Bom dia,
tenho que continuar no assunto tal a relevância dele para os dias futuros no
Brasil que queremos, hoje se divulgou na maioria dos noticiários dos jornais e
revistas do país, como o PT e o Planalto agora estão tentando barrar a CPI do
Cachoeira, sabe-se conforme reportagem abaixo um assessor do Planalto esteve em
contato com o grupo comandado pelo contraventor, alem disto, poderemos
constatar que o Sr. Cachoeira tem ligações com o PT já a longa data, em 2004 na
gestão Olívio Dutra no governo do Rio Grande do Sul, Cachoeira já estava dando
as cartas junto ao PT, resgatamos e postamos abaixo parte de reportagem da época
sobre a CPI dos Bingos na Assembléia do RS, onde o fato foi confirmado pelo Sr.
José Vicente Brizola, Diretor-Geral da Loteria Estadual do RGSul lá colocado
pelo Sr. Olívio Dutra, esta situação e muito mais será divulgada na CPI do
Cachoeira se de fato ela seguir adiante, mas como a pressão é grande de parte
do governo, fica difícil sabermos se ela for de fato formada até onde os
participantes da referida deixarão o caso fluir já que 80% dos participantes são
da ala governista. Outro assunto atual o mensalão, ficou hoje evidente que as
pressões junto aos Ministros do STF já estão fazendo efeito, é o que se
conjectura pelas declarações do Ministro Marco Aurélio à jornalista Mônica
Bergamo da Folha, leiam ao final deste e tirem suas conclusões. Aproveito para
tecer também alguns comentários sobre a atitude da Presidente da Argentina Sra.
Cristina Kirchner tomando de assalto uma empresa estrangeira com maioria do
capital pertencente à REPSOL empresa espanhola, isto como “cortina de fumaça”
para esconder a crise que o governo não consegue resolver por meios próprios
(este quadro está acontecendo aqui também, a crise está a nossas portas), está
a senhora Cristina agindo nos moldes de Hugo Chávez tornando o país vizinho também
uma “Democracia da Ditadura” tal qual a Venezuela, tendo conseguido já calar a
boca da imprensa livre do país através de atos truculentos e antidemocráticos
como querem os petistas fazer aqui no Brasil, devemos ficar de olho nos exemplos
citados e lutarmos para que isto não venha acontecer, o povo tem que lutar
contra as ditaduras, sejam elas disfarçadas ou escancaradas como Cuba, e
sabemos todos que o PT é entusiasta da idéia, vamos ficar “antenados” já chega
a ditadura que tivemos, o Brasil deve continuar sendo um país livre.
Assessor do Planalto manteve contato com grupo de Cachoeira
Começam a surgir na imprensa as
relações do empresário Carlinhos Cachoeira também com o governo federal.
Um assessor
do Palácio do Planalto informou ao governo ter conversado em 2010 com um dos
principais aliados do empresário Carlinhos Cachoeira para tratar do apoio do
senador Demóstenes Torres à candidatura presidencial de Dilma Rousseff. O
episódio veio à tona ontem após o jornal “O Globo” revelar o contato telefônico
entre o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações
Institucionais, Olavo Noleto, e Wladimir Garcez. Acusado de ser um dos
principais nomes do esquema de exploração do jogo ilegal comandado por
Cachoeira, Garcez está preso.
Segundo
o ministro Gilberto Carvalho (Secretaria-Geral da Presidência), Noleto foi
procurado por Garcez para tratar da sondagem sobre o possível apoio de
Demóstenes a Dilma, apesar de o senador ser um dos principais críticos do
governo e estar filiado, até há alguns dias, ao oposicionista DEM. O
assessor é um petista histórico de Goiás e, desde 2003, ocupa um cargo no
Palácio do Planalto, tendo passado pela Casa Civil durante a gestão de José
Dirceu. Hoje, ele ocupa o mesmo cargo que Waldomiro Diniz tinha em 2004, quando
caiu após divulgação de vídeo em que pedia propina a Cachoeira.
Carvalho disse que o servidor recebeu um
voto de confiança e classificou o episódio de “página virada”. A ministra Ideli
Salvatti (Relações Institucionais) divulgou nota afirmando que Noleto
permanecerá no cargo e que “não existe qualquer indício de irregularidade em
relação à sua conduta”.
Mas,
segundo a Folha apurou no governo, Noleto deve deixar
o cargo até junho para concorrer como vice na chapa de Maguito Vilela (PMDB) à
Prefeitura de Aparecida de Goiânia (GO).
Ele só não foi exonerado nesta semana
pois, segundo o governo, a saída para a eleição trará menos desgaste.
Segundo Carvalho, a conversa sobre o
apoio não avançou porque o DEM apresentou o vice na chapa do PSDB. Um dos
principais interlocutores de Dilma, Carvalho sustentou que o governo não teme
ser atingido pela crise. “Não temos nenhum receio de nenhum respingo aqui.”
Noleto
divulgou nota negando relação com Cachoeira. “Jamais conversei, conheci ou fui
apresentado a Carlinhos Cachoeira.” Ele disse ainda que conheceu Garcez, que é
ex-presidente da Câmara de Goiânia, em 2002. Como subchefe de Assuntos
Federativos, Noleto disse ter mantido “relação política institucional com todos
os governadores, prefeitos e atores políticos do país”.
Voltei
Acreditaram
nas justificativas do Sr. Gilberto Carvalho, outro dos petistas que comandam
esta patifaria toda da corrupção, estando envolvido no episódio de Celso Daniel
já pegando dinheiro sujo para o PT. Digam-me então se a reportagem abaixo não
pega o PT com “as calças na mão” já desde 2004 o partido tem envolvimento com o
Cachoeira, ou não! Leiam;
Carlinhos Cachoeira controlou loteria oficial do RS durante a gestão de Olívio Dutra (PT)
OLIVIO DUTRA - APELIDO: O PINGUÇO
Em
fevereiro de 2004 , José Vicente Brizola, diretor-geral da Loteria do Estado do
Rio Grande do Sul no governo Olívio Dutra, revelou ter sido pressionado a obter
ilegalmente recursos para o PT junto a donos de bingo. De acordo com o
ex-diretor, um dos doadores seria o contraventor Carlos Augusto de Almeida
Ramos, o Carlinhos Cachoeira.
Cachoeira
chegou a controlar a Loteria do Estado do Rio Grande do Sul (Lotergs) durante a
gestão do petista Olívio Dutra.
Resgatamos abaixo uma reportagem de
Rubens Valente, publicada no dia 16 de fevereiro de 2004 pela Folha. Leiam um
trecho:
O grupo do bicheiro Carlos Augusto de Almeida Ramos,
40, o Carlinhos Cachoeira, venceu uma concorrência para serviços de loteria
oficial durante a gestão de Olívio Dutra (PT) no governo do Rio Grande do Sul. Dutra foi investigado em 2001 por suposta conivência
com o jogo do bicho.
Em vídeo, Ramos aparece negociando
termos de um edital de licitação no Rio de Janeiro com Waldomiro Diniz,
ex-assessor do ministro José Dirceu (Casa Civil).
A empresa ligada a Ramos, a
única a apresentar proposta na licitação gaúcha, foi declarada vencedora em
julho de 2001, mas, seis meses depois, o governo revogou a licitação. Com base
na declaração oficial da vitória, a empresa entrou na Justiça, que concedeu
liminar para obrigar o governo Dutra a assinar o contrato.
“Havia uma fumaça, uma suspeita de
qualquer coisa, mas que nós não poderíamos identificar; então, recorremos ao
interesse público para cancelar”, disse o subsecretário de Fazenda de Dutra e
autor do ato de revogação, Odir Pinheiro Tonollier. A decisão do governo foi tomada um mês após o final
da CPI do Bicho, criada pela Assembléia Legislativa gaúcha.
A estratégia de Ramos de usar uma
empresa em nome do irmão para entrar no mercado gaúcho foi confirmada por um
ex-sócio do goiano, Messias Antônio Ribeiro Neto, que foi dono extra-oficial da
Gerplan, autorizada a operar jogos em Goiás. Em depoimento prestado cerca de
dez dias atrás aos procuradores José Roberto Santoro, Marcelo Serra Azul e
Mário Lúcio Avelar já no decorrer das investigações sobre o vídeo, Ribeiro Neto
contou que “o contrato do Rio de Janeiro e do Rio Grande do Sul teve a
peculiaridade de serem firmados [sic] pela empresa de lixo de Anápolis, Capital
Engenharia e Limpeza”.
O MJDH (Movimento de Justiça e Direitos
Humanos) do Rio Grande do Sul localizou em seu acervo, com base numa lista de
nomes e empresas enviada pela Folha, documentos que atestam que o bicheiro de
Goiás entrou no mercado lotérico do Rio Grande do Sul usando uma empresa aberta
em nome de seu irmão, Sebastião de Almeida Ramos Júnior, 37, a Capital
Construtora e Limpeza Ltda., de Anápolis (GO).
“O Brasil está vendo agora
o que já sabemos há tempos no Rio Grande do Sul, o envolvimento do PT com o
bicho”, disse Jair Krischke, presidente do MJDH.
Em
depoimento à CPI dos Bingos, comissão instaurada após o escândalo Waldomiro
Diniz, José Vicente Brizola voltou a afirmar que fora pressionado por
integrantes do PT gaúcho a angariar recursos junto a concessionários públicos
de loterias.
Sobre as relações entre Cachoeira e o
governo do Rio Grande do Sul, Brizola disse ter sido contrário ao edital de
licitação vencido pela empresa do bicheiro, cujo valor era “muito aquém do esperado”.
Ele disse ainda que levou o caso ao secretário de Fazenda, que o autorizou a
revogar o edital. A revogação não foi mantida e, meses depois, Brizola acabou
assinando o contrato que autorizou Cachoeira a comandar a Lotergs: “Acabei
tendo de assiná-lo ao apagar das luzes do governo Olívio Dutra, uma vez que
Cachoeira recorreu e venceu na Justiça, e
o governo não quis recorrer”, relatou à comissão.
Voltei
Abaixo sobre o mensalão me vali de novo do texto do
Sr. Reinaldo Azevedo, que consegue dissecar o assunto perfeitamente.
Mensalão – Assim não, ministro Marco Aurélio! Ou: A linguagem que serve aos mensaleiros
É… As palavras fazem
sentido, né? E também podem falar nas entrelinhas. Então vamos ver. Leio na
coluna de Mônica Bergamo, na Folha, estas três notas (os vermelhitos são meus).
VOZ DISSONANTE
Mais divergências no STF (Supremo Tribunal Federal) em relação ao mensalão: o ministro Marco Aurélio Mello diz que é “terminantemente contra” a convocação da corte em julho apenas para apressar o andamento do processo, como defendem alguns de seus colegas. “Entre as coisas extravagantes que tenho visto, esta é a maior de todas”, diz ele.
CRAVO
Mello diz que o mensalão “é um processo como outros 700 que temos que apreciar. Por que pinçar este para julgar a toque de caixa?”. Ele diz que o STF não deve “ceder à turba, que quer justiçamento, e muito menos à pressão política”, que tenta adiar o julgamento.
Mello diz que o mensalão “é um processo como outros 700 que temos que apreciar. Por que pinçar este para julgar a toque de caixa?”. Ele diz que o STF não deve “ceder à turba, que quer justiçamento, e muito menos à pressão política”, que tenta adiar o julgamento.
FERRADURA
Neste sentido, ele refuta os argumentos que atrasariam o caso. Entre eles, o de que o mensalão não deve ser julgado no segundo semestre, no meio das eleições. “E eu com isso? Não estamos engajados em política partidária.” O fato de que o STF terá apenas dez ministros, já que Cezar Peluso vai se aposentar, também não seria impedimento. “Em caso de empate, o voto do presidente conta duas vezes.”
Neste sentido, ele refuta os argumentos que atrasariam o caso. Entre eles, o de que o mensalão não deve ser julgado no segundo semestre, no meio das eleições. “E eu com isso? Não estamos engajados em política partidária.” O fato de que o STF terá apenas dez ministros, já que Cezar Peluso vai se aposentar, também não seria impedimento. “Em caso de empate, o voto do presidente conta duas vezes.”
Em primeiro lugar, pergunto o que quer dizer “apenas para apressar o andamento do processo”, como se lê no texto. “Apressar”??? A denúncia de Roberto Jefferson completa seis anos em junho. Depois dela, já houve duas eleições presidenciais, e o mesmo partido que protagonizou o mensalão tentou armar dois dossiês fajutos contra adversários (sem contar aquele contra FHC na Casa Civil) — na verdade, contra o mesmo adversário: José Serra. “Apenas para apressar”, como está na redação da nota, quer dizer exatamente o quê?
Agora vamos a Marco
Aurélio. O ministro é, sem dúvida, um homem preparado, mas parece ter
desenvolvido o gosto de falar “pour épater
le bon sens”, para escandalizar o bom senso, na melhor das
hipóteses. Então o mensalão é um “processo como
outro qualquer”? Eu diria, infelizmente, que essa afirmação
já corresponde a uma primeira forma, ainda que branda e oblíqua, de diminuir a
gravidade daqueles episódios. Não é, não, ministro! Em certa medida, essa é a
tese do PT: “Agimos como agiram outros quaisquer”. É mentira! Uma quadrilha
formada para assaltar os cofres públicos e para comprar votos no Congresso, de
maneira sistemática, organizada pelo próprio aparelho de estado, era e é coisa
inédita no país, não importam quantas falcatruas tenha havido antes ou depois.
Eu também acho que o STF
não deve, como regra, “ceder à turba que quer
justiaçamento”. Mas cadê “a turba”, ministro? Onde está
ela? A única turba que atua, no caso do mensalão, é a canalha vendida do
subjornalismo, regiamente paga com dinheiro público — ou da administração
direta ou das estatais.
Caso nada aconteça até
setembro, Cezar Peluso deixa o tribunal, dando início ao sempre complicado e
longo processo de indicação de um novo nome. Em novembro, será a vez de Ayres
Britto. É evidente que os novos indicados, por mais competentes que fossem, não
teriam a devida intimidade com o processo.
Nessas três notas, há,
infelizmente, de forma voluntária ou não — não julgo intenções —, muito mais
lobby em favor dos mensaleiros do que parece. Ninguém estará “apressando” nada.
É uma vergonha para a justiça brasileira que um processo como esse se prolongue
por tanto tempo. Não há justiçamento nenhum — ao contrário: foi garantido o
mais amplo e irrestrito direito de defesa. Tampouco há “turba” nas ruas — a
menos que o ministro Marco Aurélio diga onde ela está. Se há algo parecido, os
“barulhentos” a soldo estão na rede. Em suma: a defesa do roubo do
dinheiro público é financiada pelo… dinheiro público!
Encerro
Toda essa conversa só existe porque, no fim da contas, até agora, Ricardo Lewsandowski não cumpriu a sua parte e não entregou o trabalho que cabe ao revisor do processo. Por que não entrega? Ninguém sabe ao certo. Nenhuma resposta possível para essa pergunta é boa.
Toda essa conversa só existe porque, no fim da contas, até agora, Ricardo Lewsandowski não cumpriu a sua parte e não entregou o trabalho que cabe ao revisor do processo. Por que não entrega? Ninguém sabe ao certo. Nenhuma resposta possível para essa pergunta é boa.
Por
Reinaldo Azevedo
Voltei
Abaixo noticia e opinião sobre a Argentina e a Sra. Cristina, os petistas
e Dilma gostam muito dela, ela sabe usar o autoritarismo como os grandes
lideres Castro e Hugo Chávez.
O assalto do governo de Cristina Kirchner à petroleira espanhola YPF é isto mesmo: um assalto
O assalto e tomada de posse, na marra,
do governo da presidente Cristina Kirchner à empresa petrolífera argentina YPF,
subsidiária da multinacional espanhola Repsol, é isto mesmo: um assalto.
Deixando à margem as gravíssimas
consequências que o gesto terá para o fluxo de investimentos estrangeiros à
Argentina, para as relações com um país que há séculos mantém boas relações com
Buenos Aires – a Espanha – e com a própria União Europeia, o governo demagogo,
populista e autoritário de Cristina preferiu o caminho da ilegalidade. O
ministro da Indústria, José Manuel Soria, considerou, antes da virtual ocupação
da empresa, que a atitude do governo argentino até então constituía um “ato de
hostilidade” a Madri.
Poderá custar caro em todos os
sentidos, inclusive no financeiro. A Espanha tem com a Argentina há vários anos
um Acordo de Proteção Recíproca de Investimentos. Um recurso da Repsol e do
governo espanhol ao Centro
Internacional para a Arbitragem sobre Investimentos, organismo multilateral
ligado ao Banco Mundial, pode custar aos cofres de Cristina pelo menos 4
bilhões de euros.
Cristina agiu com a Repsol com a mesma
truculência com que lança mão dos baderneiros piqueteiros para encurralar
governantes locais dissidentes, com que utiliza a tropa de choque de jovens
conhecida como “Cámpora” para hostilizar e pressionar parlamentares da oposição
e com que tem usado todos os meios a seu alcance para calar a imprensa crítica.
São métodos que se coadunam como os de mentir descaradamente sobre a real taxa
da inflação, se preciso for enxertando os órgãos oficiais de militantes
peronistas que recebem ordens da Casa Rosada e destruíram a credibilidade
construída durante décadas por essas instituições.
(A revista britânica The Economistinformou há algumas semanas
a seus leitores que não mais publicaria qualquer estatística
econômica proveniente do governo argentino).
No caso da YPF, a presidente apertou um
botão em março e, como em cascata, sete províncias governadas por aliados seus
começaram a cancelar dezenas das 150 licenças para exploração de petróleo em
seus territórios pela empresa, sempre sob a mesma alegação: a suposta
insuficiência de investimentos.
A YPF, estatal privatizada em 1999, fez
tudo o que estava ao alcance de uma empresa privada para obter um acordo com o
governo argentino – e as propostas foram invariavelmente recusadas. Entre
outras, as seguintes:
* o compromisso escrito de inversões de
centenas de bilhões de euros;
* conceder mais poder ao governo
central e às províncias na empresa por meio da criança de um pool de províncias
que passaria a deter 10% do capital (hoje, 57,43% YPF pertencem à Repsol,
25,46% ao grupo argentino Petersen, 17,09% são capital flutuante comercializado
em Bolsa e apenas 0,02% do governo argentino);
entrada de um sócio financeiro e
industrial que fosse “abençoado” pela presidente – caso em que a estatal
chinesa Cnoc e seu sócio argentino, a família Bulgheroni, próxima a Kirchner,
ficariam com uma boa fatia da empresa.
De nada adiantou também mostrar números
expressivos – como os da província de Mendoza, uma das últimas a banir a
Respsol: ali, as planilhas da multinacional mostram que os investimentos vêm
crescendo ininterruptamente desde 2007, que passaram de 600 milhões de dólares
no ano passado e, depois da extensões de concessões acordadas com o próprio
governo local, alcançariam mais 3,5 bilhões nos próximos anos.
De nada adiantou, e nem adiantaria –
como foi efêmero o efeito do longo telefonema trocado dias atrás entre o rei
Juan Carlos e a presidente, que acalmou o ímpeto demagógico do governo durante
apenas alguns dias.
A Argentina, país riquíssimo em
diferentes formas de produção de eletricidade, vive uma brutal crise
energética, e a presidente, como costuma agir, encontrou um bode expiatório:
desta vez, é a Repsol.
Opinião
Digamos, só para efeitos de
raciocínio, que a Argentina quisesse retomar o pleno controle do setor no país
em razão de algum plano estratégico. É assim que se faz? Não é o primeiro
rompante de chavismo desta senhora. Ela segue o modelo do bandoleiro de Caracas
também na relação com a imprensa. Investe na desordem institucional, com um
populismo agressivo e rombudo. Com uma economia enfrentando dificuldades
óbvias, a presidente recorre à velha tática de arrumar inimigos externos para
despertar a reação nacionalista do “povo ofendido”. Faz o mesmo com a pregação
em favor da retomada das Malvinas. O país é refém do projeto político dos
Kirchner — primeiro de Néstor e, agora, de sua mulher.
Essa tem sido a triste sina
de alguns países latino-americanos. Se, no continente, felizmente, as ditaduras
militares são coisa do passado, o mesmo não se pode dizer das esquerdas
populistas — ou, para ser mais preciso, de populistas convertidos a um
esquerdismo de ocasião, como é o caso de Chávez, Rafael Correa, Evo Morales e
da própria Cristina. Não são lideranças forjadas no marxismo revolucionário.
Até outro dia, note-se, os marxistas não hesitariam em hostilizá-los. Hoje em
dia, veem nesses governos a chance de se aboletar no Estado e de comandar
algumas áreas da administração. Já está de bom tamanho para seus anseios.
O que quero dizer é o
seguinte: o preço da liberdade é mesmo a eterna vigilância. Conceder com um
pouco de autoritarismo pode significar, no longo prazo, conceder com
autoritarismo inteiro. Cristina é a melhor evidência de que os defensores da
democracia e de um regime de liberdades econômicas, pautado pela lei, não devem
jamais condescender com arroubos de casarismo.
A canalha não cabe em si de contentamento. Na
cabeça dessa turma, Cristina realiza na Argentina o que Dilma deveria realizar
no Brasil, especialmente no que diz respeito à imprensa independente. Em certa
medida, a associação é mesmo pertinente. O governo brasileiro não dispõe de
leis — ou não dispõe ainda — que lhe permitam censurar a imprensa, por exemplo.
Mas é inegável que o dinheiro público e das estatais financia, por exemplo, a
rede suja na Internet. Num dos posts abaixo, vemos o presidente da Câmara,
Marco Maia (PT-RS), a defender que o poder investigue a imprensa livre, como se
o corriqueiro, nas democracias, não fosse o contrário. A institucionalidade
econômica é também muito mais desenvolvida no Brasil do que na Argentina. Se
Dilma decidisse imitar sua colega argentina, o mercado financeiro lhe quebraria
as pernas. Como não apontar, no entanto, em recentes medidas do Planalto certo
sotaque, assim, entre o protecionista e o nacionalista?
A
imprensa argentina, hoje sob o assédio de fascistóides incrustados no governo —
e Cristina é a sua grande fonte de inspiração — foi uma aliada de primeira hora
de Néstor Kirchner, fiel mesmo quando ele dava um jeitinho de driblar a lei em
nome das necessidades urgentes do país. No primeiro mandato de Cristina, as
características obviamente autoritárias do governo se intensificaram. Quando a
imprensa se deu conta do que estava em curso, o estado argentino já alimentava
com dinheiro público — como ocorre hoje no Brasil — verdadeiras hordas prontas
a combater os mais elementares valores da democracia.
ABAIXO A DITADURA, POR UM BRASIL LIVRE.
Até
amanhã.
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