quinta-feira, 23 de agosto de 2012

EDUCAÇÃO, O COMEÇO DO FIM - MENSALÃO, O JULGAMENTO - GREVES, A COBRANÇA DOS SINDICATOS COMPRADOS POR LULA -


Bom dia, apesar de estarmos vivenciando o julgamento do mensalão do qual trato também abaixo, como primeiro assunto posto para vocês o relacionado a pouca educação de qualidade que ainda temos no país e está para ter seus dias contados com a interferência nefasta do governo federal e o Ministério dirigido pelo Sr. Mercadante que nunca disse a que veio tal qual o fez o Sr. Haddad, como os números publicados pelo Ideb não foram favoráveis ao governo agora o querem maquiar transformando o que já é ruim em pior ainda, já por diversas vezes citei que a administração que ora temos no Brasil comandada pelos petistas é a maior balbúrdia em todos os setores, basta ver o que ocorreu e ocorre em todos os departamentos governamentais desde a infra-estrutura até a economia, são desacertos e roubos de vulto. A Educação está se deteriorando isto é fato, e as providências dos governantes é maquiar ao invés de tentar resolver os problemas que são sérios, a escola pública está cada dia mais dificil  ter uma qualidade a altura do que necessitamos para nossos jovens, são professores mal pagos e mal instruídos, são escolas em petição de miséria, são conteúdos cada vez mais ideológicos e sempre se direcionando para a ideologia governamental, enfim, estamos a caminho do fundo do poço. Nós pais, avós e todos aqueles que se interessam pela educação neste país, precisamos tomar alguma iniciativa e tentarmos resolver este problema que irá transformar nossos filhos e netos em ignorantes completos, o que é parte da estratégia do governo segundo as orientações Marxista/Fascistas/Nazistas ditadas ideológicamente se não tiverem opositores conscientes se eternizam no poder. Algo tem que ser feito já que nosso Congresso está em sua maioria coopatado pelo governo central e toma atitudes em desacordo aos interesses da nação com medidas ainda mais destrutivas a uma boa formação educacional. Espero que vozes das lideranças intelectuais deste país se posicionem e venham a público salvar-nos destas, podemos chamar de atrocidades, que estão sendo praticadas aos nossos jovens estudantes. Leiam abaixo artigo de Reinaldo Azevedo um dos poucos que tenho lido que se posiciona, onde estarão os outros intelectuais que calam? 
Juarez Capaverde


Mercadante decide maquiar os números do Ideb e prepara o desastre final no ensino médio, que será transferido para as universidades federais. É uma obra de gigante, em parceria com Dilma

Se a educação brasileira já amarga alguns vexames em exames internacionais, é porque ainda não vimos — será coisa para os nossos filhos — o resultado dos desastres que estão sendo contratados agora. A dupla Dilma Rousseff-Aloizio Mercadante está preparando uma bomba de efeito retardado, que vai explodir mais adiante. Tão logo a presidente meta as digitais na lei que institui 50% de cotas das universidades federais para alunos oriundos do ensino público, essas instituições estarão marcando um encontro com o declínio. Viverão dias piores do que os atuais, que já não são gloriosos.

Preconceito contra aluno da escola pública? Besteira! O problema é que essa é escola é ruim de doer. A seleção dos mais aptos a enfrentar um curso universitário pode ser uma evidência de que o sistema é ruim, mas ao menos preserva o terceiro grau público de horrores extremos. Essa linha está sendo rompida. Nos últimos 10 anos, dobrou o percentual de universitários praticamente analfabetos: de 2% para 4%; aumentou brutalmente o de estudantes não plenamente alfabetizados: de 24% para 38%. E vai piorar.

Depois do resultado desastroso do Ideb, especialmente para o ensino médio, Mercadante resolveu ter uma ideia — e eu sempre temi por esse momento. Quer mudar a grade curricular do ensino médio, diminuindo o número de disciplinas, adaptando-a àqueles nomes entre o intangível e o pernóstico das provas do Enem: “Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias” (língua portuguesa e uma língua estrangeira ao menos), Matemática e Suas Tecnologias (é aquela tal matemática), Ciências da Natureza e Suas Tecnologias (física, química e biologia), Ciências Humanas e Suas Tecnologias (história, geografia, sociologia, filosofia). Se você quer compreender os propósitos do MEC com essa nomenclatura, clique aqui. Mas trague bem devagar…

Já andei escrevendo sobre algumas delinquências intelectuais em questões do Enem. Em “Linguagens, Códigos e Suas Tecnologias”, pobre do aluno que não for um apreciador de história em quadrinhos, por exemplo! Se ele não souber a diferença entre um pronome e uma fatia de mortadela, isso não é assim tão relevante. Mas não vou me perder nisso agora. Embora as provas tenham aqueles nomes arcanos, basta examiná-las para saber que as disciplinas originais, não obstante, continuam lá — embora filtradas, especialmente nas ciências humanas, pelo viés social, proselitista e até populista.

Muito bem! Mercadante, o nosso gênio reformador, diz que vai querer menos disciplinas. Entendo, então, que professores generalistas passariam a dar aula, deixem-me ver, de “Ciências da Natureza”. Certo! Teremos químicos explicando o Movimento Retilíneo Uniformemente Variado, físicos ensinando os mistérios dos esporos e biólogos descobrindo os caminhos insondáveis da química inorgânica!

Em “Ciências Humanas e Suas Tecnologias”, que já é mesmo terra de ninguém, prestando-se a toda sorte de vigarices (e os professores sérios não se zanguem, porque vocês sabem do que estou falando), geógrafos poderão abandonar de vez os afluentes do Amazonas (brincadeirinha…) e a altitude do Aconcágua para se dedicar, como está naquela verborreia do MEC, a  “comparar pontos de vista expressos em diferentes fontes sobre determinado aspecto da cultura”. Não sei que zorra é essa, mas deve ser importante… Mesmo que o professor de filosofia seja um ignorante em história, ele pode ocupar o seu tempo (também cito o MEC), “analisando o papel da justiça como instituição na organização das sociedades”. Tendo o professor de história de dar aula de geografia, ele que  reconheça “a função dos recursos naturais na produção do espaço geográfico, relacionando-os com as mudanças provocadas pelas ações humanas”. Compreenderam?

Onde estão esses professores? São formados por qual universidade? Nas escolas particulares de alta performance, professores distintos dão aula de álgebra e geometria, por exemplo. Em alguns, a química também tem os seus especialistas — há os que preferem a orgânica; há os que preferem a inorgânica. Mercadante quer fazer a sua revolução sem nem mesmo a definição de um currículo mínimo.

Maquiagem dos números

O ministro tomou outra decisão importante. Como não gostou dos números do Ideb, resolveu mudar o critério. Perde-se, assim, a série histórica. E vocês já podem esperar um grande salto nos anos seguintes. Leiam o que informa Rafael Moraes Moura, no Estadão. Volto em seguida:

Uma semana após a divulgação do Índice de Desenvolvimento da Educação Básica (Ideb) de 2011 ter apontado a estagnação do ensino médio no País, o Ministério da Educação (MEC) confirmou nesta terça-feira, 21, que mudará a fórmula para calcular o índice. Em vez de usar a Prova Brasil, que indica que o desempenho dos estudantes ficou praticamente estável entre 2009 e 2010, o governo utilizará os resultados do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem), que mostram um avanço na aprendizagem.

O ministro da Educação, Aloizio Mercadante, nega que a troca tenha como objetivo maquiar os números do Ideb. “O Enem é que realmente avalia a qualidade do ensino médio.” Para ele, o estudante faz o Enem com mais empenho, pois a nota pode ser usada para entrar em universidades. Já a Prova Brasil é apenas uma avaliação, diz. “O Enem ele faz sabendo que é uma prova decisiva, ele dá o melhor de si.” A ideia é adotar a nova equação já no próximo Ideb, em 2013.

Hoje o Ideb combina o desempenho na Prova Brasil com a taxa de aprovação. Comparando a evolução do desempenho em português e matemática nesta prova, a avaliação dos alunos no ensino médio ficou praticamente estável entre 2009 e 2011. A evolução do Ideb no ensino médio foi tímida – saltou de 3,6 (2009) para 3,7 (2011). Se considerar só a rede estadual, o indicador se manteve estagnado em 3,4, sendo que no Distrito Federal e em nove Estados houve queda.

Já no Enem, a nota dos concluintes do ensino médio de escolas públicas saltou de 480,2 para 492,9 em matemática, entre 2010 e 2011 – a Teoria de Resposta ao Item (TRI) calibrou o grau de dificuldade dos dois últimos exames, permitindo a comparação. Em português, o desempenho foi de 490,6 para 503,7. “O Enem mostra que houve uma evolução muito positiva no aprendizado da matemática e do português”, destacou o ministro.

Para o presidente do Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais (Inep), Luiz Cláudio Costa, o governo não está criando “uma saída para mascarar os números”. “Temos desafios no ensino médio e pretendemos achar uma medida mais exata para enfrentá-los. A nota do Enem mostra outra tendência, mas não minimiza os problemas.” Dentro de 60 dias, o Inep deverá entregar ao ministro um estudo técnico sobre a mudança de cálculo do Ideb e suas implicações. Uma das preocupações é não perder a série histórica projetada para os próximos anos – a meta do Ideb para 2021 é 5,2.
(…)

Voltei
É surrealista! Como não perder a “média história” se estão mudando os critérios de aferição? Como os números estão ruins, Mercadante resolveu produzir números melhores sem mudar a qualidade da educação, entenderam? É o jeito petista de fazer as coisas. Assim, quem sabe o ministro entre para a história como o  responsável pelo maior salto jamais havido no Ideb!!! É impressionante!

Então vejam como as coisas se combinam. Mercadante prepara uma maquiagem do Ideb para melhorar os números, arma a arapuca das cotas nas universidades públicas e encomenda uma mudança de currículo no ensino médio que vai substituir o conhecimento específico pela verborragia social. Os professores especialistas pararão de importunar os alunos com o rigor que ainda lhes resta e poderão se dedicar a ensinar um pouco de quase tudo. 

Aí basta chutar o aluno que teve aula de biologia com um professor de física para a faculdade de medicina e o que teve aula de física com o professor de química para a faculdade de engenharia civil… Nos cursos de humanidades, a coisa tende a ficar como está: basta ter bons propósitos, pregar justiça social, demonizar o capital e a “mídia”, e estamos conversados!

Não nos esqueçamos de que Mercadante conseguiu seu doutorado na Unicamp com uma “tese” cantando as glórias do governo Lula. Viva a pátria livre dos apedeutas!

Por Reinaldo Azevedo

II- DESDOBRAMENTOS DO JULGAMENTO DO MENSALÃO

Voltamos então ao assunto do mensalão tão desmentido por Lula o Mentiroso e a cambada petista que está sendo comprovado judicialmente pelo STF, uma pena que entre os réus não se encontra o grande líder desta quadrilha que roubou (de acordo agora com 2 Ministros que já votaram em parte) do dinheiro público para comprando votos se eternizarem no poder, e todos que mentiram e tentaram enganar o povo brasileiro desmentindo o ocorrido estão agora na berlinda, inclusive deixaram de contestar o hoje fato consumado. Leiam;
Juarez Capaverde



‘Os papéis da Era Dirceu’, editorial do Estadão


PUBLICADO NO ESTADÃO DESTA TERÇA-FEIRA

A importância dos documentos publicados anteontem por este jornal sobre a atuação do então ministro da Casa Civil do primeiro mandato do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, José Dirceu, de janeiro de 2003 a junho de 2005, consiste em que atestam a amplitude do seu envolvimento com assuntos e protagonistas partidários. Isso, sem falar no que revelam do poderio do “capitão do time”, como o chamava seu chefe, para além das atribuições inerentes ao cargo na coordenação da máquina administrativa e participação nas decisões estratégicas do governo.

E a importância desse percurso pelos bastidores da Era Dirceu no Palácio do Planalto ─ tornado possível graças à Lei de Acesso à Informação a que recorreu a repórter Alana Rizzo ─ consiste no fato de desembocar na corroboração dos indícios veementes de que o ex-presidente do PT, muito diferentemente do que alega, não se distanciou dos interesses do partido à sombra do governo. 

Tais interesses, como é notório, estão na gênese do mensalão, a esbórnia financeira que servia para aglutinar a heterogênea aliança partidária em torno do presidente Lula ─ a qual, por sua vez, se destinava a assegurar a perpetuação do poder petista.

A defesa do ex-ministro e deputado cassado José Dirceu, o primeiro entre os seus 35 pares para quem a Procuradoria-Geral da União pediu a condenação ao Supremo Tribunal Federal (STF) por um rosário de crimes, alega que não há nos autos “uma única testemunha que sustentasse a acusação” contra o réu, tido pelo Ministério Público como a figura central do “maior escândalo de corrupção do Brasil”.

 O processo, de fato, não conseguiu agregar contra Dirceu elementos consistentes que avalizassem os das conclusões da CPI dos Correios e do inquérito da Polícia Federal em que se baseou a inculpação dos mensaleiros.

No entanto, a papelada obtida pelo Estado ─ mensagens confidenciais, bilhetes e ofícios em profusão que, por lei, a sociedade brasileira conquistou o direito de conhecer ─ torna ainda mais nítida a evidência de que, do lugar privilegiado que ocupava, Dirceu exercia com desenvoltura ainda mais exacerbada do que de costume a função de embaixador plenipotenciário do PT na esfera federal da República. 

Quando, por exemplo, ele incumbe o seu chefe de gabinete, Marcelo Sereno, de dar andamento a um pedido do deputado Valdemar Costa Neto, presidente do PL, futuro réu do mensalão, para empregar na Radiobrás dois de seus apadrinhados, ele está rigorosamente a serviço do que é adequado chamar “petismo de resultados”.

Nada que os companheiros já não soubessem ─ e não se tem em mente apenas aqueles que viriam a compor com ele o “núcleo político” do mensalão, o presidente da sigla, José Genoino, e o tesoureiro Delúbio Soares. Se assim não fosse, uma deputada estadual paulista não lhe pediria audiência para “consolidar a relação partidária com as ações governamentais, em especial assuntos relativos à atuação desta parlamentar na Baixada Santista”. 

Nem o presidente do PT sergipano pediria para falar-lhe da “apresentação dos indicados para os cargos federais no Estado” e “o que mais ocorrer” (sic). Dirceu operava do mais miúdo do varejo à grande política ─ “grande”, obviamente, não no sentido que deriva de termo grandeza.

Nem a presunção de inocência levada a alturas estratosféricas pode ser invocada para dissociar do mensalão quem obrava para receber, antes do seu então colega no Ministério da Justiça, Marcio Thomaz Bastos, a transcrição de conversas interceptadas pela polícia. Desde a irrupção do escândalo, a questão nuclear não era se Dirceu tinha conhecimento ou, mais do que isso, comando da operação ilícita. Era se Lula mandava no jogo, deixando para Dirceu distribuir as cartas. Os documentos que dão a medida da envergadura do ministro confirmam paradoxalmente a sua subordinação hierárquica.

Autoridades costumam fazer, aqui ou ali, coisas com as quais não tomam o tempo de seus chefes. Mas o que Dirceu fazia ─ do que os documentos obtidos não deixam dúvida alguma ─ era demais para ficar à revelia de Lula. Ele nem sequer precisava ter dito que nada fez “sem antes consultar o presidente. Nada.”

b)



SIM, SENHOR LUIZ INÁCIO LULA DA SILVA, AQUELE TROÇO A QUE SE CHAMOU MENSALÃO EXISTIU! SE LHE PARECER MELHOR, CHAME DE “ROUBALHÃO”!


Os respectivos votos dos ministros Joaquim Barbosa (relator) e Ricardo Lewandowski nos permitem fazer uma afirmação peremptória, agora com o concurso de dois ministros que estudaram a fundo o assunto: aquilo a que se chamou “mensalão” — e que poderia se chamar “Roubalhão”, “Safadolhão”, “Sem-vergonhicelhão” — existiu. Existiu e foi “o mais ousado e escandaloso esquema de corrupção e desvio de dinheiro público descoberto no Brasil”, como o classificou o procurador-geral da República, Roberto Gurgel.

Um dos pilares do esquema se evidencia de maneira escandalosa nos dois votos: o uso de dinheiro público para financiar as atividades criminosas de um grupo. O dinheiro do fundo Visanet que foi parar na Agência DNA e dali nas mãos dos ditos mensaleiros era público, do Banco do Brasil. Para reter grana que pertencia ao banco, outra agência, a SMP&B forjou notas para justificar a tal “bonificação de volume”. Por essa razão, os dois ministros condenaram, até agora, Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do banco, por peculato (duas vezes), corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Marcos Valério e seus sócios, Ramon Rollerbach e Cristiano Paes, quase pelos mesmos crimes: nesse caso, a corrupção é ativa.

A dinheirama do Banco do Brasil era apenas parte do esquema, como é sabido. Ela é a evidência da ousadia do grupo. Marcos Valério era apenas o operador do dinheiro, uma espécie de distribuidor. E por que ele era necessário? Justamente para conferir uma certa aparência de legalidade aos crimes, para, em suma, “lavar” o dinheiro; MAS ATENÇÃO PARA O QUE VEM AGORA.

Para quem Valério trabalhava? Que obtivesse benefícios pessoais na sua atividade, isso é óbvio. Também nesse ramo não se trabalha de graça. Mas ele não era só um empresário espertalhão que se meteu com empresas do governo para tomar uns trocos. Não! Ele era um dos protagonistas de um esquema de pagamentos a políticos e partidos. A isso, Roberto Jefferson deu um nome-fantasia: “Mensalão”. Poderia se chamar, sei lá, “Coisa do Molusco”. E seu caráter seria o mesmo.

Pensem cá comigo: será mesmo possível condenar Pizzolato, Valério e seus sócios por aqueles crimes e inocentar o tal núcleo político? Afinal, aquela gente toda atuava para quem? Não era, reitero, em benefício apenas de um esquema privado. O voto, até agora, tratou da origem de parte do dinheiro de um esquema político. Haverá algum voto divergente no que concerne a esses réus, nesse episódio? Estou curioso para ouvir. Vai se demonstrar o quê? Que o capilé milionário não era público? Vai-se tentar provar que Pizzolato não o liberou? Que os serviços da DNA realmente existiram? Vão jogar no lixo as auditorias do Banco do Brasil demonstrando que os repasses foram irregulares?

A situação de Valério, dos sócios e de Pizzolato é muito difícil. E é uma inteira sandice — ou picaretagem — sustentar que eles possam ser condenados, mas com a absolvição do tal núcleo político. Não vejo como os nove outros ministros possam operar uma mágica. O grupo julgado nesse item 3 deve se preparar, acho eu, para passar um tempinho na cadeia.


Por Reinaldo Azevedo



c)

Meia-volta no salão

Dora Kramer - O Estado de S.Paulo

O PT não acreditava que o julgamento do mensalão aconteceria neste ano, não esperava que o relator fosse tão enfático, claro e didático na exposição dos acontecimentos que o levaram a condenar até agora quatro réus, e tampouco imaginava que a narrativa passaria ao largo da tese do caixa 2 à qual ficaram presos os advogados.

O PT apostava na prescrição dos crimes, na desqualificação da denúncia, na contraposição da "força das ruas" ao peso dos fatos, no esvaziamento do processo por obra da retórica, nas manobras para o retorno de acusados a postos de destaque na política.

O PT escorava-se, sobretudo, na inconsistência dos autos e na impossibilidade de se construir um relato provido de nexo entre causas, efeitos, atos, funções e objetivos.

O PT tinha mesmo a expectativa de que tudo acabasse conforme o prognóstico de Delúbio Soares em entrevista ao jornalista Expedito Filho, do Estado, em outubro de 2005: "Dentro de três ou quatro anos tudo será resolvido e acabará virando piada de salão. É só ter calma. Seremos vitoriosos não só na Justiça, mas no processo político".

Acertou no varejo, o partido realmente não colheu revezes eleitorais do escândalo, mas equivocou-se no atacado porque na Justiça o prejuízo está feito, ainda que a maioria dos ministros não acompanhe na integralidade o raciocínio do relator.

O PT não contava com isso. Tanto não contava e tão autoconfiante estava que bancou o lançamento de João Paulo Cunha como candidato a prefeito de uma cidade (Osasco) "colada" a uma capital da visibilidade de São Paulo.

Para um partido que não queria ligar seu nome ao julgamento no cenário de eleição, a presença de um réu na disputa é a exposição de um elo mais que imperfeito.

Memória. Quando do recebimento da denúncia do mensalão, em 2007, o ministro Ayres Britto expôs entendimento semelhante ao adotado agora por Joaquim Barbosa em relação ao desvio dos recursos do Banco do Brasil para a turma de Marcos Valério por intermédio do fundo Visanet.

Disse ele, usando praticamente as mesmas palavras: "Para fins penais esse dinheiro é público, pois oriundo de empresa de economia mista. O dinheiro público não se metamorfoseia em privado pelo fato de ser injetado numa pessoa jurídica privada, continua público a despeito de sua movimentação".

Dose dupla. Dada a proximidade da data, muito se fala sobre a aposentadoria do ministro Cezar Peluso, em 3 de setembro. Sem grandes consequências para o julgamento em si, pois estarão presentes 10 magistrados quando o quorum mínimo exige a participação de seis.

Confusa mesmo ficaria a situação se concretizadas algumas previsões de que o julgamento pode se estender muito mais que o previsto.

Na hipótese de ir além de novembro, alcançaria a aposentadoria do presidente do Supremo, ministro Carlos Ayres Britto, cujo substituto é Joaquim Barbosa, que em princípio acumularia as funções de presidente e relator.


d)


8:29 \ Judiciário

Advogados pedem o impeachment de Toffoli


Toffoli na berlinda

Será protocolado logo mais no Senado uma “denúncia de crime de responsabilidade”, que pede o impeachment de José Antonio Toffoli. O requerimento é dos advogados paulistas Guilherme Almeida e Ricardo Salles.

Na denúncia, a dupla elenca uma série de questões conhecida de todos – desde a proximidade com o PT e com José Dirceu, até a falta de títulos acadêmicos, passando pelos xingamentos que proferiu recentemente contra o jornalista Ricardo Noblat numa festa.

Apesar dos argumentos bem fundamentados, a chance de tal iniciativa prosperar é zero – considerando a base governista no Senado.

Por Lauro Jardim


III- QUEM PROCURA ACHA,
GREVES PROLIFERAM NO FUNCIONALISMO COMPRADO QUE COBRAM AGORA

O governo Lula deu mais do que deveria aos sindicatos afim de traze-los para seu lado, agora o governo atual está recebendo a cobrança dos arroubos de Lula o Mentiroso, como sempre Reinaldo Rocha captou bem o que está ocorrendo e as causas no seu texto que transcrevo para vocês, e a constatação que a oposição sumiu de vez, onde estarão? Leiam;
Juarez Capaverde


Reynaldo-BH: ‘O país sem oposição enfrenta uma greve sem precedentes’


Do blog de Augusto Nunes em Veja

REYNALDO ROCHA

Onde está a oposição? Mesmo a consentida?

Há uma greve geral do serviço público no Brasil que afeta TODO o governo federal, como nunca antes neste país…

Faltam remédios (insulinas desapareceram das farmácias): universidades federais paradas, atrapalhando a formação de milhares e alunos; Polícia Federal inoperante em decorrência de uma operação tartaruga; Polícia Rodoviária Federal sem autuar ninguém; alfândegas abertas, fronteiras ainda mais escancaradas e, agora, o Itamaraty sem trabalhar.

Não se ouve um ruído da oposição sobre o assunto. Fosse nos governos FHC, os atuais ministros e líderes ,do Congresso estariam nas ruas exigindo até o impeachment do presidente. O governo seria acusado de insensibilidade social, práticas de neoliberalismo destinadas a achatar salários e outras asneiras.

Assim como Lula comprou os estudantes da UNEA e os movimentos sociais, também comprou os sindicatos. Especialmente os de servidores públicos. Se Lula comprou, Dilma tem que pagar. Ou não?

O Brasil enfrenta uma greve sem precedentes. E nenhuma figura da oposição fala sobre isso! Não se trata de usar a greve ─ com o PT fazia ─ para criar um clima de “quanto pior, melhor”. Trata-se de deixar exposta a falácia deste governo populista que promete o que não pode cumprir. Que surfou na estabilidade econômica do Real, beneficiando categorias profissionais em nome do silêncio pago com aumentos expressivos. A festa acabou, como sempre se sabia.

Um arremedo de república sindicalista não consegue sobreviver por muito tempo, pois desrespeita todos os fundamentos econômicos. O governo federal criou o ambiente para a greve. Pouco importa se justa ou injusta. Ela nasceu de uma insatisfação dos servidores públicos acostumados, por 8 anos, a serem tratados como integrantes de uma nova casta.

Dilma dispõe de tempo e instrumentos para encarar a greve federal. Sem ser incomodada por ninguém da oposição. Porque esta não existe.

Como em tudo na vida, há aspectos positivos neste episódio. Os grevistas ─ todos ligados de modo direto ou indireto ao PT e à base alugada ─ devem estar entendendo o que é viver num país sem oposição, submetido ao pensamento único. Estão sós. Acreditaram no messianismo. Abandonaram a luta. Acostumaram-se a bajular e ser bajulados. São vítimas do próprio modelo que ajudaram a construir.

A oposição oficial vive em um outro país.

Seria o tal que Lula registrou em cartório?


Frase do dia

"Como o Alckmin se negou a dar a secretaria, ele veio para o Haddad. A presidenta Dilma deu para o Maluf uma secretaria nacional com mais recursos orçamentários. Foi pago para que o Maluf se coligasse com o PT."


Deputada Luiza Erundina, acusando o PT de comprar o apoio de Maluf para eleição paulistana.




Até amanhã.


As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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