domingo, 12 de agosto de 2012

BRASIL A PERIGO NAS MÃOS DO PT, INFELIZMENTE É A REALIDADE, LEIAM


Bom dia, hoje vou tratar sobre os erros e mentiras do governo federal, mentiras ditas nos palanques eleitorais e que não se concretizaram, como sempre jogaram ao povo crédulo uma série de benfeitorias em seu benefício que até hoje ficou só no “dito palanqueiro”. Começo com a reportagem do jornal britânico Financial Times sobre a mentira do petróleo cuja euforia não passou disto, euforia mentirosa tal qual a dita por Lula o Mentiroso que em breve seríamos auto-suficientes em petróleo na redescoberta do pré-sal, já se sabia da existência desta camada de óleo há muito tempo, mas sabia-se também de que sua extração não seria rentável ainda por longos anos devido as tecnologias que precisariam ser aplicadas para sua realização, mentira das grandes criadas para dizer que seu governo era o máximo, hoje o que acontece é que estamos importando muito mais que importávamos naquela época. A marolinha da crise internacional se tornou um tsunami que ainda não chegou totalmente, mas que se aproxima vertiginosamente do Brasil, as atitudes tomadas para conte-lo não passam de meros paliativos de pouco efeito que estão inclusive nos tornando reféns da ideologia política do governo de cada vez mais fechar nossa economia, intrometendo-se em setores não públicos e “inventando” normas a serem seguidas tais como as cotas de participação de produtos nacionais em todo e qualquer investimento de grande porte, o que traz problemas sérios já que não temos uma indústria pujante em alguns setores para a produção com custos menores das similares importadas o que torna muitas vezes inviável um projeto, isto poderá tornar nossa indústria ainda menos competitiva perante seus concorrentes internacionais já que nossa infra-estrutura está longe de ser barata, pelo contrário é talvez uma das mais caras e onerosas do mundo, e o fechamento de nosso mercado em nada nos ajudará. A Energia excedente da produção Paraguaia que nos é fornecida pelo sócio em Itaipu por preços abaixo do mercado e que muito nos ajuda, está sendo corretamente reavaliada pelo Presidente paraguaio já que nossa política externa está pendendo para um absurdo alinhamento político ideológico a esquerda retrógrada e ditatorial que se está instalando na América Latina, e, da qual o governo está de parceria quebrando todos os protocolos democráticos até hoje firmados em acordos multilaterais sobre movimentação econômica entre mercados latinos americanos, agindo como se suas ambições políticas fossem maiores do que as regras vigentes nestes acordos. Investimentos estrangeiros no país caíram 40% no primeiro semestre deste ano devido a intervenções do governo na economia e a queda constante do crescimento, a intervenção nas margens de lucro dos bancos, na valorização do cambio e na taxação da renda fixa foram entraves percebidos pelos investidores que não mais vêem o Brasil como o melhor onde aplicarem seu dinheiro levando consigo muitos milhões de dólares que aqui estavam investidos, e muitos outros deixaram de vir para o crescimento de nossa indústria carente de altos investimentos principalmente em tecnologia de ponta que custa caro, e, sem dinheiro não se desenvolverá no ritmo necessário. Voltando ao palanque das mentiras, podemos constatar que o tal de PAC é muito mais uma falácia governamental do que uma realidade, vejamos o programa Minha Casa Minha Vida que tantos votos renderam à Dilma pelos que nela acreditaram está muito aquém do prometido em campanha, já passados mais de um ano e meio do encerramento do governo de Lula o Mentiroso não foram entregues mais de 400 mil moradias prometidas em sua gestão e o objetivo era que as populações mais pobres seriam as principais beneficiadas, já as do novo programa de Dilma de mais 1 milhão, só se ouviu falar nos discursos, nada mais, nem iniciaram sua implantação, como já estou cansado de falar o Brasil das Maravilhas só existe no ideário petista e na realização publicitária de seu marqueteiro. Aviões robô para combate ao tráfico tão festejado por Dilma nos debates e discursos em sua campanha, outra falácia, os equipamentos adquiridos, 2 aviões 1 ainda não entregue, o que está no Brasil encontra-se no hangar no Paraná onde o Ministro da Justiça Sr. Cardoso até discurso fez no vôo demonstração, e, ficou nisto, no discurso, se gastou do dinheiro público mais de 73 milhões para um projeto fantasma que agora está abandonado, meramente para efeito publicitário de campanha, hoje encostados num hangar qualquer, infelizmente este é o governo que temos no país, um governo enganador, mentiroso, e estelionatário, que roubam com suas mentiras e falácias o voto do povo incauto que neles acreditam, pois acham lindo o que vêem em suas campanhas publicitárias na televisão e na imprensa e o dinheiro investido, foi-se, quanto será o custo desta publicidade, quanto será o custo deste marqueteiro exclusivo, são perguntas que se faz, porem não respondidas pela cambada no poder, as reportagens abaixo nos mostram as verdades que não são ditas pelo governo, leiam e tenham ciência do que se passa em nosso país nos dias de hoje.
Juarez Capaverde



I-



Euforia com o petróleo brasileiro passou, diz FT

 

Jornal britânico faz análise pessimista sobre o futuro do setor no país e critica a falta de viabilidade econômica das reservas petrolíferas locais


Plataforma da Petrobras na Bacia de Campos, Rio de Janeiro (Marcelo Sayão/EFE)
A viabilidade de algumas reservas brasileiras se esvai não em decorrência de fatores geológicos, mas políticos e econômicos.

Ao anunciar a decisão da petroleira americana Anadarko em vender seus ativos no Brasil, o diário britânico Financial Times aproveitou para fazer uma análise pessimista sobre o futuro do setor no país. Em reportagem publicada nesta quinta-feira, o jornal destaca que um conjunto de problemas fez com que a euforia das empresas com o petróleo nacional tenha ficado no passado. 

O pano de fundo para as críticas não se baseia em dados geológicos, mas sim políticos e econômicos. A enorme influência do governo petista na indústria, a política de conteúdo nacional e o acidente da Chevron são as principais razões, segundo o FT, para a repentina falta de interesse de empresas estrangeiras pelo petróleo brasileiro.

Citando fontes de bancos e empresas de óleo e gás, a reportagem destaca que o país deixou de ser economicamente viável para companhias que não sejam, necessariamente, parceiras da Petrobras. “Nos últimos anos, o apelo do famigerado pré-sal esgotou-se. O Brasil não vendeu mais nenhuma licença de exploração desde as grandes descobertas de 2007”, informa a matéria.

O Brasil, segundo o jornal, tornou-se um país caro, cujos retornos sobre investimentos começam a ser questionados. “Há outras áreas que são mais viáveis, economicamente, em outras partes do mundo”, destacou o analista da Oppenheimer & Co, Fadel Gheit, ao FT.

Conteúdo local – Sobre a insistência do governo em exigir níveis mínimos de conteúdo local na atividade de exploração de novas reservas, o jornal afirma que tal interferência tem tornado o Brasil um país difícil para os negócios. “A pressão dos custos na capacidade de exploração estão impactando o preço que as companhias querem pagar pelos ativos brasileiros”, informou um banqueiro ao FT. No caso da Anadarko, a empresa não conseguiu compradores que pagassem o preço considerado justo (por ela) para seus ativos no país: cerca de 3 bilhões de dólares.

Segundo o jornal, a forma como o governo conduziu o acidente da Chevron no Campo do Frade também tem espantado investidores do setor. “Todos estão com um olhar clínico em relação ao Brasil. Ninguém quer pagar para ver”, disse uma fonte.

Os únicos que tiveram sorte em empreitadas no setor de óleo e gás são, segundo o FT, os grupos que entraram no país muito antes de 2007, quando o Brasil estava longe de ser um bom destino de investimentos estrangeiros. Empresas como BG Group, que se aliaram à Petrobras antes da exploração do pré-sal, hoje estão satisfeitas. “Aqueles que se interessaram pelo Brasil antes de todo mundo, se deram bem”, afirmou um executivo do setor ao jornal.


II-


Conteúdo nacional: a doutrina perigosa de Dilma

 

Na condição de ideologia dominante no Planalto, política traz o fechamento da economia quando desvinculada de ações para expandir a competitividade


Em reunião com empresários no Palácio do Planalto no final de 2011, a presidente Dilma Rousseff inquietou alguns membros do grupo ao filosofar sobre a indústria brasileira. A governante elogiava as medidas de conteúdo local – exigências de que empresas deem preferência a fornecedores nacionais em detrimento dos estrangeiros – adotadas pela Agência Nacional de Petróleo e Gás (ANP) no setor petrolífero.

Entre um gole de café e um de água, Dilma afirmou aos presentes estar convicta de que esse modelo deve ser estendido a outros segmentos da indústria que estejam perdendo mercado para os importados – ou seja, quase todos. A afirmação, ainda que informal, está longe de ser simples divagação. Dilma não costuma expressar ideias gratuitamente e iniciativas desta natureza já podem ser verificadas em alguns setores.

Por trás do elogio da presidente está a política industrial elaborada por seu time desenvolvimentista – uma espécie de repetição do que foi praticado pelos militares na década de 70. Caminha-se a passos largos para a criação de reservas de mercado, sem que haja, em contrapartida, um plano de longo prazo que ataque a raiz da baixa competitividade nacional, que é o elevado custo Brasil. O simples fechamento da economia, aliás, pode trazer o efeito contrário ao desejado pelo governo: as empresas podem ficar ainda mais frágeis ante seus pares internacionais.

Em teoria, impor quotas de conteúdo local aos setores produtivos por meio de decretos ou leis pode ter um objetivo louvável, que é o de criar condições para que as cadeias consigam se desenvolver. Os analistas ouvidos por VEJA, no entanto, alertam que esse tipo de saída deve ser exceção, e não regra como parece querer a presidente. Ao replicar em diversos setores tal política “bem-intencionada” surgem inevitavelmente as distorções.

Quando se coage um setor a consumir, sobretudo, produtos fabricados no Brasil, sem que haja uma indústria competitiva que os forneça, dá-se o fechamento do mercado. Quando se aumenta a carga tributária de automóveis importados para proteger a bilionária indústria de veículos nacional, reduz-se a concorrência e o segmento tende a ser dominado por produtos caros e de menor qualidade.

Quando se elaboram incentivos fiscais para a vinda de multinacionais de eletrônicos ao país com dinheiro do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), reforça-se o capitalismo de estado na indústria. Esses são os três pilares que balizam a política industrial de Dilma – tendo no conteúdo nacional sua pedra filosofal.
Essa crença está tão incorporada no governo que não há o menor constrangimento em discursar a respeito. Em dezembro de 2011, o então ministro de Ciência e Tecnologia, Aloysio Mercadante, encontrou-se com empresários em um almoço na Associação Brasileira da Indústria Elétrica e Eletrônica (Abinee).

O tema do encontro era, ironicamente, barreiras à entrada de importados. “Começamos a fazer no setor automotivo e vamos aprofundar as exigências de conteúdo local em todas as cadeias estratégicas. Isso vale para tecnologia da informação e da comunicação. Isso vale para a indústria automotiva e para todas as outras”, disse. O curioso é que representantes do governo pouco falam de medidas concretas para combater a defasagem tecnológica, a escassez de mão-de-obra, a baixa capacidade de investimento público, a inexistência de infra-estrutura logística adequada, etc.

Esquecimento político – Já dizia o lúcido economista Roberto Campos que os entusiastas da política industrial têm uma qualidade em comum com os políticos e os amantes: o rápido esquecimento das experiências passadas. Entre os governantes da República, a atitude de Dilma guarda semelhança com a do general Ernesto Geisel. Durante a ditadura de 1974 a 1979, a Política Nacional de Informática elaborada por seus ministros tinha a mesma dinâmica do recente aumento de trinta pontos porcentuais no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) para veículos fabricados em outros países.

Geisel determinou que se restringissem as importações para estimular o mercado eletrônico nacional. Os resultados foram um polo industrial de informática que nunca se formou, o sucateamento do que já existia no país e a ampliação do contrabando. Foi naquele momento que, citando Campos, o Brasil perdeu a corrida para países que hoje são potências no ramo, como Taiwan, Cingapura, Coreia do Sul, Tailândia, Malásia e Filipinas.

Seria leviano atribuir somente a Dilma a culpa pela situação sofrível em que se encontra a indústria brasileira. Afinal, o ônus do dever de casa malfeito em infraestrutura, educação e impostos deve ser repartido entre todos que passaram por Brasília nas últimas décadas. Contudo, em vez de lançar mão de ferramentas eficazes para resolver o problema da competitividade no longo prazo, a presidente tem optado por caminhos paliativos e heterodoxos.

Atualmente, os setores de óleo e gás, automóveis, telecomunicações, defesa, informática e até mesmo a programação de TV devem ter conteúdo nacional que varia de 5% a 85%. “O governo tem uma visão muito clara de que a indústria brasileira tem de ter tudo, tem de ser grande em tudo. E para eles é mais fácil criar medidas protecionistas de curto prazo do que elaborar planos que gerem diálogo político e soluções efetivas para a falta de competitividade”, afirma Sérgio Lazzarini, professor do Insper e autor do livro Capitalismo de Laços (Editora Campus/Elsevier).


Na contramão do mundo – Nesse sentido, o Brasil aventura-se pelo caminho inverso ao trilhado por grande parte das economias em ascensão. Enquanto os dois governos petistas estimularam a ingerência do estado em companhias privadas por meio de fundos de pensão de estatais e do BNDES, com o objetivo de criar campeões nacionais, o capitalismo busca a formação de cadeias produtivas globais. Por essa lógica, os mercados especializados ganham força e escala para competir em todo o planeta. Um exemplo de setor no país altamente especializado e competitivo é o agronegócio. Nessa dinâmica, não há espaço para que governos estimulem de maneira artificial setores em apuros e pouco eficientes.

Os especialistas argumentam que uma política de conteúdo local, em vez de panaceia para todos os males do país, deve ser implantada em situações extraordinárias – como, por exemplo, quando uma indústria é considerada estratégica. Mesmo assim, só dará certo quando aplicada em conjunto com medidas de redução da carga tributária, melhoria da infraestrutura e investimentos em tecnologia. “Essa medida tem de estar dentro de um programa maior de estímulo à competitividade.

Mas está em curso espaçadamente e falta coordenação”, afirma o superintendente da Organização Nacional da Indústria do Petróleo na Bacia de Campos (ONIP), Alfredo Renault, referindo-se à exigência para o setor de óleo e gás. Vale lembrar que a possibilidade de fiscalizar o cumprimento das exigências em cabos localizados no fundo do mar não será tarefa fácil para a ANP.

No caso do setor de Defesa, que é estratégico para o Brasil e tem na Embraer seu principal motor, há algum sentido em priorizar compras de empresas nacionais que tenham tecnologia para suprir a demanda. O polo de São José dos Campos, em São Paulo, tem não só a sede da empresa, mas também uma série de fornecedores de ponta e universidades do porte do Instituto Tecnológico de Aeronáutica (ITA). “Tem de ter incentivo por uma questão de segurança, sigilo e dados confidenciais. E as pessoas precisam saber que estão pagando impostos para isso. O setor de defesa possui outra lógica”, explica o economista Welber Barral, da consultoria BarralMJorge Associados.

Contudo, Dilma não dá sinais de que queira uma economia liberalizada. A política de conteúdo nacional, que deveria ser a exceção, virou regra. E o desenvolvimentismo, que se tornou a ideologia dominante no Palácio do Planalto, embasa o pensamento econômico petista. “Nunca o governo teve um núcleo com formação desenvolvimentista tão forte, com Fernando Pimentel, Guido Mantega, Luciano Coutinho e Aloísio Mercadante”, lembra Lazzarini.

Diante deste quadro, o Brasil pode agir para mudar ou aguentar as consequências – que podem ir do aumento da inflação (impulsionada pelos preços pouco competitivos de uma indústria protegida) até a redução do papel do país no mercado internacional.
(com reportagem de Carolina Almeida)



III-



América Latina

Franco: Paraguai não fornecerá energia barata a vizinhos

 

Segundo presidente, seu governo quer levar adiante uma política que estimule a indústria no próprio país, ignorando parcerias firmadas com Brasil e Argentina


O novo presidente do Paraguai, Federico Franco (Norberto Duarte/AFP)
O presidente do Paraguai, Federico Franco, afirmou nesta quarta-feira que não pretende fornecer mais energia barata a seus vizinhos Argentina e Brasil, com os quais compartilha a operação de duas hidrelétricas. Segundo ele, seu governo quer levar adiante uma política que estimule o uso dessa energia no próprio país, ignorando parcerias firmadas anteriormente.

O Paraguai é sócio do Brasil em Itaipu, uma das centrais hídricas mais potentes do mundo, e da Argentina em Yacyretá - mas fornece a maior parte da produção de energia de ambas as empresas a seus vizinhos por preços considerados menores em relação aos praticados no mercado, segundo estabelecem os acordos bilaterais.

Apesar de ser menor, o valor já subiu bastante no início do governo deposto de Fernando Lugo. À época,  Lugo conseguiu triplicar o montante do valor pago pelo Brasil pela eletricidade e ainda incluiu no acordo uma exigência de construção de uma linha de transmissão de 500 quilovolts entre Itaipu e Assunção, o que aumentará o uso da energia de Itaipu ao Paraguai.

Franco, que assumiu a presidência do Paraguai há pouco mais de um mês substituindo Lugo, por sua vez, disse que o Paraguai tem 85% do faturamento de energia baseado nas hidrelétricas, mas consome somente 15%, já que a maior parte é utilizada por seus vizinhos. "Não estamos dispostos a seguir cedendo energia ao Brasil e à Argentina, nem sequer estamos vendendo", disse Franco em um evento público, no qual apresentou um projeto de política energética. "Devemos procurar trazer nossa energia de Itaipu e Yacyretá, criar indústrias para que haja trabalho para nossa gente. E, para isso, a única alternativa é criar condições de segurança para industrializar o país", afirmou.

"Quando Brasil e Argentina vão nos respeitar? No dia em que o governo paraguaio lhes disser: 'vamos usar nossa energia, o Paraguai mudou sua posição, não vai mais ceder sua parte na energia, vamos usá-la na indústria'", disse Franco. "É justo pagar o mesmo preço pela energia durante 50 anos? Praticamente estamos dando esta energia" ao Brasil", acrescentou o presidente.

Pouco depois de assumir, Franco iniciou negociações com a multinacional Rio Tinto Alcan para a instalação de uma fábrica de alumínio, que foram paradas por divergências sobre o preço da energia elétrica que seria fixada. "Estamos castigando o setor que mais produz, que brilha em toda São Paulo e Buenos Aires.

E nós temos que andar no escuro no Paraguai. Não tem sentido isso, temos que mudar", disse o presidente em apresentação de um anteprojeto de lei de política energética. Argentina e Brasil são os maiores integrantes do Mercosul, que suspendeu o Paraguai do grupo diante da destituição de Lugo, por considerar que houve uma quebra do sistema democrático no país.



IV-


Investimento estrangeiro no Brasil tem queda de 40% no 1º semestre



PIB fraco e intervenções do governo em meio à crise diminuíram apetite dos investidores

Bruno Villas BôasGabriela Valente, O Globo
O crescimento do Brasil em ritmo mais lento e as intervenções do governo na economia — como nas margens dos bancos, na valorização do câmbio e na taxação da renda fixa — foram um balde de água fria na euforia dos investidores estrangeiros.

Com uma contribuição da crise europeia, o dinheiro trazido por esses investidores — de fundos de investimento e fundos de pensão até fortunas de famílias e de empresas — para a compra de ações e títulos de renda fixa no país encolheu 40% no primeiro semestre, frente ao mesmo período de 2011: de US$ 12,4 bilhões para US$ 7,5 bilhões, segundo dados do Banco Central (BC).

Para os grandes bancos de investimento, o Brasil que ilustrou a capa da revista inglesa “The Economist”, em novembro de 2009, com o Cristo Redentor literalmente decolando, ficou sem combustível. Ou “Lento e sem medalhas”, como classificou o banco americano Morgan Stanley em relatório na semana passada. Se havia euforia demais, o pessimismo agora se tornou extremo.



V-


Longa espera pela casa própria


Minha Casa, Minha Vida não entregou 400 mil moradias, ou metade do que prometeu.

No vigésimo mês após o encerramento do governo de Luiz Inácio Lula da Silva, quase metade das casas contratadas na primeira versão do programa Minha Casa, Minha Vida ainda não foi entregue. Trata-se de mais de 400 mil do total de um milhão de novas habitações.

Essa situação é crítica, principalmente para os mais pobres. Do total de 483 mil residências prometidas para essa população que ganha até R$ 1,6 mil, apenas 208 mil estão ocupadas, ou seja, 57% ainda estão à espera dos novos moradores.

Dados obtidos pelo GLOBO com os números das primeira e segunda fases nunca haviam sido divulgados em separado, ocultando a lentidão nas entregas contratadas na era Lula. A maior celeridade da segunda fase do programa acaba por tornar o desempenho geral mais positivo, levando a 856 mil o número de residências já entregues ao todo. O problema é que o governo tem metas para as contratações do programa, mas não para a entrega das casas aos moradores.


— Acho que o governo iludiu o povo, porque a maioria não consegue (a casa), e tem muita casa pronta, mas não tem como chegar até lá, cadastrar-se e ser aprovado para morar — disse Rita de Cássia Guimarães (foto acima), que fundou a ONG Mami, no Distrito Federal, com a qual auxilia famílias da região de Riacho Fundo a preencherem os cadastros dos programas governamentais de moradia.


VI-



Governo federal abandona programa de combate ao tráfico usando aviões-robôs

 

Equipamentos de projeto no qual já foram gastos R$ 73 milhões estão parados em hangar

HUDSON CORRÊA E LEONARDO SOUZA


NO CHÃO
Veículo Aéreo Não Tripulado estacionado em São Miguel do Iguaçu, no Paraná. Contrato interrompido e aeronaves paradas (Foto: Christian Rizzi/Gazeta do Povo/Folhapress)

O céu estava nublado no aeródromo de São Miguel do Iguaçu, uma pequena cidade paranaense na tríplice fronteira do Brasil com o Paraguai e a Argentina. Nada, no entanto, que impedisse o voo inaugural do primeiro Veículo Aéreo Não Tripulado (Vant) da Polícia Federal (PF) naquela manhã de 10 de novembro de 2011.

O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, a quem a PF está subordinada, foi até a pista ver de perto a aeronave capaz de filmar e fotografar a placa de um carro ou o rosto de um traficante de drogas a 9 quilômetros de altura. Em seguida, Cardozo se dirigiu ao auditório improvisado para falar sobre a maior arma anunciada contra o narcotráfico pelo governo da presidente Dilma Rousseff, uma promessa feita na campanha de 2010: a compra de 14 Vants israelenses, por R$ 655 milhões. Ao fundo do palco onde o ministro discursava, havia um pôster gigante com a foto do avião em voo e o título em letras garrafais: “Fase operacional”. Uma frase que não saiu do papel.

Na linguagem policial, operacional quer dizer ação prática. O Vant passaria a fazer missões rotineiras. De acordo com documentos obtidos por ÉPOCA, isso não aconteceu. Depois da festa de inauguração, o avião foi recolhido ao hangar do aeródromo onde fica a base de operação. Os equipamentos foram encaixotados e estão assim até hoje. Uma segunda aeronave já comprada continua em Israel, sem previsão para ser enviada ao Brasil.

Não se fala mais em comprar outros 12 aparelhos como foi previsto no início e alardeado com pompa. Brigas internas na PF e o descaso do Palácio do Planalto ameaçam abater, ainda em solo, o projeto no qual o governo já gastou R$ 73 milhões. O valor inclui os dois aviões e o material necessário (antenas e computadores) para mantê-los no ar.

Operado por um piloto em terra, que digita os comandos no computador das estações, o avião pode voar por 37 horas ininterruptas a uma distância de até 4.000 quilômetros, enviando imagens on-line para a base sobre as atividades de narcotráfico nas fronteiras brasileiras. Com a varredura, seria possível saber onde os criminosos se escondem, para onde enviam drogas e, principalmente, vigiar seus passos e prendê-los.

O combate na fronteira boliviana tem um caráter especialmente crucial para os brasileiros. Pelo menos 54% da cocaína que chega ao Brasil vem do país andino. Boa parte se transforma no crack que assombra nossas metrópoles.

A previsão era instalar quatro bases. Além de São Miguel do Iguaçu, outras três funcionariam em Brasília, no Distrito Federal, Vilhema, em Rondônia, e Manaus, no Amazonas. Em junho, a Procuradoria da República no Paraná começou a receber informações de que não havia mais decolagens na primeira estação inaugurada por Cardozo. Os procuradores descobriram que o Vant estava parado. Como o projeto não decolou, a Procuradoria entrou na Justiça para o governo aumentar o número de policiais. O pedido foi rejeitado pela Justiça Federal.

O Brasil tem 11.600 quilômetros de fronteiras com Colômbia, Peru, Bolívia (países produtores de cocaína) e Paraguai (fornecedor de maconha). Para cobrir toda essa extensão, a PF conta nessas regiões com apenas 14 delegacias e 826 policiais. A relação é de um agente para cada 16 quilômetros e de um delegado por 100, segundo o cálculo do Tribunal de Contas da União (TCU) num relatório recente de avaliação da política de combate ao narcotráfico.

O TCU recomendou ao governo contratar por meio de concursos mais 3 mil policiais. E destacou o projeto do Vant como o avanço mais significativo diante da falta de pessoal.

Um relatório da PF, de março deste ano, mostra que essa vantagem é desperdiçada. Durante 2011, o projeto do Vant contou com um orçamento de R$ 70 milhões. Isso permitiria a compra de equipamentos e combustível, além de treinamento de pilotos. O documento da PF diz que, “por problemas técnicos”, apenas R$ 6,3 milhões foram efetivamente gastos.

Se não é por falta de dinheiro, por que o Vant não sai do chão? O presidente da Associação dos Delegados Federais, Marcos Leôncio, afirma que a PF está sem contrato de manutenção da aeronave, o que impede a decolagem. “Também existe uma dúvida do governo sobre se o Vant fica com a PF ou será entregue à Aeronáutica”, diz Leôncio.

Essa alternativa poderia criar um conflito com Israel, porque o equipamento foi vendido exclusivamente para a atividade policial, e não militar. A PF chegou a divulgar, no dia do voo inaugural, que era a primeira polícia do mundo a usar o Vant para esse fim.

A origem do imbróglio está em divergências na cúpula da PF desencadeadas em 2011. Em janeiro daquele ano, a direção-geral da PF mudou de mãos, passando ao delegado Leandro Coimbra. Ele assumiu o posto no lugar de seu colega de profissão Luiz Fernando Corrêa, que defendia para Dilma o emprego dos aviões-robôs. Na gestão de Coimbra, contratos foram interrompidos. A mesma empresa que forneceu os aviões, a Israel Aerospace Industries, treinaria uma congênere brasileira para cuidar da manutenção do programa no futuro.

O argumento usado pela área de logística para suspender esse contrato foi um processo aberto pelo TCU para apurar acusações de irregularidades nos pagamentos à empresa israelense. O Tribunal investiga a despesa de R$ 24,6 milhões para o treinamento de 13 pilotos (R$ 1,9 milhão por cabeça). O processo ainda não foi concluído. Ele não significa o fracasso do projeto. A PF diz que prepara um novo contrato de manutenção e que receberá o segundo Vant ainda neste ano. Somente então vai avaliar se compra as outras 12 aeronaves inicialmente previstas.

A tecnologia de ponta dos aviões é uma arma para combater um novo esquema montado pelo narcotráfico nas fronteiras. Em outubro do ano passado, ÉPOCA revelou que os novos barões da droga terceirizaram parte das etapas, como refino, transporte e comércio dos entorpecentes. Eles passaram a atuar também nos países vizinhos. Grandes carregamentos de cocaína e de pasta-base de coca, matéria-prima do crack, são lançados de aviões em fazendas no lado brasileiro.

Nas fronteiras com Colômbia, Peru e Bolívia, policiais federais se veem diante de uma luta de guerrilha. No fim de 2010, dois agentes federais morreram baleados no Rio Solimões, a 240 quilômetros de Manaus, quando interceptaram uma lancha que transportava cocaína. Uma das principais funções do Vant é passar informações aos homens em terra, adiantando a posição do inimigo durante uma situação de confronto. Para os policiais na linha de frente contra traficantes fortemente armados, os veículos não tripulados podem representar uma proteção a sua vida.






FRASE DO DIA:


“Lula e o PT, foram o maior engodo político que este país já teve, e, infelizmente continua a ter.”

Juarez Capaverde blogueiro independente.




Até amanhã.





As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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