Bom dia, troquei de operadora celular para ver se consigo continuar a escrever diariamente, infelizmente há aqui, como em muitas cidades a tal de "área de sombra" nos sinais da telefonia celular, e, estou bem no centro de uma delas, a nova operadora me garantiu que seu sinal será bom na minha área vamos ver, hoje está legal até quando? Só com o passar dos dias saberei, espero tenham paciência e continuem a me acompanhar como fazem já a um bom tempo, obrigado.
Vamos aos assuntos que já havia definido para postar, hoje segunda-feira teremos o desdobramento do julgamento do mensalão com os votos dos Ministros restantes, assim aqui vão algumas das reportagens que falaram dos votos do relator e do revisor na ultima seção para que continuemos a entender esta sujeira toda, agora com a participação explícita do Ministro petista Sr. Lewandowski que quer tirar o foco dos fatos das eminências do partido, a seu ver João Paulo é inocente das maracutaias todas apesar do Ministro Barbosa ter bem definido de onde saiu o dinheiro que foi desviado para as empresas de Marcos Valério e teve do Ministro Lewandowski sua concordância nos casos do Sr. Pizzolato a época Diretor de Marketing do Banco do Brasil, apesar de todas as evidências levarem a Marcos Valério através de sua empresa como aquele que entregou o dinheiro a João Paulo, o Sr. Lewandowski simplesmente não mencionou este fato concreto e saiu pela "tangência", claro está que se ligassem Marcos Valério e João Paulo ficaria configurada a participação de João Paulo no roubo de dinheiro público desta vez da Câmara de Deputados, ignorou também que a ordem de licitação também foi dada pelo petista, assim como a pressão exercida através de reunião com os membros que analisavam a concorrência, já se sabia que o Ministro iria defender os petistas principalmente José Dirceu e claro está que teria que inocentar todos os outros envolvidos, infelizmente eis aí um fato desabonador para o nosso Supremo, um Ministro tomando a defensoria dos réus ao invés de julgá-los é um perigo esta atitude para as instituições democráticas, vamos acompanhar e ver os resultados deste voto descabido. Leiam;
Juarez Capaverde
Sem nexo, por Merval Pereira
Merval Pereira, O Globo
Mesmo que formalmente tenha limitado seu voto aos réus acusados de “desvio do dinheiro público”, item inicial do relatório do ministro Joaquim Barbosa, o revisor Ricardo Lewandowski manteve seu esquema mental de separar os fatos, como se estes não tivessem conexão entre si.
Essa era sua intenção quando anunciou que leria o voto réu por réu, por ordem alfabética, negando assim liminarmente a tese da acusação de que os crimes eram conectados entre si e foram praticados por uma quadrilha que obedecia a um comando central e tinha objetivos políticos.
Só assim poderia, no mesmo voto, condenar o diretor do Banco do Brasil Henrique Pizzolato e absolver o então presidente da Câmara dos Deputados João Paulo Cunha, acusados dos mesmos crimes.
Sintomaticamente, o ministro Lewandowski deixou passar sem nenhuma tentativa de explicação os R$ 50 mil que a mulher de Cunha apanhou na boca do caixa do Banco Rural em Brasília.
Embora não tenha tido a coragem de assumir a tese do caixa dois eleitoral, implicitamente Lewandowski a admitiu como explicação razoável para o fato de um publicitário ter dado dinheiro vivo ao presidente da Câmara, a pedido do então tesoureiro do PT, Delúbio Soares, verba supostamente gasta em pesquisas eleitorais.
É espantoso que um ministro do STF, que já presidiu o Tribunal Superior Eleitoral, trate com tanta ligeireza a corrupção eleitoral e seja incapaz de ligar dois mais dois.
Lewandowski em seu voto dá impressão de que é normal, uma simples coincidência, o fato de que o mesmo empresário, Marcos Valério, esteja nas pontas dos dois casos relatados, e um não tenha nada com o outro, embora tenham como centro o Partido dos Trabalhadores (PT).
Ora, se o próprio Lewandowski admitiu que Valério subornou o diretor do Banco do Brasil para desviar dinheiro público, como não ligar esse dinheiro desviado às verbas que Delúbio Soares passou a distribuir através das agências de publicidade de Valério, todas de uma maneira ou de outra contratadas por órgãos federais? Ainda mais havendo o antecedente de esquema semelhante adotado anteriormente na campanha eleitoral em Minas.
A atitude de Lewandowski, ontem, exigindo o direito à tréplica diante da decisão do relator de esclarecer os pontos falhos apontados pelo seu voto de revisão, traz de volta à cena pública sua deliberação de retardar o processo de votação, atendendo ao interesse dos réus, especialmente os petistas.
Não tem sentido que o Supremo fique paralisado enquanto o revisor assume uma posição de protagonista do processo, quando sua função é acessória, não principal.
O presidente Ayres Britto deixou bastante claro que o papel de orientador do processo é do relator, Joaquim Barbosa, que por isso tem direito de dar suas explicações antes que os demais ministros comecem a votar, na segunda-feira.
A mudança de critério de um dia para o outro é menos surpreendente do que seu voto inicial, que condenou Pizzolato, Valério e seus sócios, pois recoloca Lewandowski no caminho que ele mesmo traçou para si desde o início do julgamento: ser um contraponto ao voto do relator, que ele identifica como uma continuação do voto do procurador-geral da República.
Os comentários de que estaria agindo com firmeza contra a corrupção no Banco do Brasil para legitimar a absolvição que já tinha preparado para os integrantes do núcleo político do mensalão, especialmente o ex-ministro José Dirceu, confirmaram-se ontem, pois, com seu voto, o revisor já deixou pistas de que não considerará criminosos os saques na boca do caixa do Banco Rural por parte de políticos da base do governo.
Embora tenha se esforçado para demonstrar que estudou detalhadamente o processo, e tenha procurado afirmar que baseou seu voto “na realidade dos autos”, Lewandowski passou por cima de detalhes cruciais, como, por exemplo, o fato de que os saques no Rural eram escamoteados pela agência SMP&B como “pagamento de fornecedores”.
E também que a primeira reação de Cunha foi mentir quanto à ida de sua mulher ao banco, alegando que fora pagar uma fatura de TV a cabo. Sabia, portanto, da origem ilegal do dinheiro.
O caráter pessoal da contratação da agência IFT está demonstrado por reuniões, fora da Câmara, para organizar ações de campanhas eleitorais do PT, com a presença de Cunha.
O voto de ontem confirma as piores expectativas com relação ao trabalho do revisor do processo.
b)
Militantes do PT ocuparam cargos importantes no Banco do Brasil
‘Na diretoria de Marketing reinava a balbúrdia’, chegou a dizer revisor em voto
O GLOBO
BRASÍLIA - Desde o início do governo Lula, em 2003, militantes do PT formados nas fileiras do sindicalismo bancário chegaram a cargos importantes no Banco do Brasil e deixaram ao longo dos últimos nove anos rastro de suspeitas e denúncias. Quando chegou ao poder, o PT de Lula, José Dirceu, Antonio Palocci, Luiz Gushiken e Ricardo Berzoini, entre outros, pôs em postos-chave do banco funcionários de carreira/sindicalistas ligados ao partido. De lá para cá, grupos de petistas já travaram inúmeras disputas internas, sempre barulhentas, pela divisão do poder na instituição.
Mas até mesmo um nome que saiu da iniciativa privada para assumir a presidência do banco, no início de 2003, teve problemas. Cassio Casseb foi anunciado pelo então ministro da Fazenda, Antonio Palocci, com apoio do chamado PT paulista, José Dirceu à frente, como presidente do banco. Saiu em 2004 após desgastes de suspeitas que já rondavam o banco. Um dos escândalos mais barulhentos da época, divulgado pelo GLOBO, mostrava a compra de R$ 70 mil em ingressos de um show da dupla sertaneja Zezé di Camargo e Luciano, na churrascaria Porcão em Brasília, para uma festa do PT.
Pago com dinheiro da Visanet pelo então diretor de Marketing Henrique Pizzolato, o caso mais notório de petistas que fizeram carreira e barulho no BB. Réu do processo do mensalão, ele já foi considerado culpado pelo relator Joaquim Barbosa e pelo revisor Ricardo Lewandowski por crimes de corrupção passiva, peculato e lavagem de dinheiro.
“Na diretoria de Marketing reinava a balbúrdia”, disse Lewandowski na leitura de seu voto quarta-feira, ao expor fatos que comprovariam o desvio de recursos públicos do BB para o esquema do mensalão. Pizzolato, funcionário do banco, deixou em 2002 importante diretoria da Previ (o bilionário fundo de pensão dos funcionários do banco), que ocupava desde 1998, para trabalhar na eleição de Lula. Ganhou a diretoria de Marketing e, com o escândalo do mensalão, em 2005, antecipou a aposentadoria.
Em anos recentes, outros petistas ganharam notoriedade em cargos no BB. Sérgio Ricardo Rosa, petista de carteirinha, também saiu da diretoria do fundo de pensão para a equipe de transição do governo Lula. Em 2003, assumiu como presidente da Previ, onde acumulou inúmeras polêmicas, até sair em junho de 2010.
O governo mudou de Lula para Dilma Rousseff, mas continuam prevalecendo no comando do banco nomes alinhados com o partido. O PT tem preferido pôr nesses cargos aliados do próprio corpo de funcionários do banco. É o caso do atual presidente, Aldemir Bendini, e outros diretores, como Robson Rocha, diretor de Gestão de Pessoas, filiado ao PT.
Das sete vice-presidências, hoje só duas estão ocupadas por políticos: os ex-senadores Osmar Dias (PDT-PR), na vice-presidência de Agronegócio, e César Borges (PR-BA), na de Governo.
Em maio, teve desfecho uma briga no alto escalão do banco entre Bendini, o então vice-presidente de Governo, Ricardo Oliveira, e o então presidente da Previ, Ricardo Flores. Oliveira e Bendini, protegidos do ministro Guido Mantega. E Flores, protegido por PT e alas do PMDB.
Dilma manteve Bendini e demitiu Ricardo Oliveira e Ricardo Flores. O que significa que estão em alta na briga pelo comando do BB Mantega e Dilma. Os paulistas ainda mantêm aliados, mas não estão no topo. Pelo menos até a próxima briga.
c)
Lewandowski ignorou laudo da PF ao absolver João Paulo Cunha
Ministro usou apenas auditoria do TCU que não viu irregularidades
BRASÍLIA - Entre os documentos usados para absolver o deputado João Paulo Cunha (PT-SP) no julgamento do mensalão, o revisor Ricardo Lewandowski citou um acórdão do Tribunal de Contas da União e um laudo da Polícia Federal. Os dois são, em sua maior parte, favoráveis à atuação de João Paulo à frente da Câmara, mas apresentam diferenças em um ponto: a subcontratação da empresa IFT pela agência SMP&B, de Marcos Valério, responsável pelo contrato de publicidade da casa.
O TCU diz que não houve irregularidades, mas o laudo da PF, produzido após o julgamento da Corte de contas, afirma o contrário. Entre a auditoria e o laudo, Lewandowski ficou com a auditoria.
Segundo o Ministério Público e o relator, Joaquim Barbosa, João Paulo recebeu R$ 50 mil para favorecer a agência de Marcos Valério na licitação da Câmara. E teria permitido a subcontratação de serviços sem que a SMP&B apresentasse qualquer contrapartida. Só 0,01% do valor do contrato teria sido prestado diretamente.
Nesse ponto, tanto o acórdão do TCU, de 2008, de processo relatado pelo ministro Raimundo Carreiro, como o laudo da PF, de 2009, chegaram à conclusão de que não houve terceirização fictícia dos serviços.
Mas TCU e PF divergem quando a questão é a subcontratação da empresa IFT, do jornalista Luís Costa Pinto. O MP e o relator entenderam que, apesar de contratada por R$ 252 mil pela SMP&B para fazer trabalhos institucionais para a Câmara, a IFT prestou serviços pessoais para João Paulo. Lewandowski discordou e citou o acórdão do TCU, segundo o qual os serviços “tiveram sua execução atestada pelos servidores competentes da Câmara dos Deputados”. Para comprovar, a Câmara enviou ao TCU 12 notas fiscais emitidas pela SMP&B.
Para a PF, a explicação foi insuficiente. O laudo concluiu que não foram achados indícios de terceirização fictícia dos serviços, “à exceção dos supostos serviços prestados pela IFT”. Os peritos citaram o acórdão do TCU, mas alertaram que têm entendimento contrário, pois não encontraram documentos comprovando o serviço. “Os critérios utilizados pelos servidores para atestar as notas fiscais e as razões que levaram os auditores a concluírem pela efetiva prestação dos serviços são desconhecidos por parte da perícia.
Memorial descritivo dos serviços prestados ou o testemunho de parlamentares ou de profissionais da mídia de que os serviços foram prestados são insuficientes para tal comprovação”, diz o laudo, acrescentando que “as inúmeras irregularidades apontadas na auditoria realizada pela Secretaria de Controle Interno da Câmara demonstram a possibilidade de conluio”.
“Dentre as ações propostas pela IFT, não há nenhum documento escrito que comprove qualquer atividade de assessoria. Além de não fazer os boletins mensais a que a IFT se propôs, não há nos autos análise regular de pesquisas de imagem e opinião, elaboração de propostas de agenda legislativa ou planos de mídia”, diz a PF.
Na quinta-feira, Lewandowski desqualificou o laudo da PF sobre a IFT, chamando-o de “inconclusos entendimentos dos peritos policiais”. Mas fez questão de citar a PF na parte em que o laudo é favorável a João Paulo.
Entre os argumentos de Lewandowski para inocentar João Paulo está a suposta inimizade entre o então secretário de Controle Interno da Câmara, Alexis de Souza, que apontou irregularidades no contrato de publicidade, e outros dois servidores: Sérgio Sampaio Contreiras de Almeida e Márcio Marques de Araújo, que na época dos fatos eram, respectivamente, diretor-geral e diretor da Secretaria de Comunicação Social da Câmara.
d)
Mensalão foi com o nosso dinheiro
A principal dúvida que rondava o processo foi, enfim, elucidada: as trans ações ilícitas cometidas pelos mensaleiros incluíram recursos públicos
Izabelle Torres
DESFALQUE NO ERÁRIO
O ministro Joaquim Barbosa durante o julgamento: a apropriação dos valores pela DNA consistiu em crime de peculato
O julgamento do mensalão confirmou na semana passada a tese de que o esquema montado pelo empresário Marcos Valério para atender aos interesses do PT desviou pelo menos R$ 73 milhões do Banco do Brasil. A conclusão, anunciada numa surpreendente convergência entre os ministros Joaquim Barbosa e Ricardo Lewandowski, respectivamente relator e revisor do caso, elucida uma das maiores dúvidas que ainda rondavam esse processo e comprovam que as transações ilícitas cometidas pelos mensaleiros incluíram recursos públicos.
Os ministros afirmam que perícias e laudos que constam nas mais de 50 mil páginas da ação penal não deixam dúvidas de que o então diretor de marketing do banco, Henrique Pizzolato, recebeu R$ 336 mil para autorizar pagamentos antecipados à DNA Propaganda. A agência pertencente ao empresário embolsou recursos do fundo Visanet, cujo principal acionista é o BB, com cerca de 32% dos recursos.
“As provas mostram que os recursos que alimentavam esses contratos saíram, sim, do banco”, resumiu Lewandowski.A descrição sobre o caminho percorrido pelo dinheiro é a narrativa de uma sequência de contravenções montada por quem tinha influência e poder no governo Lula.
Segundo os dois ministros, Pizzolato antecipou repasses milionários e aceitou documentos fraudados para justificar a apropriação indébita de recursos do fundo pela DNA. De acordo com os laudos periciais, a empresa de Marcos Valério se apropriou também de pelo menos R$ 2,9 milhões que deveriam ter sido repassados ao Banco do Brasil.
O empresário declarou esses recursos como uma gratificação concedida a agências de publicidade pela veiculação de propagandas. “Todas as cobranças dos bônus deveriam ter sido restituídas ao Banco do Brasil por força contratual”, afirmou Joaquim Barbosa. “A apropriação dos valores pela DNA consistiu, portanto, crime de peculato.”
A ousadia da quadrilha do mensalão para maquiar o desvio do dinheiro do BB incluiu também a falsificação de notas fiscais. De acordo com o revisor da ação, foram mais de 80 mil notas fraudadas, em uma tentativa deliberada de dar aparência lícita aos recursos. “Marcos Valério apropriou-se de dinheiro público em conluio com Henrique Pizzolato para se locupletar de valores pertencentes ao Banco do Brasil por meio de notas fiscais fraudadas”, concluiu o revisor.
Os argumentos de Lewandowski foram um desalento para advogados dos réus, que esperavam dele decisões mais benevolentes. O próprio ministro admitiu que sua ideia inicial era absolver o ex-diretor do BB do crime de peculato. Mas, na véspera, ele decidiu revisar seu voto ao perceber que as provas apresentadas pela acusação mostravam claramente que ele valeu-se do cargo para receber vantagens.
Com o voto do revisor, já são dois os ministros que condenaram o ex-diretor de marketing pelos crimes de corrupção passiva, lavagem de dinheiro e peculato. Além dele, Marcos Valério e os sócios Cristiano Paz e Ramon Hollerbach também foram condenados pelos ministros por corrupção ativa e peculato.
Até o momento, relator e revisor discordaram apenas sobre os crimes cometidos pelo deputado federal João Paulo Cunha (PT-SP), acusado pelo Ministério Público de corrupção passiva, peculato duplo e lavagem de dinheiro. Barbosa acatou a denúncia integralmente, enquanto o revisor votou pela absolvição do parlamentar e insistiu em que não há provas de que o petista se beneficiou diretamente do esquema ou que os serviços de publicidade contratados pela Câmara dos Deputados quando ele era presidente não foram prestados.
Apesar do alinhamento dos votos dos dois ministros sobre a apropriação indevida de recursos públicos pelo núcleo operacional do mensalão, as 14 sessões realizadas até agora pelo Supremo já deixaram claro que as divergências ao longo do julgamento não serão poucas. Na quinta-feira 23, Lewandowski se irritou com a interpretação feita pelo presidente Carlos Ayres Britto, dando ao relator o direito de comentar seus votos por meio de réplicas.
Para ele, Britto começou a interpretar o regimento interno de forma a supervalorizar o papel de Barbosa e tem atendido a todos os pedidos do relator. Depois da sessão, dois ministros conversaram com o revisor e apoiaram sua reação. Um deles chegou a dizer que o mensalão, além de mudar a rotina do Supremo, começou a influenciar também as regras de procedimentos da corte.
Diante de um ambiente tenso e das diferenças expostas, um dos poucos consensos entre os ministros é que, confirmado o desvio de dinheiro público, a recuperação dos valores dependerá de uma nova etapa de ações na Justiça. A ideia de alguns integrantes da corte é encaminhar a órgãos de controle, como o Tribunal de Contas da União e a Controladoria-Geral da União, pedido para que recuperem os recursos públicos apropriados indevidamente pelos mensaleiros. Não será uma tarefa fácil, tendo em vista que menos de 20% do que escoa pelo ralo da corrupção retorna ao erário.
II- "PAIRAM NUVENS NEGRAS EM NOSSO HORIZONTE"
Em interessante texto de Caio Cassaro no blog de Ricardo Setti, podemos constatar o caminho que nosso país está seguindo com o PT no governo e quais as consequencias deste caminho. Leiam;
Juarez Capaverde
“Pairam nuvens negras em nosso horizonte”
Nuvens carregadas sobre o prédio do Congresso Nacional, em Brasília (Foto: Dida Sampaio / AE)
Amigos, volta ao Post do Leitor o amigo do blog Caio Frascino Cassaro, engenheiro civil, administrador de empresas e empresário de São Paulo, capital. Como sempre, com um texto instigante e provocador.
Pairam nuvens negras em nosso horizonte. O grupo político que exerce o poder há dez anos não tem o menor apreço pela democracia. Usam o sistema legal para atingir o seu objetivo máximo que é a perpetuação no poder através do aparelhamento de todas as instancias da vida pública.
Nesse contexto, que se vale da união de tolos ideológicos com oportunistas fisiológicos, pretendem transformar o país em uma espécie de versão tropicalizada da China, com a repetição aqui na Bobolândia do que houve no México, aonde o PRI (Partido Revolucionário Institucional – alguém um dia vai explicar como um partido pode ser simultaneamente revolucionário e institucional) permaneceu praticamente cem anos no poder de forma ininterrupta, deixando o país em petição de miséria e a mercê de gangues de narcotraficantes.
Aqui na Terra de Santa Cruz trava-se uma luta de morte entre os democratas, aqueles que amam a liberdade acima de qualquer coisa e vêem na imprensa livre a expressão máxima da democracia, e esse grupo de fascistas travestidos em defensores do povo, com seu “controle social da mídia”, com suas políticas de cotas, seus argumentos politicamente corretos, com o tal direito originário das ruas e, só para não me extender demais, com a destruição, entre outras coisas, do formalismo , do conceito de hierarquia e do mérito nas relações sociais.
Pairam nuvens negras em nosso horizonte. Surgem na forma dos patrulheiros petralhas que povoam a internet, alguns a soldo (os oportunistas fisiológicos), outros por ideologia (os tolos ideológicos), que funcionam exatamente da mesma maneira que funcionavam as SA (“sturmabeitlung”) nazistas, caluniando, ameaçando e intimidando pessoas e entidades que sejam adversários da quadrilha que hoje toma conta do país.
Ou então aparecem encarnados em ministros do STF que gritam contra evidências, julgam casos sem ter condições éticas para tanto ou mesmo dirigem-se a jornalistas com expressões chulas, em desacordo com a grandeza do cargo que ocupam.
Ou ainda surgem como deputados que montam uma CPI para perseguir adversários políticos e, quando as coisas se voltam contra eles, pois a realidade dos fatos lhes é amplamente desfavorável, optam por deixar esta mesma CPI morrer, caso contrário descobrir-se-ia que a corrupção que envolve toda essa história acabaria por subir a rampa do Palácio do Planalto, mostrando que a lama gerada nesse episódio emporcalha desde sempre o avental da faxineira-mór da república, iniciando uma avalanche de denúncias que, conforme previ logo após a vitória de dona Dilma, a transformaria na melhor das hipóteses em um cadáver político a mercê do PMDB et caterva e, no pior dos casos, poderia culminar até com o seu afastamento do cargo de Presidente.
Pairam nuvens negras no nosso horizonte. A sucessão de greves que paralisam de vez a já normalmente inerte máquina pública, com o PSOL e o PSTU fazendo o papel de “PT do PT” – ameaçam desestabilizar a já frágil coligação governista, assolada pelo crescimento pífio, pela sensação generalizada de descontrole do barco e pelo desmentido categórico do relator e do revisor do processo do Mensalão de que tal episódio tenha sido uma farsa.
Pairam nuvens negras no nosso horizonte. Quanto mais claro fica o tamanho da inépcia e da extensão da corrupção que brota do grupo no poder mais virá a tona a sua origem totalitária e o seu fascismo inato, a sua incapacidade de conviver com o contraditório e, por via de consequencia, com uma imprensa livre e vigilante, única entidade capaz de fiscalizar esse misto de Leviatã com Cérbero em que se transformou o estado brasileiro. E o pior de tudo é que Hades está por aí a solta, tentando sequestrar Perséfone para aprisioná-la no inferno, aonde ele pode vigiá-la e usá-la conforme sua própria conveniência.
Vamos permanecer em nossa tricheira. Se persistirmos essa gente não terá sucesso – “No pasarán!” – não passarão. Jamais.
III- EDUCAÇÃO NO ENTENDER DE ESPECIALISTAS, O GOVERNO VENDE ILUSÕES
Como leremos abaixo já em setembro de 2011 a educação estava em pauta e, infelizmente nada mudou apesar das falácias e mentiras do governo petista e seus Ministros imcompetentes Fernando Haddad e Aloisio Mercadante, mas leiam e entedam tudo que já aqui mencionei sobre este fato que nos trará a ignorância e a má formação de nossos jovens;
Juarez Capaverde
14/09/2011 às 0:05 \ Direto ao Ponto
Os vendedores de nuvens tentam esconder a falência do sistema de ensino público
PUBLICADO EM 14 DE SETEMBRO DE 2011
Augusto Nunes
Em setembro de 2010, a Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílio (PNAD) comprovou que o Brasil tem 14,1 milhões de analfabetos com mais de 15 anos de idade. A imensidão de gente que sequer distingue uma vogal de uma consoante aumenta perturbadoramente quando somados os que só conseguem rabiscar a assinatura.
Em agosto, a Prova ABC constatou que mais de 50% dos alunos matriculados na terceira série do fundamental não são alfabetizados. Nesta semana, os resultados do Enem-2010 revelaram que 53% dos estudantes das escolas públicas estão abaixo da média. Em cada dez unidades da rede oficial, oito foram reprovadas.
Um trecho da crônica de Lya Luft na mais recente edição de VEJA, reproduzida na seção Feira Livre, escancara a falência do sistema educacional. “Metade das crianças brasileiras na terceira série do elementar não sabe ler nem escrever. Não entende para o que serve a pontuação num texto. Não sabe ler horas e minutos num relógio, não sabe que centímetro é uma medida de comprimento.
Quase a metade dos mais adiantados escreve mal, lê mal, quase 60% têm dificuldades graves com números. Grande contingente de jovens chega às universidades sem saber redigir um texto simples, pois não sabem pensar, muito menos expressar-se por escrito. Parafraseando um especialista, estamos produzindo estudantes analfabetos”.
Atropelados pelo país real, os vendedores de nuvens refugiaram-se no Brasil Maravilha registrado em cartório. “A presidente não está insatisfeita com as notas”, declamou Cândido Vaccarezza, líder do governo no Congresso e confidente de Jaqueline Roriz. “Nós atingimos a meta, é um dado positivo”. Só se a meta for a criação do maior viveiro de analfabetos funcionais do planeta.
“Não há uma iniciativa, uma bala de prata que vai ferir de morte a baixa qualidade”, caprichou no palavrório o ministro Fernando Haddad. “Existem ações articuladas voltadas para a qualificação da escola”. Com embalagens variadas, a mesma discurseira se repete há oito anos e meio. “Cansei de falas grandiloquentes sobre educação, enquanto não se faz quase nada”, escreveu Lya Luft. “Falar já gastou, já cansou, já desiludiu, já perdeu a graça”. A grande escritora falou por todos os brasileiros que já não suportam a conversa fiada dos camelôs de si próprios.
“É praticamente impossível ter piorado a qualidade da educação na escola pública”, anda choramingando Fernando Haddad. A frase mal costurada confirma que, como tudo no sistema de ensino, também os ministros ficaram bem piores. Só estudei em escolas públicas. Haddad se formou em escolas particulares.
Passei quatro anos no velho Grupo Escolar Domingues da Silva em companhia de dezenas de alunos pobres. Ou paupérrimos, como os que vinham caminhando, descalços, dos sítios e fazendas onde sobreviviam. No fim do segundo ano, como os filhos da classe média de Taquaritinga, também os meninos da roça sabiam ler, escrever e falar. Todos sabíamos.
Nenhum professor nos ensinou que falar errado está certo. Nunca fomos autorizados por livros supostamente didáticos a espancar a língua culta. No terceiro ano do curso primário, nós não pegava os peixe. Nós pegávamos peixes. E assim acabamos aprendendo a pescar as palavras corretas, caçar conhecimentos e escapar das sombras da ignorância.
IV- LEIAM O QUE O GRANDE AMIGO CHÁVEZ ESTÁ APRONTANDO EM SEU PAÍS COM SUA "DEMOCRACIA"
Chávez prepara exército de guerrilheiros, acusa deputada
Documento revela plano de ter 1 milhão de milicianos em 2013 e apoio de Cuba
Hugo Chávez e Henry Rangel Silva, ministro da defesa venezuelano (Marcelo García/EFE)
O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, está alistando um "exército guerrilheiro" projetado para ter um milhão de milicianos em 2013 e para isso conta com o apoio de Cuba, denunciou a deputada opositora María Corina Machado em entrevista publicada neste domingo no jornal venezuelano El Universal.
A legisladora foi eleita em 2010 com a maior votação nas eleições parlamentares e era aspirante a enfrentar Chávez na eleição presidencial deste ano. Em fevereiro, porém, ela foi derrotada nas eleições primárias da oposição por Henrique Capriles, que tentará impedir no próximo dia 7 de outubro uma nova reeleição de Chávez.
María Corina Machado afirmou que teve acesso a um exemplar do que chamou de "Plano Sucre". Citando parte do texto, declarou que o documento prevê a "transformação de um exército profissional em um exército guerrilheiro" preparado "para lutar com sucesso uma Guerra Popular Prolongada (GPP) perante uma hipótese de guerra por parte do império (americano)".
A GPP é um "conceito maoísta" que na prática propõe "desgastar o inimigo, atraí-lo para o interior do território e combatê-lo com participação de toda a população", integrada em uma força militar organizada "em detrimento dos componentes regulares" da Força Armada Nacional Bolivariana (FANB), destacou María Corina.
"Estamos diante de uma proposta de clara inspiração e assessoria cubana", continuou a deputada, reiterando que no texto se lê expressamente que a meta do plano é "alistar um milhão de milicianos até 2013 e dois milhões para 2019". A legisladora fez sua denúncia primeiro ao jornal El Nuevo Herald, de Miami (EUA), que na sexta-feira passada publicou uma entrevista sua e assegurou que o documento está assinado por Chávez e foi enviado à FANB para sua execução.
María Corina revelou que solicitou à Comissão de Defesa e Segurança da Assembleia Nacional, da qual ela faz parte, a convocação do ministro de Defesa da Venezuela, general Henry Rangel, para explicar o assunto. "Os alcances do plano são alarmantes e entre outras angustiantes propostas contemplam o treinamento da população civil para que participe de uma guerra, ao circunscrever as ameaças à nação a uma suposta invasão por parte dos Estados Unidos", insistiu a deputada.
(Com agência EFE)
Frase do dia
"Meu Deus do céu!"
Ministro Joaquim Barbosa, relator do Caso do Mensalão, diante da ameaça de Ricardo Lewandowski, ministro-revisor, de faltar à próxima sessão do julgamento se não puder replicar tudo o que Barbosa diga.
Até amanhã
As fotos inseridas o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde
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