Bom dia, no país que os
petistas e Lula o Mentiroso admiram, nem mesmo um funeral é respeitado, na
reportagem abaixo o Estadão nos informa da prisão de mais de 50 pessoas que
aguardavam para ir ao funeral do dissidente político Oswaldo Payá que morreu
num acidente de automóvel ainda muito mal explicado pelas autoridades amigas de
Lula, ou seja, Castro e sua turma a mais de 50 anos no poder, e não admitem que
ninguém conteste suas decisões autoritárias. Cuba é o país maravilha que tanto
admiram nosso governo, sua democracia é exaltada por Lula e os seus, tanto
gostam do regime cubano que aqui querem implantá-lo, se vocês ouviram o vídeo
na postagem de ontem, ouviram como Lula o Sujo decantou as virtudes do governo
dos Castro, ou seja, o modelo Cubano, onde a miséria impera e o povo tem as
maiores restrições de liberdade, que se iguala a outro estado democrático
também tão cortejado o Irã de Almadinejah, estes são os países referências para
os petistas, nunca se esqueçam disto, esta é a democracia que querem impor aos
brasileiros, a democracia da ditadura tal qual Chaves e mais alguns impõem hoje
na América Latina, onde o poder tudo pode, sempre com a mentira de distribuir
ao povo igualitariamente as riquezas da nação, o maior dos estelionatos
praticados por este partido cheio de ladrões que está no governo brasileiro é
louvar seu governo e mentirosamente levar o povo a patamares nunca dantes
alcançado, ou seja, nos gabinetes em Brasília com um simples canetaço,
transformam em classe média todo aquele que ganha mais de R$ 300, 00 (trezentos
reais) mês. Leiam;
Juarez Capaverde
Regime cubano prende cerca de 50 em funeral de ativista; filha diz que pai foi assassinado
Naquela mensagem absurda que enviou ao
Foro de São Paulo, manifestando seu apoio à reeleição de Hugo Chávez, Luiz
Inácio Apedeuta da Silva abre seu discurso com uma referência positiva a Cuba.
O regime que ele defende dá, uma vez mais, um exemplo de civilidade
democrática. Leiam o que informa o Estadão:
Cerca de 50 pessoas foram presas ontem
perto do templo onde foi celebrada a missa fúnebre em memória ao dissidente
Oswaldo Payá – morto no domingo em uma colisão de carro. Os detidos, entre eles
o ativista Guillermo Fariñas, foram levados pelas autoridades cubanas em dois
ônibus que Igreja Católica havia reservado para levá-los até o cemitério onde
Payá foi sepultado, segundo a France Presse. Eles não viram o enterro. Segundo
a blogueria e colunista do Estado Yoani Sánchez, alguns dos detidos foram
soltos horas depois.
“Estavam esperando por eles na calçada,
preparados para detê-los, enquanto eles procuravam um meio de ir ao enterro.
(Os agentes) bateram neles, foram muito violentos”, disse ao Estado Berta
Soler, líder das Damas de Branco, contando que conseguiu sair do local em um
outro ônibus, pouco antes da confusão. Cerca de 200 pessoas
compareceram ao funeral. Após começar a gritar contra o governo, os detidos
foram conduzidos à força para dois dos ônibus usados para levá-los ao
cemitério.
No momento da colisão, Payá estava
acompanhado do dissidente cubano Harold Cepero Escalante, de 31 anos – que
conduzia o carro e também morreu -, e de dois ativistas estrangeiros: o
espanhol Angel Carromero Barrios e o sueco Jens Aron Modig, ambos de 27 anos,
que sofreram ferimentos leves. Desde que deixou o hospital, na segunda-feira,
Carromero está preso.
A família Payá denunciou que o choque não
foi acidental, conforme diz o governo. “As informações que nos chegaram dos
rapazes que estavam no carro são de que havia um veículo tentando tirá-los da
estrada, investindo contra eles a todo momento”, disse Rosa María, filha de
Payá, ao jornal El Nuevo Herald, de Miami. No velório do pai, a jovem de 23
anos pediu justiça.
O cardeal de Havana, Jaime Ortega,
elogiou a “vocação política” de Payá. O papa Bento XVI expressou “seus mais
sentidos pêsames”, segundo o cardeal.
Por Reinaldo Azevedo
II-
MENSALÃO O ASSUNTO DO DIA O JULGAMENTO SE APROXIMA
Abaixo
trago para vocês artigos e reportagens sobre o mensalão, é bom poder ler as
diversas vertentes a respeito do assunto que hoje está em todos os grandes
órgãos de imprensa brasileiros, com opiniões diversas e que nos mostram que
mesmo negando, Lula o Mentiroso e o PT, estão muito preocupados com o
desenrolar do julgamento, isto por saberem que tudo que foi dito e denunciado
era a expressão da verdade, e ficará como a maior mancha num governo tido como
o da ética e honestidade, que foi sempre a maior pregação do petismo e de seus
líderes, o mensalão veio para desmistificar este partido que na realidade
estava imbuído de tomar o poder e não mais deixá-lo, instituindo a dita
“Democracia de Esquerda” ao povo brasileiro, através de mentiras e corrupção em
todos os níveis de governo, infelizmente o maior culpado e o verdadeiro líder
desta quadrilha vai escapar ileso, pois creiam, Lula o Mentiroso sabia de tudo
o que estava ocorrendo e era um dos principais artífices da organização
criminosa chamada PT. Leiam;
Juarez Capaverde
Advogado de Jefferson diz que Lula ordenou o mensalão. E o que disse o subjornalismo financiado pelas estatais
Escrevi hoje um post sobre a diferença entre o jornalismo e a
pistolagem financiada por governos ou por estatais. E não poderia haver dia
melhor para isso. Esse subjornalismo a serviço do governo e do petismo, que
chamo JEG (Jornalismo da Esgotosfera Governista), pôs para circular a versão de
que, na defesa que entregou ao STF, Roberto Jefferson negava a existência do
mensalão. Era mentira, claro! Uma mentira, reitero, patrocinada por estatais,
pelo seu dinheiro. A verdade está justamente no oposto. Leiam o que
informa o Estadão Online. Volto em seguida.
Advogado de Jefferson diz que Lula “ordenou” mensalão
Por Luciana Nunes Real:
Responsável pela defesa do ex-deputado Roberto Jefferson, autor da denúncia do mensalão e um dos 38 réus do processo, o advogado Luiz Barbosa disse nesta terça-feira, 24, que seu cliente “exagerou” ao inocentar o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Barbosa vai sustentar tese contrária no julgamento do Supremo Tribunal Federal (STF): dirá que Lula “ordenou” o mensalão.
“O Supremo considerou plausível para
iniciar o processo que três ministros — José Dirceu, Anderson Adauto e Luiz
Gushiken — estariam pagando deputados federais para votarem projetos de lei de
iniciativa do presidente da República. Eles (ministros) foram os auxiliares, e
ele (Lula) ordenou, sim, que se fizesse aquilo que diz a acusação. Se ele não
tivesse ordenado, seria um pateta. É claro que os ministros não mandavam mais
do que ele (Lula)”, sustenta o advogado.
Questionado sobre a razão de Jefferson
ter dito que o então presidente da República era “inocente”, o advogado
respondeu: “Foi uma licença poética, por recomendação minha. Naqueles dias
turbulentos, ele não deveria atacar Lula e Dirceu a um só tempo. O Lula não
sabia nem onde apagava a luz, o Dirceu tinha controle total do governo. Então o
alvo foi o Dirceu. Não demorou nem dois dias, e ele deixou o governo (Dirceu
era chefe da Casa Civil) e voltou para a Câmara. Eu acho que o Roberto
Jefferson exagerou dizendo que Lula era um homem inocente. De todo modo, o
responsável pela defesa sou eu. Tenho total liberdade, sob pena de não
patrocinar a defesa. É meu trato com ele.”
Roberto Jefferson passará por uma
cirurgia para retirada de um tumor no pâncreas no dia 28 de julho e não irá ao
Supremo para o julgamento, que começa dia 2 de agosto. Barbosa afirmou que a
decisão de Jefferson foi tomada antes do diagnóstico. “Não é produtivo, não
ajuda o julgamento”, diz.
O advogado rejeita os dois crimes
atribuídos ao cliente pela Procuradoria Geral da República, de corrupção
passiva e lavagem de dinheiro. O ex-deputado, que teve o mandato cassado em
setembro de 2005, disse ter recebido R$ 4 milhões do PT para o PTB. Jefferson é
presidente nacional do PTB. “Esse processo não poderia ter existido e foi feito
para silenciá-lo, porque ele seria a melhor testemunha de acusação. Ele recebeu
R$ 4 milhões e deveria ter recebido R$ 20 milhões para a eleição municipal de
2004. E que lavagem de dinheiro se o PT na época era uma vestal incontestável?
Ele (Jefferson) não poderia suspeitar da origem do dinheiro, nem ele nem
ninguém”, diz Barbosa. Para o advogado, salvo alguns réus que respondem por
evasão de divisas, o julgamento “vai ser um festival de absolvições”.
Voltei
Eis aí. Essa é a síntese da defesa de Roberto Jefferson, não aquela patrocinada pelas estatais, a serviço de um partido. Ou por outra: o dinheiro público, mais uma vez, foi posto a serviço de uma mentira.
É claro que a versão de agora de
Jefferson é diferente daquela que ele apresentou em 2005 no que concerne a
Lula. Em qual acreditar? Ora, apelem ao bom senso e à lógica. Considerando o
controle que Lula tem do PT — não se esqueçam de que ele decide até quem
disputa eleições municipais —, alguém acredita que ignorasse uma operação
daquele tamanho? Alguém acredita que realmente não soubesse o que andavam
fazendo Dirceu, Genoino, Delúbio e o resto da turma?
Quanto à previsão do advogado, segundo a
qual haverá absolvição às baciadas, vamos ver. Somada à sua acusação, parece
sugerir que se costura um acordão. Vamos ver. Os Onze da República dirão.
Por Reinaldo Azevedo
Chantagem na reta final
PUBLICADO NA EDIÇÃO DE VEJA DESTA SEMANA
RODRIGO RANGEL
Pouca gente tem mais intimidade com o ex-presidente
Lula do que o ex-metalúrgico Paulo Okamotto. Além de amigo pessoal, ele sempre
atuou como uma espécie de assessor de luxo do ex-presidente,
principalmente em assuntos que envolvem dinheiro.
No Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo, Lula
foi presidente e Okamotto, diretor de finanças. Na primeira campanha
presidencial disputada pelo petista, em 1989, Okamotto era o tesoureiro.
Essa relação de confiança ganhou outra conotação quando se soube, durante o
escândalo do mensalão, que Okamotto pagara do próprio bolso uma dívida do
presidente.
A operação levantou uma série de dúvidas,
principalmente porque a dívida foi saldada em dinheiro vivo e não havia
registro algum do responsável pela quitação. Coube ao próprio Paulo Okamotto
esclarecer o mistério: ele tinha em mãos uma procuração do presidente que lhe
dava poderes para atuar em seu nome.
O polivalente Okamotto anda às voltas com uma missão
político-financeira muito mais complicada: foi encarregado de manter sob
controle — e acima de tudo em silêncio — o empresário Marcos Valério. Às
vésperas do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal, Valério está
chantageando o ex-presidente Lula e o PT.
Denunciado pelo procurador-geral da República como o
operador do maior esquema de corrupção da história, Marcos Valério era dono de
duas agências de publicidade que escondiam uma câmara de compensação. Em 2002,
na campanha que elegeu o ex-presidente Lula, a agência, entre outras coisas,
providenciou o envio ao exterior de mais de 10 milhões de reais para pagar as
despesas de campanha do PT — dinheiro arrecadado no Brasil, provavelmente de
corrupção, e remetido para fora do país de maneira ilegal.
No governo Lula, o esquema ganhou sofisticação. A
agência passou a receber recursos diretamente dos cofres públicos, simulava
prestação de serviços e subornava congressistas e partidos políticos. Segundo o
Ministério Público, 74 milhões de reais foram desviados. Encarregado da
contabilidade da “organização criminosa”, Valério responde pelos crimes de
corrupção ativa, peculato, lavagem de dinheiro, formação de quadrilha e evasão
de divisas. Somadas, as penas podem chegar a 43 anos de prisão. O empresário se
diz guardião de um valioso e delicado segredo.
Em maio, quando os ministros do STF já debatiam a
data de início do julgamento, petistas influentes foram mobilizados para conter
a ofensiva de Marcos Valério. De Belo Horizonte, onde mora, o operador do
mensalão fez chegar à cúpula do PT a ameaça: depois de refletir muito, teria
finalmente decidido procurar o Ministério Público para revelar alguns
segredos — o principal deles, supostos detalhes de suas conversas com Lula em
Brasília.
O ex-presidente sempre negou a existência de qualquer
vínculo entre ele e o operador do mensalão antes, durante e depois do
escândalo. Para mostrar que não estava blefando, como já fizera em outras
ocasiões, o empresário disse que enviaria às autoridades um vídeo com um
depoimento bombástico, gravado por ele em três cópias e escondido em lugares
seguros. Seria parte do acordo de delação premiada com os procuradores. Seu
arsenal também incluiria mensagens e documentos que provariam suas acusações.
Paulo Okamotto, que hoje é diretor-presidente do
Instituto Lula, foi um dos que receberam o recado — prontamente decodificado por
um grupo de assessores próximos ao ex-presidente, que entrou em ação para
evitar turbulências na reta final do processo. Desde as primeiras
chantagens de Valério, em 2005, o ex-tesoureiro era incumbido de intermediar as
conversas com o empresário, que cobrava proteção e dinheiro.
O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, petista histórico
e também integrante do círculo íntimo de Lula, foi destacado para descobrir se
as ameaças, desta vez, procediam. Ele procurou pessoas próximas a Marcos
Valério, advogados, integrantes do Ministério Público, políticos e empresários.
Ouviu a história sobre o depoimento em vídeo, mas não encontrou uma única
evidência de que ele realmente exista.
Greenhalgh, há mais de um ano, é um dos encarregados
de conversar com Marcos Valério. Ele se reuniu com o empresário algumas vezes
em seu escritório em São
Paulo. “O Greenhalgh é o pacificador, é quem sempre dá as
garantias a ele”, disse a VEJA uma fonte da confiança de Valério. O advogado
não sabe se o vídeo existe ou não, porém descobriu que o tal acordo de delação
premiada era mais um blefe do empresário.
Um blefe calculado para gerar calafrios e advertir os
petistas sobre antigos compromissos assumidos. Segundo um assessor do
empresário, a cúpula do partido prometeu que lançaria mão de todos os
instrumentos possíveis para livrá-lo da cadeia.
Procurado, o advogado Greenhalgh não retornou as
ligações. Paulo Okamotto admitiu ter participado de reuniões com Marcos
Valério, mas disse que isso nada tem a ver com ameaças ou chantagens: “Ele
queria me encontrar porque às vezes queria saber das coisas. Em geral, ele quer
saber como está a política, preocupado com algumas coisas”.
O mensaleiro escolheu como consultor o melhor amigo
do ex-presidente que chantageia há sete anos. Indagado se a consultoria também
envolvia assuntos financeiros, Okamotto explicou: “Ele tem uma pendência lá com
o partido, uma pendência lá de empréstimo, coisa de partido, referindo-se ao
processo em que Valério cobra judicialmente 55 milhões de reais do PT,
como pagamento dos empréstimos fictícios que abasteceram o mensalão.
E concluiu, em tom enigmático: “O Marcos Valério tinha relação com o
partido, ele fez coisas com o partido. Eu nunca acompanhei isso.
Então, quem pariu Mateus que o embale, né, meu querido?!”.
Não é a primeira vez que o operador do mensalão
ameaça envolver o ex-presidente Lula no caso. Em 2005, quando começaram a
surgir provas contundentes do envolvimento de Marcos Valério no esquema, e suas
ligações umbilicais com o PT, o empresário ligou para o então presidente da
Câmara, deputado João Paulo Cunha, disse que faria um acordo de delação
premiada e advertiu: “Avisa ao barbudo que tenho bala contra ele”.
Ameaçou, também, revelar o nome das empresas que
abasteceram o caixa dois da campanha de Lula em 2002 e fulminar ministros que
haviam recebido parte do dinheiro. Pelo seu silêncio, Valério impôs
algumas condições. Queria garantias de que não seria preso e uma bolada de 200
milhões de reais. As denúncias nunca se materializaram. Em 2010, Marcos Valério
fez uma confidência no gabinete de uma autoridade de Brasília: “O Delúbio
(Soares) me levou para um futebol no palácio”.
A autoridade tentou mostrar indiferença diante do que
acabara de ouvir, mas sabia muito bem o que aquilo significava. O objetivo era
apenas enviar mais um recado. Delúbio garante que essa visita nunca
existiu.
Pouco antes de deixar a Presidência, Lula disse que
se dedicaria a provar que o mensalão não existiu. Mas, em flagrante
contradição, em 2005, no ápice do escândalo, o então presidente se penitenciou:
“Eu me sinto traído. Traído por práticas inaceitáveis das quais nunca tive
conhecimento. Não tenho nenhuma vergonha de dizer ao povo brasileiro que nós
temos de pedir desculpas. O PT tem de pedir desculpas”.
Apesar de reconhecer o crime, a estratégia já naquela
época era afirmar que toda a fraude aconteceu sem que o líder máximo do partido
soubesse. Teoria que o próprio Lula acabou por fragilizar em depoimento ao
Supremo Tribunal Federal, quando confirmou que realmente fora advertido pelo
deputado Roberto Jefferson sobre a existência do mensalão antes de o escândalo
eclodir.
Segundo o próprio Lula, na ocasião estavam presentes
os ministros Aldo Rebelo e Walfrido Mares Guia e o deputado Arlindo Chinaglia —
o mesmo que Jefferson acusou na semana passada de ter lhe oferecido vantagens
para que ele não denunciasse a fraude. Arlindo Chinaglia disse que isso não é
verdade. Na reta final, blefando ou não, é no mínimo estranho que, sete anos
depois do mensalão, Marcos Valério continue ameaçando o PT — e o PT continue
assombrado com as ameaças de Marcos Valério.
Os desmentidos de Marcos Valério confirmam que Lula precisa tratar com muito carinho a caixa preta mais perigosa do país
Como revelou a edição de VEJA desta semana, o
grão-mensaleiro Marcos Valério comunicou a amigos de Lula que, se não fosse
tratado com o carinho que merece a mais perigosa caixa-preta do país, poderia
ceder à tentação de contar detalhes de conversas que teve com o ex-presidente
antes da descoberta do mensalão. Nesta segunda-feira, instado pelo portal Terra
a comentar a reportagem, Valério confirmou a ameaça com duas frases grávidas de
entrelinhas.
“Eu sou igual ao doutor Delúbio, nunca endureci o
dedo para ninguém e não vai ser agora, às vésperas do julgamento”, começou o
declarante. “Eu não tenho nenhum confidente em Brasília, principalmente lá,
onde não vou há anos”, terminou. Traduzidas as frases, o que se ouve são dois
desmentidos que ratificam e ampliam as informações divulgadas por VEJA.
A primeira lembra aos interessados que, como Delúbio
Soares, Valério sabe muito e não contou nada, está pagando sozinho por pecados
coletivos e espera que os danos morais e financeiros sejam devidamente
compensados. Ao frisar que nunca endureceu o dedo, está dizendo que poderia ter
feito o contrário. O indicador só enrijece se existe algo ou alguém a apontar.
Não fez isso e não fará às vésperas do julgamento, sublinha. Mas nada impede
que faça depois. Depende do desfecho do caso.
Ao afirmar na segunda frase que não tem confidentes
em Brasília e não aparece por lá há alguns anos, Valério confirma outra
informação da reportagem: os encontros com Paulo Okamotto e Luiz Eduardo
Greenhalgh, que repassaram o recado a Lula, ocorreram em São Paulo. Não foi
necessário reaparecer no local do crime. Antes da descoberta do esquema
criminoso, ele passava mais tempo em Brasília do que em Belo Horizonte e
entrava sem bater em gabinetes inacessíveis para a gente comum. Até ser
reduzido a caso de polícia e descobrir como é passar a noite na cadeia.
Em setembro de 2011, nas alegações finais apresentadas
ao Supremo Tribunal Federal pela defesa de Marcos Valério, o advogado Marcelo
Leonardo afirmou que o elenco formado por 38 réus do processo do mensalão só
ficará completo com a incorporação do protagonista ausente. Dois trechos do
documento resumem a ópera:
“É um raríssimo caso de versão acusatória de crime em
que o operador do intermediário aparece como a pessoa mais importante da
narrativa, ficando mandantes e beneficiários em segundo plano”, escreveu o
advogado. “Alguns, inclusive, de fora da imputação, embora mencionados na
narrativa, como o próprio presidente LULA”.
“A classe política (…) habilidosamente deslocou o
foco das investigações dos protagonistas políticos (LULA, seus ministros,
dirigentes do PT etc) para o empresário (…) dando-lhe uma dimensão que não
tinha e não teve”.
Letras maiúsculas são gritos gráficos. As duas vogais
e a consoante reprisada do LULA amplificam as ameaças sussurradas ou apenas
insinuadas pelo diretor financeiro do bando. A drenagem do pântano não foi além
das margens. Os principais personagens escondem segredos há sete anos. Nenhum
tem tanto a dizer quanto Marcos Valério.
Augusto Nunes
Mensalão: Banco Rural ataca versão defendida pelo PT
Instituição sustenta que houve uso de recursos públicos no esquema criminoso
O Globo
Kátia Rabello: dirigente do Rural diz que não tinha
como saber se as agências de Valério desviavam recursos públicos Valor
Econômico / Jefferson Dias
BRASÍLIA - Na tentativa de se livrar da acusação de
lavagem de dinheiro no escândalo do mensalão, o Banco Rural vai pôr em xeque um
dos principais pontos das defesas de Marcos Valério, o operador do esquema, e
do PT.
As alegações enviadas pelos dirigentes do banco ao
Supremo Tribunal Federal (STF), que serão reforçadas no início do julgamento,
em agosto, sustentam que recursos públicos abasteceram as contas da empresa
SMP&B, de Valério. Essas contas foram usadas para pagar o mensalão a políticos
aliados do governo Lula.
Valério e o ex-tesoureiro do PT Delúbio Soares alegam
que não houve desvio de recursos públicos, e que o dinheiro repassado aos
políticos tem origem em empréstimos legais contraídos junto aos bancos Rural e
BMG. Mas o banco não confirma essa versão e diz que os recursos públicos
passaram pelas contas da empresa de Valério.
A divergência entre as duas defesas tem um motivo: o
Rural argumenta que só pode ser acusado de lavar dinheiro quem opera recursos
de origem ilícita. E, para o banco, o que entrou nas contas da SMP&B tinha
origem declarada. Os recursos, segundo o banco, vinham por transferências de
outros bancos, a partir de recursos que a agência de publicidade recebia de
clientes, boa parte deles instituições públicas. Na lista dos réus no processo
do mensalão, a dirigente do Rural Kátia Rabello diz que não tinha como saber se
as agências de Valério, até então renomadas, desviavam recursos dos contratos.
Já a defesa de Valério e Delúbio insiste na tese de
que o mensalão não foi contaminado por recursos públicos. Sustenta que todos os
valores são oriundos de empréstimos legais de bancos privados, e, portanto, os
dois não podem ser acusados de formar uma quadrilha para desviar dinheiro do
governo e repassar a parlamentares.
Banco do Brasil seria
origem de várias transferências à SMP&B
O Banco Rural afirma que boa parte das transferências
bancárias que abasteceram as contas de Valério teve como origem o Banco do
Brasil (BB). “A movimentação financeira da empresa (SMP&B) decorria de
significativos contratos de publicidade com as mais variadas empresas e órgãos
públicos, o que se presumia lícito a tudo e a todos, mormente porque, até onde
se sabe, todos os pagamentos eram efetuados mediante emissão de nota fiscal.
Seria inimaginável que se pudesse desconfiar da
origem lícita de pagamentos efetuados por uma empresa do porte da Cosipa, por
exemplo”, diz a defesa do Banco Rural, citando uma das empresas com as quais a
agência de publicidade se relacionava profissionalmente. A defesa cita ainda
contratos da SMP&B com o Ministério do Esporte.
“O Banco Rural, obviamente, não tomava parte de
negociações da empresa SMP&B com seus clientes, de modo a poder ter ciência
de que em algum contrato pudesse haver superfaturamento e, consequentemente,
proveito indevido. Seria inimaginável exigir de um banco tamanha prevenção
junto ao cliente. A fiscalização sobre regularidade de contratos públicos
compete a órgãos da administração pública, não às instituições financeiras”,
argumenta o banco em sua defesa.
Publiquei hoje n'O Globo:
Mensaleiros no tribunal
Se o Brasil fosse sério, Lula teria sido processado por pressionar o STF
Depois de longa espera, finalmente o Supremo Tribunal Federal vai julgar o processo do Mensalão. A demora é só mais uma demonstração de quão ineficiente é o Judiciário. A lentidão é a maior característica do poder que devia ser célere, eficiente e, principalmente, justo. E não é por falta de recursos. Não. Basta observar as folhas de pagamento que, com muita dificuldade e depois de muita pressão do Conselho Nacional de Justiça, estão sendo divulgadas.
Os
poderes Executivo e Legislativo estão maculados pela corrupção até a medula.
Não há dia sem que apareça uma denúncia sobre o desvio de recursos públicos ou
ao favorecimento de interesses privados. Os olhos do cidadão acabam, em um
movimento natural, se dirigindo para o Judiciário. É um gesto de desespero e de
impotência. Porém....
Não
há otimismo que consiga reverter este quadro, ao menos à curto prazo. Vivemos
um dos momentos mais difíceis da história republicana. Daí a enorme
responsabilidade do STF no julgamento do Mensalão. Em 2005 fomos bombardeados
por reportagens e entrevistas sobre o caso. O mais triste para os valores republicanos
foram as sessões da CPMI dos Correios. Muitos depoimentos foram transmitidos ao
vivo.
Foi
estarrecedor ouvir depoentes que tratavam de desvios de recursos públicos, de
pagamento de campanhas eleitorais (como a presidencial de 2002) e da compra de apoio
político no Congresso, com enorme tranquilidade, como se toda aquela podridão
fizesse parte do jogo político em qualquer democracia. E quem agisse de forma
distinta não passaria de um ingênuo. Em resumo, a ideia propagada pelos
depoentes era de que política sempre foi assim.
Contudo,
no decorrer dos trabalhos da CPMI, o clamor da opinião pública foi crescendo. A
crise política se instalou. Alguns parlamentares do PT, envergonhados com a
revelação do esquema de corrupção, saíram do partido.
O
presidente Lula foi à televisão e pediu, em rede nacional, desculpas pela ação
dos dirigentes partidários. Disse desconhecer que, nas ante-salas do Palácio do
Planalto, tinha sido planejado o que ficou conhecido como Mensalão. Falou até
que tinha sido traído. Não disse por quem e nem como.
O
relatório final da CPMI pedindo o indiciamento dos responsáveis foi encaminhado
à Procuradoria Geral da República. A aprovação foi comemorada. Em sinal de
triunfo, o relator foi carregado pelos colegas.
Para
a oposição, o presidente Lula estava nas cordas, à beira de um nocaute.
Caberia, disse, na época, um dos seus líderes, levá-lo sangrando até o ano
seguinte para, então, vencê-lo facilmente nas urnas. Abrir um processo para
apurar o crime de responsabilidade colocaria em risco o país. Estranha
argumentação mas serviu para justificar a inépcia oposicionista, a falta de
brio republicano e uma irresponsabilidade que só a história poderá avaliar.
Em
2007 o STF aceitou a denúncia. Foi uma sessão bizarra. Advogados se sucediam na
tribuna defendendo seus clientes, enquanto os ministros bocejavam, consultavam
seus computadores, conversavam, riam e ironizavam seus colegas. Dois deles –
Ricardo Lewandovsky e Carmen Lúcia – chegaram a trocar mensagens especulando
sobre os votos dos ministros e tratando outros por apelidos. Eros Grau foi
chamado de "Cupido" e Ellen Gracie de "Professora". O
ministro Cupido, ou melhor, Eros Grau, chegou ao ponto de mandar um bilhetinho
para um advogado, um velho amigo, e que estava defendendo um dos indiciados.
Teve
advogado que falou por tempo superior ao regimental e, claro, como não podia
deixar de ser, fomos quase sufocados pelo latinório vazio, a erudição postiça,
tão típica dos nossos bacharéis. Em certos momentos, a sessão lembrou um animado
piquenique. Pena, que ao invés de um encontro de amigos, o recinto era da nossa
Suprema Corte.
Apesar
do clima descontraído, a denúncia foi aceita. E o processo se arrastou por um
lustro. Deve ser registrado que, inicialmente, eram quarenta acusados e foram
utilizados todos os mecanismos – que são legais – protelatórios. No final do
ano passado, o ministro Joaquim Barbosa entregou ao presidente do STF o
processo. De acordo com o regimento foi designado um ministro revisor.
A
escolha recaiu em
Ricardo Lewandovski, o mesmo que, na noite da aceitação da
denúncia, em 2007, foi visto e ouvido – principalmente ouvido – ao celular, em
um restaurante de Brasília, falando nervosamente que a tendência dos ministros
era "amaciar para José Dirceu", um dos acusados. Mas que, continuou o
advogado de São Bernardo, a pressão da mídia teria impedido o
"amaciamento" (curioso é que nessas horas a linguagem é bem popular e
o idioma de Virgílio é esquecido).
O
mesmo Lewandowski ficou seis meses com o processo. Foi uma das mais longas
revisões da história. Argumentou que o processo era muito longo. Mas isto não
impediu que realizasse diversas viagens pelo Brasil e para o exterior durante
este período.
Depois
de muita pressão – e foi pressão mesmo - , o ministro revisor entregou seu
relatório. Só que, dias antes, o presidente Ayres Brito reuniu os ministros e
estabeleceu o calendário do julgamento. Registre-se que Lewandovski não
compareceu à reunião, demonstrando claramente sua insatisfação.
O
ápice das manobras de coação da Corte foram as reuniões de Lula com ministros
ou prepostos de ministros. Se o Brasil fosse um país sério, o ex-presidente –
que agora nega o que tinha declarado em 2005 sobre o Mensalão - teria sido
processado. Mas, diria o otimista, ao menos, teremos o julgamento público do
maior escândalo de corrupção da história recente.
MARCO ANTONIO VILLA é
professor de História da Universidade Federal de São Carlos (SP).
II- HERANÇA MALDITA II
A Herança Maldita deixada
por Lula o Mentiroso, está deixando o governo de “cabelos em pé”, está difícil
para a equipe de Dilma a que não é, resolver os problemas que agora estão
surgindo deixados pelo grande líder o Megalomaníaco Lula. “Surfando” na boa
onda econômica deixada pelo governo de FHC, o maníaco tomava atitudes sem nem
pensar no futuro dado que sempre acreditou, com seus poderes extraterrenos, que
a crise econômica que se alastrava no EUA e Europa era apenas uma “marolinha”
para o Brasil, e gastava mais do que devia, dando aumentos aos funcionários públicos
e assim cooptá-los para seu lado, deixando com isto pouca margem para
negociações futuras, hoje, com o crescimento pífio da economia brasileira, com
a arrecadação caindo mês a mês, o governo atual não consegue resolver os
problemas de greves que se alastram pelo funcionalismo público, que exigem o
mesmo tratamento que tinham do farsante Lula, este é mais um legado do governo
pernicioso do que sabe tudo (menos do mensalão), se houvesse ganho a
presidência um partido de oposição ele com certeza estaria encabeçando e a
frente dos grevistas gritando contra o governo e fazendo ver que com ele era
diferente, como seu partido é que está no governo não se pronuncia junto aos
grevistas e tenta lhes explicar que o momento é outro, não, esconde-se na sua
doença e não vem a público em defesa do governo, sua doença só lhe permite
enviar vídeos como o que mandou a Chávez, este é Lula o Sujo, contra a oposição
tudo, para o governo que deixou “embananado” não se digna vir em defesa,
conheçam o infeliz por suas atitudes, este é o verdadeiro Lula, não o da
propaganda oficial, este é o sujeito que hoje usa as benesses de ter sido
Presidente inclusive para seu tratamento, e o povo, ora o povo que se dane.
Leiam;
Juarez Capaverde
Servidores – A herança maldita da era Lula-Dilma explode no colo da governanta. E as vacas, agora, não são tão gordas. Ou: Greve ou movimento cartorial?
Os sindicalistas dizem que há 350 mil
servidores federais em
greve. Talvez seja menos. De todo modo, são milhares. A
negociação com o governo tem um aspecto um tanto estranho. Parece não se tratar
de uma relação entre partes distintas. Ao contrário até: os líderes se referem
a Dilma como alguém da turma que os estivesse traindo ou falando, de súbito,
uma linguagem estranha: a das contas públicas. Sabem o que é isso? Boca torta
pelo uso do cachimbo.
No governo Lula, era pedir e levar. Em
alguns casos, levavam até sem pedir. Em nove anos de petismo, a despesa média
por servidor, informou ontem o Globo Online, cresceu
120%. A inflação do período foi de 52%. Brasília já tinha a renda per capita
mais alta do país antes disso. Depois então… Mesmo assim, permanece o mito de
que os servidores públicos são mal pagos. Trata-se, obviamente, de uma piada.
Enquanto as vacas estavam gordas,
luzidias, Lula ignorou o impacto sobre as contas públicas e abriu as burras do
dinheiro. Frequentemente, os gastos cresceram mais do que a economia e do que a
arrecadação. Mas chegou o inverno, o pasto está seco, e não há mais a
cornucópia de dinheiro. Ocorre que a clientela está mal acostumada e
pretende manter o ritmo dos ganhos reais — como vocês viram acima, aquilo
é ganho real.
Então aparece a pobre ministra Miriam
Belchior — digo “pobre” porque é aquela obrigada a falar de dinheiro, do
desembolso mesmo — para afirmar que não há grana para alimentar as
reivindicações. “Desde 2003, houve aumentos reais em todas as categorias.
Estamos refazendo todas as nossas contas diante do agravamento da crise
internacional e esperamos que até o início de agosto tenhamos o cenário das
propostas que possam ser atendidas.
A soma das demandas é de R$ 92 bilhões,
ou 50% da folha atual, 2% do PIB e o dobro do PAC deste ano. Isso indica, com
clareza, que é um número que não é factível de o governo atender”, quase
implora Miriam. Ninguém quer saber. “Tivemos um conjunto de reestruturações de 2008 a 2010. Só no Poder
Executivo civil, o impacto foi de R$ 35,2 bilhões”, lembra o secretário de
Relações de Trabalho no Serviço Público, Sérgio Eduardo Arbulu Mendonça. Dão de
ombros pra ele.
A greve não esta sob o comando da CUT,
mas de setores à esquerda. A central do petismo era muito ativa no governo FHC.
Depois, apelegou-se, mas também não pode ser hostil ao movimento. Então fica
parada, pedindo negociação. A essa altura, é evidente que o ministro de
Trabalho já deveria ter comparecido para o debate e o embate. Quem é mesmo? Ah,
sim, trata-se do blogueiro Brizola Neto, que está mais por fora do que dedão de
franciscano. A pasta é só um cartório do PDT. Não serve pra nada.
Gilberto Carvalho, o sedizente
responsável pelo diálogo com “os movimentos sociais”, está sumido. Ele sempre é
muito buliçoso quando se trata de acirrar os ânimos contra governos de oposição.
No caso do Pinheirinho ou da ação na Cracolândia, por exemplo, sempre tinha
algo a dizer.
Um assessor seu chegou a participar de
uma incrível patuscada, dizendo-se atingido por uma bala de borracha. Não fez
exame de corpo de delito, não exibiu o ferimento, não comprovou a “denúncia”.
Mas se deixava fotografar com uma bala não disparada na mão. Cadê Carvalho?
Pois é… A coisa agora envolve dinheiro, o caixa. Não se trata mais apenas de
jogar as hostes do partido contra governos tucanos… Nesse caso, ele não tem o
que dizer.
O governo apresentou, por exemplo, um
plano de reestruturação da carreira e de reajuste para os professores. Em três
anos, representa um desembolso de quase R$ 4 bilhões. Para atender o que pedem,
a conta vai para mais de R$ 9 bilhões.
Entre outras coisas, recusam a promoção
por mérito. Aprenderam isso com os sindicatos petistas, com Lula. “Meritocracia
é coisa de neoliberal”, eles rezam. E estão lá: ou é reajuste em linha, pra
todo mundo, independentemente das diferenças, ou greve.
Pois é… O PT, sempre tão maquiavélico, é
agora refém da raposinha de O Pequeno Príncipe: tornou-se responsável por
aqueles que cativou. E eles tomaram balda. Aprenderam a levar tudo. Aqui e ali,
o governo ameaça com o desconto dos dias parados, promessa que nunca cumpre. Os
grevistas dão de ombro porque sabem que, lá no Planalto, ninguém tem peito —
quero dizer, pulso — para isso.
Quem paga o pato? Ora, quem depende dos
serviços feitos pelos servidores: a população.
Enquanto fazer ou não fazer greve for
irrelevante; enquanto não trabalhar for tão vantajoso quanto trabalhar;
enquanto a paralisação não implicar — o que é, em si, uma imoralidade — nenhum
sacrifício nem dos grevistas nem do governo; enquanto a população for a única
prejudicada pelo movimento, o Planalto pode ir cozinhando o galo, e os
grevistas podem radicalizar à vontade nas reivindicações.
Encerro lembrando que não pode haver nada
mais indecoroso num movimento sindical do que a reivindicação para que não se
descontem os dias parados. Isso é quase uma jabuticaba; não existe em nenhum
país do mundo — nem no grevismo do ABC, que resultou no PT, era assim, como
Lula sabe muito bem.
Quando uma categoria para de trabalhar,
ela está ciente do prejuízo que impõe ao outro lado, mas sabe que corre riscos
também. Sem esses riscos, então não se trata de greve, mas de negociação
cartorial.
As perspectivas mais realistas dizem que
a economia não cresce nem 2% neste ano. Para o ano que vem, fala-se aí em algo
em torno de 3,5%… Vai saber. Uma coisa é certa, se o governo ceder ao que pedem
os grevistas, não vai sobrar um tostão para investir — na verdade, vai faltar
dinheiro. E aí a coisa vai mesmo para o buraco.
É a herança maldita de Lula, que Dilma
ajudou a construir porque, afinal, nunca se cansou de dizer, era a “gerentona”
do governo, certo? Pois é… Quando sobra pão, ninguém precisa gritar porque leva
a prebenda, tendo ou não razão. Quando a demanda é maior do que a oferta, aí é
preciso saber dizer “não”.
E agora, Dilma?
Por Reinaldo Azevedo
Frase do dia
“Naqueles dias turbulentos ele não deveria atacar Lula e Dirceu a um só
tempo. O Lula não sabia nem onde apagava a luz, o Dirceu tinha controle total
do governo. Então o alvo foi o Dirceu.”
Luiz Barbosa, advogado
de Roberto Jefferson no Mensalão, ao dizer que aconselhou seu cliente a negar a
participação de Lula no mensalão.
Até amanhã.
As fotos inseridas o foram pelo
blogueiro. Juarez Capaverde
Nenhum comentário:
Postar um comentário