Bom dia, hoje vou tratar sobre os erros e mentiras do
governo federal, mentiras ditas nos palanques eleitorais e que não se concretizaram,
como sempre jogaram ao povo crédulo uma série de benfeitorias em seu benefício
que até hoje ficou só no “dito palanqueiro”. Começo com a reportagem do jornal
britânico Financial Times sobre a mentira do petróleo
cuja euforia não passou disto, euforia mentirosa tal qual a dita por Lula o
Mentiroso que em breve seríamos auto-suficientes em petróleo na redescoberta do
pré-sal, já se sabia da existência desta camada de óleo há muito tempo, mas
sabia-se também de que sua extração não seria rentável ainda por longos anos
devido as tecnologias que precisariam ser aplicadas para sua realização,
mentira das grandes criadas para dizer que seu governo era o máximo, hoje o que
acontece é que estamos importando muito mais que importávamos naquela época. A marolinha da crise
internacional se tornou um tsunami que ainda não chegou totalmente, mas
que se aproxima vertiginosamente do Brasil, as atitudes tomadas para conte-lo
não passam de meros paliativos de pouco efeito que estão inclusive nos tornando
reféns da ideologia política do governo de cada vez mais fechar nossa economia,
intrometendo-se em setores não públicos e “inventando” normas a serem seguidas tais
como as cotas de participação de produtos nacionais em todo e qualquer
investimento de grande porte, o que traz problemas sérios já que não temos uma indústria
pujante em alguns setores para a produção com custos menores das similares
importadas o que torna muitas vezes inviável um projeto, isto poderá tornar
nossa indústria ainda menos competitiva perante seus concorrentes
internacionais já que nossa infra-estrutura está longe de ser barata, pelo
contrário é talvez uma das mais caras e onerosas do mundo, e o fechamento de
nosso mercado em nada nos ajudará. A Energia
excedente da produção Paraguaia que nos é fornecida pelo sócio em Itaipu por
preços abaixo do mercado e que muito nos ajuda, está sendo corretamente
reavaliada pelo Presidente paraguaio já que nossa política externa está
pendendo para um absurdo alinhamento político ideológico a esquerda retrógrada
e ditatorial que se está instalando na América Latina, e, da qual o governo
está de parceria quebrando todos os protocolos democráticos até hoje firmados
em acordos multilaterais sobre movimentação econômica entre mercados latinos
americanos, agindo como se suas ambições políticas fossem maiores do que as
regras vigentes nestes acordos. Investimentos
estrangeiros no país caíram 40% no primeiro
semestre deste ano devido a intervenções do governo na economia e a queda
constante do crescimento, a intervenção nas margens de lucro dos bancos, na
valorização do cambio e na taxação da renda fixa foram entraves percebidos
pelos investidores que não mais vêem o Brasil como o melhor onde aplicarem seu
dinheiro levando consigo muitos milhões de dólares que aqui estavam investidos,
e muitos outros deixaram de vir para o crescimento de nossa indústria carente
de altos investimentos principalmente em tecnologia de ponta que custa caro, e,
sem dinheiro não se desenvolverá no ritmo necessário. Voltando ao palanque das mentiras, podemos constatar que o tal de PAC é muito mais uma
falácia governamental do que uma realidade, vejamos o programa Minha Casa Minha Vida que
tantos votos renderam à Dilma pelos que nela acreditaram está muito aquém do
prometido em campanha, já passados mais de um ano e meio do encerramento do
governo de Lula o Mentiroso não foram entregues mais de 400 mil moradias
prometidas em sua gestão e o objetivo era que as populações mais pobres seriam
as principais beneficiadas, já as do novo programa de Dilma de mais 1 milhão,
só se ouviu falar nos discursos, nada mais, nem iniciaram sua implantação, como
já estou cansado de falar o Brasil das Maravilhas só existe no ideário petista
e na realização publicitária de seu marqueteiro. Aviões robô para combate ao tráfico tão
festejado por Dilma nos debates e discursos em sua campanha, outra falácia, os
equipamentos adquiridos, 2 aviões 1 ainda não entregue, o que está no Brasil
encontra-se no hangar no Paraná onde o Ministro da Justiça Sr. Cardoso até
discurso fez no vôo demonstração, e, ficou nisto, no discurso, se gastou do
dinheiro público mais de 73 milhões para um projeto fantasma que agora está
abandonado, meramente para efeito publicitário de campanha, hoje encostados num
hangar qualquer, infelizmente este é o governo que temos no país, um governo
enganador, mentiroso, e estelionatário, que roubam com suas mentiras e falácias
o voto do povo incauto que neles acreditam, pois acham lindo o que vêem em suas
campanhas publicitárias na televisão e na imprensa e o dinheiro investido,
foi-se, quanto será o custo desta publicidade, quanto será o custo deste
marqueteiro exclusivo, são perguntas que se faz, porem não respondidas pela
cambada no poder, as reportagens abaixo nos mostram as verdades que não são
ditas pelo governo, leiam e tenham ciência do que se passa em nosso país nos
dias de hoje.
Juarez
Capaverde
I-
Euforia com o petróleo brasileiro passou, diz FT
Jornal britânico faz análise pessimista sobre o futuro do setor no país e critica a falta de viabilidade econômica das reservas petrolíferas locais
Plataforma da Petrobras na Bacia de
Campos, Rio de Janeiro (Marcelo Sayão/EFE)
A viabilidade de algumas reservas brasileiras se
esvai não em decorrência de fatores geológicos, mas políticos e econômicos.
Ao anunciar a decisão da petroleira americana
Anadarko em vender seus ativos no Brasil, o diário britânico Financial Times aproveitou para fazer uma
análise pessimista sobre o futuro do setor no país. Em reportagem publicada
nesta quinta-feira, o jornal destaca que um conjunto de problemas fez com que a
euforia das empresas com o petróleo nacional tenha ficado no passado.
O pano de fundo para as críticas não se baseia em
dados geológicos, mas sim políticos e econômicos. A enorme influência do
governo petista na indústria, a política
de conteúdo nacional e o
acidente da Chevron são as principais razões, segundo o FT, para a repentina falta de interesse
de empresas estrangeiras pelo petróleo brasileiro.
Citando fontes de bancos e empresas de óleo e gás, a
reportagem destaca que o país deixou de ser economicamente viável para
companhias que não sejam, necessariamente, parceiras da Petrobras. “Nos últimos
anos, o apelo do famigerado pré-sal esgotou-se. O Brasil não vendeu mais
nenhuma licença de exploração desde as grandes descobertas de 2007”, informa a
matéria.
O Brasil, segundo o jornal, tornou-se um país caro,
cujos retornos sobre investimentos começam a ser questionados. “Há outras áreas
que são mais viáveis, economicamente, em outras partes do mundo”, destacou o
analista da Oppenheimer & Co, Fadel Gheit, ao FT.
Conteúdo
local – Sobre a insistência do governo em exigir níveis
mínimos de conteúdo local na atividade de exploração de novas reservas, o
jornal afirma que tal interferência tem tornado o Brasil um país difícil para
os negócios. “A pressão dos custos na capacidade de exploração estão impactando
o preço que as companhias querem pagar pelos ativos brasileiros”, informou um
banqueiro ao FT. No caso da
Anadarko, a empresa não conseguiu compradores que pagassem o preço considerado
justo (por ela) para seus ativos no país: cerca de 3 bilhões de dólares.
Segundo o jornal, a forma como o governo conduziu o
acidente da Chevron no Campo do Frade também tem espantado investidores do
setor. “Todos estão com um olhar clínico em relação ao Brasil. Ninguém quer
pagar para ver”, disse uma fonte.
Os únicos que tiveram sorte em empreitadas no setor
de óleo e gás são, segundo o FT,
os grupos que entraram no país muito antes de 2007, quando o Brasil estava
longe de ser um bom destino de investimentos estrangeiros. Empresas como BG
Group, que se aliaram à Petrobras antes da exploração do pré-sal, hoje estão
satisfeitas. “Aqueles que se interessaram pelo Brasil antes de todo mundo, se
deram bem”, afirmou um executivo do setor ao jornal.
II-
Conteúdo nacional: a doutrina perigosa de Dilma
Na condição de ideologia dominante no Planalto, política traz o fechamento da economia quando desvinculada de ações para expandir a competitividade
Em reunião com empresários no Palácio do Planalto no
final de 2011, a presidente Dilma Rousseff inquietou alguns membros do grupo ao
filosofar sobre a indústria brasileira. A governante elogiava as medidas de
conteúdo local – exigências de que empresas deem preferência a fornecedores
nacionais em detrimento dos estrangeiros – adotadas pela Agência Nacional de
Petróleo e Gás (ANP) no setor petrolífero.
Entre um gole de café e um de água, Dilma afirmou aos
presentes estar convicta de que esse modelo deve ser estendido a outros
segmentos da indústria que estejam perdendo mercado para os importados – ou
seja, quase todos. A afirmação, ainda que informal, está longe de ser simples
divagação. Dilma não costuma expressar ideias gratuitamente e iniciativas desta
natureza já podem ser verificadas em alguns setores.
Por trás do elogio da presidente está a política
industrial elaborada por seu time desenvolvimentista – uma espécie de repetição
do que foi praticado pelos militares na década de 70. Caminha-se a passos
largos para a criação de reservas de mercado, sem que haja, em contrapartida,
um plano de longo prazo que ataque a raiz da baixa competitividade nacional,
que é o elevado custo Brasil. O simples fechamento da
economia, aliás, pode trazer o efeito contrário ao desejado pelo governo: as
empresas podem ficar ainda mais frágeis ante seus pares internacionais.
Em teoria, impor quotas de conteúdo local aos setores
produtivos por meio de decretos ou leis pode ter um objetivo louvável, que é o
de criar condições para que as cadeias consigam se desenvolver. Os analistas
ouvidos por VEJA, no entanto, alertam que esse tipo de saída deve ser exceção,
e não regra como parece querer a presidente. Ao replicar em diversos setores
tal política “bem-intencionada” surgem inevitavelmente as distorções.
Quando se coage um setor a consumir, sobretudo,
produtos fabricados no Brasil, sem que haja uma indústria competitiva que os
forneça, dá-se o fechamento do mercado. Quando se aumenta a carga tributária de
automóveis importados para proteger a bilionária indústria de veículos
nacional, reduz-se a concorrência e o segmento tende a ser dominado por
produtos caros e de menor qualidade.
Quando se elaboram incentivos fiscais para a vinda de
multinacionais de eletrônicos ao país com dinheiro do Banco Nacional de
Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reforça-se o capitalismo de estado
na indústria. Esses são os três pilares que balizam a política industrial de
Dilma – tendo no conteúdo nacional sua pedra filosofal.
Essa crença está tão incorporada no governo que não
há o menor constrangimento em discursar a respeito. Em dezembro de 2011, o
então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloysio Mercadante, encontrou-se com
empresários em um almoço na Associação Brasileira da Indústria Elétrica e
Eletrônica (Abinee).
O tema do encontro era, ironicamente, barreiras à
entrada de importados. “Começamos a fazer no setor automotivo e vamos
aprofundar as exigências de conteúdo local em todas as cadeias estratégicas.
Isso vale para tecnologia da informação e da comunicação. Isso vale para a
indústria automotiva e para todas as outras”, disse. O curioso é que
representantes do governo pouco falam de medidas concretas para combater a
defasagem tecnológica, a escassez de mão-de-obra, a baixa capacidade de
investimento público, a inexistência de infra-estrutura logística adequada,
etc.
Esquecimento político – Já dizia o lúcido economista
Roberto Campos que os entusiastas da política industrial têm uma qualidade em
comum com os políticos e os amantes: o rápido esquecimento das experiências
passadas. Entre os governantes da República, a atitude de Dilma guarda
semelhança com a do general Ernesto Geisel. Durante a ditadura de 1974 a 1979,
a Política Nacional de Informática elaborada por seus ministros tinha a mesma
dinâmica do recente aumento de trinta pontos porcentuais no Imposto sobre
Produtos Industrializados (IPI) para veículos fabricados em outros países.
Geisel determinou que se restringissem as importações
para estimular o mercado eletrônico nacional. Os resultados foram um polo
industrial de informática que nunca se formou, o sucateamento do que já existia
no país e a ampliação do contrabando. Foi naquele momento que, citando Campos,
o Brasil perdeu a corrida para países que hoje são potências no ramo, como
Taiwan, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Malásia e Filipinas.
Seria leviano atribuir somente a Dilma a culpa pela
situação sofrível em que se encontra a indústria brasileira. Afinal, o ônus do
dever de casa malfeito em infraestrutura, educação e impostos deve ser
repartido entre todos que passaram por Brasília nas últimas décadas. Contudo,
em vez de lançar mão de ferramentas eficazes para resolver o problema da
competitividade no longo prazo, a presidente tem optado por caminhos paliativos
e heterodoxos.
Atualmente, os setores de óleo e gás, automóveis,
telecomunicações, defesa, informática e até mesmo a programação de TV devem ter
conteúdo nacional que varia de 5% a 85%. “O governo tem uma visão muito clara
de que a indústria brasileira tem de ter tudo, tem de ser grande em tudo. E
para eles é mais fácil criar medidas protecionistas de curto prazo do que
elaborar planos que gerem diálogo político e soluções efetivas para a falta de
competitividade”, afirma Sérgio Lazzarini, professor do Insper e autor do livro
Capitalismo de Laços (Editora
Campus/Elsevier).
Na
contramão do mundo – Nesse sentido, o Brasil aventura-se pelo caminho
inverso ao trilhado por grande parte das economias em ascensão. Enquanto os
dois governos petistas estimularam a ingerência do estado em companhias
privadas por meio de fundos de pensão de estatais e do BNDES, com o objetivo de
criar campeões nacionais, o capitalismo busca a formação de cadeias produtivas
globais. Por essa lógica, os mercados especializados ganham força e escala para
competir em todo o planeta. Um exemplo de setor no país altamente especializado
e competitivo é o agronegócio. Nessa dinâmica, não há espaço para que governos
estimulem de maneira artificial setores em apuros e pouco eficientes.
Os especialistas argumentam que uma política de
conteúdo local, em vez de panaceia para todos os males do país, deve ser
implantada em situações extraordinárias – como, por exemplo, quando uma
indústria é considerada estratégica. Mesmo assim, só dará certo quando aplicada
em conjunto com medidas de redução da carga tributária, melhoria da
infraestrutura e investimentos em tecnologia. “Essa medida tem de estar dentro
de um programa maior de estímulo à competitividade.
Mas está em curso espaçadamente e falta coordenação”,
afirma o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo na
Bacia de Campos (ONIP), Alfredo Renault, referindo-se à exigência para o setor
de óleo e gás. Vale lembrar que a possibilidade de fiscalizar o cumprimento das
exigências em cabos localizados no fundo do mar não será tarefa fácil para a
ANP.
No caso do setor de Defesa, que é estratégico para o
Brasil e tem na Embraer seu principal motor, há algum sentido em priorizar
compras de empresas nacionais que tenham tecnologia para suprir a demanda. O
polo de São José dos Campos, em São Paulo, tem não só a sede da empresa, mas
também uma série de fornecedores de ponta e universidades do porte do Instituto
Tecnológico de Aeronáutica (ITA). “Tem de ter incentivo por uma questão de
segurança, sigilo e dados confidenciais. E as pessoas precisam saber que estão
pagando impostos para isso. O setor de defesa possui outra lógica”, explica o
economista Welber Barral, da consultoria BarralMJorge Associados.
Contudo, Dilma não dá sinais de que queira
uma economia liberalizada. A política de conteúdo nacional, que deveria ser a
exceção, virou regra. E o desenvolvimentismo, que se tornou a ideologia
dominante no Palácio do Planalto, embasa o pensamento econômico petista. “Nunca
o governo teve um núcleo com formação desenvolvimentista tão forte, com
Fernando Pimentel, Guido Mantega, Luciano Coutinho e Aloísio Mercadante”,
lembra Lazzarini.
Diante deste quadro, o Brasil pode agir para mudar ou
aguentar as consequências – que podem ir do aumento da inflação (impulsionada
pelos preços pouco competitivos de uma indústria protegida) até a redução do
papel do país no mercado internacional.
(com reportagem de Carolina Almeida)
III-
América Latina
Franco: Paraguai não fornecerá energia barata a vizinhos
Segundo presidente, seu governo quer levar adiante uma política que estimule a indústria no próprio país, ignorando parcerias firmadas com Brasil e Argentina
O novo presidente do Paraguai, Federico
Franco (Norberto Duarte/AFP)
O presidente
do Paraguai, Federico Franco, afirmou nesta quarta-feira
que não pretende fornecer mais energia barata a seus vizinhos Argentina e
Brasil, com os quais compartilha a operação de duas hidrelétricas. Segundo ele,
seu governo quer levar adiante uma política que estimule o uso dessa energia no
próprio país, ignorando parcerias firmadas anteriormente.
O Paraguai é sócio do Brasil em Itaipu, uma das centrais
hídricas mais potentes do mundo, e da Argentina em Yacyretá - mas fornece a
maior parte da produção de energia de ambas as empresas a seus vizinhos por
preços considerados menores em relação aos praticados no mercado, segundo
estabelecem os acordos bilaterais.
Apesar de ser menor, o valor já subiu bastante no
início do governo deposto de Fernando Lugo. À época, Lugo conseguiu
triplicar o montante do valor pago pelo Brasil pela eletricidade e ainda
incluiu no acordo uma exigência de construção de uma linha de transmissão de
500 quilovolts entre Itaipu e Assunção, o que aumentará o uso da energia de
Itaipu ao Paraguai.
Franco, que assumiu a presidência do Paraguai há
pouco mais de um mês substituindo Lugo, por sua vez, disse que o Paraguai tem
85% do faturamento de energia baseado nas hidrelétricas, mas consome somente
15%, já que a maior parte é utilizada por seus vizinhos. "Não estamos
dispostos a seguir cedendo energia ao Brasil e à Argentina, nem sequer estamos
vendendo", disse Franco em um evento público, no qual apresentou um
projeto de política energética. "Devemos procurar trazer nossa
energia de Itaipu e Yacyretá, criar indústrias para que haja trabalho para
nossa gente. E, para isso, a única alternativa é criar condições de segurança
para industrializar o país", afirmou.
"Quando Brasil e Argentina vão nos respeitar? No
dia em que o governo paraguaio lhes disser: 'vamos usar nossa energia, o
Paraguai mudou sua posição, não vai mais ceder sua parte na energia, vamos
usá-la na indústria'", disse Franco. "É justo pagar o mesmo preço
pela energia durante 50 anos? Praticamente estamos dando esta energia" ao
Brasil", acrescentou o presidente.
Pouco depois de assumir, Franco iniciou negociações
com a multinacional Rio Tinto Alcan para a instalação de uma fábrica de
alumínio, que foram paradas por divergências sobre o preço da energia elétrica
que seria fixada. "Estamos castigando o setor que mais produz, que
brilha em toda São Paulo e Buenos Aires.
E nós temos que andar no escuro no Paraguai. Não tem
sentido isso, temos que mudar", disse o presidente em apresentação de um
anteprojeto de lei de política energética. Argentina e Brasil são os
maiores integrantes do Mercosul, que
suspendeu o Paraguai do grupo diante da destituição de
Lugo, por considerar que houve uma quebra do sistema democrático no país.
IV-
Investimento estrangeiro no Brasil tem queda de 40% no 1º semestre
PIB fraco e intervenções do governo
em meio à crise diminuíram apetite dos investidores
Bruno
Villas Bôas e Gabriela
Valente, O Globo
O crescimento do Brasil em ritmo mais lento e as
intervenções do governo na economia — como nas margens dos bancos, na
valorização do câmbio e na taxação da renda fixa — foram um balde de água fria
na euforia dos investidores estrangeiros.
Com uma contribuição da crise europeia, o dinheiro
trazido por esses investidores — de fundos de investimento e fundos de pensão
até fortunas de famílias e de empresas — para a compra de ações e títulos de
renda fixa no país encolheu 40% no primeiro semestre, frente ao mesmo período
de 2011: de US$ 12,4 bilhões para US$ 7,5 bilhões, segundo dados do Banco
Central (BC).
Para os grandes bancos de investimento, o Brasil que
ilustrou a capa da revista inglesa “The Economist”, em novembro de 2009, com o
Cristo Redentor literalmente decolando, ficou sem combustível. Ou “Lento e sem
medalhas”, como classificou o banco americano Morgan Stanley em relatório na
semana passada. Se havia euforia demais, o pessimismo agora se tornou extremo.
V-
Longa espera pela casa própria
Minha Casa, Minha Vida não entregou 400 mil moradias,
ou metade do que prometeu.
No vigésimo mês após o encerramento do governo de
Luiz Inácio Lula da Silva, quase metade das casas contratadas na primeira
versão do programa Minha Casa, Minha Vida ainda não foi entregue. Trata-se de
mais de 400 mil do total de um milhão de novas habitações.
Essa situação é crítica, principalmente para os mais
pobres. Do total de 483 mil residências prometidas para essa população que
ganha até R$ 1,6 mil, apenas 208 mil estão ocupadas, ou seja, 57% ainda estão à
espera dos novos moradores.
Dados obtidos pelo GLOBO com os números das primeira
e segunda fases nunca haviam sido divulgados em separado, ocultando a lentidão
nas entregas contratadas na era Lula. A maior celeridade da segunda fase do
programa acaba por tornar o desempenho geral mais positivo, levando a 856 mil o
número de residências já entregues ao todo. O problema é que o governo tem
metas para as contratações do programa, mas não para a entrega das casas aos
moradores.
— Acho que o governo iludiu o povo, porque a maioria
não consegue (a casa), e tem muita casa pronta, mas não tem como chegar até lá,
cadastrar-se e ser aprovado para morar — disse Rita de Cássia Guimarães (foto acima), que fundou a ONG Mami, no
Distrito Federal, com a qual auxilia famílias da região de Riacho Fundo a
preencherem os cadastros dos programas governamentais de moradia.
VI-
Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando aviões-robôs
Equipamentos de projeto no qual já foram gastos R$ 73 milhões estão parados em hangar
NO CHÃO
Veículo Aéreo Não Tripulado estacionado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Contrato interrompido e aeronaves paradas (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/Folhapress)
O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do
Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o
Paraguai e a Argentina. Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do
primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela
manhã de 10 de novembro de 2011.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a
PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e
fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9
quilômetros de altura. Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado
para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da
presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de
14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões. Ao fundo do palco onde o ministro
discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em
letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.
Na linguagem policial, operacional quer dizer ação
prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos
obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião
foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação. Os
equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já
comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil.
Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como
foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso
do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo
já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário
(antenas e computadores) para mantê-los no ar.
Operado por um piloto em terra, que digita os
comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas
a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base
sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras. Com a
varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde
enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los.
O combate na fronteira boliviana tem um
caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína
que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que
assombra nossas metrópoles.
A previsão era instalar quatro bases. Além de São
Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal,
Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da
República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais
decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo. Os procuradores
descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a
Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O
pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.
O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com
Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor
de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com
apenas 14 delegacias e 826 policiais. A relação é de um agente para cada 16
quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas
da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao
narcotráfico.
O TCU recomendou ao governo contratar por meio de
concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais
significativo diante da falta de pessoal.
Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que
essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um
orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e
combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por
problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.
Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não
sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio,
afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a
decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF
ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio.
Essa alternativa poderia criar um conflito com
Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade
policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que
era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.
A origem do imbróglio está em divergências na cúpula
da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF
mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no
lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma
o emprego dos aviões-robôs. Na gestão de Coimbra, contratos foram
interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace
Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do
programa no futuro.
O argumento usado pela área de logística para
suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações
de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense. O Tribunal investiga a
despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por
cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do
projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o
segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12
aeronaves inicialmente previstas.
A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para
combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro
do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte
das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram
a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de
pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas
no lado brasileiro.
Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia,
policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010,
dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de
Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína. Uma das
principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando
a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na
linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não
tripulados podem representar uma proteção a sua vida.
FRASE
DO DIA:
“Lula e o PT, foram o maior engodo político que este país já teve, e,
infelizmente continua a ter.”
Juarez Capaverde blogueiro independente.
Até amanhã.
As fotos inseridas nos textos o foram pelo
blogueiro. Juarez Capaverde
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