Bom dia
vimos hoje que as ligações do Governador Sérgio Cabral,
amigo do “peito” de Lula e do PT, com a Delta Construções vão muito alem do
envolvimento de mera amizade até agora divulgado, com as fotos postadas pelo
Sr. Garotinho, podemos entender a promiscuidade do poder com quem realiza obras
de vulto em seu Estado onde muito dinheiro público é empregado, por dedução
pode-se quase afirmar que parte deste montante volte para quem o liberou, e
como o liberou também é importante se saber, e somente o conseguiremos se a CPI
instalada no Congresso investigue detalhadamente os tentáculos da Delta onde
ela estiver, seja em Goiás, seja no Rio de Janeiro ou no sertão nordestino, mas
o governo tenta evitar a investigação pois muita sujeira e podridão envolvendo
petistas e amigos, como lerão no artigo que transcrevo das ligações do
governador do Rio Sérgio Cabral, virá à luz e o povo brasileiro constatará que
o PT é outro partido que de ético não tem nada. Leiam;
FAZ
DE CONTA – Transcrevo para vocês o artigo do
jornalista Merval Pereira cujo título já diz o que se espera desta CPÌ, o
Senhor Merval nos diz aquilo que temos comprovado pela mídia, o PT não quer
investigar nada que possa enxovalhar o partido e o Governo Federal, seus
aliados como o Sr. Sérgio Cabral entre outros, quer somente mostrar os mal
feitos dos opositores, daqueles que se opõem a sua forma de gestão e suas tendências
de calar a imprensa que tem mostrado tudo que há no porão infecto do partido
desde que seu Grande Líder Lula da silva tomou posse. Leiam;
MEDO
DO PT – Marco Maia o arrogante presidente da Câmara,
petista raivoso, tem dito aos gritos para todos ouvirem que o partido é que está
mandando na forma de ação da CPI, o Presidente e o Relator são meros “paus-mandado”
e farão o que o PT e o Governo querem, usa inclusive o argumento que quem foi o
mais votado tem a procuração do povo brasileiro para fazer e desfazer do modo
que lhe convier, é um cretino, se hoje houvesse um novo pleito, tenho certeza
que tudo seria diferente, o povo que foi enrolado já está percebendo que o
Brasil Maravilha existe somente na publicidade e na fala do PT e de seus líderes,
já sabem que o que estão roubando é muito superior ao que estão investindo para
o bem popular, já perceberam que há pioras na saúde, na educação, na segurança
etc.. Leiam;
COTAS
– Por discordar desde sua implantação, fiquei realmente
surpreso com a decisão do STF quanto ao assunto, não houve por parte dos
Ministros uma análise a luz da Constituição, houve sim uma análise material do
fato em si, a aprovação das cotas vem se mostrar um acinte ao que diz o artigo
5º da Constituição Brasileira que diz: “Todos
somos iguais perante a lei, sem distinção de qualquer natureza,”, portando na nossa Carta Maior está escrito,
mas a decisão está diferenciando a cor de indivíduos para lhes dar alguma
vantagem e assim estão sendo racistas, o que também fere o inciso XLII que diz:
“A prática de racismo constitui crime inafiançável e imprescritível,
sujeito a pena de reclusão, nos termos da lei” – Lei
7716 de 05.11.l989, que define os crimes resultantes de preconceito de raça ou
de cor. Abaixo transcrevo editorial do jornal
Estadão que fala do assunto. Leiam;
I-
Sérgio Cabral e Cavendish fazem uma releitura de Hemingway: “Paris é uma festa!!!”
Vejam esssas fotos. Este que aparece no
centro — “Chão, chão, chão…”— é Sérgio Cabral, governador do Rio. À
esquerda, de gravata bordô, Fernando Cavendish, o dono da construtora
Delta. O que essas imagens fazem aí? Vamos lá.
Os petistas estão hoje
empenhados em tirar a Delta da CPI. O objetivo é fazer de conta que a
construtora não existe e que jamais manteve relações especiais com Carlinhos
Cachoeira. Luiz Inácio Lula da Silva (ainda voltarei a este assunto), por
exemplo, não quer saber de nada disso. Segundo diz por aí, quer mesmo é
investigar a imprensa. Voltemos.
Fotos publicadas no blog do
ex-governador Anthony Garotinho mostram toda a cúpula do governo do Rio —
inclusive e muito especialmente o governador Sérgio Cabral — numa festança em
Paris com Cavendish. Sim, leitor! Garotinho passou da condição de aliado de
Cabral (na primeira eleição) a inimigo figadal. Mas isso, obviamente, não cria
fotos, fatos ou lhes mudam o sentido. Entre os convivas, vocês verão, está o
homem que o governador encarregou de passar um pente fino nos contratos com a…
Delta! Leiam texto da VEJA Online. Volto em seguida com mais fotos e um
comentário final.
*
A amizade entre o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, não é segredo. Mas as suspeitas de favorecimento à construtora em contratos Brasil afora — e a gorda participação da empresa em projetos com dinheiro público no Rio — criam para Cabral um problemão diante da opinião pública. Inimigo político do governador, o deputado e ex-governador Anthony Garotinho publicou, há pouco, em seu blog, uma sequência de fotos do que seria uma comemoração em Paris, em que aparecem, além de Cabral e Cavendish, o alto escalão do governo estadual.
A amizade entre o governador do Rio, Sérgio Cabral, e o empresário Fernando Cavendish, dono da Delta, não é segredo. Mas as suspeitas de favorecimento à construtora em contratos Brasil afora — e a gorda participação da empresa em projetos com dinheiro público no Rio — criam para Cabral um problemão diante da opinião pública. Inimigo político do governador, o deputado e ex-governador Anthony Garotinho publicou, há pouco, em seu blog, uma sequência de fotos do que seria uma comemoração em Paris, em que aparecem, além de Cabral e Cavendish, o alto escalão do governo estadual.
O encontro teria ocorrido em julho de
2009. No momento das fotos, comemorava-se o aniversário da primeira-dama,
Adriana Anselmo. De lenço na cabeça, aparentemente no meio de uma coreografia,
aparecem os secretário de Saúde, Sérgio Côrtes, de Governo, Wilson Carlos e
outros animados convivas - todos de terno. A comemoração, informa o blog de
Garotinho, se deu no luxuoso hotel Ritz.
Garotinho promete mais munição contra
Cabral - pelo menos no que diz respeito a constrangimento público. Pouco depois
do primeiro lote de imagens, o ex-governador publicou foto em que aparecem o
secretário de Transportes, Júlio Lopes, abraçado a Cavendish e ao
secretário-chefe da Casa Civil, Régis Fichtner - encarregado de investigar se
há irregularidades nos contratos com a Delta. Na mesma viagem, parte do grupo
assistiu ao show da banda U2 em Paris.
Garotinho diz que os convivas estão dançando “Na Boquinha da Garrafa” em pleno restaurante Ritz. A informação lhe teria sido passada por quem forneceu as fotos. Pode estar carregando nas tintas para submeter o adversário político ao ridículo. Mas uma coisa é certa: de várias maneiras, ninguém ali está fazendo um papel muito bonito, não é mesmo? O que faz toda a cúpula do governo do Rio em Paris em companhia do dono da Delta? Não se pode dizer que esteja cuidando de assuntos de estado. Sérgio Côrtes, por exemplo, secretário da Saúde, não está combatendo a dengue, não está contribuindo para melhorar o péssimo serviço dispensado à população do Rio, nada disso… Só está se comportando de modo infantil, ridículo e deslumbrado.
Quem pagou a festança? Foi
Cavendish que arcou com os custos da farra, o que seria lamentável — porque não
existe jantar de graça, não é?, muito menos no Ritz — ou foi mesmo o dinheiro
público?
Dá pra entender os esforços
feitos pelos petistas para não investigar a Delta. E a foto final:
Por Reinaldo Azevedo
II-
Merval Pereira 28.4.2012 11h25m
Estamos
começando a viver um clima de faz-de-conta mesmo antes da CPI do Cachoeira
começar seus trabalhos de fato. O PT formalmente declara-se disposto a limitar
as investigações sobre a empreiteira Delta ao que acontecia na sua direção do
Centro-Oeste, cujo diretor já está preso. Como se os métodos adotado naquela
região do país pela empreiteira nada tivessem a ver com a sua cultura nas
demais regiões do país.
Ora, a empreiteira tem (ou tinha) obras em praticamente todas as unidades da federação, sobretudo devido ao programa de Aceleração do Crescimento (PAC), e nada indica que seus métodos de ganhar licitações fossem diferentes em Goiás e no Rio de Janeiro, por exemplo.
A relação próxima, quase promíscua, do empresário Fernando Cavendish com o governador Sérgio Cabral e seus secretários, se não estivesse já demonstrada no episódio do trágico acidente de helicóptero ocorrido em Porto Seguro, fica explicitada pelas fotos que o deputado e ex-governador Garotinho postou em seu blog ontem.
A comemoração do governador e vários de seus secretários em Paris com o empreiteiro revela um tipo de comportamento incompatível com o decoro de servidores públicos, além de uma intimidade suspeita com o empreiteiro responsável por grandes obras no estado.
Nenhum daqueles funcionários públicos provavelmente terá condições de provar que pagou a farra com dinheiro próprio, mesmo que alguns deles, como o secretário de Transportes Julio Lopes, pudessem ter condições de fazê-lo.
E o secretário de governo Regis Fichtner, que é o encarregado de uma auditoria dos contratos da Delta com o estado, nessa fase em que se pretende fazer desaparecer os traços de ligação entre a empreiteira e o governo do Rio, aparece abraçado a Cavendish em uma das fotos, o que o descredencia para a tarefa.
Não é possível fazer de conta que a relação profissional da Delta com políticos de vários partidos e em vários estados não merece ser investigada quando há claros indícios de que os métodos utilizados no Centro-Oeste não eram específicos apenas daquela região do país onde atuava originariamente o bicheiro Cachoeira.
Também o senador petista Humberto Costa quer fazer de conta que não existem as gravações que implicam o senador Demóstenes Torres em diversos crimes e desvios de conduta.
Como relator da Comissão de Ética do Senado, que vai julgar o senador amigo do bicheiro, ele diz que não vai usar as gravações por temer que elas sejam desqualificadas pelo Supremo Tribunal Federal, o que anularia uma eventual decisão da Comissão baseada nelas.
Ora, se não vai se basear nas gravações, presume-se que Humberto Costa vai inocentar o senador Demóstenes Torres, ou então vai condená-lo por ter recebido do bicheiro um fogão e uma geladeira importadas como presente de casamento, o que ele já admitiu da tribuna do Senado.
Enquanto seus desvios éticos se resumiam a isso, o senador de Goiás se sentiu em condições de subir à tribuna para se defender, e recebeu o apoio de nada menos que 44 senadores de todos os partidos, dispostos a lhe perdoar esse pequeno desvio de conduta.
A situação de conluio com o bicheiro só ficou clara depois que as gravações da Polícia Federal vazadas para a imprensa mostraram o grau de intimidade entre os dois, e a atuação do senador em órgãos do governo e no próprio Senado a favor dos interesses de Carlinhos Cachoeira.
A atuação de sua defesa, na tentativa de impugnar as provas obtidas através das gravações, é perfeitamente compreensível, mas não se compreende que seus pares se antecipem a uma decisão da Justiça que está longe de ser consensual e retirem dos autos da Comissão de Ética as provas contra Demóstenes.
Aliás, foi mais uma vez devido ao vazamento de gravações e de dados do processo que a opinião pública ficou sabendo da verdadeira dimensão de mais esse escândalo.
Parece, portanto, mais um faz-de-conta o empenho do ministro do Supremo Tribunal Federal Ricardo Lewandowski para que o processo que ontem colocou à disposição de várias comissões do Congresso não vaze.
O ministro chegou a citar os artigos que punem com a prisão a quebra do sigilo de Justiça. Embora seja esse o papel que lhe cabe, não é possível esquecer que o relatório está com ele há meses e há meses vem sendo vazado diariamente de diversas maneiras, sem que se possa saber as origens dessas informações.
As penas a que se refere Lewandowsky em seu ofício ao Congresso se referem àqueles que quebram o sigilo, e já há jurisprudência no sentido de que os meios de comunicação que reproduzem essas informações não são alcançáveis pelas punições, mas sim os servidores públicos que são os responsáveis pela preservação do sigilo do processo.
Nesse caso como em vários outros que provocaram a demissão de diversos ministros do governo Dilma, foram as revelações da imprensa que escancararam os desvios que estavam acontecendo em diversos ministérios, e sem essas revelações não teria sido possível apanhar os servidores públicos que se desviaram de suas funções.
Mesmo que nenhum deles tenha sido preso ou que os processos sobre seus “malfeitos” acabem dando em nada, pelo menos a opinião pública ficou sabendo o que se passava nas entranhas do governo.
Agora mesmo temos o exemplo do Procurador Geral da República, Roberto Gurgel, que ficou com a investigação da Polícia Federal e do Ministério Público em sua gaveta inexplicavelmente sem denunciar o senador Demóstenes Torres ao Supremo, o que só viria a acontecer quando o escândalo estourou e as gravações foram vazadas pela imprensa.
A intenção de quem vaza essas informações, e os seus efeitos colaterais que podem favorecer o interesse de partes em conflito no submundo, não têm importância diante dos benefícios à sociedade que as revelações trazem. Assim como o ex-governador Garotinho tem interesse político em denunciar seu hoje inimigo Sérgio Cabral, também o bicheiro Cachoeira tinha muitos interesses em jogo quando fazia suas gravações clandestinas.
Mas a revelação por parte da imprensa ajuda a colocar luz no ambiente público.
III-
Marco Maia quer concentração de poder nas mãos do relator
Isabel Braga-O Globo
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Atualizado:
BRASÍLIA - Tucanos que integram a CPI do Cachoeira criticam a decisão do PT de
insistir em defender que não sejam criadas subrelatorias para auxiliar o
relator, Odair Cunha (PT-MG), na investigação. O deputado Carlos Sampaio (PSDB-
SP) afirmou que o fato de um partido deliberar sobre essa questão, mostra o
receio brutal das consequências da apuração. O presidente da Câmara, Marco Maia
(PT-RS), defendeu a concentração do poder nas mãos do relator. A decisão final,
se haverá ou não subrelatorias, será decidida em voto na comissão onde a
oposição é minoria.
- Nunca vi um partido
deliberar sobre ter ou não subrelatorias em CPIs. Mostra um receio brutal de
que a investigação possa atingi-lo. Tivemos subrelatorias na CPI dos Correios,
na dos Sanguessugas, elas ajudam o relator na apuração. No caso da CPI do
Cachoeira teríamos que ter pelo menos quatro: uma para o Poder Público (União e
estados), uma para os jogos ilícitos, uma para apurar o envolvimento de agentes
públicos, incluindo aqui parlamentares, juízes, promotores e uma quarta para a
relação com empresas privadas e empresários - disse Sampaio, acrescentando: -
Não tem como um relator sozinho cuidar de tudo. Uma CPI tem que criar
mecanismos de investigação, dar condição para que tudo seja investigado.
Marco Maia reagiu às críticas
da oposição. Segundo ele, sem subrelatorias o relatório fica mais conciso e o
relator fica conectado com todos os temas.
- A subrelatoria cria muita confusão e
acaba fazendo com que a CPI perca o foco e a investigação central que é o que
nós precisamos dar a essa CPI. Ela não pode ser apenas para debate e discussão
política. Ela precisa investigar, ter foco para que produza resultados lá na
frente mais adequado à demanda que a sociedade tem nesse tema - disse Maia.
Confrontado sobre o fato de
que, sem a subrelatorias, todo o controle da CPI ficaria nas mãos de um parlamentar
governista e a oposição não poderia ter uma participação mais efetiva nas
investigações, o presidente da Câmara defendeu Odair Cunha e acrescentou que a
oposição, para participar mais, tem que ter mais votos nas eleições.
- O deputado Odair é relator da CPI.
Não está representando nenhum partido e nem o governo. Ele está sendo relator
da CPI e representando a maior bancada que é o que diz a tradição da Câmara e
do Senado. Não há deslegitimidade nisso. Ele é a pessoa mais adequada para
produzir o relatório. Para ( a oposição) participar mais, precisa ter mais
votos nas eleições. Essa é uma regra básica. A composição das comissões se dá a
partir da representação dos políticos. A CPI precisa de foco, está centrada,
ter comando para permitir que se possa investigar o necessário.
.
IV-
Um editorial contra a decisão do STF, que oficializou a discriminação racial no Brasil
Excelente o editorial do Estadão de hoje,
criticando a absurda decisão do Supremo sobre as cotas raciais.
A discriminação racial no
Brasil é constitucional, segundo decidiram por unanimidade os ministros do
Supremo Tribunal (STF), num julgamento sobre a adoção de cotas para negros e
pardos nas universidades públicas. Com base numa notável mistura de argumentos
verdadeiros e falsos, eles aprovaram a reserva de vagas para estudantes
selecionados com base na cor da pele ou, mais precisamente, na cor ou origem
étnica declarada pelo interessado. Mesmo enfeitada com rótulos politicamente
corretos e apresentada como “correção de desigualdades sociais”, essa decisão é
obviamente discriminatória e converte a raça em critério de ação governamental.
Para os juízes, a desigualdade mais importante é a racial, não a econômica,
embora eles mal distingam uma da outra.
O ministro Cezar Peluso
mencionou as diferenças de oportunidades oferecidas a diferentes grupos de
estudantes. Com isso, chamou a atenção para um dos maiores obstáculos à
concretização dos ideais de justiça. Todos os juízes, de alguma forma, tocaram
nesse ponto ou dele se aproximaram. Estabeleceram, portanto, uma premissa
relevante para o debate sobre a formação de uma sociedade justa e compatível
com os valores da democracia liberal, mas perderam-se ao formular as
conclusões.
O ministro Joaquim Barbosa
referiu-se à política de cotas como forma de combater “a discriminação de
fato”, “absolutamente enraizada”, segundo ele, na sociedade. Mas como se
manifesta a discriminação? Candidatos são reprovados no vestibular por causa da
cor? E os barrados em etapas escolares anteriores? Também foram vítimas de
racismo?
A ministra Rosa Weber foi
além. “A disparidade racial”, disse ela, “é flagrante na sociedade brasileira.”
“A pobreza tem cor no Brasil: negra, mestiça, amarela”, acrescentou. A
intrigante referência à cor amarela poderia valer uma discussão, mas o ponto
essencial é outro. Só essas cores identificam a pobreza no Brasil? Não há
pobres de coloração diferente? Ou a ministra tem dificuldades com a
correspondência de conjuntos ou ela considera desimportante a pobreza
não-negra, não-mestiça e não-amarela.
Mas seus problemas lógicos
são mais amplos. Depois de estabelecer uma correspondência entre cor e pobreza,
ela mesma desqualificou a diferença econômica como fator relevante. “Se os
negros não chegam à universidade, por óbvio não compartilham com igualdade das
mesmas chances dos brancos.” E concluiu: “Não parece razoável reduzir a
desigualdade social brasileira ao critério econômico”. A afirmação seria mais
digna de consideração se fosse acompanhada de algum argumento. Mas não é. O
fator não econômico e estritamente racial nunca foi esclarecido na exposição da
ministra nem nos votos de seus colegas.
Nenhum deles mostrou com
suficiente clareza como se manifesta a discriminação no acesso à universidade
ou, mais geralmente, no acesso à educação. O ministro Celso de Mello citou sua
experiência numa escola pública americana sujeita à segregação. Lembrou também
a separação racial nos ônibus escolares nos Estados Unidos. Seria um argumento
esclarecedor se esse tipo de segregação - especificamente racial - fosse no
Brasil tão normal e decisivo quanto o foi nos Estados Unidos.
Talvez haja bons argumentos
a favor da discriminação politicamente correta defendida pelos juízes do STF,
mas nenhum desses foi apresentado. Brancos pobres também têm dificuldade de
acesso à universidade, mas seu problema foi menosprezado.
Se um negro ou pardo com
nota insuficiente é considerado capaz de cursar com proveito uma escola
superior, a mesma hipótese deveria valer para qualquer outro estudante. Mas não
vale. Talvez esse branco pobre também deva pagar pelos “danos pretéritos
perpetrados por nossos antepassados”. Justíssimo?
Como suas excelências
poderão ser envolvidas em outras questões de política educacional, talvez devam
dar uma espiada nos censos. Os funis mais importantes e socialmente mais
danosos não estão na universidade, mas nos níveis fundamental e médio. Países
emergentes bem-sucedidos na redução de desigualdades deram atenção prioritária
a esse problema. O resto é demagogia.
Voltei
Esperamos
que no desenrolar da CPÌ possa seus integrantes agirem de maneira ética e séria
como deve ser numa investigação feita por homens decentes que lá estão por
terem sido eleitos pelo povo brasileiro, e, usem isto para nos defender do
roubo e da corrupção que existe neste governo.
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