quinta-feira, 26 de abril de 2012

PLANALTO MANDA NA CPI DO CACHOEIRA - DESMANCHE DA DELTA (?) - AGNELO QUEIROZ APERTA PT PARA VIR EM SUA DEFESA - NOVA VENEZUELA? DEPUTADO QUER ACABAR COM DECISÃO DO STF


Bom dia, transcrevo abaixo reportagem do Estadão cujo título não deixa dúvidas sobre o que será a CPI do Cachoeira: A CPI QUE O PLANALTO QUER. Parece-me que tudo que já comentei aqui está se concretizando nas atitudes e palavras do senhor relator da CPMI, deputado Odair Cunha, que nem bem começaram os trabalhos já impôs uma série de obstáculos aos interesses de todos, por suas palavras afirmando que não se trata de nenhuma investigação que “vá pra cima do Planalto ou de qualquer membro do governo”! Como pode se explicar tais palavras se nas gravações já apareceram conversas de aliados do Sr. Cachoeira com membros atuantes no palácio do governo? Esta será mais uma enorme pizza feita nos bastidores do congresso, o senhor relator estará apoiado por quase 70% dos membros participantes da CPI o que tornará inviável qualquer convocação para depoimentos de pessoas que possam trazer “perigo” para o governo. Este é o Brasil do PT, uma sujeira imensa. Leiam;
DELTA- Estranho, muito estranho, a Delta afastou até seu Presidente (sic) e está tentando limpar seu nome empresarial, então só quem sabia da corrupção era o Sr. Fernando Cavendich? Todo seu staf de executivos membros da diretoria e participantes do dia a dia da empresa não sabiam de nada? Este é Lula ao avesso, só ele sabia, orientação de quem? Claro de nada mais nada menos que do Sr. Zé Chefe de Quadrilha Dirceu, lerão abaixo que o escritório de advocacia contratado para defender a Delta é o mesmo que cuida do Sr. Dirceu na defesa de sua participação no mensalão, e sabem quem é o advogado do Sr. Cachoeira, Sr. Marcio Tomaz Bastos, ex-Ministro da Justiça de Lula, é de fato um acinte ao povo brasileiro. Leiam;
AGNELO QUEIRÓZ- O governador petista do Distrito Federal que está envolvido até o pescoço com o Sr. Cachoeira deve ter mandado aviso ao núcleo dirigente do PT que o estavam deixando sem respaldo, repentinamente o Sr. Ruy Falcão tornou-se defensor de “carteirinha” de Agnelo apesar de todas as evidências contra ele, agora vem à mídia e dizem que não há nada contra o governador, custaram para se pronunciar não acham! Leiam;
JUSTIÇA – STF – Esta é uma notícia assustadora, e não poderia ter partido de ninguém menos que de um Deputado Petista, Nazareno Fonteles, aproveitando-se da repercussão do caso julgado pelo STF sobre fetos anencéfalos, juntou-se aos congressistas católicos e evangélicos na Câmara e encaminhou proposta que já foi aprovada na CCJ (Comissão de Constituição e Justiça) deixando claro que decisões poderiam ser anuladas pelo congresso se no entender deste a decisão na justiça suprema fosse contrária a interesses públicos! (O texto considera de competência de o Congresso sustar "atos normativos dos outros poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa".) Este é o caminho mais próximo à ditadura que o PT quer impor ao Brasil, nos moldes da Venezuela de Chavez, o Judiciário seria mera formalidade, já que dependendo do legislador se não fosse de seu agrado poderia a decisão ser anulada e tornada sem efeito. Leiam;
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A CPI que o Planalto quer

                                          LULA E DILMA
26 de abril de 2012 |
O Estado de S.Paulo

Mais do que os políticos de outros partidos, os petistas parecem ter uma curiosa propensão para queimar a língua, abrindo jogos que os seus próprios interesses aconselhariam a manter fechados. Há duas semanas, por exemplo, talvez por um misto de soberba e de servilismo para com o primeiro-companheiro Lula, o presidente do PT, Rui Falcão, proclamou que a agremiação pretendia usar a chamada CPI do Cachoeira, ainda em gestação, para apurar "esse escândalo dos autores da farsa do mensalão". A revelação desmascarou a gana de Lula para que a investigação fosse conduzida de maneira tal a fabricar um nexo entre o contraventor, o araponga Dadá que trabalha para ele, o governador tucano Marconi Perillo, o senador então demista Demóstenes Torres, ambos goianos, e órgãos de mídia.

Perillo incorreu na ira eterna de Lula ao tornar público que o alertara para o esquema de compra de votos de deputados em benefício do governo, antes da irrupção do escândalo do qual alegava não ter conhecimento. Já o araponga, presumivelmente em conluio com o seu chefe, que tinha pontes com Perillo e relações estreitas com Demóstenes, municiou reportagens inconvenientes para a cúpula petista. Por último, ninguém superou Demóstenes no Senado como crítico contundente dos governos do PT. Eram motivos de sobra, portanto, para o confessado propósito de desfigurar em seu favor a agenda da comissão mista do Congresso, ainda mais se os seus trabalhos viessem a coincidir com o início do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, esperado para os próximos meses.

O anúncio da armação há de ter influído na prudente atitude do PMDB de se distanciar da "CPI do PT" - cuja criação o presidente do Senado, José Sarney, considerou de saída coisa de "irresponsáveis". Anteontem, ele previu "algum tempo de muitas revelações e muitas turbulências". Prova do desinteresse peemedebista foi a indicação de deputados e senadores de limitada densidade para as cinco vagas que lhe cabiam entre os 32 membros titulares da comissão, a exemplo do seu presidente, o senador de primeiro mandato pela Paraíba Vital do Rêgo. Mas o presidente do PT não seria o único a mostrar precipitadamente a mão. O companheiro Odair Cunha, deputado por Minas Gerais no seu terceiro mandato e vice-líder da bancada petista, acaba de imitá-lo, embora ninguém possa acusá-lo de fazer parte da enfraquecida conspiração lulista para sequestrar a CPI.
                                   DEPUTADO ODAIR CUNHA - PT
Mas, escolhido relator da comissão - o seu cargo mais importante -, no que é tido como uma vitória da presidente Dilma Rousseff numa disputa surda com o antecessor, que preferia o paulista Cândido Vaccarezza, Cunha, de 35 anos, teria sido mais esperto se dissesse uma platitude qualquer sobre o alcance do inquérito depender dos fatos a serem apurados, ressalvando, como ressalvou, que não haverá nenhuma "caça às bruxas". Em vez disso, escancarou a determinação da presidente de controlar a CPI para delimitar o seu foco à oposição, ao declarar que "não se trata de uma investigação que necessariamente vá para cima do Planalto ou qualquer membro do governo". Não é bem assim.

Se, como ressalta, o essencial é "o fato determinado" que deu origem ao inquérito - ou seja, as relações de Cachoeira com políticos e servidores públicos, desvendadas pelas Operações Vegas e Monte Carlo, da Polícia Federal -, ele teria de admitir, necessariamente, que uma dessas ligações a examinar envolve o subchefe de Assuntos Federativos da Secretaria de Relações Institucionais do Planalto, o petista goiano Olavo Noleto. Há registro de conversa telefônica entre ele e o operador político de Cachoeira, Wladimir Garcês, ex-presidente da Câmara Municipal de Goiânia, preso junto com o contraventor. E quando a investigação se voltar para os vínculos entre Cachoeira e a Delta - afinal, a CPI mira os seus elos com "agentes públicos e privados" - terá necessariamente de apurar eventuais malfeitos por trás da proeminência da empreiteira na execução do PAC. Ou ainda a alegação do ex-diretor do Dnit Luiz Antonio Pagot de que perdeu o cargo por uma urdidura de Cachoeira no Planalto, depois de contrariar interesses da Delta no setor de Transportes. Ele não vê a hora de depor.

II-



Delta vai saindo do caminho sem dar um pio. Ou: Jabuti sobe em árvore?

 

Algo de muito estranho está em curso. Há jabutis demais sobre as árvores para que consideremos tudo normal. Até outro dia, não se ouvia falar da Delta e de Fernando Cavendish. Foi VEJA quem tirou a construtora de seu espantosamente bem-sucedido ostracismo noticioso em reportagem que começou a chegar aos leitores no dia 7 de maio do ano passado. O texto informava então o vertiginoso crescimento da empresa. De empreendimento modesto, chegou, durante o lulo-petismo, à condição de Número Um do PAC. Entre uma coisa e outra, a Delta teve um consultor. Seu nome: José Dirceu.
                              JOSÉ DIRCEU- CONSULTOR-CHEFE DE QUADRILHA
Em entrevista à revista concedida então, os empresários José Augusto Quintella Freire e Romênio Marcelino Machado, que chegaram a ser sócios de Cavendish em outro negócio, não economizaram palavras. Indagados sobre o objetivo da consultoria prestada por aquele que a Procuradoria Geral da República chama “chefe de quadrilha”, foram claros:
“Tráfico de influência. Com certeza, é tráfico de influência. O trabalho era aproximar o Fernando Cavendish de pessoas influentes do governo do PT. Isso, é óbvio, com o objetivo de viabilizar a realização de negócios entre a empresa e o governo federal.”


E como Dirceu foi contratado? Justamente por intermédio da empresa de que eram sócios, a Sigma:


“A contratação foi feita por debaixo do pano, através da nossa empresa, sem o nosso conhecimento. Um dia apareceram notas fiscais de prestação de serviços da JD Consultoria. Como na ocasião não sabia do que se tratava, eu me recusei a autorizar o pagamento, o que acabou sendo feito por ordem do Cavendish.”

Prestem, agora, atenção, às considerações feitas por eles sobre duas obras nas quais a Delta estava envolvida:

Sobre a Petrobras, afirmou Quintella:

“A Delta começou a receber convites de estatais para realizar obras sem ter a capacidade técnica para isso. A Petrobras é um exemplo. No Rio de Janeiro, a Delta integra um consórcio que está construindo o complexo petroquímico de Itaboraí, uma obra gigantesca. A empresa não tem histórico na área de óleo e gás, o que é uma exigência Ainda assim, conseguiu integrar o consórcio. Como? Influência política.”
Sobre o Maracanã, afirmou Romênio;

“O caso da reforma do Maracanã é outro exemplo. A Delta está no consórcio que venceu a licitação por 705 milhões. A obra mal começou e já teve o preço elevado para mais de l bilhão de reais. Isso é uma vergonha. O TCU questionou a lisura do processo de licitação. E quem veio a público fazer a defesa da obra? O governador Sérgio Cabral. O Cavendish é amigo último do Sérgio Cabral. A promiscuidade é total.”

A construtora — ou, mais propriamente, Cavendish — voltou a ser notícia quando um acidente de helicóptero na Bahia matou sete pessoas, entre eles, a mulher de Cavendish e a nora de Cabral. O governador integrava um grupo que iria comemorar o aniversário do empresário num resort. Veio à luz, então, a espantosa proximidade da Delta com o governo do Rio. Muito bem!

O caso Cachoeira começou a vir à luz em reportagem da VEJA,  que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março:
- a Delta já está fora das obras do Maracanã;
- a Delta já está fora das obras da Petrobras;
- Fernando Cavendish agora se afasta da empresa;
- a Corregedoria Geral da União abre processo para eventualmente declarar a sua inidoneidade - tinha motivos para fazê-lo desde 2010.

Algo estranho…

Parece-me que a ordem dos eventos indica que uma maneira de “salvar” a Delta é desmontar a Delta o mais rapidamente possível. Não estou fazendo uma afirmação, mas apenas uma consideração: Fernando Cavendish atua como se fosse uma espécie de testa de ferro que obedecesse a um comando. É visível o esforço empreendido para tirar logo a empresa do caminho — e ela sai, sem oferecer nenhuma resistência. Ele próprio deixa claro que não quer ser empecilho. A quem ou quê?

Para o bem geral da nação, se a CPI quisesse mesmo prestar um serviço ao Brasil, teria de apurar a fundo as relações dessa empresa com o estado brasileiro e seu formidável crescimento nos últimos nove anos. Vai fazê-lo?

São tantas as obrigações da Delta com o PAC que não se descarte que um grupo de empresas, sob a supervisão oficial, assuma suas operações para “salvar empregos” e as honras da casa…




Eita mundo pequeno! Advogado de Cavendish, dono da Delta, é o mesmo que cuida da defesa de José Dirceu no mensalão

 

                                               JOSÉ LUIZ DE OLIVEIRA LIMA
É claro que é tudo coincidência. E como coincidências acontecem em certo mundo — ou mundinho!!! Fernando Cavendish, dono da Delta, já escolheu o escritório de advocacia que vai defendê-lo nesta fase difícil: é o “Oliveira Lima, Hungria, Dall’Acqua & Furrier Advogados”, liderado por José Luís de Oliveira Lima. Esse profissional tem vários clientes famosos. Um dele é justamente José Dirceu, que já foi “consultor” da… Delta! É quem cuida dos interesses do “chefe de quadrilha” (segundo a Procuradoria Geral da República) no processo do mensalão. Oliveira Lima, como se diz nos bastidores, é muito apreciado por algumas figuras públicas porque teria “penetração da mídia” — fala facilmente com alguns jornalistas. E isso, em alguns casos, pode ser um ativo importante.

Segundo informa o Estadão, a defesa de Cavendish já o alertou para o risco de que tenha a prisão preventiva decretada sob a justificativa de que, em liberdade, ele pode obstruir a investigação de irregularidades. Por isso, foi orientado a se afastar formalmente da direção da empresa.
Por Reinaldo Azevedo



III-



Agora, sim, tudo no lugar: Presidente do PT dá apoio integral ao governador do DF

                             RUY FALCÃO

Agora, sim, as coisas estão em seu devido lugar. Rui Falcão, presidente do PT, expressa apoio integral a Agnelo Queiroz, governador do Distrito Federal. Leiam o que informa Lúcio Vaz, na Folha Online:

O presidente nacional do PT, Rui Falcão, manifestou nesta quarta-feira apoio do partido do governador do Distrito Federal, Agnelo Queiroz (PT), após audiência realizada no Palácio do Buriti. “Não há indícios de comprometimento do governo e do governador Agnelo com esse delinquente”, afirmou, referindo-se ao empresário Carlos Augusto Cachoeira. Falcão disse que Agnelo “pegou um governo totalmente sucateado e minado pela corrupção. O governador vem tomando atitudes para colocar a casa em ordem. Por isso tem sido combatido. Não há crise política no governo do DF. Não temos nenhum temor de que essa investigação vá implicar o governador”. Ele negou que a direção nacional do PT teria abandonado Agnelo.
(…)

Por Reinaldo Azevedo


IV -

Deputados querem poder para mudar decisões do STF

                                         DEPUTADO NAZARENO FONTELES- PT

Bancadas evangélica e católica ajudam a aprovar texto na CCJ, a fim de combater ‘ativismo judiciário’ em questões como aborto


25 de abril de 2012 | 22h 41
Eduardo Bresciani, do estadão.com.br

A Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) da Câmara aprovou nesta quarta-feira, 25, proposta de emenda constitucional que permite ao Congresso sustar decisões do Judiciário. Nesta quinta-feira, 26, o Legislativo só pode mudar atos do Executivo. A proposição seguirá para uma comissão especial.

A polêmica proposta foi aprovada por unanimidade após uma articulação de deputados evangélicos e católicos. Para eles, a medida é uma resposta à decisão do Supremo Tribunal Federal, que legalizou o aborto de fetos anencéfalos. Se a regra já estivesse em vigor, os parlamentares poderiam tentar reverter a permissão de interromper a gravidez nesses casos.

O texto considera de competência do Congresso sustar "atos normativos dos outros poderes que exorbitem do poder regulamentar ou dos limites de delegação legislativa". Além de resoluções de tribunais e atos de conselhos, há deputados que acham ser possível sustar decisões do Supremo com repercussão geral e até súmulas vinculantes.

Autor da proposta, o deputado Nazareno Fonteles (PT-PI), argumenta que o Legislativo precisa ser o poder mais forte da República, por seu caráter representativo, e que decisões do Judiciário nos últimos anos têm ido além do que diz a Constituição.

"O Poder Judiciário - que não foi eleito, é nomeado - não tem legitimidade para legislar. É isso que desejamos restabelecer para fortalecer o Legislativo", alega Fonteles. "Aliás, fomos nós que fizemos a Constituição."

O relator da proposta na CCJ, Nelson Marchezan Júnior (PSDB-RS), destaca que a possibilidade em discussão não abrange julgamentos específicos dos tribunais, mas casos em que o Judiciário ultrapasse sua função ao determinar novas regras.

O coordenador da bancada evangélica, João Campos (PSDB-GO), diz que o objetivo é enfrentar o "ativismo judiciário". "Precisamos pôr um fim nesse governo de juízes. Isso já aconteceu na questão das algemas, da união estável de homossexuais, da fidelidade partidária, da definição dos números de vereadores e agora no aborto de anencéfalos."

Montesquieu. O líder do PSOL, Chico Alencar (RJ), entende que a proposta viola a harmonia entre os Poderes. "Montesquieu deve estar se agitando na tumba", brincou, em referência ao teórico da separação dos poderes. Alencar avalia que a proposta pode prosperar, por causa do desejo da Casa de reagir a algumas posições do Judiciário. "Essa proposta é tão irracional e ilógica quanto popular e desejada aqui dentro. Vai virar discurso de valorização do Legislativo."

Apesar da aprovação por unanimidade na CCJ, o caminho para transformar a proposta em marco legal é longo. Depois da comissão especial, o texto precisa ser aprovado no plenário da Câmara em dois turnos, por 308 deputados. Depois, a proposta seguirá para o Senado.


Voltei,

Se leram a proposta do Deputado no texto acima, entenderão porque aqui sempre escrevi que o PT quer para o Brasil uma “Ditadura Democrática” como dizem eles, semelhante as democracias de Cuba, Venezuela, Irã, Coréia do Norte, se encaminhando os paises da América Latina todos para este modo de governança, viram o que fez estes dias a Argentina, o que faz sempre Hugo Chaves, Evo Morales entre outros bem intencionados governantes dos países da América Latina.

Até amanhã.


Ps.
Tenho que agradecer a vocês o fato deste modesto blog ter batido mais um recorde de acessos nos últimos dias, obrigado.



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