sábado, 11 de agosto de 2012

ANATEL, EFICIENTE? - MERCOCHAVEZ, NÃO MAIS MERCOSUL - CRISTINA KIRCHNER, DITADORA ARGENTINA - LULA TEM LEGADO AMEAÇADO PELO MENSALÃO - A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR - MAIS UMA MANEIRA DE AMORDAÇAR A IMPRENSA LIVRE - A MAROLINHA QUE NÃO ERA -


Bom dia, ontem aqui comentei o fato de minha internet ser de uma empresa do serviço móvel e que estava com muitas dificuldades já há alguns dias e não conseguia resolver o problema, inclusive emiti opinião com respeito à Anatel, hoje encontrei este artigo publicado no Estadão de quinta-feira, escrito por Carlos Alberto Sardenberg sobre o assunto telefonia, Sardenberg demonstra estranheza de que em apenas uma semana às empresas que tinham sido “punidas” apresentaram um plano de investimentos para resolver todos os problemas, e que, os técnicos da Anatel em tão pouco tempo aprovaram tudo, mas que análise criteriosa dos planos pelos técnicos foi feita para liberarem tão rapidamente as empresas da “punição”? Será que analisaram de fato em tão pouco tempo? Para atender as reclamações dos consumidores levaram anos, e agora, aceitaram os planos concebidos em tão curto espaço de tempo? Grande eficiência destes técnicos como diz Sardenberg, uma análise de planos tão específicos de grandes projetos, foi realmente uma tarefa de primorosa capacidade destes técnicos da Anatel, ou não? Leiam o artigo abaixo;
Juarez Capaverde





Pano rápido’, por Carlos Alberto Sardenberg

PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA SEGUNDA-FEIRA

CARLOS ALBERTO SARDENBERG

Quer dizer que em menos de uma semana, Oi, Claro e TIM prepararam planos de investimentos de R$ 20 bilhões, para imediata execução? E que, em dois ou três dias, os técnicos da Anatel aprovaram tudo depois de uma análise detalhada e criteriosa?

Um espetáculo de eficiência, não é mesmo? Reparem: não são planos simples. Envolvem desde a instalação de centenas de antenas até a colocação de um cabo submarino Rio-Miami (projeto da Claro). E, claro, melhorias no call center.

Tudo resolvido, a Anatel liberou a venda de novas linhas de celulares, que havia proibido para punir as empresas por falhas no atendimento. Em tempo para que as companhias fizessem suas promoções de Dia dos Pais.

A Anatel canta vitória. Deu uma lição nas teles e garantiu, daqui em diante, bom atendimento ao consumidor. As companhias também cantam vitória. Afinal, foram capazes de entregar os planos em poucos dias.

O governo da presidente Dilma também celebra. Dar um pau nas teles rende talvez mais ibope do que atacar os bancos.

Pano rápido. Fecham-se as cortinas e termina o teatro.

Alguém poderia perguntar: bom, se era assim, por que não fizeram antes? Por que a Anatel deixou a situação piorar para só depois cobrar os investimentos?

E os atores responderiam: quanta má vontade!

Mas se os espectadores querem uma dica do que se passa de verdade nos bastidores, aí vai: o grande problema para a ampliação do número de antenas ─ as legislações absurdas e contraditórias que regulam a construção de torres ─ continua sem solução. Parece que o governo está estudando meios de simplificar a coisa, talvez com um projeto de lei ou uma medida provisória.

Demora um pouco mais porque, como qualquer um sabe, isso é muito mais difícil do que preparar, analisar, aprovar e executar planos de R$ 20 bilhões.






II- FOI CRIADO O MERCOCHÁVEZ E TERMINARAM COM O MERCOSUL

Magnífica reportagem de Nathalia Watkins na Veja impressa desta semana sobre o ex-Mercosul, podemos chamar assim o extinto Mercosul, já que foram quebradas descaradamente as regras para a entrada de um país como membro do mesmo, incrível como Dilma, Cristina e Mujica jogaram para o alto tudo que foi firmado na criação do grupo de países que fariam parte deste mercado comum, acharam um jeito de incluir o grande Chávez como membro mesmo que para isto tivessem que impedir a manifestação de um membro efetivo como o Paraguai, que por acaso era o que não aceitava a inclusão de Chavez por não considerarem a Venezuela um país totalmente democrático apesar das aparências, a tal de democracia das esquerdas que nada mais é do que uma ditadura disfarçada como sabemos todos nós basta que queiramos. Dilma está se deixando levar pelas ordens emitidas por Lula o Mentiroso e por Marco Aurélio Garcia o Marxista/Fascista/Nazista seu conselheiro para assuntos internacionais que nada mais é do que um comunista que segue a cartilha das esquerdas fascistas, até onde iremos com o Brasil nas mãos desta cambada de ladrões do dinheiro público que ainda querem roubar a alma do povo brasileiro, tranformando-nos em meros instrumentos de sua política ditatorial suja, leiam depois como costuma agir Cristina Kirchner a mui amiga na Argentina e como hoje se encontra o país, no fundo do poço. Leiam;
Juarez Capaverde



Sai o Mercosul. Entra em cena o “mercochávez”. E logo vem aí a Bolívia do cocaleiro Evo Morales


QUARTETO -- Chávez, Dilma, Mujica e Cristina na cerimônia de adesão da Venezuela ao Mercosul, em Brasília (Foto: Ailton de Freitas / Agência O Globo)

(Reportagem de Nathalia Watkins publicada na edição impressa de VEJA)


SAI O MERCOSUL. ENTRA EM CENA O “MERCOCHÁVEZ”

Brasil, Argentina e Uruguai suspenderam o Paraguai do bloco alegando desrespeito às regras. Mas isso é o que eles mais têm feito

Um dos conceitos basilares nas relações internacionais é o de boa-fé. Entende-se por isso a vontade de um governo de respeitar o que foi combinado com os outros. Sempre que um Estado subscreve um tratado, seja uma trégua, seja um acordo comercial, pressupõe-se que o seu interlocutor se esforçará para seguir à risca todos os artigos e cláusulas.

Tal virtude desapareceu do Mercosul, o bloco econômico regional criado em 1991 por Brasil, Argentina, Uruguai e Paraguai.

O mais recente golpe na boa-fé se deu na terça-feira 31, quando uma reunião em Brasília entre os presidentes José Mujica, do Uruguai, Dilma Rousseff, do Brasil, e Cristina Kirchner, da Argentina, formalizou a adesão da Venezuela de Hugo Chávez, também presente, como membro pleno do Mercosul.

O ingresso da Venezuela violou descaradamente as regras inscritas nos documentos que criaram o bloco e que cimentaram suas bases institucionais, como o Tratado de Assunção, de 1991, e o Protocolo de Ouro Preto, de 1994.

Segundo esses dois textos, a entrada de um novo sócio só poderia acontecer com a aprovação de todos os países. Em nenhum trecho está escrito que a suspensão temporária de um dos membros – como ocorreu em junho com o Paraguai em punição pelo impeachment do presidente Fernando Lugo – anula a necessidade do consenso de todos os sócios para a aceitação de um novo parceiro.

“Depois de tantas irregularidades, fica difícil imaginar qual país sério terá confiança em fazer acordos comerciais com o Mercosul”

O Congresso do Paraguai era o único que se opunha à entrada da Venezuela. Mesmo que se aceite a hipótese de que a suspensão do Paraguai tenha aberto uma brecha para forçar a adesão venezuelana, há outros motivos pelos quais o país de Chávez não está apto para tanto.

A Venezuela passou os últimos cinco anos menosprezando as exigências feitas para pavimentar sua entrada no Mercosul. “Depois de tantas irregularidades, fica difícil imaginar qual país sério terá confiança em fazer acordos comerciais com o Mercosul”, diz Maristela Basso, professora de Direito Internacional da Universidade de São Paulo.

Chávez não moveu uma arepa para cumprir as metas necessárias para se adequar aos padrões do Mercosul. Desconcertado com tanto desapreço, o governo brasileiro se ajoelhou à espera de um milagre: anunciou que o país bolivariano cumprirá todas as obrigações até o fim do ano. “Se a Venezuela não fez nada até agora, como acreditar que fará algo no futuro?”, diz o advogado e professor da Fundação Getulio Vargas Fernando Zilveti.

Ele completa: “Não se vê nenhuma intenção por parte do governo venezuelano de se alinhar às regras internacionais, então que incentivo teria para fazê-lo no Mercosul, para o qual consegue ser aceito sem sequer cumprir os requisitos mais básicos?”.

Ninguém contestou os traços semiditatoriais do regime de Chávez 

A foto acima é a representação perfeita do novo Mercosul que nasce com a chegada de Hugo Chávez. Trata-se de um clube de governos cuja afinidade política se sobrepõe aos interesses comerciais de seus países. A única exceção era o Paraguai, que por isso mesmo não foi convidado para a patacoada.

A submissão do Brasil, da Argentina e do Uruguai à vontade de Chávez é de tal ordem que ninguém contestou os traços semiditatoriais de seu regime, apesar de o desrespeito à ordem democrática ter sido justamente o argumento usado para excluir o Paraguai. Ainda que o processo de impeachment de Lugo tenha sido rápido demais – durou apenas dois dias -, o país respeitou sua Constituição e agora vive uma democracia plena.

O mesmo não se pode dizer da Venezuela. Em carta aberta à presidente Dilma, na semana passada, a Human Rights Watch, uma das organizações de direitos humanos mais respeitadas do mundo, demonstrou o uso abusivo do poder do Estado por Hugo Chávez e alertou: “Se os países-membros do Mercosul ignorarem o compromisso de proteger e promover os direitos básicos e as instituições democráticas, transmitirão a mensagem infeliz de que os compromissos internacionais no Protocolo de Assunção (de 2005) são promessas vãs”.

A proposta inicial do Mercosul, reduzir barreiras alfandegárias e criar uma área de livre-comércio, já fora deixada de lado com as constantes medidas protecionistas da Argentina e com a recente ampliação da lista de produtos que podem ser taxados livremente na importação. Antes eram 100, agora são 200.

Os futuros integrantes do Mercosul estão sendo escolhidos por critérios políticos, não pelo potencial de negócios. O Equador de Rafael Correa, um títere de Chávez, recebeu o convite e aceitou. A Bolívia, onde o narcotráfico tem a conivência do governo, pode ser o próximo. No recém-nascido Mercochávez, o que não falta é má-fé.

Consenso

REGRA – O Protocolo de Adesão assinado em 2006 previa que a entrada da Venezuela só poderia ocorrer depois da ratificação do Congresso do país e dos quatro membros do Mercosul

O QUE ACONTECEU – A suspensão do Paraguai não anula o fato de que seus parlamentares não acataram a adesão

País depositário
REGRA – Os documentos relativos ao ingresso da Venezuela deveriam ser entregues em Assunção, capital do Paraguai, que noticiaria o recebimento aos demais

O QUE ACONTECEU – Com o Paraguai fora do Mercosul, o Uruguai foi o depositário dos documentos, em 13 de julho

Nomenclatura Comum

REGRA – A Venezuela deveria iniciar a adoção da nomenclatura comum do Mercosul. Trata-se de um código de oito dígitos que classifica as mercadorias e organiza a tributação

O QUE ACONTECEU – O país de Hugo Chávez ainda adota a nomenclatura da Comunidade Andina (CAN), bloco que abandonou em abril de 2011

Taxa zero

REGRA – O Grupo de Trabalho sobre a Adesão da Venezuela estabeleceu, em 2007, que o país deveria zerar os impostos dos produtos exportados para o Brasil e a Argentina em 2010 e as tarifas de importação em 2012

O QUE ACONTECEU – As importações e exportações venezuelanas para os países do bloco continuam pagando os mesmos tributos

Parlasul

REGRA – O Parlamento do Mercosul é composto de deputados dos países-membros. Só o Paraguai fez eleição direta para escolhê-los
O QUE ACONTECEU – Os deputados paraguaios foram suspensos por tabela do Parlasul, apesar de não estarem subordinados ao governo de seu país.


b)


Cristina Kirchner quer saber fontes de pagamento de jornalistas


Irritada com artigo em jornal ‘Clarín’, presidente argentina propõe legislação para a classe

Correspondente

A presidente argentina, Cristina Kirchner.

BUENOS AIRES — A presidente argentina, Cristina Kirchner, aproveitou seu 13º discurso em rede nacional de rádio e TV deste ano para defender publicamente a necessidade de aprovar uma Lei de Ética Pública para jornalistas. Irritada com a publicação de um artigo no jornal “Clarín” que questionou a administração da companhia petrolífera estatal YPF, expropriada por seu governo em maio, Cristina adotou uma atitude que já está se tornando repetitiva: usar seus discursos para atacar jornalistas que criticam o governo.

A estratégia de comunicação da presidente está aprofundando um clima inédito de confronto entre governo e mídia, alertou recentemente a Fundação Liberdade de Expressão + Democracia (LED), comandada pela deputada da União Cívica Radical (UCR) Silvana Giudici. Segundo relatório da LED, no primeiro semestre foram registradas 144 agressões a jornalistas e restrições à liberdade de expressão, superando os 122 casos denunciados em 2011.

- Assim como os funcionários públicos somos obrigados a declarar nossos bens, (os jornalistas) pelo menos deveriam publicar de que empresas recebem dinheiro. Quem lhes paga - declarou Cristina, retomando uma iniciativa também defendida pelo governo de Carlos Menem (1989-1999).

No discurso da última quinta-feira à noite, o alvo escolhido pela presidente foi o jornalista Marcelo Bonelli, colunista econômico do jornal “Clarín” e do Canal 13 de TV, também do poderoso grupo argentino. No mesmo dia, Bonelli publicara um artigo no qual mencionava as disputas de poder dentro da companhia petrolífera YPF. Num ato convocado, justamente, para defender a nova gestão estatal da YPF, Cristina acusou o jornalista de ter trabalhado para os antigos donos da empresa, o grupo espanhol Repsol.

Segundo a presidente, nos últimos anos, antes da expropriação, a mulher de Bonelli recebia em torno de 240 mil pesos por ano (US$ 54 mil) da Repsol “por serviços que não sabemos se eram jornalísticos”. Em resposta publicada ontem pelo “Clarín”, o jornalista informou que sua mulher era professora de inglês na empresa e afirmou que “a intenção (da presidente) é criar dúvidas e desprestigiar” jornalistas críticos. Para Bonelli, a Casa Rosada “busca amedrontar, criar um clima de medo para que não publiquemos os fatos tal como eles são e sim como o governo quer que sejam”.

Bonelli passou a engrossar a lista de jornalistas mencionados pela presidente em seus discursos. No documento apresentado pela LED são citados outros casos de grande repercussão no país, como o do colunista Carlos Pagni, do jornal “La Nación”, chamado de “nazista” pela presidente. Pagni escrevera um artigo sobre o vice-ministro da Economia, Axel Kicillof, um dos homens de confiança de Cristina, no qual falava-se sobre a origem judia de seu avô.

O relatório da fundação detalha os incidentes ocorridos no primeiro semestre, entre eles a censura ao ex-chefe de gabinete Alberto Fernández no canal de TV C5N (alinhado ao discurso K). Fernández foi tirado do ar ao comentar um escândalo de corrupção envolvendo o vice-presidente Amado Boudou.

- Vemos uma tendência muito perigosa à intolerância - disse Giudici ao GLOBO.





III- LULA ESTÁ AMEAÇADO EM SEU LEGADO PELO MENSALÃO


Transcrevo abaixo reportagem sobre a repercussão do mensalão na comunidade internacional, e quais as conseqüências do julgamento sobre o governo de Lula o Mentiroso, mais uma vergonha para o Brasil, aliás, é o que mais temos passado perante os países democráticos depois da era Lula. Hoje, lá fora já entenderam que o Brasil das Maravilhas era um país criado pela publicidade governamental, que pouco, muito pouco do Brasil tão destacado era verdade, o restante pura criação da área de marketing do governo do líder megalomaníaco e deste partido cuja ética ficou só na propaganda eleitoral. Leiam;


Para imprensa internacional, mensalão ameaça legado de Lula

Reportagens publicadas nas últimas semanas por jornais da Argentina, Espanha, França e Inglaterra destacam a “cultura da corrupção” no Brasil



Matéria do jornal francês Le Monde sobre o mensalão (Reprodução)

“Quem seguramente não perderá nenhum episódio será Lula, fundador do PT, que, em que pese não ser réu, tem muito em jogo”


Além de dominar as manchetes dos principais jornais do Brasil, o julgamento do mensalão entrou na pauta da imprensa internacional. Nas últimas duas semanas, jornais de todo o mundo destacaram em suas páginas o “julgamento do século” do Brasil. Os periódicos estrangeiros aproveitaram o episódio para falar sobre a cultura da corrupção no país e alertaram: o julgamento será uma oportunidade para mudar esse mau hábito dos políticos brasileiros.



A imprensa internacional analisa ainda que o julgamento põe em xeque o legado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva e pode comprometer os planos do petista de voltar ao poder. O francês Le Monde apresenta o mensalão como “o escândalo que quase custou a reeleição de Lula em 2006”. Jornais americanos e europeus concordam, no entanto, que o mensalão não deve comprometer a imagem da presidente Dilma Rousseff, mesmo sendo ela do PT. Na avaliação dos estrangeiros, Dilma conseguiu mostrar compromisso com a transparência e o combate à corrupção, ao demitir sete ministros envolvidos em escândalos. 



“A sucessora de Lula conseguiu um bônus de credibilidade entre os brasileiros depois de destituir sem hesitação um punhado de membros de seu gabinete acusados de corrupção”, afirma editorial do espanhol El País, em 6 de agosto. “Parece improvável que Dilma seja diretamente afetada pelo julgamento, pois demitiu ministros envolvidos em escândalos”, diz reportagem publicada em 2 de agosto no The Guardian, da Inglaterra. 



“Dilma teve uma atitude bem diferente da de Lula diante de acusações de corrupção que surgiram durante seu governo desde que assumiu o poder”, lembra o La Nacion, da Argentina. “Diante de denúncias da imprensa contra seus funcionários, a presidente pediu explicações imediatamente e, não as considerando adequadas, exigiu a renúncia dos suspeitos.” 



Os jornais destacam as falas contraditórias do ex-presidente Lula a respeito do mensalão: ele primeiro pediu desculpas pelo erro e agora nega a existência do esquema. Na análise do La Nacion, o julgamento será um "teste de Teflón" de Lula – lembrando a tese segundo a qual nenhuma má notícia "cola" no petista. “Em 2005, as acusações não aderiram a Lula pois ele argumentou ter se sentido traído por seus companheiros de partido.



Ele superou a crise com um pedido de desculpas pelos "erros" do governo e do PT”, afirma o jornal da Argentina. “Nos últimos anos, no entanto, depois de conseguir eleger Dilma, Lula desqualificou as acusações do mensalão e passou a tratá-las como uma invenção da imprensa.”



O La Nacion chega a ironizar a preocupação de Lula com o julgamento. “O escândalo pode até mesmo ofuscar o truculento enredo da telenovela mais popular do momento, Avenida Brasil”, diz o jornal, em artigo de 2 de agosto, dia do início do julgamento no Supremo Tribunal Federal (STF). “Quem seguramente não perderá nenhum episódio será Lula, fundador do PT, que, em que pese não ser réu, tem muito em jogo.” 



O francês Le Monde afirma que a esquerda brasileira parece ter aprendido pouco com o mensalão. “A esquerda parece não ter aprendido nada substantivo. A questão, além de financiamento de campanha, era o tipo de aliança formada pelo PT”, diz o jornal em artigo de 1º de agosto. “Para formar maioria no Congresso e um governo estável, os dois presidentes do PT ligaram seus destinos a partidos sem identidade e sem programa.”



Cultura de corrupção - O Le Monde aproveitou o início do julgamento e publicou no dia 3 de agosto um retrospecto mostrando como casos de corrupção estão intrincados na história política do Brasil. Entre os personagens rememorados pelo jornal francês estão o ex-governador paulista Adhemar de Barros e seu bordão "rouba, mas faz"; o ex-presidente Fernando Collor, que sofreu impeachment e hoje é senador e aliado de primeira hora do PT; o presidente do Senado, José Sarney; e o ex-governador Paulo Maluf. “Casos como o do ex-presidente Collor mostram como a luta contra a impunidade está longe de ser vencida. Daí a importância do veredicto de Brasília”, conclui o jornal francês.



O britânico The Guardian diz que “corrupção e assassinatos não são novidade no Brasil”, mas que, com um caso tão grave sendo levado a julgamento, acende-se uma esperança de que algo mude. O jornal dedica boa parte da reportagem sobre mensalão, publicada em 2 de agosto, para relembrar dois casos recentes de violência contra quem tenta fazer justiça no Brasil. Eles narram o caso do assassinato em julho do investigador da Polícia Federal que atuou na investigação de Carlinhos Cachoeira e das ameaças recebidas pelo juiz que trabalhava no caso. 



O editorial do El País afirma que os brasileiros são tolerantes com a corrupção. “Eles dizem em pesquisas não tolerar a corrupção entre os políticos, mas logo votam neles sem problemas. Lula mesmo foi reeleito no ano seguinte da explosão do escândalo do mensalão”, diz o jornal espanhol. “Uma sentença exemplar, além de macular o legado de Lula, contribuiria para enfraquecer a arraigada cultura da corrupção e da impunidade dos poderosos no Brasil.”







 IV – MENSALÃO, A PERGUNTA QUE NÃO QUER CALAR



Perguntar não ofende: como é que alguns réus do mensalão estão pagando seus caríssimos advogadões?


O advogado Arnaldo Malheiros Filho, defensor de Delúbio Soares, ex-tesoureiro do PT, na tribuna do Supremo: mensaleiros são defendidos por alguns dos maiores advogados criminalistas do país (Foto: STF)

Tudo bem, José Dirceu virou “consultor”, viaja para todo canto, anda de helicóptero, se hospeda nos melhores hotéis. Presume-se que ganhe muito bem.
Outros réus do mensalão são publicitários bem sucedidos, banqueiros ou ex-banqueiros, executivos ou ex-executivos, ou políticos com grande patrimônio pessoal.

Esses podem, ou devem poder, pagar os advogados caríssimos que os defendem no processo ante o Supremo Tribunal Federal.

Mas… e os outros? Um é professor de rede publica estadual, outro exerce cargo de confiança de remuneração apertada num Ministério…

Perguntar não ofende: quem paga a fortuna que cobram alguns dos maiores advogados criminais do país atuando nesse processo?


V- MAIS UMA PATUSCADA DESTE NOSSO CONGRESSO POR ORIENTAÇÃO DO PT
Estamos vivenciando mais uma “patuscada” deste congresso vendido ao governo, como não conseguem pela maneira direta, agora através de emenda a Constituição (uma afronta) querem colocar a profissão de jornalista como imposição para que se possa escrever sobre qualquer coisa e divulgar, seja onde for se você não tiver diploma, não mais poderá escrever nada em nenhum órgão de imprensa ou similar, é mais uma maneira de controlar a mídia que não se sujeita aos delírios do governo federal e suas atitudes mentirosas e falsas perante o povo brasileiro, não conseguiram na tal de Regulação da Mídia criada pela esquerda petista que não gerou frutos devido à reação dos mais diversos setores organizados no país, agora, com esta regulamentação, por exemplo, eu, um simples blogueiro sem diploma, poderei ser impedido de postar este blog, pois como não tenho diploma de jornalista estarei correndo o risco de ser punido severamente, é mais uma afronta deste partido Marxista/Comunista/Fascista/Nazista que quer de todas as maneiras, inclusive contra a maioria dos jornalistas diplomados e entidades de classe, por um freio em quem se atreve a emitir opiniões escritas, orais ou de cunho particular sobre qualquer assunto que não bate com a opinião do governo. São mesmo uma cambada, como pode um congressista que lá está para defender o povo que lá o colocou, ficar em acordo com uma, como se diz em minha terra, “barbaridade” destas, leiam algumas opiniões;
Juarez Capaverde  


Reynaldo-BH: ‘O Senado insiste em impor limites à liberdade de expressão’

REYNALDO ROCHA- no blog de Augusto Nunes
O que leva a classe política a tentar, sistematicamente, impor limites à imprensa ou à liberdade de expressão? Seria o incômodo causado pelos jornalistas que honram esta titulação? Certamente. Mas  quando falo em titulação não me refiro ao diploma expedido por alguma faculdade que não consegue ensinar a língua pátria, muito menos o ofício de informar, analisar e até investigar.

Na quarta-feira, o Senado aprovou a obrigatoriedade do diploma de jornalista para exercício da profissão, numa votação que só não alcançou a unanimidade graças à exceção encarnada por Aloysio Nunes Ferreira. Em breve, é possível que escritores tenham de provar que são formados em Letras. E logo se exigirá de um talento como Neymar que se forme em Educação Física.

A proximidade de um jornalista com um escritor é infinitamente maior que com um cabeleireiro. (Cito a profissão por ter sido regulamentada neste ano ─ sem a exigência de um diploma…).

Não se trata de julgar dispensável o ensino oferecido por faculdades sérias. Trata-se de fazer uma opção. Quem achar necessário adquirir conhecimentos específicos em alguma universidade deve sentir-se à vontade para fazê-lo, e talvez dispute vagas no mercado de trabalho em posição vantajosa.

O que não faz sentido é impedir, por exemplo, que um médico sem diploma de jornalista como Draúzio Varela (alguém no Brasil escreve sobre saúde melhor do que ele?) ocupe espaços na imprensa para tratar de assuntos que conhece muito mais do que gente que nunca viu um estetoscópio.

Idem para psicólogos, economistas, engenheiros, especialistas em aviação, diretores de cinema e TV, músicos e atores.

O que está em curso é mais uma tentativa de cercear a liberdade de expressão.

A imprensa não é Geni. Não pode ser ameaçada pelo controle social da mídia, ou pela regulamentação exigida por quem jamais entrou numa redação de verdade.

Franklins de laboratório foram substituídos pelo Senado?

Aqueles são movidos pela obsessão de controlar opiniões contrárias e instituir o pensamento único, sempre mais confortável: quando é único, pensamento não requer esforço algum. É como vaca em curral. Os senadores parecem animados com a chance da intimidação. Querem mostrar que têm poderes para legislar sobre a liberdade de imprensa. E feri-la.

Não sou jornalista. Não tenho talento para isso e nunca assumo funções para as quais não estou suficientemente preparado. É por isso que também não sou médico ou engenheiro.

Sou, essencialmente, um leitor. E dos bons! Leio o que quero, quando quero, escolho autores livremente. Simples assim.

Leio até bula de remédio! (Dúvida: será preciso contratar um jornalista formado para redigi-las?).

E quero exercer o direito de ler especialistas, formados em outras áreas, que possam contribuir para a acumulação de conhecimentos, aperfeiçoamento cultural e crescimento pessoal.

Sugiro aos senadores que regulamentem a própria atividade. Que tal exigir dos postulantes a cargos públicos ao menos o curso primário completo? Seria mais proveitoso. Jornalistas não formados sabem escrever. Senadores eleitos – alguns – não sabem sequer se expressar. O Brasil agradeceria.

Melhor não. Até presidentes seriam reprovados.

Quem paga Jornalistas (com J maiúsculo!) não formados nas faculdades que crescem mais que erva daninha são empresas editoriais.

Pouco importa que uma federação de jornalistas (que defende a censura prévia à imprensa!) esteja apoiando a iniciativa. Talvez desejem recrutar nas universidades os tais “blogueiros progressistas”. Ou os dóceis e bem pagos chapas-brancas que se identificam indevidamente como jornalistas. Além de não saberem escrever, consolidaram o jornalismo a favor. Uma invenção que faz um Millôr (não formado) e Francis (idem) se revirarem nos túmulos.

Quem paga políticos (senadores inclusive) sem nenhuma formação que sirva para alguma coisa, somos nós, contribuintes.

Senhores senadores: tirem as patas de um assunto que não precisa nem pode ser regulamentado por quem desconhece o terreno em que se mete. Sejam, ao menos, leitores!

Já seria um avanço extraordinário.


b)




‘Vício corporativista’, editorial da Folha


PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO DESTA QUINTA-FEIRA

Em junho de 2009, numa decisão que por um voto não foi unânime, o Supremo Tribunal Federal declarou que a obrigatoriedade de diploma em jornalismo para o exercício da profissão é inconstitucional, por restringir as liberdades de informação e expressão.

Não tardou para que o lobby de faculdades e sindicatos providenciasse proposta de emenda à Constituição destinada a assegurar sua reserva de mercado à custa daquelas liberdades fundamentais. Tal emenda foi aprovada ontem pelo Senado; ainda é tempo de a Câmara corrigir o grave erro.

O jornalismo não é uma ciência, mas uma técnica de apreender e relatar fatos de interesse público. Não é uma especialidade, mas uma ampla coleção delas. Como quase todo tema pode ser objeto de cobertura jornalística, seu exercício coletivo demanda a contribuição de profissionais com as mais diversas formações e experiências.

A obrigatoriedade do diploma se justifica nas profissões ─ medicina e engenharia, notoriamente ─ em que o despreparo pode ser aquilatado de modo objetivo e conduzir a danos irreparáveis. Os danos causados pelo mau jornalismo nunca são tão graves, nem tão indiscutível a sua constatação.

Em qualquer atividade profissional, quando se estabelece uma reserva de mercado em benefício de uma minoria, reduz-se a competição, rebaixam-se os padrões de qualidade e quase sempre se prejudica a maioria, ou seja, o público. O jornalismo brasileiro precisa de mais, não de menos qualificação intelectual. Um dos aspectos nocivos da obrigatoriedade é desencorajá-la.

Avessos a investir anos preciosos num curso de comunicações rara vez compensador, ficariam alijados do jornalismo profissionais com valiosa formação em história, medicina, direito, economia e tantos outros saberes que costumam formar o mosaico das melhores redações.

Além de nociva, a obrigatoriedade é anacrônica. A internet abriu as fronteiras do jornalismo para modalidades flexíveis e semiprofissionais, como o jornalismo cidadão e os blogs coletivos, cuja prática escapa a qualquer regulamentação, exceto aquela exercida por Estados policiais.

“Não há interesse público envolvido nisso”, disse o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP) a respeito do lobby do diploma em jornalismo. Com efeito, a preocupação é gremial, localizada nas cúpulas sindicais e nos departamentos universitários de comunicações.

O que mais convém ao país é manter o jornalismo como profissão livre, pública e aberta, beneficiária dos talentos multifacetados do pensamento humano.


Frase do dia


A crise estará conosco por muitos anos ainda. Não era uma marolinha como se pretendeu aqui.
Pedro Malan, ex-ministro da Fazenda do governo Fernando Henrique



Até amanhã.






As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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