quarta-feira, 13 de junho de 2012

CHEFE DE QUADRILHA JOSÉ DIRCEU ESTÁ COM MÊDO POIS VAI PARA A CADEIA - ETANOL, MAIS UM MENTIRA DO GRANDE LÍDER LULA O MENTIROSO


Bom dia, o Chefe de Quadrilha José Dirceu está entrando em desespero, já foi avisado por seus advogados que pode ser preso logo após o julgamento do mensalão, suas atitudes dos últimos dias nos mostram que de fato o cara está de “calças na mão” sabendo que as provas em poder do STF encaminhadas pela Procuradoria Geral da União são consistentes, alem dos testemunhos do Sr. Roberto Jefferson e do publicitário Duda Mendonça, por este motivo está tentando nas mídias orquestradas pelo governo com verba pública, se fazer de inocente e joga a culpa na imprensa livre que não está sob o jugo governamental e do PT. Abaixo textos e editoriais de empresas distintas que tratam do assunto sempre com a mesma certeza que o Chefe de Quadrilha é de fato culpado pelas provas anexadas ao processo, inclusive advogados de outros réus já dão declarações que a atitude de Zé Dirceu pode prejudicar ainda mais todos os acusados.  Tenta o Chefe de Quadrilha insuflar o povo para defendê-lo, como se fosse inocente, contando com a ajuda do chefe supremo Lula o Chantagista, usa de tudo ao seu alcance para desvirtuar o julgamento, está forçando uma pressão sobre o STF com as mídias amestradas como se o povo estivesse a seu lado, vai “quebrar a cara”, lugar de bandido todo brasileiro honesto sabe é na cadeia, e o Sr. José Dirceu é um bandido dos piores, pois rouba do povo pobre deste país que paga impostos altíssimos para manter este governo podre do PT e sua cambada de aproveitadores. Leiam;
Juarez Capaverde



13/06/2012

Um ato de desespero de José Dirceu


Leia editorial do Estadão:
A partir de 1.º de agosto, o ex-presidente do PT, ex-ministro da Casa Civil e deputado cassado José Dirceu será julgado pelo Supremo Tribunal Federal (STF) por formação de quadrilha e corrupção ativa. Pelo primeiro delito, poderá ser condenado a até três anos de prisão. Pelo segundo, a até 12. O então procurador-geral da República que o denunciou ao Supremo em 2005, Antonio Fernando de Souza, apontou Dirceu como “chefe da quadrilha” ou da “sofisticada organização criminosa” que produziu o mensalão, a compra sistemática de apoio de deputados federais ao governo Lula.

A denúncia ao STF foi aceita por unanimidade. No ano passado, o atual procurador, Roberto Gurgel, ratificou o pedido de condenação de Dirceu e de 35 outros réus (dos 40 citados da primeira vez, 1 faleceu e outro fez acordo para ser excluído do processo; para 2 outros, um dos quais, Luiz Gushiken, colega de Dirceu no Ministério, Gurgel pediu a absolvição.

Dirceu alega inocência e se diz alvo histórico do “monopólio da mídia”. A imprensa desejaria vê-lo destruído não pelos seus atos no governo Lula, mas pelo que decerto ele considera ser o conjunto da sua obra como o maior líder revolucionário socialista do Brasil contemporâneo, uma espécie atípica de Che Guevara que não fez guerrilha, escapou de ser eliminado e chegou ao poder graças à democracia burguesa. O julgamento que o aguarda, disse dias atrás aos cerca de mil estudantes presentes ao 16.º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista, ligada ao PC do B, no Rio, será a “batalha final”.

Desde os tempos da militância estudantil, ele sempre se teve em alta conta. “Batalha final” é não só uma expressão encharcada de heroísmo, que pode ser usada da extrema direita à extrema esquerda, mas é consanguínea da “luta final” dos “famélicos da terra”, nas estrofes da Internacional, o célebre hino revolucionário francês de 1871.

Do alto de sua autoestima e na vestimenta de vítima que enverga, até que faria sentido ele propagar que o julgamento no STF representará o momento culminante do confronto de proporções épicas que nunca se furtou a travar em defesa de seus ideais. Mas a arena que ele tem em mente é outra - e outros também os combatentes.

“Essa batalha deve ser travada nas ruas também”, conclamou, “se não a gente só vai ouvir uma voz pedindo a condenação, mesmo sem provas (a dos veículos de comunicação).” Em outras palavras, se a Justiça está sob pressão da mídia para condená-lo, que fique também sob pressão do que seria a vanguarda dos movimentos sociais para absolvê-lo. Se der certo, a voz do povo falou mais alto. Se não der, o veredicto da Corte está desde logo coberto de ilegitimidade, como se emanasse de um tribunal de exceção.

Em 2000, dois anos antes da primeira eleição de Lula, Dirceu conclamou o professorado paulista a “mais e mais mobilização, mais e mais greve, mais e mais movimento de rua”, porque eles - os tucanos como o governador Mário Covas - “têm de apanhar nas ruas e nas urnas”.

Pouco depois, no dia 1.º de junho, o governador, já debilitado pelo câncer que o mataria no ano seguinte, foi covardemente agredido por manifestantes diante da Secretaria da Educação, no centro de São Paulo.

Depois, Dirceu quis fazer crer que não incentivara o ataque: foi tudo “força de expressão”. Não há, portanto, motivo para surpresa quando ele torna a invocar “as ruas”. Na sua mentalidade ditatorial - em privado, desafetos petistas já o qualificaram de “stalinista irrecuperável” -, ele se esquece até do dito marxista de que a história se repete como farsa.

Como já se lembrou, o então presidente Collor conclamou a população a protestar contra a tentativa de destituí-lo. A população, especialmente os jovens, aproveitou para pedir o seu impeachment.

Como também já se lembrou, hoje em dia os jovens nem sequer saem de casa em defesa de bandeiras mais nobres, a começar pelo repúdio à impunidade dos corruptos, que dirá para assediar o STF no caso do principal réu de um caso de corrupção comparável apenas, talvez, aos dos escândalos da República de Alagoas. Mas é óbvio que a tentativa rudimentar de intimidação repercutirá no tribunal. Se Dirceu não se deu conta disso é porque, como Lula já disse, ele está mesmo “desesperado”.







às 16:29 \ Direto ao Ponto

Augusto Nunes de Veja

A Marcha pela Impunidade dos Bandidos pode mostrar o tamanho da tropa de Dirceu

Vencido pelo padeiro de Ibiúna em 1968, paralisado pelo medo nos anos 70, debilitado pela arrogância crescente nas décadas seguintes, José Dirceu foi definitivamente derrotado pelo tamanho do prontuário em 2005, quando se descobriu que o chefe da Casa Civil do governo Lula também chefiava a quadrilha do mensalão. Mas o revolucionário de araque está sempre pronto para perder mais uma, constatou o post publicado neste espaço em junho de 2010.

Continua o mesmo, avisa a discurseira beligerante no congresso nacional de uma certa União da Juventude Socialista. Assustado com a aproximação de 1° de agosto, quando o Supremo Tribunal Federal começará a decidir o destino dos mensaleiros, Dirceu pediu à plateia, como Fernando Collor às vésperas da queda, que não o deixe só. “Todos sabem que este julgamento é uma batalha política”, fantasiou o réu soterrado por provas que permitem condená-lo por corrupção ativa e formação de quadrilha.

Depois de tirar do armário o trabuco imaginário, declarou-se pronto para a guerra. “Essa batalha deve ser travada nas ruas também, porque senão a gente só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas”, caprichou Dirceu na pose de inocente injustiçado. “É a voz do monopólio da mídia. Eu preciso do apoio de vocês”. O combatente que nunca lidou com balas de chumbo não se emenda.  Ele vive reprisando o blefe que inaugurou em 2005, logo depois de perder o emprego por excesso de patifarias.

”Vou percorrer o país para mobilizar militantes do PT, dos sindicatos e dos movimentos sociais”, preveniu o então deputado federal num encontro do partido em São Paulo. ”Temos de defender o governo de esquerda do presidente Lula do golpe branco tramado pela elite e por conservadores do PSDB e do PFL”. Passou as semanas seguintes mendigando socorro até aos contínuos da Câmara, teve o mandato cassado em dezembro e deixou o Congresso chamando o porteiro de “Vossa Excelência”.

Passados sete anos, o sessentão que finge perseguir o socialismo enquanto caça capitalistas com negócios a facilitar assumiu formalmente o comando do regimento de mensaleiros que luta para livrar-se da cadeia. Sempre dedilhando a lira do delírio, promete liderar mais uma ofensiva do que chama de “forças progressistas e movimentos populares”, codinome que abrange os pelegos da União Nacional dos Estudantes Amestrados, os vigaristas das centrais sindicais, os blogueiros estatizados e outras aberrações que só esbanjam competência no assalto aos cofres públicos.

E que ninguém se atreva a acionar os instrumentos de defesa do Estado de Direito, previne. Como informa a novilíngua do stalinismo farofeiro, usar a polícia para conter badernas é “repressão política”. Lembrar que, por determinação constitucional, figura entre as atribuições das Forças Armadas a neutralização de ameaças à ordem democrática é coisa de golpista. No país que Lula inventou, a corrupção institucionalizada só existe na imaginação da mídia golpista.

Nesse Brasil Maravilha, Erenice Guerra é uma dama de reputação ilibada, Antonio Palocci prosperou honestamente, Dilma Rousseff é uma pensadora, Lula é o gênio da raça e o partido segue honrando a frase que Dirceu declamava fantasiado de vestal: “O PT não róba nem deixa robá”. O  mensalão, claro, é uma farsa montada pela imprensa. E os que ousam defender a lei não sabem com quem estão falando.

“Como se trata de uma batalha política, mostraremos nossa força”, blefou de novo o guerrilheiro que nunca lidou com balas de chumbo. O mais recente surto do mitômano sem cura reafirma que, para ele, o País do Carnaval não consegue enxerrgar diferenças entre fato e fantasia. Como não para de repetir-se, faço questão de repetir-me: um ataque de tropas comandadas por um Zé Dirceu só consegue matar de rir.

Qualquer torcida organizada de time de futebol mobiliza mais militantes que o PT. As assembleias sindicais são tão concorridas quanto uma reunião de condomínio. Sem as duplas sertanejas, os brindes e a comida de graça, as comemorações do 1° de Maio juntariam menos gente que quermesse de lugarejo. Os movimentos sociais morreriam de inanição uma semana depois de suprimida a mesada federal.

“Guerreiro do povo brasileiro!”, berram algumas dezenas de milicianos durante os palavrórios do general da banda podre. Estão todos convidados a exibir seu poder de fogo com um desfile paramilitar na Avenida Paulista, aberto pelo revolucionário de festim e engrossado por todos os integrantes do exército fora-da-lei. Seria a primeira Marcha pela Impunidade dos Bandidos desde o Dia da Criação.
Augusto Nunes



Política

Pressão de Dirceu ao STF é erro, dizem advogados


Agência Estado
Advogados de réus do processo do mensalão discordam da iniciativa do ex-ministro José Dirceu de convocar lideranças estudantis e movimentos sociais a irem para as ruas em defesa do grupo acusado de envolvimento no principal escândalo de corrupção do governo do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva.

De acordo com os defensores ouvidos pelo Grupo Estado, a hora é de enfrentar o julgamento marcado para começar no Supremo Tribunal Federal (STF) em 1º. de agosto e não de incentivar a pressão popular contra os ministros. Um dos advogados disse que a defesa de José Dirceu deveria aconselhá-lo a não falar mais sobre o julgamento.

A expectativa é de que o STF demore pelo menos um mês para julgar o processo que tem 38 réus. Se isso se confirmar, o veredicto deverá sair em setembro, às vésperas da eleição municipal de outubro. Para o presidente do Supremo, Carlos Ayres Britto, a população aceitou a marcação do julgamento para esse período. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.




Volta a farsa do ‘golpe do mensalão’ (Editorial)

O Globo Editorial

A proximidade do julgamento do mensalão agita os espíritos militantes e passionais, mesmo aqueles mais sofisticados, revestidos de uma camada de educação e fineza.

Já houve a atrapalhada intervenção do ex-presidente Lula no encontro indevido com o ministro do Supremo Gilmar Mendes, um dos juízes do processo, intermediado pelo também ex-presidente da Corte Nelson Jobim. Artilharia no próprio pé, pois a iniciativa deve ter levado o STF a acelerar o calendário do julgamento.

Passou, também, o gesto infanto-juvenil do mensaleiro José Dirceu de conclamar estudantes a ir às ruas, no estilo “Cinelândia 1968”, para defendê-lo perante os 11 magistrados do Supremo. Teatral e inócuo, por óbvio.

No fim de semana, foi a vez de o ex-ministro da Justiça no primeiro governo Lula, Marcio Thomaz Bastos, no programa “Ponto a Ponto”, da TV Bandeirantes, entrar em ação, de forma mais sutil, ao seu estilo.

Ministro quando explodiu o escândalo, em 2005, e hoje advogado de um dos réus, José Roberto Salgado, ex-diretor do Banco Rural, instituição acusada de participar da operação de lavagem daquele dinheiro, Thomaz Bastos explora um tema caro a certos petistas: a suposta interferência da imprensa profissional no caso.

Teme o advogado o que chama de “publicidade opressiva” dos meios de comunicação independentes contra os réus. De forma elegante, até oblíqua, o advogado repõe em circulação a tese surrada e risível de que uma “imprensa golpista” inventara o mensalão e, em seguida, tratara de prejulgar os denunciados pelo Ministério Público. A tese até recebeu a unção de uma certa intelligentzia petista.

Agora, na visão de Thomaz Bastos, influenciáveis ministros do STF, sufocados por uma “publicidade opressiva”, se preparam para executar a condenação orquestrada.

Ora, quem denunciou o mensalão foi um dos participantes dele, o ex-deputado Roberto Jefferson (PTB-RJ), da base do governo.

O esquema de desvio de dinheiro público e privado para comprar apoio parlamentar ao governo não surgiu de qualquer laboratório de maquiavelismos oculto em alguma redação. Foi escancarado numa entrevista de Jefferson à “Folha de S.Paulo”.

Lula não iria fazer um pedido público de desculpas à população por algo inexistente (embora tenha aderido depois à tese conspiratória). Tanto que os maiores desdobramentos políticos do caso foram a cassação dos mandatos de Roberto Jefferson e do principal denunciado, José Dirceu, deputado pelo PT paulista.

Impossível mascarar a verdade de que a imprensa profissional é movida por fatos. Já a opinião sobre eles é exposta de maneira translúcida no espaço dos editoriais.

E é fato, por exemplo, que, em 2006, o então procurador-geral da República, Antônio Fernando de Souza, ofereceu denúncia contra os mensaleiros ao Supremo.

Outro fato: no ano seguinte, os ministros consideraram consistentes os argumentos do MP para abrir o processo, no qual Dirceu é tachado de chefe de uma “organização criminosa”.

E serão fatos condenações e absolvições a serem decididas no julgamento que se inicia em agosto. Nada mais nem menos do que isto.


II-

A vergonha que iremos passar nesta Rio + 20 está explicitada numa das bazofias do líder máximo Lula, o Enganador contadas ainda em tempo que era Presidente deste país, tentou o grande sábio através do Etanol de Cana nos tornar auto-suficientes em combustível e no seu grande potencial energético estavam resolvidos nossos problemas, como tudo que o Sr. Lula criou no Brasil das Maravilha, mais uma de suas espertezas para a publicidade do governo, está indo por “água abaixo”, ou melhor, já foi, hoje ao invés de sermos exportadores, estamos é importando etanol (um milagre de Lula) dos americanos, com muita mais propriedade o artigo do Professor Marco Favas Neves da USP nos esclarece o que aconteceu e o que está por vir com a ineficiência do governo, como em todos os setores o está acontecendo, também neste, a “mão” do governo só nos trará prejuízos. Leiam;
Juarez Capaverde



O naufrágio do etanol de cana é a maior vergonha do Brasil na Rio + 20, que começa amanhã



A Rio+20 acontecerá a partir de amanhã, no Rio: bom momento para criar o movimento “Veta Gasolina, Presidente Dilma”? (Foto: Valter Campanato / ABr)

A Conferência das Nações Unidas sobre Desenvolvimento Sustentável, a Rio+20 será realizada a partir de amanhã, dia 13, até o dia 22 de junho, no Rio de Janeiro. A Rio+20 é assim conhecida porque marca os vinte anos de realização da Conferência das Nações Unidas sobre Meio Ambiente e Desenvolvimento (Rio-92).


A propósito, publico artigo de Marcos Fava Neves, professor titular de planejamento e estratégia na Faculdade de Economia e Administração da USP (Campus Ribeirão Preto), consultor e autor de livros sobre a indústria sucro-alcooleira.

O NAUFRÁGIO DO ETANOL DE CANA É A MAIOR VERGONHA DO BRASIL NA RIO+20

Um dos nossos negócios mais promissores, o sucro-energético, vem naufragando nos últimos anos, numa tragédia amplamente anunciada, com visíveis prejuízos à sociedade brasileira. Aqui não trarei os números existentes para todas estas colocações, mas os fatos que levaram ao naufrágio.

A cana foi reconhecida por cientistas como uma das plantas mais aptas para transformar a energia do sol em energia renovável. De seu processamento gera-se o açúcar, o etanol, a eletricidade, o plástico, além de muitos outros produtos. Via engenharia genética de levedura, gera-se o diesel, o querosene e a gasolina, tudo renovável para a demandante sociedade mundial. Este setor energético traz poder e conforto ao Brasil, milhões de empregos, grandes exportações e reduz importações, num claro beneficio à sociedade.

Grandes investimentos foram feitos por empresas de Petróleo, tradings americanas, europeias e asiáticas, cooperativas de produtores agrícolas franceses, grupos nacionais, entre outros que acreditaram na cana e no etanol. Apesar de fundamentos fortemente favoráveis, hoje estes ativos não apresentam rentabilidade, o setor não cresce mais e investidores estão arrumando as malas, o que gera um prejuízo, também de imagem e credibilidade.

A falta de rentabilidade é consequência de preços não remuneradores e custos de produção elevados, advindas de três conjuntos de fatores. Os primeiros dois, ineficiências do setor produtivo e fatores de mercado (principalmente os preços internacionais do açúcar) têm um terço de responsabilidade e serão tema de outro artigo. O terceiro, com dois terços de responsabilidade, é a equivocada política do governo brasileiro, principalmente o federal.


Usina de etanol: uma única empresa de São Paulo tem 40 delas para vender, sinal de um setor sem rumo (Foto: Lia Lubambo / Exame.com)

Erros do governo — e o que poderia fazer imediatamente
Exigências e ineficiências do governo geraram sensíveis aumentos de custos, o etanol de cana recebe quase o mesmo elevado tributo que a poluente gasolina e a energia elétrica limpa e renovável advinda da cana tem a mesma falta de reconhecimento. Com isto, o governo não privilegia fontes renováveis e limpas.

O governo controla o preço da gasolina e coloca um teto no preço do etanol. É um claro processo de dumping feito pela Petrobras, obrigada a importar gasolina e vender no mercado interno a um preço menor que o pago, com prejuízo à empresa, à seus acionistas e ao setor de cana, onde também é acionista.

Duas rápidas ações do governo, que vêm sendo solicitadas há anos, trariam efeito imediato: um ligeiro aumento no preço da gasolina e uma redução tributária do etanol e da eletricidade da cana.

E nos tornamos compradores de álcool dos EUA!

Ao mesmo tempo, nos EUA, o programa de combustíveis renováveis usando o etanol de milho, visivelmente menos competitivo que o etanol de cana, cumpriu o seu papel. Lá existe uma política pública clara, estratégica e bem desenhada.

Ganhou a sociedade americana, que com o etanol de milho, gerou trabalho e produção, interiorizou desenvolvimento, criou empregos e tributos, produziu internamente combustível renovável, reduziu sua dependência de importação de petróleo, reduziu emissões de carbono e por fim, ganhou um produto exportável.

Por mais incrível que possa parecer, os EUA encontraram no Brasil, o seu antigo parceiro das lutas em favor do fortalecimento do etanol como commodity mundial, um grande comprador do seu etanol.


"Nos EUA, o programa de combustíveis renováveis usando o etanol de milho, visivelmente menos competitivo que o etanol de cana, cumpriu o seu papel" (Foto: Getty Images)

A expansão da cana poderia ser feita com desmatamento zero

É interessante observar que o etanol de cana é um combustível limpo e renovável, de emissão praticamente zero, quando considerada toda sua cadeia produtiva. Seus competidores são altamente poluentes.

Pesquisa divulgada na revista Nature comprovou que a cana esfria a temperatura nas regiões onde está sendo produzida. É uma planta que, com inovação, pode produzir três vezes mais na mesma área. Sua grande expansão no Brasil envolveria desmatamento zero.

Porém, apesar de todos os benefícios ambientais, sociais e econômicos que sua produção e uso trás, a cana não desperta os interesses destes mobilizados brasileiros e estrangeiros das ONGs, cartunistas e artistas que aderiram à competentemente orquestrada campanha “Veta Tudo Dilma”, feita para o Código Florestal. Fica aqui lançada a sugestão para que esta gente possa, com a mesma força e mobilização, criar o movimento “Veta Gasolina, Presidente Dilma”. Seria um importante e coerente apoio.

Lula alardeou os benefícios do etanol de cana e a “autossuficiência” em petróleo: hoje, importamos petróleo, gasolina e etanol norte-americano.

Há muito tempo, e mais fortemente desde a crise do final de 2008, em discursos, entrevistas e textos clamamos por uma política pública, por uma estratégia de médio e longo prazo que privilegie no Brasil as fontes renováveis de energia. Faltou sensibilidade econômica, ambiental e social no governo.

Nosso comunicativo ex-presidente fez o elogiável trabalho de alardear ao mundo os benefícios ambientais, econômicos e sociais do etanol de cana, prometendo que seriamos grandes produtores e exportadores, e também a imagem de sua mão suja de petróleo no dia do anúncio da “autossuficiência” do Brasil circulou por todos os lugares.

Pouco tempo após, somos importadores de petróleo, de gasolina, de etanol norte-americano, o etanol de cana perdeu participação no mercado interno e perdemos espaço no mercado mundial de açúcar.

Políticas públicas coerentes, se vierem, virão tarde: o estrago já foi feito

Prejuízo geral para nossa sociedade, mais um caso evidente de discurso desalinhado com a prática. Muitos tem memória curta, alguns não.

Políticas públicas coerentes precisam vir e se sabe quais são as necessárias. Mas já virão tarde.

O estrago já foi feito, o prejuízo à sociedade e aos empresários do setor é quantificável e aumenta ano a ano.

É difícil recuperar rápido este apagão de quatro anos, muitos postos de trabalho já foram perdidos, impostos deixaram de ser coletados, exportações minguaram, importações já foram consumidas e a luta contra a inflação perdeu um aliado.

Fica registrado no currículo de quem esteve à frente neste período da gestão, o naufrágio do etanol de cana, a maior vergonha do Brasil na Rio+ 20.


FRASE DO DIA

“Nunca imaginei na minha vida que um aviso iria gerar tanto ódio e tanta perseguição.”


Governador Marconi Perillo (GO), sobre o aviso a Lula da existência do mensalão, em 2004






E a cada dia mais vamos conhecendo este governo que é o mais mentiroso e corrupto que já tivemos neste Brasil de tantas belezas e de tantos homens públicos de imenso valor, estamos passando por dias que ficarão na história, como dias sujos e infectos, e sabemos que o pior é que ainda teremos que agüentar mais quase 3 anos desta incompetência administrativa sem igual, e com o roubo constante do dinheiro público através de maracutais orquestradas pelo partido no poder o PT, espero tenhamos tempo de ainda podermos reverter este quadro, e que, possamos mandar esta cambada para a cadeia onde é o lugar que deveriam estar.
Juarez Capaverde






Até amanhã






As fotos inseridas nos textos o foram pelo blogueiro. Juarez Capaverde

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