Bom dia amigos, novamente
um belo texto de Marco Antonio Villa sobre o Chantagista fracassado Luiz Inácio
Lula da Silva, a história por quem conhece a trajetória deste infeliz que
deveria agradecer a Deus ter chegado aonde chegou com tão poucos méritos pessoais,
porem prefere a Ele se igualar em sua demência atual, que só agora está latente,
mas já se encontrava dentro deste ser tão infecto e danoso ao povo e a política
brasileira, quando a história é contada por alguém isento e de honestidade
ilibada, sabe-se que o Sr. Lula sempre agiu da mesma maneira, mas com muita
perspicácia, não há dúvidas sua loucura nunca o tornou bobo, mas muito esperto
para ocultar esta face hedionda de seu ser, como já citei aqui, (para mim,
diferente da visão do Professor Villa que o identifica à Dom Sebastião numa
visão também perfeita), ele se identifica com o personagem famoso do romance O Médico e
o Monstro de autoria do escocês Robert Louis Stevenson, Dr. Jekyll, com duas
personalidades personificadas como o Bem e o Mal, (O Médico e o Monstro, obra-prima do escritor Robert L. Stevenson, já conhecido por seu livro A Ilha do
Tesouro, tornou-se famoso na época em que foi lançado, em 1886, por sua
atmosfera sombria e seu clima de inequívoco terror e tensão. A trama é
desenvolvida por diversas vozes narrativas, que transmitem ao leitor seus
pontos de vista sobre a história do médico Dr. Jekyll , honesto e virtuoso, que
tenta, em suas experiências científicas, dividir sua face boa e sua natureza
má.
É
assim que nasce o pavoroso Mr. Hyde, materialização de suas inclinações
perversas, através de uma fórmula química elaborada secretamente no laboratório
do Dr. Jekyll, que procura manter sua criatura sob estrito controle. No início
ele alcança seus intentos, mas aos poucos vai encontrando dificuldades para
retomar sua personalidade primordial, discreta e circunspecta.
Com
o passar do tempo, e impossibilitado de produzir mais doses de sua fórmula, o
médico é dominado pelo monstro, o qual é condenado por homicídio. Ciente de que
sua outra metade é acusada de cometer um crime, o doutor se desespera e recorre
a uma atitude radical.
Este
enredo foi inspirado por uma história real, a de um marceneiro de Edimburgo,
vítima de dupla personalidade; William Brodie era um simples profissional à luz
do dia, mas à noite ele assaltava as residências dos habitantes da cidade). A
fórmula que levou Lula ao seu estágio atual foi ter sido eleito para a
Presidência do Sindicato dos Metalúrgicos e depois para a Presidência da
República, onde se materializou sua maldade tal qual Dr. Jekyll, não mais
voltou ao seu estado normal, ficando sua personalidade má com o domínio de seus
atos, pena que ele não tomou ainda a atitude radical tomada pelo Dr. Jekyll,
aqui propositalmente vou excluir esta parte da história, para todos que venham
a ler o livro possam compreender todo seu conteúdo. Leiam abaixo o texto do
Professor Villa;
Juarez
Capaverde
Dom Sebastião voltou (um retrato de Lula).
Postado por Villa em 16/06/2012Dom Sebastião voltou
16 de junho de 2012 | 3h 05
Marco
Antonio Villa - O Estado de S.Paulo
Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter princípio,
tanto moral, ético ou político. O importante, para ele, é obter algum tipo de
vantagem. Construiu a sua carreira sindical e política dessa forma. E, pior,
deu certo. Claro que isso só foi possível porque o Brasil não teve - e não tem
- uma cultura política democrática.
Somente quem não conhece a carreira do ex-presidente pode ter ficado
surpreso com suas últimas ações. Ele é, ao longo dos últimos 40 anos, useiro e
vezeiro destas formas, vamos dizer, pouco republicanas de fazer política.
Quando apareceu para a vida sindical, em 1975, ao assumir a
presidência do Sindicato dos Metalúrgicos de São Bernardo do Campo, desprezou
todo o passado de lutas operárias do ABC. Nos discursos e nas entrevistas,
reforçou a falácia de que tudo tinha começado com ele. Antes dele, nada havia.
E, se algo existiu, não teve importância. Ignorou (e humilhou) a memória dos
operários que corajosamente enfrentaram - só para ficar na Primeira República -
os patrões e a violência arbitrária do Estado em 1905, 1906, 1917 e 1919, entre
tantas greves, e que tiveram muitos dos seus líderes deportados do País.
No campo propriamente da política, a eleição, em 1947, de Armando
Mazzo, comunista, prefeito de Santo André, foi irrelevante. Isso porque teria
sido Lula o primeiro dirigente autêntico dos trabalhadores e o seu partido
também seria o que genuinamente representava os trabalhadores, sem nenhum
predecessor.
Transformou a si próprio - com o precioso auxílio de intelectuais
que reforçaram a construção e divulgação das bazófias - em elemento divisor da
História do Brasil. A nossa história passaria a ser datada tendo como ponto
inicial sua posse no sindicato. 1975 seria o ano 1.
Durante décadas isso foi propagado nas universidades, nos debates
políticos, na imprensa, e a repetição acabou dando graus de verossimilhança às
falácias. Tudo nele era perfeito. Lula via o que nós não víamos, pensava muito
à frente do que qualquer cidadão e tinha a solução para os problemas nacionais
- graças não à reflexão, ao estudo exaustivo e ao exercício de cargos
administrativos, mas à sua história de vida.
Num país marcado pelo sebastianismo, sempre à espera de um
salvador, Lula foi a sua mais perfeita criação. Um dos seus
"apóstolos", Frei Betto, chegou a escrever, em 2002, uma pequena
biografia de Lula. No prólogo, fez uma homenagem à mãe do futuro presidente.
Concluiu dizendo que - vejam a semelhança com a Ave Maria - "o Brasil
merece este fruto de seu ventre: Luiz Inácio Lula da Silva". Era um
bendito fruto, era o Messias! E ele adorou desempenhar durante décadas esse
papel.
Como um sebastianista, sempre desprezou a política. Se ele era o
salvador, para que política? Seus áulicos - quase todos egressos de pequenos e
politicamente inexpressivos grupos de esquerda -, diversamente dele, eram
politizados e aproveitaram a carona histórica para chegar ao poder, pois quem
detinha os votos populares era Lula.
Tiveram de cortejá-lo,
adulá-lo, elogiar suas falas desconexas, suas alianças e escolhas políticas. Os
mais altivos, para o padrão dos seus seguidores, no máximo ruminaram baixinho
suas críticas. E a vida foi seguindo.
Ele cresceu de importância não pelas suas qualidades. Não,
absolutamente não. Mas pela decadência da política e do debate. Se aplica a ele
o que Euclides da Cunha escreveu sobre Floriano Peixoto: "Subiu, sem se
elevar - porque se lhe operara em torno uma depressão profunda. Destacou-se à
frente de um país sem avançar - porque era o Brasil quem recuava, abandonando o
traçado superior das suas tradições...".
Levou para o seu governo os mesmos - e eficazes - instrumentos de
propaganda usados durante um quarto de século. Assim como no sindicalismo e na
política partidária, também o seu governo seria o marco inicial de um novo
momento da nossa história. E, por incrível que possa parecer, deu certo. Claro
que desta vez contando com a preciosa ajuda da oposição, que, medrosa, sem
ideias e sem disposição de luta, deixou o campo aberto para o fanfarrão.
Sabedor do seu poder, desqualificou todo o passado recente,
considerado pelo salvador, claro, como impuro. Pouco ou nada fez de original.
Retrabalhou o passado, negando-o somente no discurso.
Sonhou em permanecer no poder. Namorou o terceiro mandato. Mas o custo
político seria alto e ele nunca foi de enfrentar uma disputa acirrada. Buscou
um caminho mais fácil. Um terceiro mandato oculto, típica criação macunaímica.
Dessa forma teria as mãos livres e longe, muito longe, da odiosa - para ele -
rotina administrativa, que estaria atribuída a sua disciplinada discípula.
É um tipo de presidência dual, um "milagre" do salvador.
Assim, ele poderia dispor de todo o seu tempo para fazer política do seu jeito,
sempre usando a primeira pessoa do singular, como manda a tradição
sebastianista.
Coagir ministros da Suprema Corte, atacar de forma vil seus
adversários, desprezar a legislação eleitoral, tudo isso, como seria dito num
botequim de São Bernardo, é "troco de pinga".
Ele continua achando que tudo pode. E vai seguir avançando e pisando
na Constituição - que ele e seus companheiros do PT, é bom lembrar, votaram
contra.
E o delírio sebastianista segue crescendo, alimentado pelos
salamaleques do grande capital (de olho sempre nos generosos empréstimos do
BNDES), pelos títulos de doutor honoris causa (?) e, agora, até por um museu a
ser construído na cracolândia paulistana louvando seus feitos.
E Ele (logo teremos de nos referir a Lula dessa forma) já disse que
não admite que a oposição chegue ao poder em 2014. Falou que não vai deixar.
Como se o Brasil fosse um brinquedo nas suas mãos. Mas não será?
MARCO ANTONIO VILLA, HISTORIADOR, É PROFESSOR DA ,
UNIVERSIDADE FEDERAL DE SÃO CARLOS (UFSCAR)
II-
Lula e seus delírios são
percebidos por todos que o acompanham de
a muito, continua cada vez mais a mostrar esta personalidade descrita pelo
Professor Villa, abaixo texto do jornalista Augusto Nunes em seu post na
revista Veja que com muita propriedade nos descreve outra das faces de Lula o
Todo Poderoso e suas falácias. Leiam;
17/06/2012
às 9:56 \ Direto ao Ponto
Para eleger o novo, Lula junta no palanque do PT a ex-prefeita que expulsou no século passado e um velho conhecido da Interpol
“Luiz Inácio Lula da Silva tem como princípio não ter
princípio, tanto moral, ético ou político”, começa o brilhante artigo de Marco
Antonio Villa. Homens assim se dispensam de compromissos com o que dizem,
berram as estrondosas colisões entre a prática e o discurso da metamorfose
malandra. Villa demonstra que tem sido assim desde 1975. Não poderia ser
diferente na temporada eleitoral deste ano.
No Programa do Ratinho, por exemplo, Lula invocou no
critério da certidão de nascimento para justificar a escolha do candidato do PT
à prefeitura de São Paulo. “Por que o Fernando Haddad?”, levantou a bola o
apresentador. Decidido a acentuar a suposta vantagem dos 51 anos do ex-ministro
da Educação sobre os 70 do adversário tucano José Serra, o palanqueiro
oportunista aposentou sem anestesia a companheira Marta Suplicy.
“Convivi com a Marta durante trinta anos”, informou.
“Era o momento da gente apresentá uma coisa nova pra São Paulo. A população
votará no novo porque quer mudança em São Paulo”. Convidado a subir ao palco
pelo apresentador, o candidato recitou com muita aplicação o palavrório ditado
pelo principal slogan da campanha: “Um homem novo para um tempo novo”. E
concordou com o chefe: o eleitorado de São Paulo quer ver pelas costas quem já
administrou a cidade.
Nesta sexta-feira, Haddad fingiu que nunca esteve no
Programa de Ratinho, nem sabe quem é o marqueteiro da campanha, para comunicar
oficialmente (sem ficar ruborizado) que a candidata a vice é a deputada federal
Luiza Erundina. Indicada pelo PSB, Erundina foi prefeita de 1989 a 1992. Vai
completar 78 anos em novembro. E ambos se enfiaram na mesma saia justa quando
os jornalistas perguntaram se estão satisfeitos com a aliança, costurada por
Lula e Dilma Rousseff, que colocou no colo da dupla Paulo Maluf e seu PP.
Hoje com 80 anos, o novo aliado foi prefeito entre
1969 e 1971, nomeado pelo governo militar, e voltou a ocupar o cargo de 1993 a
1996. Quase conseguiu quebrar São Paulo. Escolheu Celso Pitta para completar a
obra de destruição e nunca mais conseguiu vencer uma disputa majoritária. Em
troca do apoio a Haddad e Erundina, a afilhada de Lula acaba de doar-lhe um
cofre (disfarçado de “Secretaria”) no Ministério das Cidades. Terá de gastar o
lucro por aqui: a Interpol mantém o nome de Maluf na lista dos mais procurados
em todo o mundo. A partir de segunda-feira, poderá encontrá-lo no palanque do
PT.
Como só sabe falar do novo, Haddad perturbou-se
quando instado a explicar o súbito apreço pelo antigo pesadelo. Um repórter
quis saber como se sentirá ao lado de Maluf. Resposta transcrita do vídeo gravado pelo UOL: “Olha…veja bem…quando você faz uma
composição política, você tem que ter o princípio. Se você olhar cada partido
individualmente, você vai fazer…é…a tua avaliação sobre… é… A, B, ou C”. Nem
Dilma Rousseff chegou a tanto.
Lula não compareceu à festa que juntou duas gerações
do PT. Uma é que expulsou Erundina porque aceitou ser ministra do presidente
Itamar Franco. Outra é que topa qualquer negócio, até com Maluf. O partido
virou rebanho. Lula continua o mesmo. O repertório de vigarices é cada vez
maior. Quando não sabe o que dizer, ele agora se recolhe ao Sírio Libanês,
perde a voz por dois dias e reaparece com cara de quem não tem nada com isso.
Nunca teve.
Augusto Nunes
III-Chefe de Quadrilha José Dirceu
Transcrevo abaixo a
reportagem especial publicada na revista Isto É sobre o Chefe de Quadrilha José
Dirceu e suas movimentações, que já começaram, tentando escapar da punição do
mensalão, agindo em diversas frentes, o chefe de Quadrilha espera desqualificar
as acusações contra si, ainda bem, como já lemos esta semana, os investigadores
dos fatos também vieram a público darem suas versões por terem participado
ativamente de tudo o relacionado ao que se sabe da forma de agir do Sr. José
Dirceu naquele momento. Apesar de seus advogados, estão em seu direito, negarem
as provas da participação do quadrilheiro, testemunhos pessoais, e provas
consistentes estão anexado ao processo, por isto o medo do Chefe de Quadrilha
que sabe será condenado pela justiça, e pelo povo brasileiro pelo roubo
efetuado aos cofres públicos, que nada mais é do que dinheiro nosso, pagadores
de impostos deste país. Leiam à reportagem é de fato esclarecedora;
Juarez Capaverde
Dirceu arma seu bunker
Publicado pela revista Isto ÉO ex-ministro contrata um batalhão de advogados e assessores, vai municiar as redes sociais e articula manifestações de apoio para enfrentar o julgamento no STF
Sérgio PardellasFoto da pedra
APELO ÀS RUAS
Dirceu convoca sindicalistas e estudantes
para pressionar por sua absolvição
No sábado 2, trajando blazer preto e camisa azul
clara, o ex-ministro José Dirceu entabulou uma conversa ao pé do ouvido com o
deputado federal Devanir Ribeiro (PT-SP). O bate-papo aconteceu minutos antes
do pré-lançamento de Fernando Haddad à Prefeitura de São Paulo. Dirceu deixava
claro para o deputado, que é compadre do ex-presidente Lula, seu estado de
ânimo para encarar o julgamento do mensalão no STF, onde ele é acusado por
formação de quadrilha e corrupção ativa. “Se eu morrer, será lutando”, disse o
ex-ministro.
A expressão heróica utilizada por José Dirceu
significa que ele está trabalhando duro para enfrentar o julgamento marcado
para começar no dia 1º de agosto. Desde maio, ele prepara um arsenal pesado
para atravessar o que chama de “um dos momentos mais críticos” de sua
trajetória política.
Para não ser condenado a até 12 anos de prisão, e
acabar alijado definitivamente da vida pública, o homem que um dia presidiu o
PT e foi o principal ministro do governo Lula montou um bunker de assessores e
advogados, investiu na contratação de uma empresa especializada em redes
sociais, passou a articular manifestações de apoio com sindicalistas,
intelectuais e artistas e se reaproximou de organizações estudantis. “Você fala
‘oi’ para o Zé e ele fala em julgamento”, contou à ISTOÉ o deputado Devanir. “É
um projeto legítimo dele, tentar mobilizar pessoas e angariar apoios”.
Quem comanda a defesa de Dirceu é José Luiz Oliveira
Lima, dono de um escritório com 11 advogados, localizado no 32º andar do
prestigiado Edifício 50, na Avenida São Luiz, em São Paulo. Aos 45 anos, Juca,
como gosta de ser chamado, especializou-se em Direito Penal, especialmente em
delitos tributários. Já defendeu o banqueiro Daniel Dantas, acusado de lavagem
de dinheiro e crime financeiro. Também teve entre seus clientes famosos o
ex-banqueiro italiano Salvatore Cacciola. Embora esteja ao lado de Dirceu desde
2005, Juca pretende, com a iminência do julgamento, intensificar seu trabalho.
“A partir de agosto, terei de ficar mais tempo em Brasília”, contou à ISTOÉ.
O advogado diz estar seguro de que não há provas
suficientes para condenar seu cliente. “As alegações finais apresentadas pelo
Ministério Público nada mais são do que uma peça de ficção, pois em nenhum
momento apontam de maneira concreta, baseada em provas, os motivos que
justificariam a condenação do ex-ministro”, defende o advogado.
Para espalhar essas ideias da defesa pelo País, José
Dirceu age em várias frentes. Uma das batalhas acontecerá nas redes de
relacionamento. Ele contratou uma firma de ativistas digitais, a Interagentes,
que está encarregada de disseminar pela internet argumentos por sua absolvição,
tentando conquistar formadores de opinião.
Velha conhecida das correntes de esquerda, a
Interagentes já fez trabalhos para o PT e se compromete a travar uma “guerrilha
virtual” por intermédio do twitter e do facebook. A frente de comunicação foi
reforçada com a contratação do jornalista Luiz Fernando Rila, que se licenciou
da empresa FSB para assessorar exclusivamente o ex-ministro durante o
julgamento do mensalão.
Desde o fim do último mês, Rila tem feito a “ponte”
de José Dirceu com a imprensa. Ao seu lado, trabalha Edmilson Machado, afastado
da empresa Máquina da Notícia para dedicar-se a Dirceu. Os dois unem-se a
Aristeu Moreira, responsável há dois anos pelo blog do ex-ministro. Machado
acompanha o noticiário e organiza os discursos do ex-ministro. Caberá a ele
também coordenar as redes sociais. “Faremos uma disseminação de conteúdo”, diz
Machado.
Uma das primeiras tarefas da nova equipe contratada
pelo petista foi estreitar as relações de Dirceu com sindicalistas, artistas,
intelectuais e organizações estudantis. Nos próximos dias, Dirceu participará
de um encontro no Rio de Janeiro com intelectuais e gente do meio artístico. O
evento é organizado pelo produtor cinematográfico, Luiz Carlos Barreto, amigo
de longa data de Dirceu, e por Flora Gil, mulher do cantor e ex-ministro
Gilberto Gil.
O ex-ministro pretende transformar a reunião num ato
público de apoio, insistindo na tese de que é alvo de um processo político e
não jurídico. O discurso é antigo, mas passará a ser entoado com mais força com
a proximidade do julgamento no STF. Os convidados ainda receberão um CD
contendo o resumo das acusações, provas produzidas e argumentos da defesa de
José Dirceu no processo.
Outra reunião, prevista para ocorrer no próximo mês,
está sendo articulada a pedido de Dirceu com a “turma de Ibiúna”, composta por
militantes que foram presos juntos com ele durante o 30º Congresso da UNE em
1968, em Ibiúna, cidade da região metropolitana de São Paulo. “Não sou PT, sou
amigo do Zé”, justificou o médico homeopata, Luiz Bettarello, um dos
integrantes da turma. “Vamos nos solidarizar e buscar ampliar apoio”.
Bettarello diz acreditar na inocência do amigo. “Não há provas contra ele”,
defende.
“A gente dá oi pro Zé e o Zé já fala em jugamento”
Devanir Ribeiro, deputado federal pelo PT-SP
A estratégia de convocar militantes para pressionar
os ministros do STF vem sendo discutida por Dirceu desde o último mês em
churrascos com amigos na sua casa em Vinhedo.
A primeira incursão pública aconteceu no último dia
9, durante o 16º Congresso Nacional da União da Juventude Socialista (UJS),
ligada ao PCdoB, na Universidade do Estado do Rio de Janeiro (Uerj). Para uma
inflamada platéia, Dirceu conclamou os estudantes a irem às ruas defendê-lo no
que chamou de “batalha final”. “Todos sabem que este julgamento é uma batalha
política. E essa batalha deve ser travada nas ruas também porque senão a gente
só vai ouvir uma voz, a voz pedindo a condenação, mesmo sem provas. É a voz do
monopólio da mídia. Preciso do apoio de vocês”, discursou Dirceu, aplaudido
pelos 1.100 estudantes que lotaram o auditório da Uerj.
Apesar dos aplausos, a entidade, no entanto, não
decidiu aderir totalmente, como constatou ISTOÉ. O presidente da UJS disse que
a entidade “ainda irá deliberar” sobre o assunto. “A União não decidiu se fará
mobilizações, mas uma parcela considerável da juventude apóia José Dirceu e
nutre simpatia pela sua trajetória no movimento estudantil”, ponderou André
Tokarski.
De maneira mais discreta, o petista já havia pregado
a mobilização em favor de sua absolvição no STF em pelo menos outras três
reuniões. Em Porto Alegre, há duas semanas, ao lado de integrantes do diretório
nacional do PT, e em Brasília e no Rio de Janeiro, durante congresso da CUT.
Como contou um sindicalista ligado aos bancários que participou de uma dessas
reuniões, Dirceu prega que o caso do mensalão “não passa de uma luta por espaço
político” e que os petistas não podem “baixar a guarda”.
Em um seminário realizado pela turma de Direito da
USP, do Largo São Francisco, no dia 30 de maio, coordenado pelo jurista Dalmo
Dallari, o tema “influência da mídia nos julgamentos” foi abordado e o evento
acabou se transformando num ato de apoio a Dirceu, que, por problemas de
agenda, não esteve presente. Por intermédio de sua assessoria, porém, Dirceu
negou que tivesse organizado o seminário. Ele também nega que os atos de apoio,
ainda por vir, sejam parte integrante de sua estratégia para escapar da
condenação.
As negativas se explicam. Nos últimos dias, Dirceu
foi aconselhado por assessores a evitar, por ora, o tema manifestações
públicas, devido à repercussão negativa já provocada pelo discurso incendiário
feito para os estudantes. A agenda dos próximos encontros está mantida, mas os
eventos serão tratados como discretos e reservados. “A repercussão do evento da
Juventude Socialista acabou sendo muito ruim”, admite um petista ligado ao
ex-ministro.
A história, inclusive, ensina que convocações desse
porte podem sair de controle e até se tornarem um tiro no pé. Em 1992, o então
presidente da República Fernando Collor de Mello, enfrentando as acusações que
levariam a seu impeachment, conclamou a população a sair às ruas vestida de
verde e amarelo, em sinal de apoio. O que se viu, no entanto, foi justamente o
contrário: a maioria dos brasileiros preferiu o preto, como forma de protesto.
A prudência do PT também é motivada pela constatação
de que, embora o ex-ministro mantenha grande a influência na cúpula petista,
ele não controla mais a máquina partidária como antes. Dirceu, com seu estilo
centralizador, deixou ressentimentos dentro do PT e não teria mais condições de
arrastar às ruas um contingente expressivo de militantes leais. O assunto é
evitado pelos cardeais petistas. “Não penso nada a respeito de qualquer tipo de
pressão que o Zé Dirceu possa fazer. Na verdade, prefiro mesmo é ficar longe
desse assunto”, esquiva-se o deputado Cândido Vacarezza (PT-SP).
A própria linha de defesa de Dirceu também provocou
insatisfação, principalmente entre petistas ligados aos demais réus do
mensalão. Nas alegações finais de um documento de 160 páginas produzido no
final do ano passado, José Dirceu afirma que, depois de ter virado ministro,
afastou-se da gestão do PT, o que, portanto, o livra de qualquer
responsabilidade pelo que fez o partido.
Com os argumentos para negação de autoria, a defesa
do ex- ministro repassa a culpa pelo que a Procuradoria da República chamou de
“compra sistemática de apoio de deputados federais ao governo Lula”, para o
colo do ex-presidente da legenda, José Genoino, e do ex-tesoureiro Delúbio
Soares. “A defesa jogou contra os outros petistas envolvidos no processo e por
isso não há disposição de ajudá-lo agora”, reconhece o advogado de um dos
mensaleiros acusados. Ao que parece, somente os réus unidos seriam capazes de
encher vários ônibus de militantes e colocá-los em frente ao STF, como ameaçou
Dirceu no comício para os estudantes.
CHURRASCOS
Dirceu definiu a linha de sua defesa em reuniões
com amigos em sua casa em Vinhedo
Dirceu definiu a linha de sua defesa em reuniões
com amigos em sua casa em Vinhedo
Apesar de constrangimentos nas bases, Dirceu ainda
tem muitos figurões do partido dispostos a brigar por ele e exercerem pressão
nos bastidores. Há duas semanas, por exemplo, os deputados federais petistas
Odair Cunha (MG) e Paulo Teixeira (SP), se reuniram com o ministro do STF Dias
Toffolli, que foi advogado do PT e namora Roberta Maria Rangel, defensora de
três acusados do mensalão.
No partido, Paulo Teixeira é o encarregado de fazer a
conexão entre os acusados, os advogados e os ministros do tribunal. Toffolli
tem sido procurado por representantes do PT pedindo que ele participe do
julgamento, embora a maioria dos ministros defenda, reservadamente, que ele se
declare impedido de julgar os ex-colegas.
Na reunião com os dois deputados, Toffolli pediu para
um assessor sair da sala. Teixeira confirmou a conversa à ISTOÉ. O petista
nega, porém, que ele tenha marcado a audiência a pedido de mensaleiros ou mesmo
de José Dirceu. “Fui tratar de questões minhas. Até porque o Dirceu não precisa
de mim para pedir nada ao Toffoli. Seria como colocar um intermediário para
falar com um filho”, disse Teixeira.
A confirmação do início do julgamento pelo STF
desagradou ao PT. O partido teme que, no calor da campanha eleitoral, o
mensalão torne-se combustível para a oposição e, conseqüentemente, mais
desgaste para os acusados. “Já imaginávamos que ia ter pressão, mas não que
segmentos do Supremo seriam tão suscetíveis assim. Aqui tem ministro do Supremo
com vocação para pop star”, criticou o deputado André Vargas (PR), Secretário
de Comunicação do PT.
“O juiz está acima das manifestações”
Marco Aurélio Mello, ministro do STF
No STF, alguns ministros responsáveis por julgar o
processo insistem em minimizar as pressões. “É legitimo fazer pressões sejam
elas quais forem, de rua ou de bastidores. Juiz está acima dessas
manifestações”, diz o ministro Marco Aurélio Mello. “O STF não marcou a data do
mensalão por pressão pública. O STF não precisa de nenhuma pressão para cumprir
o dever constitucional de julgar os processos que lhe são entregues”, afirmou o
presidente do tribunal, ministro Carlos Ayres Britto.
Questionado sobre a convocação de Dirceu às massas,
Marco Aurélio alega que movimentos semelhantes foram registrados também quando
a Corte julgou a legalidade das pesquisas com células-tronco, atraindo o
barulho de manifestantes contrários ou favoráveis à lei na porta do STF. A
pretensão dos ministros de suavizar o clima das pressões é compreensível,
embora eles certamente saibam que a comparação não é perfeita.
As manifestações a que Mello se refere diziam
respeito a interesses legais de determinados grupos sociais, envolvendo
pesquisa científica e princípios religiosos. Já no caso do mensalão, seriam
manifestações de forte cunho político, articuladas por interesses próximos a
dois outros poderes da República. E sobre uma acusação de crime.
Com
reportagem de Izabelle Torres e Alan Rodrigues
FRASE DO DIA
“Não vou estar
confortável no mesmo palanque com o Maluf. Com certeza não. Até acho que ele
nem vai enfrentar a reação da massa, que é o nosso povo, com quem a gente vai
ganhar as eleições e governar a cidade. Com esse povo a gente consegue manter a
coerência”.
Luiza Erundina
candidata a vice na chapa Haddad a Prefeitura de SPaulo
Estas são alianças alinhavadas e
conquistadas por Lula, que dá a Maluff no governo federal vaga a um indicado
pelo mesmo, o pior disto, que Dilma a Presidente que não é, agora se confirma,
fez exatamente o que Lula disse para fazer, dê a Maluff o que ele quer, e
pasmem, ela deu!
Juarez
Capaverde
Até amanhã.
As
fotos inseridas nos textos o forma pelo blogueiro. Juarez Capaverde
Pesquisando sobre as origens do hoje 16/03/2016, encontro sua profecia.
ResponderExcluirGrato