Bom dia, onde iremos parar? Esta
pergunta se faz a cada bobagem que temos que escutar de Dilma, a Presidente que
não é a cada um de seus discursos, como sempre transcrevo a vocês mais uma pérola
de Celso Arnaldo Araújo publicada no blog de Augusto Nunes em Veja, é de fato
hilário seu texto, e o pior, sem uma vírgula a mais do que o que realmente foi
dito pela Sra. Dilma. Como pode uma pessoa estar na posição que ocupa e não se
dar conta de suas asneiras, o dilmês, como diz Arnaldo, é ridículo, assim
explica-se o desprestígio com que nos vêem “lá fora”, se temos um Presidente
que nem ao menos sabe se expressar, só podem avaliar que o povo brasileiro com
um todo é também ignorante e inculto tal qual sua presidente, ou não? Infelizmente
a maioria do povo a colocou onde está, e agora só nos resta aguardar 2014 para
tentarmos fazer os eleitores entenderem seu erro, como não acredito mais em
pesquisas desde que o PT assumiu e tem infiltrados militantes em todas as áreas
no país, inclusive em muitas Universidades, podem divulgar a vontade que Dilma
tem uma alta performance para a maioria, eu não acredito nestes dados divulgados
com tanto alarde, serão verdadeiros? Não sei, prefiro acreditar que não, pois não
é possível que poucos somente sejam os que vêem neste governo um verdadeiro “desgoverno”,
como entender então tais pesquisas, basta ouvir o palavrório de Dilma e suas
realizações que não se concretizam como ontem aqui escrevi, para não entender
estas pesquisas com tanta popularidade, será? Mas leiam e ouçam o vídeo, fará
você pelo menos dar boas risadas, parabéns Celso Arnaldo, outra vez você se
superou.
Juarez
Capaverde
13/08/2012
às 16:00 \ Direto ao Ponto
Dilma na banguela: da ditadura à dentadura, “uma” mutirão de pensamentos desdentados
CELSO ARNALDO ARAÚJO
Rio Pardo de Minas, norte do estado, mais de 700 km
distante de BH. A presidente vai falar da importância de ter dentes na boca.
Como ela insiste em ser chamada de presidenta, não é uma rima ─ e já não era
uma solução.
De dedo em riste, num tom muito acima do normal,
Dilma vai anunciar na cidade a ampliação do programa Brasil Sorridente, criado
no primeiro ano do governo Lula. Uma espécie de PAC 2 odontológico, com a mesma
dinâmica do plano-mãe: não se conhecem os resultados da primeira fase.
O Brasil ─ depois de oito anos de Lula ─ continua
sendo um dos países mais desdentados do mundo, no qual 55% dos adolescentes já
não têm todos os dentes e 40 milhões de adultos só têm na boca a língua e as
gengivas. Lula, na verdade, se incomoda ao ver uma pessoa sem dente ─ é o que
dirá Dilma, daqui a pouco.
Pelo discurso, porém, presume-se que, ao final dessa
ampliação do BS, todos os brasileiros estejam de posse de seus 32 dentes,
originais ou substituídos, exatamente na configuração que Deus nos deu: 8
incisivos, 4 caninos, 8 pré-molares, 12 molares.
Ao tentar explicar o programa, insistindo na tese
surpreendente de que é melhor ter dentes do que não tê-los, assim como é melhor
ter casa própria do que morar sob a ponte, Dilma tentou ser bastante incisiva.
Mas, se a Dilma sobram dentes, faltam palavras. Seus
discursos, como os desdentados, não podem sorrir nunca ─ talvez de vergonha por
sua dramática incapacidade de expressar as boas intenções que devem perpassar o
neurônio solitário. Mas há dias especiais ─ em que as palavras de Dilma parecem
cair da boca como dentes abalados na raiz. Rio Pardo de Minas presenciou um
desses dias:
“No passado, ninguém olhava pra pessoa de uma forma
completa”, começa ela, antropologicamente, sem esclarecer quem é essa pobre
pessoa do passado a quem só se olhavam as partes.
Prossegue:
“E aí, a gente tratava aqui no Brasil de várias coisas, mas isquicia (sic) que um dos elementos fundamentais pra identidade de uma pessoa é ela ser uma pessoa inteira”.
Será o mesmo infeliz da frase anterior? Ou outro? Uma
coisa é certa: desse monturo de sandices, a pessoa só sai mesmo aos pedaços.
Ok, mas essa pessoa está prestes a ser remontada,
como um Robocop:
“Daí porque a importância que no Brasil Sorridente nós damos à saúde bucal, aos dentes, e nós olhamos não mais uma pessoa como uma parte, uma pessoa que tem uma doença, mas olhamos o que pode dá saúde integral pra ela”.
“Daí porque a importância que no Brasil Sorridente nós damos à saúde bucal, aos dentes, e nós olhamos não mais uma pessoa como uma parte, uma pessoa que tem uma doença, mas olhamos o que pode dá saúde integral pra ela”.
Afinal, o Brasil Sorridente é um projeto odontológico
ou oftalmológico? De qualquer forma, o fim dos desdentados brasileiros começou
com Lula – que não suporta ver um pela frente, mesmo que seja da família. É o
que revela Dilma, relembrando a origem do programa:
“Assisti e presenciei o empenho do presidente Lula e o incômodo que ele tinha quando ele via um cidadão do nosso país, um brasileiro, um irmão, ou uma brasileira, uma irmã, sem os dentes”.
“Assisti e presenciei o empenho do presidente Lula e o incômodo que ele tinha quando ele via um cidadão do nosso país, um brasileiro, um irmão, ou uma brasileira, uma irmã, sem os dentes”.
Um reparo: onde estava Lula, muito bem pago desde
1978, e com assistência sindical-odontológica completa extensiva à família, que
deixou um irmão e uma irmã perder os dentes?
Na verdade, o Brasil de Dilma é um grande irmão:
“Nós precisamos de uma coisa importante em nosso país, que é a nossa autoestima. Olhar pra nós mesmos e sabê que esse país conta fundamentalmente conosco”.
Nesse fundamentalismo da presidente, era o caso de perguntar: quem é nosco?
Mais à frente, o povo de Rio Pardo de Minas será
informado de que, além de resgatar todos os dentes, o governo de Dilma estará
“assegurano” emprego para todos os brasileiros, incluindo crianças e
aposentados. Sim, é um novo Brasil – no anterior, estar desempregado ou não
trabalhar era um direito. Agora, não mais:
“Esse povo que pode e teve (sic) muitas vezes desempregado. Nós não queremos isso. Nós queremos todos os brasileiros empregados”.
Impactante. Empregos para todos, dentes para todos. É
uma ordem de Dilma:
“Num pode perdê dente, num pode deixá que jovem perca os dentes ou qui criança não tenha acesso ao dentista”.
Então, faz um apelo tão claro quanto um molar
cariado:
“Junto com uma prótese, que a gente fala uma (sic) mutirão de prótese, eu vou falá como o povo fala, junto com um mutirão de dentadura, nós temos de falá também num mutirão para tratar dos dentes de cada criança”
Mas ainda faltava, nesse extraordinário discurso de
Dilma, aquela centelha do gênio, a palavra que marca para sempre. A versão
Dilma de “I have a dream”.
Não espere mais. Ei-la:
“Aqui eu vi muitas crianças, vi muitos jovens, vi muitas mulheres e vi também muitos homens”.
Agora, sem sorrir: mesmo sendo um país de
desdentados, o Brasil não merece uma presidente cujo raciocínio desce ladeira
abaixo, sem rumo, atropelando o bom senso e a inteligência, na banguela.
Por vídeo
II- PROFISSÃO DE JORNALISTA
DIPLOMADO NA CONSTITUIÇÃO, É PIADA
Já comentei aqui sobre esta
patuscada do congresso sobre a diplomação de jornalista a todos que querem
escrever e publicar algo seja onde for, leiam abaixo o diz Reinaldo Azevedo
sobre o tema;
Juarez Capaverde
O Brasil em marcha a ré 2 – A obrigatoriedade do diploma de jornalista na Constituição contra a Constituição! Se passar, caberá ao STF, se provocado, declarar a sua inconstitucionalidade
O senado aprovou na semana passada, em
segunda votação — e, mais uma vez, o senador Aloysio Nunes Ferreira (PSDB-SP)
foi o único a se opor, a exemplo do que aconteceu com a lei aloprada das cotas
—, a obrigatoriedade do diploma de jornalista, uma excrescência que foi
derrubada pelo Supremo há dois anos.
A proposta é do senador Antonio Carlos
Valadares (PSB-SE), que atuou, ele que me perdoe a expressão, no papel de
laranja de entidades sindicais, como a Fenaj (Federação Nacional dos
Jornalistas), um aparelho do PT. Esses valentes jamais reagiram às várias
investidas do partido para censurar a imprensa.
Ao contrário: ofereceram-se para ser os
executores do famigerado Conselho Federal de Jornalismo — que mal disfarçava a
intenção de ser uma espécie de polícia ideológica da profissão. Quando o
governo tentou impor mecanismos de censura no tal Plano Nacional (Socialista)
de Direitos Humanos, os fenajentos se calaram de novo. Mais do que isso: eles
apoiaram a proposta!
O texto segue agora para a Câmara e se
tentam lá alguns truques para que tenha curta tramitação e seja aprovado sem
nem o concurso dos deputados, numa daquelas conspiratas de cúpula. Antes que
algum tonto rosne, informo: eu tenho diploma — de uma inutilidade estonteante.
As aulas que tive de latim sempre me
foram mais úteis. Aprendi mais lendo as Catilinárias,
de Cícero, do que ouvindo um barbudinho rancoroso, incapaz de fazer um lead,
explicando como funciona a “imprensa burguesa” sem nunca ter colocado os pés
(para não dizer as mãos!) na… imprensa burguesa! Há cursos bons? Desconheço,
mas sempre é possível! Que continuem! Nunca ninguém falou em proibi-los, o que
seria absurdo.
Valadares apresentou uma PEC (Proposta de
Emenda Constitucional). Imaginem o ridículo: o jornalismo seria a única
profissão com regulamentação garantida na Carta Magna do país! É um escárnio. Pior:
em 2006, o Supremo havia concedido uma liminar contra a obrigatoriedade. No dia
17 de junho de 2009, o pleno votou o mérito da questão: por 8 votos a 1 — Marco
Aurélio Mello, que tem origem na Justiça do Trabalho, foi o único divergente —,
decidiu que a exigência do diploma fere o exercício amplo da liberdade de
expressão. Ou por outra: fere o Artigo 5º da Constituição, uma cláusula pétrea.
O relator foi o então presidente da Casa, Gilmar Mendes.
Notem bem: os outros sete ministros que
votaram com Mendes acataram a sua argumentação: a obrigatoriedade do diploma
fere um direito constitucional que não pode ser revogado nem por uma PEC. O
Congresso é livre para querer o que bem entender, desde que não fira a
Constituição. Se aprovada a emenda também na Câmara, restará recorrer ao
Supremo com uma Adin (Ação Direta de Inconstitucionalidade). Infelizmente,
indivíduos não podem fazê-lo, segundo estabelece o Artigo 103 da Constituição
(que segue abaixo). Pudesse, eu teria imenso prazer em encaminhar o pleito:
Art. 103. Podem propor a ação direta de
inconstitucionalidade e a ação declaratória de constitucionalidade:
I – o Presidente da República;
II – a Mesa do Senado Federal;
III – a Mesa da Câmara dos Deputados;
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa;
V – o Governador de Estado;
IV – a Mesa de Assembleia Legislativa ou da Câmara Legislativa do Distrito Federal; (Redação dada pela Emenda Constitucional nº 45, de 2004)
V – o Governador de Estado ou do Distrito Federal;
VI – o Procurador-Geral da República;
VII – o Conselho Federal da Ordem dos Advogados do Brasil;
VIII – partido político com representação no Congresso Nacional;
IX – confederação sindical ou entidade de classe de âmbito nacional.
Encerro
Por que a Fenaj e o sindicalismo petista fazem tanta questão da obrigatoriedade do diploma? Porque acreditam que, assim, pode manter, vamos dizer, o controle ideológico dos profissionais de imprensa, já que a petezada domina as universidades e transforma os cursos de comunicação em verdadeiras madraçais do partido.
Caso essa maluquice prospere, vamos ver
se a Abert (Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão), a ANJ
(Associação Nacional de Jornais) e a ANER (Associação Nacional de Editores de
Revistas) terão coragem de peitar os dinossauros. Do jeito que anda a covardia
em Banânia, cumpre ficar especialmente atento.
Por Reinaldo Azevedo
III- MENSALÃO O JULGAMENTO 2ª
SEMANA
Continuamos assistindo ao
julgamento do mensalão, mesmo que o PT não queira que se use a palavra
continuamos a usá-la, abaixo alguns textos sobre o assunto que a cada dia
produz novas matérias e artigos deveras interessantes pelo jornalismo livre, já
que nos patrocinados pelo governo, todos são unânimes em negar o fato já
comprovado que o mesalão foi o maior escândalo de corrupção neste país. Leiam;
Juarez Capaverde
Para delegado que investigou o caso, mensalão é maior que o julgado no STF
Por Flávio Ferreira, na Folha:
O delegado da Polícia Federal Luís Flávio Zampronha, que investigou de 2005 a 2011 a existência do mensalão, rompe o silêncio mantido nos últimos anos e afirma: “O mensalão é maior do que o caso em julgamento no Supremo Tribunal Federal”. Em entrevista exclusiva à Folha, Zampronha diz que o esquema era mais amplo nas suas duas pontas, de arrecadação e distribuição.
Deveria, afirma, ser encarado como um
grande sistema de lavagem de dinheiro – e não só como canal para a compra
de apoio político no Congresso. O delegado abasteceu de provas o
Ministério Público Federal, que, em 2006, ofereceu a denúncia ao
STF. Zampronha manteve seu trabalho na PF para aprofundar as investigações
e identificar mais beneficiários.
Deixou o caso em fevereiro de 2011, após
entregar relatório pedindo novas apurações. Embora evite críticas diretas
à Procuradoria, Zampronha revela divergências da PF em relação à denúncia em
julgamento neste mês no STF.
Segundo o delegado, o ex-ministro da Casa
Civil José Dirceu e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares poderiam ter sido
denunciados também por lavagem de dinheiro – o que não foi feito pelo
Ministério Público Federal.
Na ação a que respondem no STF, os dois
são acusados de corrupção ativa e de formação de quadrilha (com penas máximas
de 12 anos e 3 anos, respectivamente). Para Zampronha, as provas mais
robustas contra eles são por lavagem de dinheiro (até dez anos de
prisão). Sobre Dirceu, o delegado da PF diz: “Há vários elementos que
indicam que ele sabia dos empréstimos e dos repasses para os políticos”.
ORIGEM DO DINHEIRO
O delegado diz que o mensalão “seria empregado ao longo dos anos não só para transferências a parlamentares, mas para custeio da máquina partidária e de campanhas eleitorais e para benefício pessoal dos integrantes”. ”O dinheiro não viria apenas de empréstimos ou desvios de recursos públicos, mas também poderia vir da venda de informações, extorsões, superfaturamentos em contratos de publicidade, da intermediação de interesses privados e doações ilegais.”
Por outro lado, Zampronha também
considera haver “injustiças” na denúncia – referência a réus que eram
subordinados dos operadores e beneficiários do mensalão. ”Os funcionários
não sabiam o que estava acontecendo”, afirma o delegado, citando Anita Leocádia
(assessora parlamentar) e Geiza Dias (gerente da SMPB, agência do publicitário
Marcos Valério).
(…)
Zampronha afirma que os recursos desviados do fundo Visanet (apontado como fonte do mensalão) e repassados à agência de Marcos Valério eram públicos, pois pertenciam ao Banco do Brasil.
(…)
Por Reinaldo Azevedo
b)
O eleito!, por Ricardo Noblat
Em parte, ele tinha razão. "A população neste
momento está mais voltada para `Avenida Brasil' e Olimpíadas do que para esse
processo escandaloso que tentaram nos imputar", disse na semana passada
Rui Falcão, presidente nacional do PT.
A parte que faltou razão a Rui: "(...) que
tentaram nos imputar".
O mais correto seria: processo que o PT imputou a si
mesmo. Porque ninguém forçou o PT a evoluir do Caixa 2 que ajudou a eleger Lula
para o mensalão que o ajudaria a governar.
Rui e outros observadores da cena política incorreram
também no erro de confundir praça vazia com desinteresse popular pelo
julgamento do mensalão.
A Praça dos Três Poderes, em Brasília, para onde
convergem o Palácio do Planalto, o Congresso e o Supremo Tribunal Federal
(STF), está de fato deserta.
A direção do STF ocupou sua fatia de praça com
barreiras que impedem a aproximação de curiosos. E reforçou exageradamente o
esquema de segurança. Poucos se dão ao trabalho de ir até lá.
No plenário do STF foram reservados 24 lugares para
"cidadãos comuns". (Sarney? Não! Sarney é um "cidadão
incomum", segundo Lula.)
Metade dos lugares costuma ficar vazia. Ou acaba
cedida a jornalistas.
Quem teria paciência e tempo de sobra para acompanhar
um julgamento que se estenderá por quase dois meses?
A muito custo os ministros resistem ao sono e
enfrentam o tédio. O sono já derrotou alguns. O tédio se impõe como se fosse
algo maciço e pesado.
Pesquisa nacional do instituto Datafolha, aplicada na
última quinta-feira, ouviu 2.562 pessoas e descobriu que 75% delas estão a par
do julgamento no STF.
A maioria (81%) diz que tomou conhecimento do mensalão
- embora somente 18% se considerem bem informados a respeito.
Índice tão baixo de conhecimento satisfatório nada
tem a ver com alguma espécie de absolvição prévia do PT e, sim, com a falta de
gosto da população por assuntos políticos.
Quatro em cada cinco brasileiros (82%) acreditam que
o mensalão foi um caso de corrupção que envolveu o uso de dinheiro público para
comprar votos no Congresso.
Não foi isso que a acusação aos réus passou os
últimos sete anos repetindo?
No mesmo período, com Lula à frente, o PT se valeu de
todos os meios para convencer os brasileiros de que houve apenas Caixa 2.
Resultado de esforço tão desmedido: só 7% acreditam que houve apenas Caixa 2 de
campanha.
Quem diz ser capaz de antecipar o resultado do
julgamento está mal informado. É grande, porém, a chance de José Dirceu ser
condenado.
Em conversa recente com jornalistas, três ministros
do STF, em ocasiões distintas, repetiram mais ou menos o mesmo raciocínio: se
não acreditarmos que Dirceu comandou o esquema do mensalão só nos restaria
acreditar que o comandante foi Lula.
Na televisão, Lula jurou ter sido apunhalado pelas
costas. "Fui traído", comentou. Jamais apontou os eventuais
traidores. E depois passou a se referir ao mensalão como uma farsa.
Ao jornal O Estado de S. Paulo, Dirceu ditou:
"Nada fiz sem antes consultar Lula. Nada".
Roberto Jefferson, o que deflagrou o escândalo do
mensalão, dirigiu-se a Lula ao depor no Conselho de Ética da Câmara dos
Deputados. Aconselhou-o a despachar Dirceu, seu desafeto. Aconselhou, não.
Ordenou que o despachasse. Do contrário...
Para que sua cabeça não rolasse, Lula entregou a
de Dirceu. Que perdeu a chefia da Casa Civil da presidência da República e em
seguida seu mandato de deputado federal, cassado pela Câmara.
Você acha difícil acreditar que Dirceu desconhecesse
a existência do mensalão, não é?
Eu também acho.
E Lula? Você acredita que ele desconhecia?
Eu acredito que ele conhecia.
Feira Livre no blog de
Augusto Nunes
‘A lei, para amigos e inimigos’, por Janaina Conceição Paschoal
PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO EM 10 DE AGOSTOJANAINA CONCEIÇÃO PASCHOAL
Propaga-se a ideia de que os réus, no processo do
mensalão, tiveram garantias desrespeitadas, foram cerceados em suas defesas,
acusados por meio de denúncia inepta, não sendo raro ler que estão submetidos a
um tribunal de exceção.
Independentemente de haver ou não prova suficiente
para a condenação, alguns esclarecimentos precisam ser feitos.
A denúncia ofertada pelo Ministério Público Federal é
clara e responsável, na medida em que procura atribuir a cada um dos envolvidos
a sua parcela de culpa, tomando o cuidado de estabelecer núcleos de atuação.
Tivesse o órgão acusador realmente adotado a teoria
de que os líderes da organização criminosa respondem por todo e qualquer crime
por tal organização praticado, certamente os principais réus, além de serem
acusados por corrupção ativa, quadrilha e peculato, teriam sido denunciados por
lavagem de dinheiro e evasão de divisas, pois, ao estruturar a organização,
sabiam como o suposto esquema iria funcionar.
Igualmente parcimonioso foi o STF ao rejeitar algumas
das imputações já no momento do recebimento da denúncia. Na maior parte dos
processos criminais, o magistrado recebe a denúncia em sua íntegra para ao
final dizer se absolve ou condena.
O fato de ter recusado parte das imputações no
nascedouro da ação mostra que o STF não está julgando com ira, com gana de
condenar ou de dar respostas à sociedade.
Também não procedem as ilações de que os réus estão
tendo menos condições de defesa que outros acusados. É justamente o contrário.
A ação penal referente ao mensalão tramitou por um
bom tempo, todos os requisitos previstos na lei e no regimento estão sendo
observados. E aos acusados foram garantidos meios de defesa que a maior parte
dos réus, no Brasil, não consegue.
Cito como exemplo o fato de terem obtido a expedição
de carta rogatória para ouvir testemunhas de defesa no exterior. A lei assegura
tal direito, mas dificilmente outros acusados conseguem ter deferido o mesmo
meio de prova.
É insustentável a alusão de que o ministro relator,
Joaquim Barbosa, estaria impedido de presidir a ação penal por ter conduzido o
inquérito.
Procedesse esse argumento, todas as ações originárias
estariam sob suspeita, e todos os casos em que houve quebra de sigilos se
tornariam nulos, pois as decisões mais interventivas, durante qualquer
investigação, são tomadas pelo juiz que normalmente preside a ação penal
subsequente.
O foro privilegiado, como o próprio nome diz, a vida
toda foi tido como uma benesse. Agora, estranhamente, passa a ser apresentado
como sinônimo de tortura.
Se a ação referente ao mensalão for nula e se as
cortes internacionais precisarem intervir em prol dos réus, todos os outros
processos criminais em trâmite no país devem ser imediatamente encerrados.
Que a defesa precise usar algumas figuras de
linguagem, ao apresentar suas teses, é compreensível. Difundir, entretanto, que
a maior corte do país está procedendo a um julgamento de exceção constitui
desrespeito com o STF e com o Brasil.
IV- LEIAM COMO SOMOS ROUBADOS
PELO GOVERNO
Leiam o artigo escrito na
Revista Forbes americana sobre como somos roubados pelo governo brasileiro
quando adquirimos um automóvel importado, é uma vergonha, não dá para entender
como podemos ser logrados desta maneira, depois que o governo sobre taxou ainda
mais os importados, chega a ser aviltante o preço que pagamos aqui no Brasil, a
palavra correta é a que usei roubados, pelo tamanho da diferença entre o preço
na origem e o que pagamos aqui devido aos impostos e taxas que ficam com o
governo, é brincadeira, não, é a mais pura verdade! Leiam;
Juarez Capaverde
Brasileiros pagam preços 'ridículos' por carros, aponta Forbes
Em artigo na versão on-line, um autor da revista
americana Forbes, especializada em finanças e muito conhecida por compilar
listas das maiores fortunas do mundo, criticou os preços abusivos pagos por brasileiros por
carros considerados de luxo no país. Como exemplo, a publicação cita o valor de
Jeep Grand Cherokee, que custa R$ 179 mil (US$ 89,5 mil) no país. Nos Estados
Unidos, o mesmo carro sai por cerca de US$ 28 mil.
"Alguém pode pensar que pagar US$ 80 mil em um Jeep Grand Cherokee significa que ele vem com asas e grades folheadas a ouro. Mas no Brasil é a versão básica", afirma Kenneth Rapoza, autor do artigo e responsável por cobrir os Brics (Brasil, Rússia, Índia e China) para a Forbes. Ele ressalta que o preço nos EUA é quase metade do salário médio anual de um americano, mas o preço praticado no Brasil está muito aquém dos ganhos de um brasileiro médio.
O jornalista aponta os culpados de sempre pelos preços inflados: impostos sobre importados e outras taxas aplicáveis a produtos industriais. "Com os R$ 179 mil que paga por um único Grand Cherokee, um brasileiro poderia comprar três, se vivesse em Miami", escreve Rapoza.
O artigo ainda cita o novo Dodge Durango, que deve ser apresentado pela Chrysler no salão do automóvel de São Paulo em outubro, e que custará ainda mais que o Grand Cherokee: cerca de R$ 190 mil (US$ 95 mil), segundo a publicação. Nos EUA, o mesmo carro custa US$ 28,5 mil e até um "professor de escola pública do Bronx" pode comprar um com dois anos de uso.
"Desculpem, 'Brazukas' (sic)... não há status em um Toyota Corolla, Honda Civic, Jeep Grand ou Dodge Durango. Não sejam enganados pelo preço. Vocês estão definitivamente sendo roubados", avisa Rapoza.
Frases do
dia
Sobre o
mensalão
“A defesa vê caixa 2 como conduta corriqueira, socialmente consentida”
Eliana Calmon,
Corregedora Nacional de Justiça, criticando a postura dos advogados de defesa
no julgamento do mensalão
Desastre anunciado
“Este país é grande, goza de respeito e está tão bom que a gente nunca ganhou as Olimpíadas e vai ganhar agora, no futebol. Não sei se outros pioraram ou nós melhoramos”.
Lula, na
véspera da desclassificação da seleção feminina e uma semana antes da derrota
do time masculino na final contra o México.
Até amanhã.
As fotos inseridas o foram pelo
blogueiro. Juarez Capaverde
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