Boa tarde, o assunto do final de semana
ainda é o mensalão (os petistas querem proibir este nome no processo,
transcrevo depois), nas rodas mais politizadas fala-se principalmente do desempenho
do Procurador Geral Dr. Gurgel, foi de fato uma grande acusação, claro os
defensores dos réus não concordam, estão no seu direito, porem, tal é a certeza
de que tudo que já se sabe sobre o assunto foi real, e que o mentor e chefe da
quadrilha que se instalou no Planalto era José Guerrilheiro de Araque Dirceu, já
que na época inocentaram o grande líder Lula o Mentiroso, o que não sabia de
nada? O mensalão teve por objetivo trazer o congresso, principalmente aqueles
congressistas e partidos corruptos para o lado do governo para o apoio
irrestrito a todas as atitudes que seriam tomadas, assim, no final a grande
realização seria a mudança de nossa Constituição na maneira já feita por Hugo Chávez
na Venezuela, tornando o Brasil mais uma ditadura das esquerdas, com o apoio
irrestrito da maioria dos congressistas seria o plano perfeito para os objetivos
do PT e de seus líderes, como, felizmente, o plano foi frustrado por briga
entre os corruptos, não havia mais chances de levar adiante os planos
principais. Como aqueles que poderiam tirar Lula o Mentiroso do poder não
agiram naquele momento por acreditarem em suas súplicas e mentiras, o governo
tornou-se populista e direcionado a cooptação da população carente com benefícios
até então não direcionados com tanta ênfase, partindo de benefícios já
consolidados, porem com mudanças de nomenclatura e com uma expansão maior de beneficiários
trouxe para seu lado muitos brasileirinhos facilmente enrolados pela
publicidade enfática e permanente das benesses que o governo estava lhes
proporcionando. Com isto trouxe junto a popularidade à Lula o Mentiroso que o
tornou quase que um “pai” a muitas famílias carentes e analfabetas que
entendiam somente que estavam recebendo benefícios porque o governo tinha
mudado e estava lhes dando o que era seu, ou seja, estava distribuindo de
maneira mais justa as riquezas do país. Ledo engano, isto proporcionou ao
governo a imensa popularidade que levou Lula novamente ao poder nas eleições
que se seguiram, ao criar o Brasil Maravilha, os marqueteiros do partido,
mostraram com mentiras muitas realizações que até hoje só estão nas peças
publicitárias, mas, lastimavelmente a lavagem cerebral já estava feita, com a
economia seguindo em ritmo acelerado devido as implementações feitas no governo
FHC, houve então o que se pode chamar de boom de popularidade à Lula e ao
partido o PT, claro está, e sabe-se hoje, que eles continuaram a roubar o
dinheiro do povo, mas agora com mais sutileza, e conseguiram trazer novamente
para seu lado partidos que vivem da corrupção, distribuindo cargos e empresas
estratégicas a estes partidos que assim foram comprados de maneira diferente da
do mensalão, souberam aproveitar bem a lição e assim nosso congresso hoje está
novamente a seus pés, fazendo tudo o que o governo quer e decide, claro que
agora com mais vagar, pois sabem que a mídia livre está de “olhos” bem abertos
aos seus mal-feitos, por isto querem até amordaçar e censurar tal qual nas
ditaduras a palavra livre da imprensa que cobra permanentemente um governo
correto e honesto. Vamos agora aguardar o resultado deste julgamento e saberemos
com quem poderemos contar para lutar contra este estado de quase ditadura que
estamos vivendo, o judiciário hoje é a grande esperança de que o Brasil
continue livre e verdadeiramente democrático. Leiam;
Juarez
Capaverde
Enviado
por Ricardo Noblat -
4.8.2012
| 17h03m
Defesa de mensaleiros usa o ‘antijogo’ (Editorial)
Embora seja cedo para se prever com segurança
tendências no julgamento do mensalão, a primeira escaramuça, na abertura dos
trabalhos, quinta, leva à suposição de que, diante das incontáveis provas
reunidas na acusação pelo Ministério Público Federal, parece restar à defesa o
emprego de táticas de guerrilha. Nenhuma delas ilegal, registre-se.
Na dificuldade de se contrapor, também com provas
sólidas, à tese da existência de uma “organização criminosa” montada para lavar
dinheiro sujo e com ele comprar uma base parlamentar ao primeiro governo Lula,
restaria aos acusados manejar para, sempre com base na lei, retardar ao máximo
o julgamento.
Não foi, é claro, por inexperiência que o calejado
Márcio Thomaz Bastos, advogado de um ex-dirigente do Banco Rural, e ministro da
Justiça no primeiro governo Lula, levantou na Corte uma questão de ordem já
rejeitada em três oportunidades anteriores.
Restou, apenas, a estranheza de o ministro Ricardo
Lewandowski, revisor do voto do relator do processo, Joaquim Barbosa, ter lido
extenso voto a favor do pedido de desmembramento do processo, feito por Thomaz
Bastos. Foi o que bastou para Joaquim Barbosa explodir, em termos nada
protocolares: “Deslealdade.”
Desavenças pessoais à parte, o relator, ao lembrar as
rejeições anteriores da mesma reivindicação, inclusive com o voto de
Lewandowski — mas é certo que nada impede juiz de mudar de posição durante um
julgamento —, ressaltou questão fundamental: “Está em jogo a credibilidade
deste tribunal.”
Ela estaria arranhada caso vingasse a tese de que
todos os réus sem foro privilegiado — 35 dos 38 — teriam de ser processados a
partir da primeira instância. Ora, o previsível longo tempo de tramitação de
cada caso significaria a virtual absolvição de todos, por prescrição.
Além disso, seria contraditório desmembrar um processo
que trata de uma “organização criminosa”, cuja formação foi exposta, ontem,
pelo procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Não pode demorar o desfecho deste processo, por
envolver aspectos sérios do momento institucional do país. Infelizmente, táticas
advocatícias de defesa poderão ir em sentido contrário —, a considerar a
questão de ordem levantada na abertura do julgamento.
O presidente do Supremo, Ayres Britto, conseguiu
formular, em junho, com os demais magistrados, um calendário para o julgamento
pelo qual todos os 11 juízes poderão votar, inclusive Cezar Peluso, a ser
aposentado compulsoriamente a 3 de setembro. Pode ser que a tática de criação
de “incidentes” durante as sessões vise a impedir o pronunciamento de Peluso
(embora haja a possibilidade de ele poder antecipar o voto, sem cumprir a ordem
preestabelecida na Corte). Ou a facilitar a argumentação em torno de prescrição
de crimes. Mas tudo é especulação.
Para usar uma imagem futebolística, usual em hostes
petistas, a defesa parece praticar o “antijogo”.
Táticas advocatícias podem estender o julgamento
durante muito tempo, quando, para o país, o ideal é ser cumprido o calendário
do STF.
b)
O grande golpe,
por Miriam Leitão
Miriam
Leitão, O Globo
O Banco Central foi citado várias vezes na peça de
acusação apresentada ontem. O publicitário Marcos Valério teve oito reuniões no
BC com diretor. Uma vez, nem precisou marcar, tal a intimidade. O que ele
queria, não levou. O estouro do escândalo impediu que bancos em liquidação
fossem transferidos para os operadores do mensalão. Isso daria a eles o bilhão
que procuravam.
Eles, como disse Sílvio Pereira, pretendiam arrecadar
R$ 1 bilhão.
Enquanto operaram o escândalo que é objeto da Ação
Penal 470, os réus cometeram vários delitos: tráfico de influência, ganhos em
contratos de prestação de serviço, lavagem de dinheiro. Mas preparavam um bote
muito maior.
Estavam de olho nos restos dos bancos que haviam sido
liquidados pelo Proer. Primeiro, a ideia era entregar o Banco Mercantil de
Pernambuco ao Banco Rural. Depois, o espólio do Banco Econômico entraria no
esquema. Ambos liquidados pelo Proer. Alguns bons ativos foram vendidos, os com
menos liquidez ficaram no Banco Central. Nos anos que se seguiram ao Proer, o
Banco Central foi realizando o trabalho de liquidação de passivos e recuperação
de ativos.
Bastaria a mudança de fatores de correção, a
reinterpretação das regras, uma manipulação de balanço, para que essas
instituições em liquidação virassem uma mina de dinheiro. O Banco Rural queria
o Banco Mercantil de Pernambuco, do qual tinha 20%. Queria suspender a
liquidação. Marcos Valério queria fazer negócios com o Econômico.
Na época, o Banco Central estava sendo pressionado a aceitar
os negócios. A diretoria resistiu às pressões. Mas Marcos Valério parecia
estimulado a continuar tentando. Tudo foi abortado pelo estouro do escândalo.
Portanto, a denúncia do ex-deputado e réu Roberto Jefferson acabou impedindo o
grande golpe que daria a eles os recursos necessários para os seus projetos.
O procurador-geral da República, Roberto Gurgel,
apresentou uma peça forte em que fez acusações sólidas a 36 dos 38 réus, exibiu
a hierarquia da organização criminosa e explicou o “mais atrevido e escandaloso
caso de corrupção”. Mostrou relação entre votos no Congresso e saques em
dinheiro pelos envolvidos. Ele se baseou mais em provas testemunhais, apesar de
dizer que as provas documentais são peças contundentes.
O que os advogados de defesa apostam é que as provas
documentais serão consideradas fracas para comprovar, por exemplo, o comando do
então ministro-chefe da Casa Civil. Gurgel se baseou nos abundantes depoimentos
que mostram o comando do ex-ministro José Dirceu e seu envolvimento em reuniões
ou decisões que não se imagina que um ministro da Casa Civil tenha
participação, como a defesa feita dos interesses de um banco no Banco Central e
que são intermediadas por um publicitário.
A acusação foi cristalina. Chamou os réus de
quadrilha e refez conexões entre as pessoas e os episódios que, tantos anos
depois, estão um pouco esquecidos. Alguns são bizarros, como os saques no Rural
feitos por Simone Vasconcelos, ex-diretora financeira de Marcos Valério, que em
uma das vezes chegou a R$ 600 mil. O dinheiro foi levado em carro forte para a
sede da SMP&B, de Valério.
Deveria ter causado espanto à então diretoria de
Liquidação e Desestatização o pedido do publicitário. Ele não pertencia a
qualquer instituição financeira, mas pediu reuniões com um diretor para falar
dos interesses de um banco. O mensalão já foi um escândalo suficientemente
grande, mas o grupo queria muito mais e por isso mirou o Banco Central.
Felizmente, o escândalo estourou antes.
II-PT JÁ ESTÁ TEMENDO OS EFEITOS DO JULGAMENTO
Leiam abaixo o que está tentando o PT
fazer contra a imprensa livre, querem que o mensalão não seja chamado de mensalão
por se tratar de termo pejorativo (?), até a pouco não importava, agora que
sabem que vão se dar mal querem tirar o partido do foco, isto aconteceria
normalmente se já tivessem conseguido o seu objetivo detalhado na proposta de
Regulação da Mídia da qual ainda não esqueceram e irão continuar tentando
implantar no país, por este e outros motivos devemos estar atentos a esta súcia
de bandidos petistas e seus truques de ilusionismo, como se constata em sua
publicidade paga com nosso dinheiro. Leiam;
Juarez
Capaverde
PT quer censurar termo 'mensalão' e trocar por 'ação penal'
Coordenador jurídico disse que a palavra 'mensalão' exprime juízo de valor pejorativo
04 de agosto de 2012
Débora Bergamasco - O Estado de S.Paulo
SÃO PAULO - Advogados do PT querem proibir a imprensa
de usar a palavra "mensalão". Em reunião nesta sexta-feira, 3, em São Paulo, cerca de 30
advogados decidiram que tomarão "providências jurídicas", para que
seja utilizada a designação "Ação Penal 470", quando se referir ao
suposto pagamento de propina a parlamentares em troca de apoio político ao
governo Lula.
Principal queixa é contra o uso feito
pela 'TV Globo' e pela 'Globo News'
O coordenador jurídico do PT, Marco Aurélio de
Carvalho, disse que a palavra "mensalão" exprime juízo de valor
pejorativo. Sua principal queixa é contra o uso feito pela TV Globo e pela Globo News, "que muitas vezes
escrevem a palavra até em negrito". E completa: "Uma concessão
pública não deveria divulgar teses, apenas informações para o público".
A preocupação é com a repercussão do julgamento nas
eleições. Primeiro tentarão resolver a situação com a mídia. Se não funcionar,
entrarão na Justiça.
III- QUAL SERÁ A RESPOSTA A
PERGUNDA DE NELSON MOTTA
‘Quem traiu Lula?’, por Nelson Motta
NELSON
MOTTA
É um dos grandes mistérios da República, a pergunta
que não quer calar, o enigma que os futuros historiadores enfrentarão: de quem
falava Lula, em rede nacional, quando se disse traído e pediu desculpas aos
brasileiros pelo mensalão?
Quem diz que daria um cheque em branco a Roberto
Jefferson não pode reclamar de ser traído. Mas o seu traidor não foi Jefferson,
porque estava ocupado em vingar a traição de que se sentiu vítima quando a PF
detonou o esquema de propinas do PTB nos Correios.
Quem tem Zé Dirceu como seu principal aliado, numa
relação de amor e ódio de 30 anos, não deve se surpreender com uma traição.
Basta imaginar o que faria o Zé para chegar à Presidência, caso Lula fosse um
obstáculo. Mas Dirceu pediu pra sair, para não trair Lula. Se ele sabia do
mensalão e não contou para Lula, não foi traição, mas proteção. Dirceu é muito
protetor.
Quem tem Valdemar Costa Neto na sua base de apoio
deve estar acostumado a achaques, chantagens e traições. Mas o pragmático
Valdemar não seria burro de trair quem o beneficiava e acabou traído pela
ex-mulher, que o denunciou por receber malas de dinheiro do mensalão.
Quem foi o Judas do Cristo Lula? Deve ser alguém
próximo, em quem ele confiava, com quem compartilhava sonhos e segredos e tinha
relações afetuosas. São esses que têm poder para grandes traições, e são essas
que mais doem e causam maior dano; as outras, de aliados e correligionários,
são corriqueiras, na política a traição faz parte do jogo ao sabor dos
acontecimentos e ninguém reclama.
Mas, fora do círculo íntimo, Genoino, Gushiken,
Gilberto Carvalho, quem poderia trair Lula? O companheiro Delúbio assumiu suas
responsabilidades e as alheias, e continua merecendo a gratidão de Lula e o
carinho de ser chamado de “nosso Delúbio”. Tiradentes não chamaria de “nosso
Silvério” o traidor da Inconfidência.
A conclusão só pode ser que quem traiu Lula foi ela,
“a mídia”. Ele contava com seu apoio, compreensão e tolerância para o primeiro
operário a chegar à Presidência da República, mas foi traído por notícias
ruins, denúncias graves e críticas devastadoras.
b)
Feira Livre no blog de Augusto Nunes
04/08/2012
às 12:00 \ Feira Livre
‘Mensalão: de São Bernardo a Machado de Assis’, por Deonísio da Silva
DEONÍSIO DA SILVA
Assisti à primeira sessão do julgamento do mensalão
por um viés singular, que aqui partilho com os leitores. Desde menino me
encantam os livros, pois eles nos ajudam a entender a vida e nos explicam o
mundo.
Não posso conceber que tenhamos líderes que não
apenas nada leem, como apregoam ser desnecessário fazer isso, louvando sem
cessar os benefícios da ignorância que os alçou aos postos aonde chegaram e a
um estado de bem-estar social privatizado, isto é, a política que praticam só é
boa para eles mesmos.
O cenário, a Torre de Papel do processo, que
desejamos não se torne uma Torre de Babel, pois a confusão tem sido a principal
arma da defesa, uma vez que os próprios advogados estão convencidos de que seus
clientes perpetraram os crimes de que são acusados e sabem mais do que nós,
pois sabem que nem tudo o que foi descoberto está ali apresentado, que há
figuras referenciais que deveriam estar no banco dos réus e não estão,
restando-lhes apenas chicanas como a da estreia: levantar uma questão de ordem
para a qual um dos ministros, afinal vencido, tinha pronto um voto de centenas
de páginas.
Mesmo derrotado por 9 x 2, goleada raramente vista em
jogos de futebol, o esporte nacional, ele saiu vitorioso, perfilando-se ao lado
da defesa na tarefa de espalhar a confusão, contrariando seus deveres de
supremo magistrado, dos quais um dos principais é ser claro, sem buscar refúgio
no abominável juridiquês!
O ministro Lewandowski, se não foi claro no confuso
palavrório, deixou claro a quem servia: aos réus! Na quinta-feira, ele foi o
melhor advogado de defesa e pelo visto assim será durante todo o processo! Não
por ter votado a favor do desmembramento, a tal questão de ordem da defesa, mas
pela forma como o fez: demorar bastante para atrasar o julgamento o mais que
puder!
O ministro Marco Aurélio votou com ele, mas por
motivos bem diferentes, exumados em linguagem clara, entendida por todos. Até o
ministro Tofolli votou contra Lewandowski e isso de per si já é evidência de
que ele exagerou na confusão que queria espalhar.
O ministro Joaquim Barbosa irritou o colega porque
disse as coisas como elas devem ser ditas: a questão tinha sido discutida antes
e estava resolvida. E era deslealdade com os colegas da Corte trazê-la de novo!
Ele não fez a argumentação ad hominem
(para o homem que julgava), ele a fez ad
rem (para a coisa julgada) ad claritatem (para clareza) et contra
balbum (e contra o bobo), o mesmo balbus que queria fazer de bobos, não apenas os colegas da
Corte, mas nós também!
Mas por que este viés é singular, se estou dizendo o
que todos vimos? É que lembrei de São Bernardo de Claraval, que morreu há quase
mil anos, autor da frase “de boas intenções
o inferno está cheio”, e que reclamou duramente da arquitetura de
seu tempo. Em carta a outro abade perguntou:
“Que querem dizer
ao irmão que lê e contempla essas monstruosidades ridículas, essas belezas
assombrosas e grotescas e essas deformidades admiravelmente belas que povoam os
átrios do mosteiro? A que vêm os macacos volúveis, os lobos furiosos, os tigres
malhados, os centauros horríveis, os esgrimistas lutando, os caçadores soprando
os seus instrumentos musicais? Numa só cabeça, muitos corpos, e num só corpo,
por sua vez, muitas cabeças.”
Ele queria que seus monges se concentrassem na
leitura e na meditação, e achava que os enfeites e ornamentações dos prédios
distraíam os frades e os padres. Vieram os críticos de arte em seu socorro. As
construções de três elementos ou de triângulos eram referências sutis à
Santíssima Trindade. Águias, cordeiros, peixes, dragões, maçãs, lírios e um
sem-número de outras figurações não eram apenas cópias da natureza, traziam
mensagens embutidas.
Mas ele não se conformava com a interpretação. “Ora uma cauda de serpente num quadrúpede, ora um
peixe com cabeça de quadrúpede. Noutro lugar, eis uma rês com frente de cavalo
e a parte posterior de cabra. Alhures um animal de chifres com a parte de trás
de muar.”
Debalde lhe explicavam os motivos que tinham baseado
aquelas criações artísticas, nas quais eram vislumbradas múltiplas variedades
nas mais diversas imagens. E ele concluía, tristonho e desanimado: “Com mais prazer se lê nas pedras do que nos livros,
preferindo-se admirar essas singularidades a tomar a peito os mandamentos de
Deus.”
Religioso, buscava a transcendência, se surpreendia
com tudo aquilo e exclamava: “Santo Deus,
se não se peja das farsas, pelo menos por que não se tem medo dos custos?”.
Para quem teve paciência de ler o artigo até o fim,
num tempo em que tudo deve ser rápido e os novos leitores não podem mais
concentrar-se por alguns minutos, pois imagens etéreas, veiculadas em
televisores, tablets e celulares, distraem sua atenção, que já é pouca, vi nas
reflexões de São Bernardo de Claraval uma alegoria do que ocorre no julgamento
do mensalão.
Todos sabem que o rol de quarenta mensaleiros
denunciados semelha até mais do que disse São Bernardo, parece-se com o
hospício imaginado pelo gênio de Machado de Assis em O
Alienista.
Se o que os quarenta mensaleiros fizeram não é crime, então todos
podem fazer o que eles fizeram, impunes, como impunes eles têm ficado até
agora, uma vez que a lei é igual para todos!
Ao final de O
Alienista, Doutor Simão Bacamarte, o médico que trata dos loucos,
se interna no hospício e solta todos os clientes. Louco era ele, não aqueles
nos quais diagnosticara a enfermidade e dos quais tratava.
É o que restará à sociedade brasileira, se punição
não houver. O Brasil vai virar um gigantesco hospício dirigido por pouco mais
de quarenta quadrilheiros!
Mas ainda dá tempo de prestar atenção às admoestações
de São Bernardo de Claraval, não por ser santo, mas pelo que escreveu, e ao menos
enquanto durar o julgamento deixar de contemplar as serpentes com corpos de
vacas, ainda que vacas sagradas, e prestar atenção nos autos!
Se aquela Torre de Papel não servir para provar os
crimes, estaremos diante de um quadro sinistro: de um lado, um bando de
malfeitores, que outrora dirigiam os destinos do país e que poderão voltar a
fazê-lo; de outro, de profissionais altamente qualificados, que entretanto não
conseguiram provar nada do que foi denunciado e que todos sabem que eram
verdades, mas verdades que precisam ser provadas, e comprová-las requer
competência!
IV- AINDA CHAVEZ O GRANDE
AMIGO, AGORA ACUSADO DE TENTAR O SUBORNO DOS SENADORES PARAGUAIOS
Estes são os métodos do primeiro amigo
de Lula o Mentiroso e dos petistas em geral, até nos países soberanos mete a
colher e tenta subornar aqueles que não seguem suas vontades, Dilma está bem de
parceria, deixou de lado o Paraguai para ficar com o falastrão e tiranete de
banânias Hugo Chávez, estamos bem de companhia, até quando se poderá aceitar
estas atitudes antidemocráticas patrocinadas pelo governo petista que mancham o
bom nome do Brasil perante as outras nações do mundo, só os eleitores
brasileiros poderão acabar com isto, façamos a nossa parte, informemos o que de
fato ocorre com esta cambada que está no governo, querem nos transformar numa
nova Cuba em todos os sentidos, cuidado, como já frisei aqui muitas vezes,
muito cuidado, a hora de votar se aproxima, varramos esta turma de bandidos da política
brasileira, comecemos agora nas eleições municipais e em 2014 tiremos também do
poder central esta turma mal intencionado de Brasília. Leiam;
Juarez
Capaverde
Paraguai acusa Chávez de subornar senadores
Presidente do Congresso diz que irmão de presidente venezuelano pagou US$ 100 mil a parlamentar
estadão.com.br
ASSUNÇÃO - O presidente do Senado paraguaio, Jorge
Oviedo, acusou nesta quinta-feira, 2, um irmão do presidente da Venezuela, Hugo
Chávez, de ter oferecido US$ 100 mil a uma senadora do país para acelerar o
processo de adesão de Caracas ao Mercosul. A denúncia foi feita dois dias
depois da adesão formal da Venezuela ao bloco.
Reuters
Chávez é acusado de suborno pelo
Paraguai
O processo estava emperrado havia anos no Senado. Com
a suspensão de Assunção do bloco, em razão do impeachment do presidente
Fernando Lugo, a entrada da Venezuela foi aprovada. O novo governo paraguaio,
chefiado Federico Franco, acusou Chávez de buscar retorno eleitoral com a
adesão.
"O oferecimento do irmão de Chávez foi
denunciado ao Senado em outubro pela senadora Zulma Gómez, que disse ter
recebido US$ 100 mil", disse Oviedo. A denúncia é uma resposta à acusação
do presidente venezuelano de que senadores paraguaios pediam dinheiro para
aprovar a entrada do país no Mercosul.
De acordo com Chávez, com a suspensão de Assunção do
bloco, a adesão venezuelana ocorreu sem chantagens. "Um grupo de senadores
paraguaios me pediu dinheiro", afirmou Chávez na quarta-feira.
"Pediram milhões de dólares."
Segundo Oviedo, no entanto, a oferta de propina
partiu da Venezuela. "Até mesmo foi discutida uma maneira de trazer o
dinheiro sem que houvesse fiscalização", declarou o senador. "Se é
verdade que os senadores tentaram extorquir dinheiro dele, por que a Venezuela
só entrou agora no Mercosul? É mentira."
Desde o impeachment de Lugo, as relações entre
Paraguai e Venezuela pioraram. Poucos dias após o afastamento do presidente, o
novo governo paraguaio acusou o ministro das Relações Exteriores venezuelano,
Nicolás Maduro, de incitar os militares paraguaios a resistir ao impeachment. O
gabinete de Franco chegou a divulgar um vídeo no qual Maduro é visto em uma
sala com o alto-comando militar paraguaio.
O governo venezuelano negou as acusações e disse que
a reunião fez parte da missão da União das Nações Sul-Americanas (Unasul), que
tentou, sem sucesso, pôr um fim negociado à crise paraguaia. A diplomacia
venezuelana considerou o impeachment um golpe de Estado.
Frase do dia
“A acusação só não produziu a prova impossível - aquilo que se passava
entre as paredes de um palácio presidencial.”
Roberto Gurgel,
Procurador Geral da República, ao encerrar a acusação contra os réus do mensalão
Até amanhã.
As fotos inseridas o foram pelo
blogueiro. Juarez Capaverde
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