quinta-feira, 16 de agosto de 2012

SÓ O CHEFE NÃO SABIA? - DESCONSTRUÇÃO FACTUAL, POR DORA KRAMER - DILMA PATROCINA MAIS UMA VERGONHA - CONTINUAM APARECENDO AS FALCATRUAS NO MINISTÉRIO DA PESCA - PT NÃO PRIVATIZA, FAZ CONCESSÕES ? MENTIROSOS -



Bom dia, artigo interessante de Ferreira Gular sobre o verdadeiro chefe de quadrilha do mensalão, porem, que não está entre os réus, Lula o Mentiroso se sabe nunca foi alguém relapso na política e nos seus intentos, portanto sempre soube do que se passava no seu governo, era de fato o líder principal e talvez o grande mentor da quadrilha que viu nesta a maneira de se perpetuar no poder mais rapidamente, contando com a maioria dos parlamentares que ele esperto sabia serem facilmente corruptíveis, armou a maior jogada política que se viu até então com a mão no dinheiro público que jorra dos impostos federais a sua disposição, usou este na forma de desvios para firmar seu intento de se tornar o novo ditador do Brasil, claro isto sutilmente, de forma que o povo não soubesse das reais intenções suas e de seu partido, tornando-se um Presidente populista e com a enorme publicidade que estava então em suas mãos iniciou o modo que levaria a perpetuação de sua pessoa no poder, se tudo tivesse saído como previa levaria ao congresso a reeleição indefinidamente como já havia feito Chavez na Venezuela, felizmente para o Brasil, deu errado, a ganância se tornou maior do que a submissão levando tudo a denuncia de Roberto Jefferson que queria abocanhar mais do que estava lhe sendo dado e para isso usaria os Correios sob sua jurisdição para isto, Lula não queria  ninguém que ousasse ir contra suas ordens e mandou Zé Dirceu tomar providência para acabar com as intenções de Jefferson, claro sem dizer que ele era o mandante, Jefferson pego com a boca na botija virou seu ódio para Dirceu acusando-o como o mentor do esquema para derrubá-lo do poder sem dar-se conta, ou não, que a ordem partira de Lula então armou tudo para denunciar os desvios e a compra dos partidos, acusando como mentor a Zé Dirceu, e deu no que deu, Lula está fora do banco dos réus hoje, mas todos sabemos quem de fato era e é o chefe no PT, Lula o Mentiroso e não há discussão quanto a isto, basta o exemplo da imposição da candidatura de Haddad para SPaulo sem contestações, apesar de algumas vozes em contrário tudo se fez como queria o grande chefe. Leiam;
Juarez Capaverde




‘Só o chefe não sabia’

por Ferreira Gullar

 

PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO DESTE DOMINGO

FERREIRA GULLAR

Falando francamente, qual é a imagem que se tem de Lula? Melhor dizendo, se alguém lhe pedisse uma definição do nosso ex-presidente da República, qual daria? Diria que se trata de uma pessoa desligada, pouco objetiva, que mal repara no que se passa à sua volta? Estou certo de que não diria isso, nem você nem muito menos quem privou ou priva com ele.

Ao contrário de alguém desligado, que entrega aos outros a função de informar-se e decidir por ele, Lula sempre se caracterizou por querer estar a par de tudo o que acontece à sua volta e, muito mais ainda, quando se trata de questões ligadas a seu partido e à realidade política em geral.

As pessoas que o conheceram no começo de sua vida política, como os que lidaram com ele depois, são unânimes em defini-lo como uma pessoa sagaz, atenta e sempre interessada em tudo saber do que se passava na área política e, particularmente, o que dizia respeito às disputas, providências e articulações que ocorriam dentro do seu partido e no plano político de um modo geral.

Isso já antes de sua chegada ao poder. Imagine você como passou a agir depois que se tornou presidente da República. Se hoje mesmo, quando já não ocupa nenhum cargo no governo nem no partido, faz questão de saber de tudo e opinar sobre tudo, acreditaria você que, no governo, deixava o barco correr solto, sem tomar conhecimento do que ocorria? Isto é, sabia de tudo menos do mensalão?

Veja bem, hoje mesmo, alguma coisa se faz na Câmara dos Deputados ou no Senado sem o conhecimento da Dilma? Os repórteres, os comentaristas políticos estão diariamente a nos informar do controle que o Planalto exerce sobre o Parlamento.

A cada problema que surge, a cada decisão importante, Dilma convoca os líderes da base parlamentar para dizer a eles como devem agir, como devem votar, que decisões tomar. Isso Dilma, hoje. Imagine o Lula, quando presidente, mega como sempre foi, mandão por natureza. Sem dúvida que estava a par de tudo e em tudo interferia, por meio de seus paus-mandados. Dá para acreditar, então, que ele só não sabia do mensalão, nem sequer ouvira falar? Claro que você não acredita nisso, nem eu.

É evidente que Lula não podia ignorar o mensalão porque não se tratava de uma questão secundária de seu governo. Longe disso, o mensalão foi o procedimento encontrado para, com dinheiro público, às vezes, e com o uso da máquina pública, noutras vezes, comprar o apoio de partidos e os votos de seus representantes no Congresso.

Não se tratava, portanto, de uma iniciativa secundária, tomada por figuras subalternas, sem o conhecimento do chefe do governo. Nada disso. Tratava-se, pelo contrário, de um procedimento de importância decisiva para a aprovação, pelo Congresso, de medidas vitais ao funcionamento do governo. Portanto, Lula não apenas sabia do mensalão como contava com o apoio dos mensaleiros para governar.

Certamente, o leitor perguntará: por que Lula, esperto como é, arriscou-se tanto? Pela simples razão de que não desejava dividir o poder com nenhum partido forte, capaz de lhe impor condições. Como é próprio de seu caráter e de seu partido, só admitia aliança com quem não lhe ameaçasse a hegemonia.


Não estou inventando nada. Todo mundo leu nos jornais, logo após a vitória nas eleições presidenciais, que José Dirceu articulava a aliança do novo governo com o PMDB.

Só que Lula não aceitou e, em seu lugar, buscou o apoio dos pequenos partidos, aos quais não teria que entregar ministérios e altos cargos nas estatais. Em vez disso, os compraria com dinheiro. E foi o que fez, até que, inconformado, Roberto Jefferson pôs a boca no mundo.

Lula, apavorado, advertiu os seus comparsas para que assumissem a culpa, pois, se ele, Lula, caísse, todos estariam perdidos. E assim foi para a televisão, disse que havia sido traído e se safou.
Bem mais tarde, com a cara de pau que o caracteriza, afirmou que nunca houve mensalão mas, ainda assim, tentou chantagear um ministro do Supremo. Afinal, por tudo isso, recebeu o título de doutor honoris causa! Merecidíssimo, claro!




b)





“Desconstrução factual”

 por Dora Kramer

PUBLICADO NO ESTADÃO DE 10 DE AGOSTO
DORA KRAMER

A pergunta de um milhão de dólares não pode ser ainda respondida.

Mesmo sendo impossível prever o resultado do julgamento, temos disponíveis as narrativas de acusação e defesa no processo do mensalão para um cotejo de, senão credibilidade, ao menos verossimilhança. De pura lógica. Ou se o leitor preferir, do mais comezinho confronto com a realidade.

Vamos nos ater aqui ao chamado núcleo político onde figuram os principais réus e em cujas ações residem os objetivos da organização que o Supremo Tribunal Federal aos idos de setembro dirá se criminosa ou não.

O advogado de José Dirceu aceitou o pressuposto do procurador-geral da República da elaboração do relato tomando como base forte as provas testemunhais.

Portanto, têm-se até agora duas versões. Preparadas a partir de óticas distintas, ambas baseadas em fatos aceitos pelas partes: a necessidade de o PT fazer “caixa” após a eleição de 2002, os empréstimos bancários tomados por intermediação de agência de publicidade, os repasses em espécie a petistas e associados.

Segundo a denúncia, disso decorreram caudalosos ilícitos: o partido valeu-se dos instrumentos de poder recentemente conquistado para desviar dinheiro público, corromper parlamentares, fraudar contratos a fim de viabilizar seu projeto que, embora vitorioso na eleição do presidente, não havia conquistado nas urnas maioria no Congresso.

A procuradoria aponta o então chefe da Casa Civil como mentor e coordenador dos trabalhos, o tesoureiro do PT como encarregado de viabilizar as transações financeiras junto ao arrecadador Marcos Valério e o presidente do partido como interlocutor junto aos cooptáveis e carimbador das formalidades dos acertos.

O que disse a defesa?

José Dirceu desligou-se do PT, mal sabia o que se passava por lá, José Genoino não se envolvia nos assuntos financeiros do partido que presidia e Delúbio Soares fez tudo à revelia.

Não para comprar apoios porque, conforme argumentaram os advogados dos três, o dinheiro serviria para pagar dívidas do PT, nunca para financiar a adesão de partidos já aliados ao governo.

Narrativa por narrativa, a da acusação tem começo, meio e fim, mas a da defesa não “fecha”.

Notadamente se comparada a descrição da defesa ao comportamento de Dirceu, Delúbio e Genoino antes do primeiro escândalo do governo Lula, em 2004, quando o encarregado de fazer a “ponte” entre a Casa Civil e o Congresso, Waldomiro Diniz, foi mostrado em vídeo em esquisitas transações com Carlos Cachoeira.

A partir daí passaram a ser mais discretos, mas até então carregavam seus estandartes de poder com estardalhaço em toda parte. Delúbio transitava pelo Palácio e por gabinetes ministeriais e celebrava orgulhoso seu direito de “fazer política”.

Genoino não escondia que a nova “base” era cooptável mediante vantagens propiciadas pelo aparelho de Estado e José Dirceu era o mais barulhento porta-voz das diretrizes de governo conjugadas aos interesses do PT.

Não é construção mental. Está tudo registrado no noticiário da época e na memória de quem por dever de ofício jornalístico convivia com uma realidade que a narrativa dos advogados transformar em desconstrução factual.




II- VERGONHA COM A BANDEIRA OLIMPICA DILMA QUEBRA AS REGRAS DO COI

Como já aqui escrevi, infelizmente ainda vamos passar muita vergonha perante o mundo nas atitudes e palavras de Dilma como Presidente, não há uma de suas aparições em que não comete gafes, e diga-se, muitas gafes, gafes em atitudes, gafes no seu português, ou melhor dilmês, e assim os atos se tornam passiveis de gracejos e de ironias através daqueles que percebem tantas asneiras em uma só pessoa, e o pior, na pessoa que representa o Brasil em toda sua grandeza, que está sendo visto como o país dos atrasados e cuja educação é um dos piores do planeta, se sua líder não sabe nem falar a língua nativa, quem falará então? Leiam;
Juarez Capaverde  






Celso Arnaldo: Dilma Rousseff confunde medalha com bandeira e não sabe se os irmãos pugilistas são dois ou quatro

 

Depois de testemunhar o encontro entre a bandeira olímpica e a presidente Dilma Rousseff, o jornalista Celso Arnaldo Araújo desconfiou que a esculhambação começara. Teve certeza disso ao ser castigado com uma das piores discurseiras armazenadas neste espaço pelo grande caçador de cretinices especializado em dilmês. Confira. E imagine o que vai acontecer até 2016 e, sobretudo, durante os Jogos do Rio.
Augusto Nunes na secção Feira Livre  

A PORTA-BANDEIRA DILMA LEVA A NOCAUTE O PROTOCOLO E O IDEAL OLÍMPICO
CELSO ARNALDO ARAÚJO

A atual bandeira olímpica está no Brasil desde segunda-feira ─ e aqui ficará até o término das Olimpíadas do Rio. Não é uma bandeira qualquer. São 2,22 metros de largura por 1,54 de altura da mais pura seda oriental e foi confeccionada, pelos melhores artesãos coreanos, para as Olimpíadas de Seul, em 1988 ─ e desde então transferida, de quatro em quatro anos, para o país-sede dos jogos seguintes.

Não só por isso, mas por ser o ícone máximo dos Jogos desde 1914, quando foi desenhada em pessoa pelo próprio Barão Pierre de Coubertin, o pai das Olimpíadas da era moderna, o conjunto de regras para o manuseio da bandeira é mais extenso que o rol de mesuras que um plebeu deve seguir na presença da Rainha da Inglaterra.

Por onde quer que tenha passado para uma temporada de quatro anos a bandeira de Coubertin foi tratada com os mimos que o centenário protocolo olímpico estabelece. Isso até chegar ao Brasil.  Aqui, apesar de detalhada orientação a seus guardiães, foi esculhambada pela própria presidente da República, em pleno Palácio.

A avacalhação começou no momento mesmo em que a bandeira olímpica passou para as mãos de brasileiros, ainda em Londres. Para recebê-la, o Comitê Organizador Rio 2016 assinou um compromisso que impõe, entre muitos itens, que ela não pode sair de sua caixa para passeios na rua nem ser desfraldada sem um cerimonial específico, com direito até a uma “Guarda de Honra da Bandeira Olímpica”. Mas já no embarque, em Londres, segunda-feira, a coisa desandou.

O boxeador e medalhista Esquiva Falcão foi fotografado segurando o nobre lábaro para um oba-oba com as mãos nuas ─ ele que, ironicamente, ganhou sua medalha de luvas. Mas foi em pleno Palácio do Planalto que o protocolo olímpico iria, de vez, pras cucuias gregas. O atentado oficial à bandeira foi filmado e disponibilizado no próprio Blog do Planalto, na ocasião em que Dilma recepcionou também os irmãos Esquiva, medalhistas do boxe em Londres.

Começa com as três maiores autoridades presentes ─ a própria Dilma, o prefeito Eduardo Paes e Carlos Arthur Nuzman, presidente do COB ─ fingindo para fotógrafos e cinegrafistas que estão interessados nos detalhes da caixa da porta-bandeira. Sem mais essa nem aquela, Paes abre a pequena arca e vai logo metendo a mão na bandeira, que estava posta em sossego, com todas as suas meigas dobraduras, à espera do toque gentil e formal. Em seguida, como quem vai estender a toalha na mesa para o café da manhã, a presidente ajuda Nuzman e Paes a desfraldar a seis mãos, lambuzadas de cumprimentos áulicos, o estandarte do barão de Coubertin ─ até ele roçar o chão.

Corta para o risonho trio de desfraldadores, Pezão ao fundo, exibindo a bandeira na mão grande ─ disfarçada com mal coreografadas pontas de dedos ─ num gesto caseiro de empáfia de troféu com um símbolo que é universal.

DISPUTA ESPORTIVA NÃO TEM SENTIDO


Dilma tem tanta noção da importância formal daquele pedaço de pano que, de cara, já errou o nome da coisa:

“O prefeito, que recebeu a medalha…a medalha, não, a, a, a bandeira…”, corrige, depois do sopro providencial de Eduardo Paes.

Vai começar um dos piores discursos da enorme dilmoteca armazenada neste espaço. Mas a presidente está tão compenetrada em sua falação olímpica que não nota a ponta de seu sapato impedindo o prefeito de erguer a bandeira do chão para devolvê-la, dobrada de qualquer jeito, àquela versão tupiniquim da caixa de Pandora ─ nome que Dilma poderia confundir com a da urna que guarda a bandeira dos Jogos Panamericanos.

Ele puxa meio sem jeito o ícone sagrado uma, duas, três vezes ─ até que Dilma se toca e levanta o pezinho, sem interromper a catilinária de fazer corar o último colocado dos Jogos Abertos do Interior:

“Esses atletas aqui, que receberam a medalha aqui, e que honraram muito o Brasil e os brasileiros e as brasileiras”, enfatizando, para o mundo, o nome do povo que habita este país, em seus dois gêneros.

“Porque, para nós, a Olimpíada tem essa característica: é um momento em que todos nós deixamos de nos preocupar com os problemas que cada um enfrenta e assistimos uma das coisas muito importantes que o gênero humano inventou, que é a disputa esportiva. Aquela disputa que não tem sentido além de ser o próprio espetáculo”.

Sabemos agora, pela própria presidente, o que o pessoal do Planalto e da Esplanada andou fazendo nas duas últimas semanas ─ o que explica também o aumento da audiência da TV Record e a ausência de qualquer ação de governo nesse período. Mas ficou uma dúvida: se a disputa não tem sentido, o que estão fazendo aqueles boxeadores com suas medalhas ali?

Dilma não se esquiva da resposta:

“Por isso, neste momento, a gente tem de fazer uma reflexão sobre a importância dos atletas. Eu estou aqui com dois atletas: o Esquiva e o Yamaguchi, o Yamaguchi e o Esquiva”.

Espere: são dois ou quatro? Família campeã, essa. E surpreendente: ao contrário dos demais atletas que participaram dos Jogos, eles foram a Londres para disputar medalhas olímpicas, não o programa Quem fica de pé, do Datena:

“O objetivo deles era ser ganhadores de medalhas olímpicas, porque medalhas olímpicas são muito importantes. Eu estou falando medalhas olímpicas. Não estou falando só ouro, só prata, só bronze, porque a distinção é esta. A distinção é o país ser premiado pela sua capacidade, pela sua expertise, pela sua arte. Porque lutar boxe além de ser uma luta é uma arte”.

Sim: lutar boxe é uma luta, disse um dia, com arte, Dilma Rousseff ─ congregando o mundo, em dilmês de lona, em torno dos Jogos Olímpicos do Rio.

As Olimpíadas de Dilma podem vir a ser um tremendo fracasso ─ mas, se depender dela, certamente serão as mais divertidas desde o compenetrado Barão de Coubertin.

Um último toque para os ambientalistas: para o Brasil não ficar mal na fita, iniciem já a campanha “Salvem a bandeira olímpica”







III- LEIAM COMO ROUBAM E QUEIMAM O DINHEIRO PÚBLICO NO GOVERNO DO PT


Já não tenho mais o que comentar sobre o que se passa neste governo petista, a cada dia se sabe mais e mais sobre a administração desastrosa e da roubalheira que está ocorrendo no governo federal, e como se explica que a faxineira Dilma não toma conhecimento destas atrocidades, esta é a gerente tão cantada por Lula o Mentiroso? Leiam;
Juarez Capaverde


Ministério da Pesca paga por máquinas, mas não usa

Vinte geradores de gelo, que teriam de ser instalados em comunidades pesqueiras, ainda não foram entregues; gestores recebem multa do TCU


16 de agosto de 2012 | 3h 05

FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA - O Estado de S.Paulo
Na mesma época em que comprou 28 lanchas-patrulha e não usou, o Ministério da Pesca gastou R$ 37,4 milhões em máquinas de gelo que ficaram encalhadas nos fabricantes. A constatação é de auditoria do Tribunal de Contas da União (TCU), que multou nove gestores da pasta por irregularidades nos contratos para a aquisição dos equipamentos.

Quase quatro anos depois do início do processo de compra, tocado a partir de 2008, parte do material, cerca de 20 máquinas, ainda não foi entregue e o governo terá de gastar mais na manutenção.

Os geradores de gelo deveriam ser instalados em comunidades pesqueiras para a conservação dos peixes antes da entrega aos mercados consumidores. Em 2008, durante a gestão do ex-ministro Altemir Gregolin (PT), o ministério lançou concorrências para a escolha das empresas, sem especificar qual a destinação dos aparelhos. De acordo com o TCU, na hora da entrega não havia para onde enviá-los e foi necessário fazer acordo com os fornecedores, que ficaram como fiéis depositários.

Um dos pregões visava a compra de 103 máquinas, capazes de produzir, conforme o modelo, de 1,2 a 9 toneladas de gelo por dia. As entidades e prefeituras que haviam se cadastrado para recebê-las, porém, segundo documento apresentado pela Pesca, demandaram apenas 56. Antes de pagar a segunda parcela dos contratos com a Rima Engenharia e a Elvi Cozinhas Industriais - o que foi feito, respectivamente, em abril e junho de 2009 -, a Pasta propôs que o material ficasse sob custódia das empresas. Foi firmado o compromisso para a guarda de 83 equipamentos.

Apesar do encalhe, o ministério ainda aprovou um termo aditivo de R$ 6,1 milhões ao contrato com a Rima para a entrega de mais 21 máquinas, com capacidade para produzir 1,2 ou 3 toneladas por dia. Os desembolsos do ministério às duas fornecedoras se deram entre dezembro de 2008 e julho de 2010. O TCU constatou que os servidores da Pesca autorizavam pagamentos antecipados, contrariando regras do contrato.

Multas. O aval para a compra das máquinas foi dado pelo ex-secretário de Planejamento da Pesca Karim Bacha, multado em R$ 10 mil pelo TCU. Como o Estado revelou em abril, ele foi o responsável por pedir à Intech Boating doação de R$ 150 mil à campanha da ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), ex-titular da Pesca, ao governo de Santa Catarina.

Além de Bacha, foram condenados a pagar R$ 10 mil José Claudenor Vermohlen (à época dos contratos subsecretário de Planejamento de Aquicultura e Pesca) e João Dias Machado (então coordenador-geral da Pesca Artesanal). Outros seis responsáveis, entre eles o ex-secretário executivo Cleberson Carneiro Zabaski, foram multados em R$ 4 mil.

A relatora do processo no TCU, ministra Ana Arraes, classificou o caso como de "extrema gravidade". Segundo ela, a Pesca comprometeu "o uso adequado dos escassos recursos públicos existentes, com a aquisição de bens que não puderam ser colocados à disposição dos beneficiados; assim, assumiu o risco de dano ao erário". Para a ministra, há ainda a possibilidade de que os equipamentos comprados não atendam às necessidades das comunidades.


IV- ELES QUE TANTO CONDENARAM AS PRIVATIZAÇÕES, ESTÃO PRIVATIZANDO


Pois temos hoje a confirmação de que no palanque eleitoral pode-se jogar sobre outros ombros mentiras e deformações do que foi feito em governos de opositores, estamos agora vendo o que o governo do PT e de Dilma está fazendo, mesmo após ter demonizado às privatizações estão privatizando; e para enrolar sua militância e quem acreditou em suas mentiras deram um novo nome para suas ações. Leiam abaixo artigo de Carlos Alberto Sardenberg e confirmarão as mentiras de dilma e do PT.
Juarez Capaverde


Privatização envergonhada”

por Carlos Alberto Sardenberg

PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA

CARLOS ALBERTO SARDENBERG
Sabe a periguete sem convicção? Ela veste o tubinho, mas fica o tempo todo puxando para cima e para baixo para tentar esconder o que a roupa quer exibir. A exibição envergonhada.

Mal comparando, é como o pessoal do governo lida com a privatização de rodovias e ferrovias. Vestiu a ideia, vai aplicá-la, mas não admite sequer o nome. Privatização? Isso é imoral.

Se fosse apenas pelo nome, não haveria problema algum. Pode-se chamar a coisa de concessão de serviço público. É sempre concessão a uma empresa privada, mas deixemos de lado esse detalhe. A China vendeu milhares de estatais e até hoje chama o programa de reestruturação.

O problema, no governo Dilma, é que a bronca com o nome esconde uma bronca com a própria política. Não é que eles, do governo, aderiram à ideia de que o setor público é ineficiente e gasta mal ─ ou, pelo inverso, que o privado faz melhor ─ mas aceitaram privatizar porque não tinham outra saída.

Os investimentos públicos em estradas caíram nos dois anos do governo Dilma. Isso foi consequência do tremendo desastre verificado no Dnit, órgão encarregado das rodovias, e na Valec, estatal para as ferrovias, ambos apanhados em corrupção e ineficiência.

Não tinha como turbinar as obras sem entregar às companhias privadas. Mas em vez de admitir isso, relaxar e aproveitar, o pessoal do governo resolveu vender caro. OK, vamos conceder, mas vocês vão ver como os concessionários serão tratados a pão e água. É óbvio, mas convém repetir: a empresa privada entra no negócio para ganhar dinheiro.

A lógica da concessão é da economia de mercado. O empreendedor, ao buscar seu lucro, dentro de um marco legal, precisa entregar o serviço ou a mercadoria. Não obterá lucro se não o fizer, mas também não fará nada se não tiver confiança no retorno do investimento. As regras do negócio não podem garantir o lucro, mas devem garantir que, fazendo-se a coisa certa, haverá um bom lucro e o acionista poderá embolsá-lo.

Pois parece que o PAC da privatização, digo, da concessão, faz o possível para limitar e restringir o retorno das concessionárias. O risco é claro: o cidadão fica sem a estrada boa, o empreendedor não ganha dinheiro e o governo perde, por não recuperar subsídios e empréstimos.

Nas concessões de rodovias, por exemplo, optou-se pelo sistema que entrega obra e serviço para a companhia que oferecer a menor tarifa. Ao mesmo tempo, se exige que a concessionária faça um monte de coisas antes de cobrar o pedágio.

Parece bom, pró-consumidor, mas traz um risco enorme: com mais obrigações e menos receita, a concessionária entrega um serviço de segunda. Está acontecendo nas estradas licitadas no governo Lula. Aconteceu em outros países.

A arte do negócio é uma difícil combinação entre custo, eficiência e rentabilidade. Colocar restrição à rentabilidade não é um bom começo.

Assessores da presidente Dilma têm dito que grandes companhias internacionais não se importarão em ganhar pouco aqui, pois não há bons negócios no resto do mundo. Parecem esquecer que o Brasil também desacelerou e que, entre os emergentes mais importantes, é o que cresce menos, com mais inflação e cada vez mais interferência do governo na economia.

A insegurança pode fazer com que a estrada caia em mãos de companhias da segunda divisão, que encontram aí um meio de acesso. Se não der certo? Bom, conversa-se com o governo, que, aliás, é o financiador.

A concessão de ferrovias é ainda mais complexa. Para privatizar, o governo resolveu reforçar a ação estatal. O governo não vai conceder, mas vai contratar empresas privadas para construir e operar as ferrovias. Além disso, o governo comprará toda a capacidade de transporte de carga, pelo menor preço de pedágio, e vai revender para empresas interessadas em usar os trilhos.

Diz o governo que isso evita o monopólio, ou seja, que a concessionária da ferrovia não venda direito de passagem para outras. Ora, de onde tiraram que precisa de uma estatal para contratar, comprar e revender todo o transporte? Basta fazer uma regulamentação, estabelecer as regras no edital. Mas não. Acham que a Valec, aquela mesma, vai funcionar muito bem nesse complexo sistema de Parceria Público-Privada. Reparem: a lei que criou a PPP é de 2004. Não se fez quase nada até aqui.

Agora vai?


Frase do dia


"Abusos e situações de ilegalidade não serão tolerados e terão as medidas necessárias"     (será? )




- O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou na manhã desta quinta-feira, 16, que "abusos" de policiais federais em greve não serão tolerados.  





Até amanhã





As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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