercosul ignorarem o compromisso de proteger e promover os direitos básicos e
as instituições democráticas, transmitirão a mensagem infeliz de que os
compromissos internacionais no Protocolo de Assunção (de 2005) são promessas
vãs”.
A proposta inicial do Mercosul, reduzir barreiras
alfandegárias e criar uma área de livre-comércio, já fora deixada de lado com
as constantes medidas protecionistas da Argentina e com a recente ampliação da
lista de produtos que podem ser taxados livremente na importação. Antes eram
100, agora são 200.
Os futuros integrantes do Mercosul estão sendo
escolhidos por critérios políticos, não pelo potencial de negócios. O Equador
de Rafael Correa, um títere de Chávez, recebeu o convite e aceitou. A Bolívia,
onde o narcotráfico tem a conivência do governo, pode ser o próximo. No
recém-nascido Mercochávez, o que não falta é má-fé.
Consenso
REGRA – O Protocolo de Adesão assinado em 2006 previa
que a entrada da Venezuela só poderia ocorrer depois da ratificação do
Congresso do país e dos quatro membros do Mercosul
O QUE ACONTECEU – A suspensão do Paraguai não anula o
fato de que seus parlamentares não acataram a adesão
País depositário
REGRA – Os documentos relativos ao ingresso da Venezuela
deveriam ser entregues em Assunção, capital do Paraguai, que noticiaria o
recebimento aos demais
O QUE ACONTECEU – Com o Paraguai fora do Mercosul, o
Uruguai foi o depositário dos documentos, em 13 de julho
Nomenclatura Comum
REGRA – A Venezuela deveria iniciar a adoção da
nomenclatura comum do Mercosul. Trata-se de um código de oito dígitos que
classifica as mercadorias e organiza a tributação
O QUE ACONTECEU – O país de Hugo Chávez ainda adota a
nomenclatura da Comunidade Andina (CAN), bloco que abandonou em abril de 2011
Taxa zero
REGRA – O Grupo de Trabalho sobre a Adesão da
Venezuela estabeleceu, em 2007, que o país deveria zerar os impostos dos
produtos exportados para o Brasil e a Argentina em 2010 e as tarifas de
importação em 2012
O QUE ACONTECEU – As importações e exportações
venezuelanas para os países do bloco continuam pagando os mesmos tributos
Parlasul
REGRA – O Parlamento do Mercosul é composto de
deputados dos países-membros. Só o Paraguai fez eleição direta para escolhê-los
O QUE ACONTECEU – Os deputados paraguaios foram
suspensos por tabela do Parlasul, apesar de não estarem subordinados ao governo
de seu país.
b)
Cristina Kirchner quer saber fontes de pagamento de jornalistas
Irritada com artigo em jornal ‘Clarín’, presidente argentina propõe legislação para a classe
Correspondente
A presidente argentina, Cristina Kirchner.
BUENOS AIRES — A presidente argentina, Cristina
Kirchner, aproveitou seu 13º discurso em rede nacional de rádio e TV deste ano
para defender publicamente a necessidade de aprovar uma Lei de Ética Pública
para jornalistas. Irritada com a publicação de um artigo no jornal “Clarín” que
questionou a administração da companhia petrolífera estatal YPF, expropriada
por seu governo em maio, Cristina adotou uma atitude que já está se tornando
repetitiva: usar seus discursos para atacar jornalistas que criticam o governo.
A estratégia de comunicação da presidente está
aprofundando um clima inédito de confronto entre governo e mídia, alertou
recentemente a Fundação Liberdade de Expressão + Democracia (LED), comandada
pela deputada da União Cívica Radical (UCR) Silvana Giudici. Segundo relatório
da LED, no primeiro semestre foram registradas 144 agressões a jornalistas e
restrições à liberdade de expressão, superando os 122 casos denunciados em
2011.
- Assim como os funcionários públicos somos obrigados
a declarar nossos bens, (os jornalistas) pelo menos deveriam publicar de que
empresas recebem dinheiro. Quem lhes paga - declarou Cristina, retomando uma
iniciativa também defendida pelo governo de Carlos Menem (1989-1999).
No discurso da última quinta-feira à noite, o alvo
escolhido pela presidente foi o jornalista Marcelo Bonelli, colunista econômico
do jornal “Clarín” e do Canal 13 de TV, também do poderoso grupo argentino. No
mesmo dia, Bonelli publicara um artigo no qual mencionava as disputas de poder
dentro da companhia petrolífera YPF. Num ato convocado, justamente, para
defender a nova gestão estatal da YPF, Cristina acusou o jornalista de ter
trabalhado para os antigos donos da empresa, o grupo espanhol Repsol.
Segundo a presidente, nos últimos anos, antes da
expropriação, a mulher de Bonelli recebia em torno de 240 mil pesos por ano
(US$ 54 mil) da Repsol “por serviços que não sabemos se eram jornalísticos”. Em
resposta publicada ontem pelo “Clarín”, o jornalista informou que sua mulher
era professora de inglês na empresa e afirmou que “a intenção (da presidente) é
criar dúvidas e desprestigiar” jornalistas críticos. Para Bonelli, a Casa
Rosada “busca amedrontar, criar um clima de medo para que não publiquemos os
fatos tal como eles são e sim como o governo quer que sejam”.
Bonelli passou a engrossar a lista de jornalistas
mencionados pela presidente em seus discursos. No documento apresentado pela
LED são citados outros casos de grande repercussão no país, como o do colunista
Carlos Pagni, do jornal “La Nación”, chamado de “nazista” pela presidente. Pagni
escrevera um artigo sobre o vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, um dos
homens de confiança de Cristina, no qual falava-se sobre a origem judia de seu
avô.
O relatório da fundação detalha os incidentes
ocorridos no primeiro semestre, entre eles a censura ao ex-chefe de gabinete
Alberto Fernández no canal de TV C5N (alinhado ao discurso K). Fernández foi
tirado do ar ao comentar um escândalo de corrupção envolvendo o vice-presidente
Amado Boudou.
- Vemos uma tendência muito perigosa à intolerância -
disse Giudici ao GLOBO.
III- LULA ESTÁ AMEAÇADO EM SEU
LEGADO PELO MENSALÃO
Transcrevo abaixo reportagem sobre a
repercussão do mensalão na comunidade internacional, e quais as conseqüências
do julgamento sobre o governo de Lula o Mentiroso, mais uma vergonha para o
Brasil, aliás, é o que mais temos passado perante os países democráticos depois
da era Lula. Hoje, lá fora já entenderam que o Brasil das Maravilhas era um país
criado pela publicidade governamental, que pouco, muito pouco do Brasil tão
destacado era verdade, o restante pura criação da área de marketing do governo
do líder megalomaníaco e deste partido cuja ética ficou só na propaganda
eleitoral. Leiam;
Para imprensa internacional, mensalão ameaça legado de Lula
Reportagens publicadas nas últimas semanas por jornais da Argentina, Espanha, França e Inglaterra destacam a “cultura da corrupção” no Brasil
Matéria do jornal francês Le Monde
sobre o mensalão (Reprodução)
“Quem seguramente não perderá nenhum
episódio será Lula, fundador do PT, que, em que pese não ser réu, tem muito em
jogo”
Além de dominar as manchetes dos
principais jornais do Brasil, o julgamento do mensalão entrou na pauta da
imprensa internacional. Nas últimas duas semanas, jornais de todo o mundo
destacaram em suas páginas o “julgamento do século” do Brasil. Os periódicos
estrangeiros aproveitaram o episódio para falar sobre a cultura da corrupção no
país e alertaram: o julgamento será uma oportunidade para mudar esse mau hábito
dos políticos brasileiros.
A imprensa internacional analisa ainda
que o julgamento põe em xeque o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da
Silva e pode comprometer os planos do petista de voltar ao poder. O francês Le Monde apresenta o mensalão como “o
escândalo que quase custou a reeleição de Lula em 2006”. Jornais americanos e
europeus concordam, no entanto, que o mensalão não deve comprometer a imagem da
presidente Dilma Rousseff, mesmo sendo ela do PT. Na avaliação dos
estrangeiros, Dilma conseguiu mostrar compromisso com a transparência e o
combate à corrupção, ao demitir sete ministros envolvidos em escândalos.
“A sucessora de Lula conseguiu um bônus
de credibilidade entre os brasileiros depois de destituir sem hesitação um
punhado de membros de seu gabinete acusados de corrupção”, afirma editorial do
espanhol El País, em 6 de
agosto. “Parece improvável que Dilma seja diretamente afetada pelo julgamento,
pois demitiu ministros envolvidos em escândalos”, diz reportagem publicada em 2
de agosto no The Guardian, da
Inglaterra.
“Dilma teve uma atitude bem diferente
da de Lula diante de acusações de corrupção que surgiram durante seu governo
desde que assumiu o poder”, lembra o La
Nacion, da Argentina. “Diante de denúncias da imprensa contra seus
funcionários, a presidente pediu explicações imediatamente e, não as
considerando adequadas, exigiu a renúncia dos suspeitos.”
Os jornais destacam as falas
contraditórias do ex-presidente Lula a respeito do mensalão: ele primeiro pediu
desculpas pelo erro e agora nega a existência do esquema. Na análise do La Nacion, o julgamento será um
"teste de Teflón" de Lula – lembrando a tese segundo a qual nenhuma
má notícia "cola" no petista. “Em 2005, as acusações não aderiram a
Lula pois ele argumentou ter se sentido traído por seus companheiros de
partido.
Ele superou a crise com um pedido de
desculpas pelos "erros" do governo e do PT”, afirma o jornal da
Argentina. “Nos últimos anos, no entanto, depois de conseguir eleger Dilma,
Lula desqualificou as acusações do mensalão e passou a tratá-las como uma
invenção da imprensa.”
O La
Nacion chega a ironizar a preocupação de Lula com o julgamento. “O
escândalo pode até mesmo ofuscar o truculento enredo da telenovela mais popular
do momento, Avenida Brasil”, diz o jornal, em artigo de 2 de agosto, dia do
início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). “Quem seguramente não
perderá nenhum episódio será Lula, fundador do PT, que, em que pese não ser
réu, tem muito em jogo.”
O francês Le Monde afirma que a esquerda brasileira parece ter
aprendido pouco com o mensalão. “A esquerda parece não ter aprendido nada
substantivo. A questão, além de financiamento de campanha, era o tipo de aliança
formada pelo PT”, diz o jornal em artigo de 1º de agosto. “Para formar maioria
no Congresso e um governo estável, os dois presidentes do PT ligaram seus
destinos a partidos sem identidade e sem programa.”
Cultura de corrupção - O Le Monde aproveitou o início do julgamento e publicou no dia
3 de agosto um retrospecto mostrando como casos de corrupção estão intrincados
na história política do Brasil. Entre os personagens rememorados pelo jornal
francês estão o ex-governador paulista Adhemar de Barros e seu bordão
"rouba, mas faz"; o ex-presidente Fernando Collor, que sofreu
impeachment e hoje é senador e aliado de primeira hora do PT; o presidente do
Senado, José Sarney; e o ex-governador Paulo Maluf. “Casos como o do
ex-presidente Collor mostram como a luta contra a impunidade está longe de ser
vencida. Daí a importância do veredicto de Brasília”, conclui o jornal francês.
O britânico The Guardian diz que “corrupção e assassinatos não são
novidade no Brasil”, mas que, com um caso tão grave sendo levado a julgamento,
acende-se uma esperança de que algo mude. O jornal dedica boa parte da
reportagem sobre mensalão, publicada em 2 de agosto, para relembrar dois casos
recentes de violência contra quem tenta fazer justiça no Brasil. Eles narram o
caso do assassinato em julho do investigador da Polícia Federal que atuou na
investigação de Carlinhos Cachoeira e das ameaças recebidas pelo juiz que
trabalhava no caso.
O editorial do El País afirma que os brasileiros são
tolerantes com a corrupção. “Eles dizem em pesquisas não tolerar a corrupção
entre os políticos, mas logo votam neles sem problemas. Lula mesmo foi reeleito
no ano seguinte da explosão do escândalo do mensalão”, diz o jornal espanhol.
“Uma sentença exemplar, além de macular o legado de Lula, contribuiria para
enfraquecer a arraigada cultura da corrupção e da impunidade dos poderosos no
Brasil.”
IV – MENSALÃO, A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR
Perguntar não ofende: como é que alguns réus do mensalão estão pagando seus caríssimos advogadões?
Tudo bem, José Dirceu virou “consultor”, viaja para
todo canto, anda de helicóptero, se hospeda nos melhores hotéis. Presume-se que
ganhe muito bem.
Outros réus do mensalão são publicitários bem
sucedidos, banqueiros ou ex-banqueiros, executivos ou ex-executivos, ou
políticos com grande patrimônio pessoal.
Esses podem, ou devem poder, pagar os advogados
caríssimos que os defendem no processo ante o Supremo Tribunal Federal.
Mas… e os outros? Um é professor de rede publica
estadual, outro exerce cargo de confiança de remuneração apertada num
Ministério…
Perguntar não ofende: quem paga a fortuna
que cobram alguns dos maiores advogados criminais do país atuando nesse
processo?
V- MAIS UMA PATUSCADA DESTE NOSSO CONGRESSO
POR ORIENTAÇÃO DO PT
Estamos vivenciando mais uma “patuscada”
deste congresso vendido ao governo, como não conseguem pela maneira direta,
agora através de emenda a Constituição (uma afronta) querem colocar a profissão
de jornalista como imposição para que se possa escrever sobre qualquer coisa e
divulgar, seja onde for se você não tiver diploma, não mais poderá escrever
nada em nenhum órgão de imprensa ou similar, é mais uma maneira de controlar a
mídia que não se sujeita aos delírios do governo federal e suas atitudes
mentirosas e falsas perante o povo brasileiro, não conseguiram na tal de
Regulação da Mídia criada pela esquerda petista que não gerou frutos devido à
reação dos mais diversos setores organizados no país, agora, com esta
regulamentação, por exemplo, eu, um simples blogueiro sem diploma, poderei ser
impedido de postar este blog, pois como não tenho diploma de jornalista estarei
correndo o risco de ser punido severamente, é mais uma afronta deste partido
Marxista/Comunista/Fascista/Nazista que quer de todas as maneiras, inclusive
contra a maioria dos jornalistas diplomados e entidades de classe, por um freio
em quem se atreve a emitir opiniões escritas, orais ou de cunho particular
sobre qualquer assunto que não bate com a opinião do governo. São mesmo uma
cambada, como pode um congressista que lá está para defender o povo que lá o
colocou, ficar em acordo com uma, como se diz em minha terra, “barbaridade”
destas, leiam algumas opiniões;
Juarez
Capaverde
Reynaldo-BH: ‘O Senado insiste em impor limites à liberdade de expressão’
REYNALDO ROCHA- no blog de Augusto Nunes
O que leva a classe política a tentar,
sistematicamente, impor limites à imprensa ou à liberdade de expressão? Seria o
incômodo causado pelos jornalistas que honram esta titulação? Certamente.
Mas quando falo em titulação não me refiro ao diploma expedido por alguma
faculdade que não consegue ensinar a língua pátria, muito menos o ofício de
informar, analisar e até investigar.
Na quarta-feira, o Senado aprovou a obrigatoriedade
do diploma de jornalista para exercício da profissão, numa votação que só não
alcançou a unanimidade graças à exceção encarnada por Aloysio Nunes Ferreira.
Em breve, é possível que escritores tenham de provar que são formados em
Letras. E logo se exigirá de um talento como Neymar que se forme em Educação
Física.
A proximidade de um jornalista com um escritor é
infinitamente maior que com um cabeleireiro. (Cito a profissão por ter sido
regulamentada neste ano ─ sem a exigência de um diploma…).
Não se trata de julgar dispensável o ensino oferecido
por faculdades sérias. Trata-se de fazer uma opção. Quem achar necessário
adquirir conhecimentos específicos em alguma universidade deve sentir-se à
vontade para fazê-lo, e talvez dispute vagas no mercado de trabalho em posição
vantajosa.
O que não faz sentido é impedir, por exemplo, que um
médico sem diploma de jornalista como Draúzio Varela (alguém no Brasil escreve
sobre saúde melhor do que ele?) ocupe espaços na imprensa para tratar de
assuntos que conhece muito mais do que gente que nunca viu um estetoscópio.
Idem para psicólogos, economistas, engenheiros,
especialistas em aviação, diretores de cinema e TV, músicos e atores.
O que está em curso é mais uma tentativa de cercear a
liberdade de expressão.
A imprensa não é Geni. Não pode ser ameaçada pelo
controle social da mídia, ou pela regulamentação exigida por quem jamais entrou
numa redação de verdade.
Franklins de laboratório foram substituídos pelo
Senado?
Aqueles são movidos pela obsessão de controlar
opiniões contrárias e instituir o pensamento único, sempre mais confortável:
quando é único, pensamento não requer esforço algum. É como vaca em curral. Os
senadores parecem animados com a chance da intimidação. Querem mostrar que têm
poderes para legislar sobre a liberdade de imprensa. E feri-la.
Não sou jornalista. Não tenho talento para isso e
nunca assumo funções para as quais não estou suficientemente preparado. É por
isso que também não sou médico ou engenheiro.
Sou, essencialmente, um leitor. E dos bons! Leio o
que quero, quando quero, escolho autores livremente. Simples assim.
Leio até bula de remédio! (Dúvida: será preciso
contratar um jornalista formado para redigi-las?).
E quero exercer o direito de ler especialistas,
formados em outras áreas, que possam contribuir para a acumulação de
conhecimentos, aperfeiçoamento cultural e crescimento pessoal.
Sugiro aos senadores que regulamentem a própria
atividade. Que tal exigir dos postulantes a cargos públicos ao menos o curso
primário completo? Seria mais proveitoso. Jornalistas não formados sabem
escrever. Senadores eleitos – alguns – não sabem sequer se expressar. O Brasil
agradeceria.
Melhor não. Até presidentes seriam reprovados.
Quem paga Jornalistas (com J maiúsculo!) não formados
nas faculdades que crescem mais que erva daninha são empresas editoriais.
Pouco importa que uma federação de jornalistas (que
defende a censura prévia à imprensa!) esteja apoiando a iniciativa. Talvez
desejem recrutar nas universidades os tais “blogueiros progressistas”. Ou os
dóceis e bem pagos chapas-brancas que se identificam indevidamente como
jornalistas. Além de não saberem escrever, consolidaram o jornalismo a favor.
Uma invenção que faz um Millôr (não formado) e Francis (idem) se revirarem nos
túmulos.
Quem paga políticos (senadores inclusive) sem nenhuma
formação que sirva para alguma coisa, somos nós, contribuintes.
Senhores senadores: tirem as patas de um assunto que
não precisa nem pode ser regulamentado por quem desconhece o terreno em que se
mete. Sejam, ao menos, leitores!
Já seria um avanço extraordinário.
b)
‘Vício corporativista’, editorial da Folha
PUBLICADO NA FOLHA
DE S. PAULO DESTA QUINTA-FEIRA
Em junho de 2009, numa decisão que por um voto não
foi unânime, o Supremo Tribunal Federal declarou que a obrigatoriedade de
diploma em jornalismo para o exercício da profissão é inconstitucional, por
restringir as liberdades de informação e expressão.
Não tardou para que o lobby de faculdades e sindicatos
providenciasse proposta de emenda à Constituição destinada a assegurar sua
reserva de mercado à custa daquelas liberdades fundamentais. Tal emenda foi
aprovada ontem pelo Senado; ainda é tempo de a Câmara corrigir o grave erro.
O jornalismo não é uma ciência, mas uma técnica de
apreender e relatar fatos de interesse público. Não é uma especialidade, mas
uma ampla coleção delas. Como quase todo tema pode ser objeto de cobertura
jornalística, seu exercício coletivo demanda a contribuição de profissionais com
as mais diversas formações e experiências.
A obrigatoriedade do diploma se justifica nas
profissões ─ medicina e engenharia, notoriamente ─ em que o despreparo pode ser
aquilatado de modo objetivo e conduzir a danos irreparáveis. Os danos causados
pelo mau jornalismo nunca são tão graves, nem tão indiscutível a sua
constatação.
Em qualquer atividade profissional, quando se
estabelece uma reserva de mercado em benefício de uma minoria, reduz-se a
competição, rebaixam-se os padrões de qualidade e quase sempre se prejudica a
maioria, ou seja, o público. O jornalismo brasileiro precisa de mais, não de
menos qualificação intelectual. Um dos aspectos nocivos da obrigatoriedade é
desencorajá-la.
Avessos a investir anos preciosos num curso de
comunicações rara vez compensador, ficariam alijados do jornalismo
profissionais com valiosa formação em história, medicina, direito, economia e
tantos outros saberes que costumam formar o mosaico das melhores redações.
Além de nociva, a obrigatoriedade é anacrônica. A
internet abriu as fronteiras do jornalismo para modalidades flexíveis e
semiprofissionais, como o jornalismo cidadão e os blogs coletivos, cuja prática
escapa a qualquer regulamentação, exceto aquela exercida por Estados policiais.
“Não há interesse público envolvido nisso”, disse o
senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) a respeito do lobby do diploma em
jornalismo. Com efeito, a preocupação é gremial, localizada nas cúpulas
sindicais e nos departamentos universitários de comunicações.
O que mais convém ao país é manter o jornalismo como
profissão livre, pública e aberta, beneficiária dos talentos multifacetados do
pensamento humano.
Frase do dia
A crise estará conosco por muitos anos ainda. Não era uma marolinha como
se pretendeu aqui.
Pedro Malan,
ex-ministro da Fazenda do governo Fernando Henrique
Até amanhã.
As fotos inseridas nos textos o foram
pelo blogueiro. Juarez Capaverde
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