Bom dia estamos de volta, mais problemas,
mas acredito agora tudo resolvido (?), continuamos a postar nossa opinião sobre
os assuntos políticos que acontecem em nosso país, como estamos nos aproximando
do julgamento do mensalão há vários comentários de grandes jornalistas sobre o
assunto, destaco alguns para vocês que se identificam com minha opinião, espero
que não esqueçamos este que foi o maior roubo no inicio do governo de Lula o
Demente, aquele que não sabia de nada, só da boca pra fora, pois era um dos
agentes atuantes e o verdadeiro chefe da quadrilha, com a maior cara-de-pau
veio à televisão dizer que não era de seu conhecimento o que estava acontecendo
em suas “barbas” no gabinete ao lado, agora vem outra vez provar ao povo
brasileiro sua índole mentirosa, e como todo cafajeste quer negar o ocorrido e
culpar a imprensa de terem tentado um golpe contra seu governo, o governo do operário
inocente que assumiu apesar de todas as elites do país serem contrárias a sua
eleição. Estas mesmas elites que hoje ele renega o conservaram no poder apesar
de todos os indícios e provas apontarem a ele como o verdadeiro chefe do roubo
cometido contra o dinheiro do povo brasileiro, usado para cooptar partidos e
pessoas para o sucesso de seu governo que já se prenunciava um fracasso, e,
corrompendo parlamentares e partidos poderia tomar atitudes errôneas, mas que
mesmo assim o apoiariam. Hoje se pode conhecer melhor este sujeito que vendeu
ao pobre povo brasileiro a imagem daquele que lhes colocaria num patamar acima
do que estavam, os tirando da pobreza e lhes dando o que almejavam em suas
vidas, uma melhor condição para sobreviverem com mais dignidade, e assim
tornou-se o maior estelionatário deste país criando o Brasil Maravilha onde
tudo funciona perfeitamente para o bem estar social deste povo sofrido e
carente que acreditou nele e no governo petista. Leiam;
Juarez
Capaverde
Um tiro na nuca da nação, por Guilherme Fiúza
Guilherme
Fiúza, O Globo
Carlinhos Cachoeira disse que vai à CPI quando
quiser, porque a CPI é dele. Quase simultaneamente, um dos agentes federais que
o investigaram é executado num cemitério, enquanto visitava o túmulo dos pais.
Al Pacino e Marlon Brando não precisam entrar em cena
para o país entender que há uma gangue atentando contra o Estado brasileiro. Em
qualquer lugar supostamente civilizado, os dois tiros profissionais na nuca e
na têmpora do policial Wilton Tapajós poriam sob suspeita, imediatamente, os
investigados pela Operação Monte Carlo — alvos do agente assassinado. Mas no
Brasil progressista é diferente.
O ministro da Justiça, José Eduardo Cardozo, se
pronunciou sobre o crime. Declarou que “é leviano” fazer qualquer ligação entre
a execução do policial federal e a operação da qual ele fazia parte. E mais não
disse.
Tapajós foi enterrado no lugar onde foi morto. Se
fosse filme de máfia, iam dizer que esses roteiristas exageram. No enterro,
alguém de bom-senso poderia ter soprado ao ouvido do ministro: dizer que é
leviano suspeitar dos investigados pela vítima, excelência, é uma leviandade.
Mas ninguém fez isso, e nem poderia. O ministro da
Justiça não foi ao enterro. Wilton Tapajós era subordinado ao seu ministério,
atuava na principal investigação da Polícia Federal e foi executado em plena
capital da República, mas José Eduardo Cardozo devia estar com a agenda cheia.
(Talvez seja mais fácil desvendar o crime do que a agenda do ministro.)
Por outro lado, o advogado de Cachoeira, investigado
pelo agente assassinado, é antecessor de Cardozo no cargo de xerife do governo
popular. Seria leviano contrariar o companheiro Thomaz Bastos.
Assim como o consultor Fernando Pimentel (ministro
vegetativo do Desenvolvimento) e Fernando Haddad (o príncipe do Enem), Cardozo
é militante político de Dilma Rousseff e ministro nas horas vagas. O projeto de
permanência petista no poder é a prioridade de todos eles, daí os resultados
nulos de suas pastas.
Cardozo anunciara que ia se aposentar da política, e
em seguida virou ministro. Lançou então seu ambicioso plano de espalhar UPPs
pelo país e se aposentou (da função de cumpri-lo).
Deixou de lado o abacaxi do plano nacional de
segurança, que não dá voto a ninguém, e foi fazer política, que ninguém é de
ferro. Para bater boca com a oposição e acusá-la de politizar a operação da PF,
por exemplo, o ministro não se sente leviano.
Carlinhos Cachoeira era comparsa da Delta, a
construtora queridinha do PAC. O bicheiro mandava e desmandava no Dnit, órgão
que, além de acobertar as jogadas da Delta, intermediava doações para campanhas
políticas, segundo seu ex-diretor Luiz Antonio Pagot.
Entre essas campanhas estava a de Dilma Rousseff, da
qual Cardozo fazia parte. O policial federal assassinado estava entre os homens
que começaram a desmontar o esquema Cachoeira-Delta, e seus tentáculos
palacianos.
O mínimo que qualquer autoridade responsável deveria
dizer é que um caçador da máfia foi eliminado de forma mafiosa. Mas o falante
ministro da Justiça preferiu ficar neutro, como se a vítima fosse o sorveteiro
da esquina. Haja neutralidade.
Montar golpes contra o Estado brasileiro é, cada vez
mais, um crime que compensa. Especialmente se o golpe é montado dentro do
próprio Estado, com os padrinhos certos. Exemplo: às vésperas do julgamento do
mensalão, um conhecido agente do valerioduto acaba de ser inocentado,
candidamente, à luz do dia.
Graças a uma providencial decisão do Tribunal de
Contas da União — contrariando parecer técnico anterior do próprio TCU —,
Henrique Pizzolato, ex-diretor de marketing do Banco do Brasil que permitiu
repasses milionários à agência de Marcos Valério, não deve mais nada a ninguém.
Os famosos contratos fantasmas de publicidade, que
permitiram o escoamento sistemático de dinheiro público para o caixa do PT,
acabam de ser, por assim dizer, legalizados. Nesse ritmo, o Brasil ainda
descobrirá que Lula tinha razão: o mensalão não existiu (e Marcos Valério se
sacrificou por este país).
O melhor de tudo é que uma lavagem de reputação como
essa acontece tranquilamente, sem nem uma vaia da arquibancada. No mesmo embalo
ético, Delúbio Soares já mandou seu advogado gritar que ele é inocente e jamais
subornou ninguém. O máximo que fez foi operar um pouquinho no caixa dois, o
que, como já declarou o próprio Lula, todo mundo faz.
Nesse clima geral de compreensão e tolerância, o
ministro do Supremo Tribunal Federal que passou a vida advogando para o PT já
dá sinais de que não vai se declarar impedido de julgar o mensalão. O Brasil
progressista há de confiar no seu voto.
Esses ventos indulgentes naturalmente batem na cela
de Cachoeira, que se enche de otimismo e fala grosso com a CPI. Se o esquema de
Marcos Valério está repleto de inocentes, seria leviano deixar o bicheiro de
fora dessa festa.
II-
Gol dos mensaleiros. No tapetão, por Mary Zaidan
Embora muitos confundam, o Tribunal de Contas da
União (TCU) não é uma instância da Justiça. Ainda bem. Caso contrário, a
decisão de isentar o Banco do Brasil pelas transações com a DNA, uma das
agências de publicidade de Marcos Valério, causaria a maior balbúrdia jurídica
da história.
Afinal, o argumento chave da relatora, ministra Ana
Arraes – filha de Miguel Arraes e mãe do governador de Pernambuco, Eduardo
Campos (PSB) -, foi uma lei de 2010, usada para inocentar delitos cometidos em
2005.
Algo extraordinário, que criminosos de todas as estirpes adorariam.
Assemelha-se, é fato, à absolvição da deputada
Jaqueline Roriz (PMN-DF), filmada recebendo propina em dinheiro vivo. E há de
se convir que, nos dias de hoje, a comparação com a moral do Parlamento não
enriquece currículo algum.
A alegação para inocentar a filha do ex-governador do
DF Joaquim Roriz foi de que ela cometera o crime antes de virar deputada. Do BB
em prol da DNA foi a de que eles prevaricaram antes de o então presidente Lula
sancionar a lei 12.212, que regula a relação de agências de publicidade com a
administração pública.
Proposta pelo deputado José Eduardo Cardozo (PT-SP),
hoje ministro da Justiça, a lei traz dois artigos mágicos: os 18 e 20, que,
lidos, ou interpretados ao gosto do freguês, embasam o relatório da ministra.
Posição inversa à expressa nos pareceres técnicos do TCU e da Procuradoria
Geral da República, todos a favor da condenação.
Ana Arraes teria a desculpa de ser novata. Mas isso
não poupa nem ela nem os seus pares. A explicação pode estar no fato de os
demais, assim como ela, terem sido militantes partidários, indicados por
interesses políticos. Entre os nove ministros, apenas dois têm origem técnica.
Põem-se em cheque os critérios para a composição do
TCU. Um erro que o país comete não é de hoje.
O mesmo acontece na Justiça. Pior, na corte suprema
do país. Ali, as nomeações de amigos do poder de plantão colocam fios de
suspeita sobre um grupamento que jamais poderia despertar desconfianças.
Se já é estranho a mãe de um governador aliado dar
ganho de causa a réus do mensalão a menos de 15 dias do julgamento no Supremo
Tribunal Federal, mais grave ainda é um ministro do STF que foi advogado do PT
admitir a hipótese de participar desse julgamento.
José Antonio Dias Toffoli não está nem aí, pelo menos
é o que diz. Anunciou, no mesmo dia em que Ana Arraes
liberava o BB e a DNA, que se sente apto para julgar aqueles que foram, há
pouquíssimo tempo, clientes seus. Um escândalo.
Parece jogo combinado. Ou tapetão. Ana Arraes baixa a
bola e lança, Toffoli chuta. E os mensaleiros comemoram.
Mary
Zaidan é jornalista,
trabalhou nos jornais O Globo e O Estado de S. Paulo, em Brasília. Foi
assessora de imprensa do governador Mario Covas em duas campanhas e ao longo de
todo o seu período no Palácio dos Bandeirantes. Há cinco anos coordena o
atendimento da área pública da agência 'Lu Fernandes Comunicação e Imprensa,
@maryzaidan
III-
Mensalão
Marcos Valério volta a chantagear Lula e o PT
Reportagem em VEJA desta semana mostra que o empresário ameaça revelar ao Ministério Público detalhes de conversas suas com o então presidente
Marcos Valério, ansioso às vésperas do
julgamento: ameaças ao PT (Eugénio Moraes/Hoje
em Dia/Futura Press)
Um dos amigos mais próximos do ex-presidente Luiz
Inácio Lula da Silva, Paulo Okamotto está há dois meses às voltas com uma
missão: o ex-metalúrgico foi encarregado de manter sob controle – e em silêncio
– o empresário Marcos Valério. Reportagem publicada em VEJA desta semana revela
que, às vésperas do julgamento do mensalão no Supremo Tribunal Federal (STF), o
empresário está chantageando mais uma vez Lula e o PT.
Denunciado pelo procurador-geral da República como o
operador do maior esquema de corrupção da história, Marcos Valério responde por
cinco crimes cujas penas, somadas, podem chegar a 43 anos de prisão. Em maio,
ele fez chegar à cúpula do PT uma ameaça: estava decidido a procurar o
Ministério Público para revelar detalhes de suas conversas com Lula em Brasília. O
ex-presidente sempre negou a existência de qualquer vínculo entre ele e o
operador do mensalão.
Paulo Okamotto, hoje diretor-presidente do Instituto
Lula, entrou em ação para evitar turbulências. Ele admite ter participado de
reuniões com Marcos Valério, mas diz que isso nada tem a ver com ameaças ou
chantagens. Indagado se as conversas envolviam assuntos financeiros, ele
explicou: “Ele tem uma pendência lá com o partido, de empréstimo, coisa de
partido”. Referia-se ao processo em que Valério cobra judicialmente 55 milhões de
reais do PT, como pagamento pelos empréstimos fictícios que abasteceram o
mensalão.
Okamotto concluiu, em tom enigmático: “Marcos Valério
tinha relação com o partido, ele fez coisas com o partido. Eu nunca acompanhei
isso. Então, quem pariu Mateus que o embale, né, meu querido?”
O advogado Luiz Eduardo Greenhalgh, petista histórico
e também integrante do círculo íntimo de Lula, foi destacado para descobrir se
as ameaças, dessa vez, procediam. “Greenhalgh é o pacificador, é quem sempre dá
as garantias a ele”, disse a VEJA uma fonte da confiança do empresário.
Greenhalgh teria descoberto que tudo não passa de um blefe.
Blefando ou não, é no mínimo estranho que, sete anos
depois do mensalão, Marcos Valério continue ameaçando o PT - e o PT continue
assombrado com as ameaças de Marcos Valério.
IV- GOVERNO CORRUPTO DO PT E ALIADOS DESVIAM
FORTUNAS DO DINHEIRO DO POVO BRASILEIRO
Se ainda existem quem acredita no governo petista
leiam a reportagem abaixo veiculada na revista Isto É desta semana e saibam onde
está o dinheiro roubado do povo brasileiro com as grandes obras do PAC
gerenciado pela grande administradora Dilma, outra que nada viu e que também nada
sabe, reportagens como esta é que lhe mostram o que acontece nas obras que ela
deveria estar “gerenciando”. São roubos de verdadeiras fortunas que deveriam
estar sendo aplicado pela gerente tão eficiente em benefício do povo carente de
hospitais, de escolas, de segurança, enfim, de aplicações que realmente trariam
grandes vantagens ao povo deste país, mais uma vez o nome Sarney está envolvido
nas falcatruas, mas continua a contar com o apoio irrestrito do governo, depois
de tudo que este senhor já roubou do país, ainda conta com as benesses do
governo e de sua lealdade, é uma verdadeira vergonha, e o pior, o governo e sua
grande e eficientíssima gerente nada faz para mudar os mal feitos, um rombo de
mais de R$ 1 bilhão já era para ter sido descoberto pela administração federal,
os inquéritos abertos pela PF não produzem efeitos reais já que apontam para
aliados fortes do governo petista, e assim vai se levando e roubando as
riquezas conquistadas pelo povo brasileiro, e as deficiências no atendimento
obrigatório ao todos os cidadãos ficam abaixo das expectativas em todos os
setores. Leiam;
Juarez
Capaverde
A ferrovia da corrupção
ISTOÉ acesso a sete inquéritos abertos pela Polícia Federal para apurar os superfaturamentos na Ferrovia Norte-Sul que provocaram teve rombo de até R$ 1 bilhão
Claudio Dantas Sequeira
Os desvios de verbas na ferrovia norte-sul somam R$ 1 bilhão
só no trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO) foram superfaturados
R$ 400 milhões a obra já consumiu R$ 8 bilhões
No início do mês, a Polícia Federal prendeu o
ex-presidente da Valec José Francisco das Neves, o Juquinha, acusado de
enriquecimento ilícito. Segundo os autos do inquérito da Operação Trem Pagador,
ele teria comandado um esquema que desviou mais de R$ 100 milhões de obras da
Ferrovia Norte-Sul, a mais extensa via férrea do País.
ISTOÉ revela agora que o rombo provocado pelo esquema
de Juquinha, que comandou a estatal de ferrovias por oito anos, pode chegar à
escandalosa cifra de R$ 1 bilhão, dinheiro que teria abastecido não só as
contas pessoais do ex-presidente, familiares e ex-integrantes da cúpula da
Valec, mas também o caixa de partidos como PR e PMDB.
A estimativa é da própria PF, com base numa série de
investigações em
andamento. Só na Delegacia de Crimes Financeiros da Polícia
Federal em Goiás foram abertos sete diferentes inquéritos que abarcam os quase
4,5 mil quilômetros de extensão da ferrovia. Ao longo da Norte-Sul, que já consumiu
R$ 8 bilhões, correm suspeitas de superfaturamento em materiais, como trilhos e
dormentes, nas ações de terraplanagem, escavações e aterros.
A PF encontrou ainda indícios de conluio entre
empreiteiras, direcionamento de licitações e subcontratação de empresas ligadas
a políticos. As investigações, que tiveram origem em fiscalizações do TCU, da
CGU e denúncias do Ministério Público, estão longe de terminar.
As investigações indicam que só no trecho entre Palmas (TO) e Anápolis (GO), justamente o que ajudou a enriquecer Juquinha e sua família, foram desviados mais de R$ 400 milhões. Laudos técnicos que compõem os inquéritos mostram que a estrada de ferro consumiu todo o orçamento previsto nos contratos com as construtoras Andrade Gutierrez, SPA Engenharia, Constram, Queiroz Galvão e Camargo Corrêa.
A Valec de Juquinha autorizou aditivos que atingiram
o limite legal de 25% e mesmo assim a obra chegou ao fim infestada de problemas
estruturais, como a falta de proteção vegetal de taludes e canais de drenagem
superficial. O resultado é a erosão de áreas que estão provocando a
desestabilização dos trilhos, inviabilizando o uso da ferrovia. Não foram
construídos oito pátios intermodais que estavam previstos em contrato. Isso
significa que, mesmo os trens sendo liberados para transitar na estrada de
ferro, eles simplesmente não têm onde ser carregados e descarregados.
INFLUÊNCIA
De acordo com delegado ouvido por ISTOÉ, o senador José Sarney
e o deputado Costa Neto dividiam cargos na cúpula da Valec
As construtoras reclamam que a obra ali consumiu mais
que o previsto, por conta de desvios e da existência de aterros moles, que
acabam consumindo mais horas de trabalho das máquinas e do orçamento. Daí,
segundo a PF, chega-se a outro problema: não há medição confiável, os métodos
utilizados são os mesmos de 40 anos atrás.
Essa falha foi explorada não só pelos empreiteiros,
mas pela própria Valec, segundo a PF. O escamoteamento de custos, de acordo com
os relatórios de investigação obtidos por ISTOÉ, era processado em Brasília, no
20º andar do edifício-sede da estatal, e se estendia ao campo de trabalho.
Laudos da Perícia Criminal indicam sobrepreço tanto
no orçamento de referência da estatal como nas propostas das empreiteiras. A
análise de centenas de planilhas de preços feita pelos peritos apontam uma
variação entre 6,5% e 48% de sobrepreço nos orçamentos.
O TCU agiu em alguns casos, como nas obras de Aguiarnópolis (TO) e Anápolis-Uruaçu (GO). Em ambos, determinou-se a suspensão cautelar de 10% do valor dos contratos, muito pouco, considerando o volume de recursos utilizados. O tribunal instaurou tomadas de contas especiais em contratos como o da SPA Engenharia, que se recusou a seguir as determinações de repactuação do orçamento.
Um relatório interno da consultoria jurídica da
Valec, obtido por ISTOÉ, mostra que só em dois contratos os fiscais encontraram
sobrepreços de R$ 42 milhões e R$ 40 milhões, respectivamente. Desde o início
da obra, a Valec tem comprado dormentes, fabricados pelas próprias
empreiteiras, a valores 40% superiores ao de outros fornecedores.
Esses dados, além de abastecerem os inquéritos da PF,
levaram o atual presidente da Valec, José Eduardo Castello Branco, a criar uma
força-tarefa para melhorar a fiscalização das obras da Norte-Sul e passar um
pente fino nas obras em
andamento. Talvez por isso, desde que assumiu no lugar de
Juquinha no ano passado, Castello Branco tem sofrido pressões de partidos e
empresários para deixar o cargo.
O perfil técnico do atual presidente da Valec causa
desconforto para um grupo de políticos que se acostumou a gerenciar o orçamento
bilionário da empresa. Escutas telefônicas feitas pela PF com autorização
judicial mostram como se articularam os dirigentes da estatal às vésperas da
faxina determinada pela presidenta Dilma Rousseff, diante das denúncias de
pagamento de propina no Ministério do Transportes.
Em conversa gravada no dia 19 de outubro de 2011,
Juquinha, ciente da iminente dança das cadeiras na Valec, telefona para seu
advogado, Heli Dourado, e pergunta se ele conversou com o “presidente”, segundo
a PF numa referência ao senador José Sarney.
Heli diz que “Sarney conversou com o ministro duas
vezes e não tem mais o que falar com ele; que ele sabe que a pessoa é sua
indicada”. Na conversa, Heli diz ainda que foi até a casa de Sarney para tentar
evitar a queda dos apadrinhados. Segundo a PF, o presidente do Senado foi
atropelado pela decisão do Palácio do Planalto.
Além de “presidente”, Sarney é citado por Juquinha e outros integrantes do grupo pelas alcunhas de “velhinho” e “chefe”. Para a PF, não há dúvidas de que o grupo usava constantemente o nome de Sarney. De acordo com um delegado ouvido por ISTOÉ, as investigações demonstram que o presidente do Senado e o deputado Valdemar da Costa Neto (PR) dividiam os cargos na cúpula da Valec.
A Ferrovia Norte-Sul, no entendimento dos
investigadores, era uma espécie de “menina dos olhos” dos parlamentares. Quem
cuidava dos interesses de Sarney nos contratos da ferrovia, de acordo com a PF,
era Luiz Carlos Oliveira Machado, o então diretor de engenharia da estatal.
Responsável por acompanhar diretamente todas as obras da Valec, Oliveira
Machado é um dos principais alvos dos inquéritos.
Pelas investigações iniciais, ele estaria ligado às
empresas CMT Norte-SUL e Trilha Engenharia, que foram subcontratadas nos lotes
2 e 11 para fornecer maquinário. Sarney informou, por meio de sua assessoria,
que Oliveira Machado não é sua indicação e nem sequer lembra “se conhece essa
pessoa”. Costa Neto, por sua vez, admitiu sua relação com Juquinha e a
indicação para a presidência da Valec, mas disse que não tinha nenhuma
“ascendência administrativa” sobre ele.
Não é a primeira vez que o nome de Sarney surge em
escândalos envolvendo a Ferrovia Norte-Sul. Seu filho Fernando Sarney, citado
na Operação Faktor (Boi Barrica), é investigado por conta de contratos
suspeitos da Valec com a empresa Dismaf para o fornecimento de trilhos.
A empresa, mesmo denunciada pelo Ministério Público
por fraude no fornecimento de fardamento para o Exército, conseguiu entrar na
Valec. Quem intermediou o negócio, segundo a PF, foi o senador Gim Argello
(PTB) e o filho de Sarney. Um dos sócios da Dismaf é Basile Pantazis, que até
estourar o escândalo no ano passado era tesoureiro do PTB.
Entre 2008 e o início de 2011, a Dismaf recebeu mais
de R$ 410 milhões, segundo levantamento das ordens bancárias da Valec feito
pela ONG Contas Abertas. A empresa quase conseguiu um segundo contrato de R$
750 milhões, mas a licitação foi suspensa por determinação do TCU.
fotos:
Adriano Machado/AG. ISTOÉ; Wildes Barbosa/O Popular/Folhapress
FRASE DO DIA
Antes mesmo de o
Supremo Tribunal Federal (STF) dar início ao julgamento do mensalão, o
ex-deputado Roberto Jefferson mostra que está disposto a arrastar com ele, ao
banco dos réus, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Reeleito presidente
nacional do PTB pela quarta vez consecutiva, Jefferson diz que foi "um
grande equívoco" deixar Lula fora do processo e ameaça:
"Se tentarem
politizar esse julgamento, Lula vai pagar a conta. Vou à tribuna do
Supremo".
Se alguém ainda duvidava, não mais
deveria depois destas declarações de Roberto Jefferson o denunciante do mensalão,
o grande articulador e chefe da quadrilha sempre foi na verdade Lula o Sujo, só
não acredita quem não quer.
Juarez
Capaverde
Até
amanhã.
As
fotos inseridas o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde
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