Bom dia, artigo interessante de
Ferreira Gular sobre o verdadeiro chefe de quadrilha do mensalão, porem, que não
está entre os réus, Lula o Mentiroso se sabe nunca foi alguém relapso na política
e nos seus intentos, portanto sempre soube do que se passava no seu governo,
era de fato o líder principal e talvez o grande mentor da quadrilha que viu
nesta a maneira de se perpetuar no poder mais rapidamente, contando com a
maioria dos parlamentares que ele esperto sabia serem facilmente corruptíveis,
armou a maior jogada política que se viu até então com a mão no dinheiro público
que jorra dos impostos federais a sua disposição, usou este na forma de desvios
para firmar seu intento de se tornar o novo ditador do Brasil, claro isto
sutilmente, de forma que o povo não soubesse das reais intenções suas e de seu
partido, tornando-se um Presidente populista e com a enorme publicidade que
estava então em suas mãos iniciou o modo que levaria a perpetuação de sua
pessoa no poder, se tudo tivesse saído como previa levaria ao congresso a
reeleição indefinidamente como já havia feito Chavez na Venezuela, felizmente
para o Brasil, deu errado, a ganância se tornou maior do que a submissão
levando tudo a denuncia de Roberto Jefferson que queria abocanhar mais do que
estava lhe sendo dado e para isso usaria os Correios sob sua jurisdição para
isto, Lula não queria ninguém que ousasse
ir contra suas ordens e mandou Zé Dirceu tomar providência para acabar com as
intenções de Jefferson, claro sem dizer que ele era o mandante, Jefferson pego
com a boca na botija virou seu ódio para Dirceu acusando-o como o mentor do
esquema para derrubá-lo do poder sem dar-se conta, ou não, que a ordem partira
de Lula então armou tudo para denunciar os desvios e a compra dos partidos,
acusando como mentor a Zé Dirceu, e deu no que deu, Lula está fora do banco dos
réus hoje, mas todos sabemos quem de fato era e é o chefe no PT, Lula o
Mentiroso e não há discussão quanto a isto, basta o exemplo da imposição da
candidatura de Haddad para SPaulo sem contestações, apesar de algumas vozes em
contrário tudo se fez como queria o grande chefe. Leiam;
Juarez
Capaverde
‘Só o chefe não sabia’
por Ferreira Gullar
PUBLICADO NA FOLHA DE S. PAULO DESTE DOMINGO
FERREIRA GULLAR
Falando francamente, qual é a imagem que se tem de
Lula? Melhor dizendo, se alguém lhe pedisse uma definição do nosso
ex-presidente da República, qual daria? Diria que se trata de uma pessoa
desligada, pouco objetiva, que mal repara no que se passa à sua volta? Estou
certo de que não diria isso, nem você nem muito menos quem privou ou priva com
ele.
Ao contrário de alguém desligado, que entrega aos
outros a função de informar-se e decidir por ele, Lula sempre se caracterizou
por querer estar a par de tudo o que acontece à sua volta e, muito mais ainda,
quando se trata de questões ligadas a seu partido e à realidade política em
geral.
As pessoas que o conheceram no começo de sua vida
política, como os que lidaram com ele depois, são unânimes em defini-lo como
uma pessoa sagaz, atenta e sempre interessada em tudo saber do que se passava
na área política e, particularmente, o que dizia respeito às disputas,
providências e articulações que ocorriam dentro do seu partido e no plano
político de um modo geral.
Isso já antes de sua chegada ao poder. Imagine você
como passou a agir depois que se tornou presidente da República. Se hoje mesmo,
quando já não ocupa nenhum cargo no governo nem no partido, faz questão de
saber de tudo e opinar sobre tudo, acreditaria você que, no governo, deixava o
barco correr solto, sem tomar conhecimento do que ocorria? Isto é, sabia de
tudo menos do mensalão?
Veja bem, hoje mesmo, alguma coisa se faz na Câmara
dos Deputados ou no Senado sem o conhecimento da Dilma? Os repórteres, os
comentaristas políticos estão diariamente a nos informar do controle que o
Planalto exerce sobre o Parlamento.
A cada problema que surge, a cada decisão importante,
Dilma convoca os líderes da base parlamentar para dizer a eles como devem agir,
como devem votar, que decisões tomar. Isso Dilma, hoje. Imagine o Lula, quando
presidente, mega como sempre foi, mandão por natureza. Sem dúvida que estava a
par de tudo e em tudo interferia, por meio de seus paus-mandados. Dá para
acreditar, então, que ele só não sabia do mensalão, nem sequer ouvira falar?
Claro que você não acredita nisso, nem eu.
É evidente que Lula não podia ignorar o mensalão
porque não se tratava de uma questão secundária de seu governo. Longe disso, o
mensalão foi o procedimento encontrado para, com dinheiro público, às vezes, e
com o uso da máquina pública, noutras vezes, comprar o apoio de partidos e os
votos de seus representantes no Congresso.
Não se tratava, portanto, de uma iniciativa
secundária, tomada por figuras subalternas, sem o conhecimento do chefe do
governo. Nada disso. Tratava-se, pelo contrário, de um procedimento de
importância decisiva para a aprovação, pelo Congresso, de medidas vitais ao
funcionamento do governo. Portanto, Lula não apenas sabia do mensalão como
contava com o apoio dos mensaleiros para governar.
Certamente, o leitor perguntará: por que Lula,
esperto como é, arriscou-se tanto? Pela simples razão de que não desejava
dividir o poder com nenhum partido forte, capaz de lhe impor condições. Como é
próprio de seu caráter e de seu partido, só admitia aliança com quem não lhe
ameaçasse a hegemonia.
Não estou inventando nada. Todo mundo leu nos jornais, logo após a vitória nas eleições presidenciais, que José Dirceu articulava a aliança do novo governo com o PMDB.
Só que Lula não aceitou e, em seu lugar, buscou o
apoio dos pequenos partidos, aos quais não teria que entregar ministérios e
altos cargos nas estatais. Em vez disso, os compraria com dinheiro. E foi o que
fez, até que, inconformado, Roberto Jefferson pôs a boca no mundo.
Lula, apavorado, advertiu os seus comparsas para que
assumissem a culpa, pois, se ele, Lula, caísse, todos estariam perdidos. E
assim foi para a televisão, disse que havia sido traído e se safou.
Bem mais tarde, com a cara de pau que o caracteriza, afirmou que nunca houve mensalão mas, ainda assim, tentou chantagear um ministro do Supremo. Afinal, por tudo isso, recebeu o título de doutor honoris causa! Merecidíssimo, claro!
Bem mais tarde, com a cara de pau que o caracteriza, afirmou que nunca houve mensalão mas, ainda assim, tentou chantagear um ministro do Supremo. Afinal, por tudo isso, recebeu o título de doutor honoris causa! Merecidíssimo, claro!
b)
“Desconstrução factual”
por Dora Kramer
PUBLICADO NO ESTADÃO
DE 10 DE AGOSTO
DORA
KRAMER
A pergunta de um milhão de dólares não pode ser ainda
respondida.
Mesmo sendo impossível prever o resultado do
julgamento, temos disponíveis as narrativas de acusação e defesa no processo do
mensalão para um cotejo de, senão credibilidade, ao menos verossimilhança. De
pura lógica. Ou se o leitor preferir, do mais comezinho confronto com a
realidade.
Vamos nos ater aqui ao chamado núcleo político onde
figuram os principais réus e em cujas ações residem os objetivos da organização
que o Supremo Tribunal Federal aos idos de setembro dirá se criminosa ou não.
O advogado de José Dirceu aceitou o pressuposto do
procurador-geral da República da elaboração do relato tomando como base forte
as provas testemunhais.
Portanto, têm-se até agora duas versões. Preparadas a
partir de óticas distintas, ambas baseadas em fatos aceitos pelas partes: a
necessidade de o PT fazer “caixa” após a eleição de 2002, os empréstimos
bancários tomados por intermediação de agência de publicidade, os repasses em
espécie a petistas e associados.
Segundo a denúncia, disso decorreram caudalosos
ilícitos: o partido valeu-se dos instrumentos de poder recentemente conquistado
para desviar dinheiro público, corromper parlamentares, fraudar contratos a fim
de viabilizar seu projeto que, embora vitorioso na eleição do presidente, não
havia conquistado nas urnas maioria no Congresso.
A procuradoria aponta o então chefe da Casa Civil
como mentor e coordenador dos trabalhos, o tesoureiro do PT como encarregado de
viabilizar as transações financeiras junto ao arrecadador Marcos Valério e o
presidente do partido como interlocutor junto aos cooptáveis e carimbador das
formalidades dos acertos.
O que disse a defesa?
José Dirceu desligou-se do PT, mal sabia o que se
passava por lá, José Genoino não se envolvia nos assuntos financeiros do
partido que presidia e Delúbio Soares fez tudo à revelia.
Não para comprar apoios porque, conforme argumentaram
os advogados dos três, o dinheiro serviria para pagar dívidas do PT, nunca para
financiar a adesão de partidos já aliados ao governo.
Narrativa por narrativa, a da acusação tem começo,
meio e fim, mas a da defesa não “fecha”.
Notadamente se comparada a descrição da defesa ao
comportamento de Dirceu, Delúbio e Genoino antes do primeiro escândalo do
governo Lula, em 2004, quando o encarregado de fazer a “ponte” entre a Casa
Civil e o Congresso, Waldomiro Diniz, foi mostrado em vídeo em esquisitas
transações com Carlos Cachoeira.
A partir daí passaram a ser mais discretos, mas até
então carregavam seus estandartes de poder com estardalhaço em toda parte.
Delúbio transitava pelo Palácio e por gabinetes ministeriais e celebrava
orgulhoso seu direito de “fazer política”.
Genoino não escondia que a nova “base” era cooptável
mediante vantagens propiciadas pelo aparelho de Estado e José Dirceu era o mais
barulhento porta-voz das diretrizes de governo conjugadas aos interesses do PT.
Não é construção mental. Está tudo registrado no
noticiário da época e na memória de quem por dever de ofício jornalístico
convivia com uma realidade que a narrativa dos advogados transformar em
desconstrução factual.
II- VERGONHA COM A BANDEIRA
OLIMPICA DILMA QUEBRA AS REGRAS DO COI
Como já aqui escrevi, infelizmente
ainda vamos passar muita vergonha perante o mundo nas atitudes e palavras de
Dilma como Presidente, não há uma de suas aparições em que não comete gafes, e
diga-se, muitas gafes, gafes em atitudes, gafes no seu português, ou melhor
dilmês, e assim os atos se tornam passiveis de gracejos e de ironias através
daqueles que percebem tantas asneiras em uma só pessoa, e o pior, na pessoa que
representa o Brasil em toda sua grandeza, que está sendo visto como o país dos
atrasados e cuja educação é um dos piores do planeta, se sua líder não sabe nem
falar a língua nativa, quem falará então? Leiam;
Juarez Capaverde
Celso Arnaldo: Dilma Rousseff confunde medalha com bandeira e não sabe se os irmãos pugilistas são dois ou quatro
Depois de testemunhar o encontro entre a bandeira
olímpica e a presidente Dilma Rousseff, o jornalista Celso Arnaldo Araújo
desconfiou que a esculhambação começara. Teve certeza disso ao ser castigado
com uma das piores discurseiras armazenadas neste espaço pelo grande caçador de
cretinices especializado em dilmês. Confira. E imagine o que vai acontecer até
2016 e, sobretudo, durante os Jogos do Rio.
Augusto Nunes na secção Feira Livre
A PORTA-BANDEIRA DILMA LEVA A NOCAUTE O PROTOCOLO
E O IDEAL OLÍMPICO
CELSO
ARNALDO ARAÚJO
A atual bandeira olímpica está no Brasil desde
segunda-feira ─ e aqui ficará até o término das Olimpíadas do Rio. Não é uma
bandeira qualquer. São 2,22 metros de largura por 1,54 de altura da mais pura
seda oriental e foi confeccionada, pelos melhores artesãos coreanos, para as
Olimpíadas de Seul, em 1988 ─ e desde então transferida, de quatro em quatro
anos, para o país-sede dos jogos seguintes.
Não só por isso, mas por ser o ícone máximo dos Jogos
desde 1914, quando foi desenhada em pessoa pelo próprio Barão Pierre de
Coubertin, o pai das Olimpíadas da era moderna, o conjunto de regras para o
manuseio da bandeira é mais extenso que o rol de mesuras que um plebeu deve
seguir na presença da Rainha da Inglaterra.
Por onde quer que tenha passado para uma temporada de
quatro anos a bandeira de Coubertin foi tratada com os mimos que o centenário
protocolo olímpico estabelece. Isso até chegar ao Brasil. Aqui, apesar de
detalhada orientação a seus guardiães, foi esculhambada pela própria presidente
da República, em pleno Palácio.
A avacalhação começou no momento mesmo em que a
bandeira olímpica passou para as mãos de brasileiros, ainda em Londres. Para
recebê-la, o Comitê Organizador Rio 2016 assinou um compromisso que impõe, entre
muitos itens, que ela não pode sair de sua caixa para passeios na rua nem ser
desfraldada sem um cerimonial específico, com direito até a uma “Guarda de
Honra da Bandeira Olímpica”. Mas já no embarque, em Londres, segunda-feira, a
coisa desandou.
O boxeador e medalhista Esquiva Falcão foi
fotografado segurando o nobre lábaro para um oba-oba com as mãos nuas ─ ele
que, ironicamente, ganhou sua medalha de luvas. Mas foi em pleno Palácio do
Planalto que o protocolo olímpico iria, de vez, pras cucuias gregas. O atentado
oficial à bandeira foi filmado e disponibilizado no próprio Blog do Planalto,
na ocasião em que Dilma recepcionou também os irmãos Esquiva, medalhistas do
boxe em Londres.
Começa com as três maiores autoridades presentes ─ a
própria Dilma, o prefeito Eduardo Paes e Carlos Arthur Nuzman, presidente do
COB ─ fingindo para fotógrafos e cinegrafistas que estão interessados nos
detalhes da caixa da porta-bandeira. Sem mais essa nem aquela, Paes abre a
pequena arca e vai logo metendo a mão na bandeira, que estava posta em sossego,
com todas as suas meigas dobraduras, à espera do toque gentil e formal. Em
seguida, como quem vai estender a toalha na mesa para o café da manhã, a
presidente ajuda Nuzman e Paes a desfraldar a seis mãos, lambuzadas de cumprimentos
áulicos, o estandarte do barão de Coubertin ─ até ele roçar o chão.
Corta para o risonho trio de desfraldadores, Pezão ao
fundo, exibindo a bandeira na mão grande ─ disfarçada com mal coreografadas
pontas de dedos ─ num gesto caseiro de empáfia de troféu com um símbolo que é
universal.
DISPUTA
ESPORTIVA NÃO TEM SENTIDO
Dilma tem tanta noção da importância formal daquele pedaço de pano que, de cara, já errou o nome da coisa:
“O prefeito, que recebeu a medalha…a
medalha, não, a, a, a bandeira…”, corrige, depois do sopro providencial de
Eduardo Paes.
Vai começar um dos piores discursos da enorme
dilmoteca armazenada neste espaço. Mas a presidente está tão compenetrada em
sua falação olímpica que não nota a ponta de seu sapato impedindo o prefeito de
erguer a bandeira do chão para devolvê-la, dobrada de qualquer jeito, àquela
versão tupiniquim da caixa de Pandora ─ nome que Dilma poderia confundir com a
da urna que guarda a bandeira dos Jogos Panamericanos.
Ele puxa meio sem jeito o ícone sagrado
uma, duas, três vezes ─ até que Dilma se toca e levanta o pezinho, sem
interromper a catilinária de fazer corar o último colocado dos Jogos Abertos do
Interior:
“Esses atletas aqui, que receberam a
medalha aqui, e que honraram muito o Brasil e os brasileiros e as brasileiras”,
enfatizando, para o mundo, o nome do povo que habita este país, em seus dois
gêneros.
“Porque, para nós, a Olimpíada tem essa
característica: é um momento em que todos nós deixamos de nos preocupar com os
problemas que cada um enfrenta e assistimos uma das coisas muito importantes
que o gênero humano inventou, que é a disputa esportiva. Aquela disputa que não
tem sentido além de ser o próprio espetáculo”.
Sabemos agora, pela própria presidente, o que o
pessoal do Planalto e da Esplanada andou fazendo nas duas últimas semanas ─ o
que explica também o aumento da audiência da TV Record e a ausência de qualquer
ação de governo nesse período. Mas ficou uma dúvida: se a disputa não tem
sentido, o que estão fazendo aqueles boxeadores com suas medalhas ali?
Dilma não se esquiva da resposta:
“Por isso, neste momento, a gente tem de
fazer uma reflexão sobre a importância dos atletas. Eu estou aqui com dois
atletas: o Esquiva e o Yamaguchi, o Yamaguchi e o Esquiva”.
Espere: são dois ou quatro? Família campeã, essa. E
surpreendente: ao contrário dos demais atletas que participaram dos Jogos, eles
foram a Londres para disputar medalhas olímpicas, não o programa Quem fica de
pé, do Datena:
“O objetivo deles era ser ganhadores de
medalhas olímpicas, porque medalhas olímpicas são muito importantes. Eu estou
falando medalhas olímpicas. Não estou falando só ouro, só prata, só bronze,
porque a distinção é esta. A distinção é o país ser premiado pela sua
capacidade, pela sua expertise, pela sua arte. Porque lutar boxe além de ser
uma luta é uma arte”.
Sim: lutar boxe é uma luta, disse um dia, com arte,
Dilma Rousseff ─ congregando o mundo, em dilmês de lona, em torno dos Jogos
Olímpicos do Rio.
As Olimpíadas de Dilma podem vir a ser um tremendo
fracasso ─ mas, se depender dela, certamente serão as mais divertidas desde o
compenetrado Barão de Coubertin.
Um último toque para os ambientalistas: para o Brasil
não ficar mal na fita, iniciem já a campanha “Salvem a bandeira olímpica”
III- LEIAM COMO ROUBAM E
QUEIMAM O DINHEIRO PÚBLICO NO GOVERNO DO PT
Já não tenho mais o que
comentar sobre o que se passa neste governo petista, a cada dia se sabe mais e
mais sobre a administração desastrosa e da roubalheira que está ocorrendo no
governo federal, e como se explica que a faxineira Dilma não toma conhecimento
destas atrocidades, esta é a gerente tão cantada por Lula o Mentiroso? Leiam;
Juarez Capaverde
Ministério da Pesca paga por máquinas, mas não usa
Vinte geradores de gelo, que teriam de ser instalados em comunidades pesqueiras, ainda não foram entregues; gestores recebem multa do TCU
FÁBIO FABRINI / BRASÍLIA - O Estado de
S.Paulo
Na mesma época em que comprou 28 lanchas-patrulha e
não usou, o Ministério da Pesca gastou R$ 37,4 milhões em máquinas de gelo que
ficaram encalhadas nos fabricantes. A constatação é de auditoria do Tribunal de
Contas da União (TCU), que multou nove gestores da pasta por irregularidades
nos contratos para a aquisição dos equipamentos.
Quase quatro anos depois do início do processo de
compra, tocado a partir de 2008, parte do material, cerca de 20 máquinas, ainda
não foi entregue e o governo terá de gastar mais na manutenção.
Os geradores de gelo deveriam ser instalados em
comunidades pesqueiras para a conservação dos peixes antes da entrega aos
mercados consumidores. Em 2008, durante a gestão do ex-ministro Altemir
Gregolin (PT), o ministério lançou concorrências para a escolha das empresas,
sem especificar qual a destinação dos aparelhos. De acordo com o TCU, na hora
da entrega não havia para onde enviá-los e foi necessário fazer acordo com os
fornecedores, que ficaram como fiéis depositários.
Um dos pregões visava a compra de 103 máquinas,
capazes de produzir, conforme o modelo, de 1,2 a 9 toneladas de gelo por dia.
As entidades e prefeituras que haviam se cadastrado para recebê-las, porém,
segundo documento apresentado pela Pesca, demandaram apenas 56. Antes de pagar
a segunda parcela dos contratos com a Rima Engenharia e a Elvi Cozinhas
Industriais - o que foi feito, respectivamente, em abril e junho de 2009 -, a
Pasta propôs que o material ficasse sob custódia das empresas. Foi firmado o compromisso
para a guarda de 83 equipamentos.
Apesar do encalhe, o ministério ainda aprovou um
termo aditivo de R$ 6,1 milhões ao contrato com a Rima para a entrega de mais
21 máquinas, com capacidade para produzir 1,2 ou 3 toneladas por dia. Os
desembolsos do ministério às duas fornecedoras se deram entre dezembro de 2008
e julho de 2010. O TCU constatou que os servidores da Pesca autorizavam
pagamentos antecipados, contrariando regras do contrato.
Multas. O aval para a compra das máquinas foi dado
pelo ex-secretário de Planejamento da Pesca Karim Bacha, multado em R$ 10 mil
pelo TCU. Como o Estado revelou em abril, ele foi o responsável por pedir à
Intech Boating doação de R$ 150 mil à campanha da ministra Ideli Salvatti
(Relações Institucionais), ex-titular da Pesca, ao governo de Santa Catarina.
Além de Bacha, foram condenados a pagar R$ 10 mil
José Claudenor Vermohlen (à época dos contratos subsecretário de Planejamento
de Aquicultura e Pesca) e João Dias Machado (então coordenador-geral da Pesca
Artesanal). Outros seis responsáveis, entre eles o ex-secretário executivo
Cleberson Carneiro Zabaski, foram multados em R$ 4 mil.
A relatora do processo no TCU, ministra Ana Arraes,
classificou o caso como de "extrema gravidade". Segundo ela, a Pesca
comprometeu "o uso adequado dos escassos recursos públicos existentes, com
a aquisição de bens que não puderam ser colocados à disposição dos
beneficiados; assim, assumiu o risco de dano ao erário". Para a ministra,
há ainda a possibilidade de que os equipamentos comprados não atendam às
necessidades das comunidades.
IV- ELES QUE TANTO CONDENARAM
AS PRIVATIZAÇÕES, ESTÃO PRIVATIZANDO
Pois temos hoje a confirmação
de que no palanque eleitoral pode-se jogar sobre outros ombros mentiras e
deformações do que foi feito em governos de opositores, estamos agora vendo o
que o governo do PT e de Dilma está fazendo, mesmo após ter demonizado às
privatizações estão privatizando; e para enrolar sua militância e quem
acreditou em suas mentiras deram um novo nome para suas ações. Leiam abaixo artigo
de Carlos Alberto Sardenberg e confirmarão as mentiras de dilma e do PT.
Juarez Capaverde
“Privatização envergonhada”
por Carlos Alberto Sardenberg
PUBLICADO NO GLOBO DESTA QUINTA-FEIRA
CARLOS
ALBERTO SARDENBERG
Sabe a periguete sem convicção? Ela veste o tubinho,
mas fica o tempo todo puxando para cima e para baixo para tentar esconder o que
a roupa quer exibir. A exibição envergonhada.
Mal comparando, é como o pessoal do governo lida com
a privatização de rodovias e ferrovias. Vestiu a ideia, vai aplicá-la, mas não
admite sequer o nome. Privatização? Isso é imoral.
Se fosse apenas pelo nome, não haveria problema
algum. Pode-se chamar a coisa de concessão de serviço público. É sempre
concessão a uma empresa privada, mas deixemos de lado esse detalhe. A China
vendeu milhares de estatais e até hoje chama o programa de reestruturação.
O problema, no governo Dilma, é que a bronca com o
nome esconde uma bronca com a própria política. Não é que eles, do governo,
aderiram à ideia de que o setor público é ineficiente e gasta mal ─ ou, pelo
inverso, que o privado faz melhor ─ mas aceitaram privatizar porque não tinham
outra saída.
Os investimentos públicos em estradas caíram nos dois
anos do governo Dilma. Isso foi consequência do tremendo desastre verificado no
Dnit, órgão encarregado das rodovias, e na Valec, estatal para as ferrovias,
ambos apanhados em corrupção e ineficiência.
Não tinha como turbinar as obras sem entregar às
companhias privadas. Mas em vez de admitir isso, relaxar e aproveitar, o pessoal
do governo resolveu vender caro. OK, vamos conceder, mas vocês vão ver como os
concessionários serão tratados a pão e água. É óbvio, mas convém repetir: a
empresa privada entra no negócio para ganhar dinheiro.
A lógica da concessão é da economia de mercado. O
empreendedor, ao buscar seu lucro, dentro de um marco legal, precisa entregar o
serviço ou a mercadoria. Não obterá lucro se não o fizer, mas também não fará
nada se não tiver confiança no retorno do investimento. As regras do negócio
não podem garantir o lucro, mas devem garantir que, fazendo-se a coisa certa,
haverá um bom lucro e o acionista poderá embolsá-lo.
Pois parece que o PAC da privatização, digo, da
concessão, faz o possível para limitar e restringir o retorno das
concessionárias. O risco é claro: o cidadão fica sem a estrada boa, o
empreendedor não ganha dinheiro e o governo perde, por não recuperar subsídios
e empréstimos.
Nas concessões de rodovias, por exemplo, optou-se
pelo sistema que entrega obra e serviço para a companhia que oferecer a menor
tarifa. Ao mesmo tempo, se exige que a concessionária faça um monte de coisas
antes de cobrar o pedágio.
Parece bom, pró-consumidor, mas traz um risco enorme:
com mais obrigações e menos receita, a concessionária entrega um serviço de
segunda. Está acontecendo nas estradas licitadas no governo Lula. Aconteceu em
outros países.
A arte do negócio é uma difícil combinação entre
custo, eficiência e rentabilidade. Colocar restrição à rentabilidade não é um
bom começo.
Assessores da presidente Dilma têm dito que grandes
companhias internacionais não se importarão em ganhar pouco aqui, pois não há
bons negócios no resto do mundo. Parecem esquecer que o Brasil também
desacelerou e que, entre os emergentes mais importantes, é o que cresce menos,
com mais inflação e cada vez mais interferência do governo na economia.
A insegurança pode fazer com que a estrada caia em
mãos de companhias da segunda divisão, que encontram aí um meio de acesso. Se
não der certo? Bom, conversa-se com o governo, que, aliás, é o financiador.
A concessão de ferrovias é ainda mais complexa. Para
privatizar, o governo resolveu reforçar a ação estatal. O governo não vai
conceder, mas vai contratar empresas privadas para construir e operar as
ferrovias. Além disso, o governo comprará toda a capacidade de transporte de
carga, pelo menor preço de pedágio, e vai revender para empresas interessadas
em usar os trilhos.
Diz o governo que isso evita o monopólio, ou seja,
que a concessionária da ferrovia não venda direito de passagem para outras.
Ora, de onde tiraram que precisa de uma estatal para contratar, comprar e
revender todo o transporte? Basta fazer uma regulamentação, estabelecer as
regras no edital. Mas não. Acham que a Valec, aquela mesma, vai funcionar muito
bem nesse complexo sistema de Parceria Público-Privada. Reparem: a lei que
criou a PPP é de 2004. Não se fez quase nada até aqui.
Agora vai?
Frase do dia
"Abusos e
situações de ilegalidade não serão tolerados e terão as medidas
necessárias" (será? )
- O ministro da
Justiça, José Eduardo Cardozo, afirmou na manhã desta quinta-feira, 16, que
"abusos" de policiais federais em greve não serão tolerados.
Até
amanhã
As
fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde
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