Bom dia, DILMA A MÃE DO PAC pediu a
seus auxiliares uma devassa nos contratos com a Delta! Ops, desde o inicio da
fantasia do PAC seu padrinho Lula lhe deu os méritos e as rédeas do tal
programa de fantasia do Brasil Maravilha, tida como a super gerente, não sabia
de nada que se passava com a Delta, onde será que estava Dilma? Expliquem-me,
como um gerente de alguma coisa não sabe o que se passa do seu dia a dia de
atribuições? Como você gerencia algo, mas não sabe o que se passa entre as atitudes
necessárias ao bom desempenho desta função? Onde estava a super gerente quando
aconteciam os mal feitos e desvios? Tudo bem, acreditando que a gerencia de um
país como o Brasil seja difícil e se tenha que delegar autoridade a
subordinados, mas, não saber o que fazem estes subordinados é incompetência,
uma pessoa deste quilate não sobreviveria na iniciativa privada muito tempo,
porem, levada pela publicidade se tornou Presidente deste mesmo Brasil,
complicado de gerenciar! Como seu antecessor, D. Dilma não sabia de nada até
explodir o caso Cachoeira, que está levando mais podridão para junto do Palácio
do Planalto e sua moradora, e a pergunta que não quer calar: Porque D.Dilma ao
ser avisada pelo CGU não tomou a iniciativa de investigar? Só agora que a
imprensa (que eles querem calar) divulgou toda a sujeira D. Dilma manda
averiguar! Transcrevo o texto do jornalista Guilherme Fiúza que define bem a
super gerente. Leiam;
AMIGOS
OCULTOS - Mais um amigo do Sr. Governador Sérgio
Cabral do Rio estava na festa em Paris, um “amigo” que também tem contratos com
o governo do Rio, e diga-se, muitos contratos de somas importantes, verbas
públicas que jorram pelas torneiras do governo Cabral, e mesmo assim, a CPI do
Cachoeira e Delta, não estão com vontade de investigar o amigo do Rei Sérgio
Cabral, hoje mesmo, lerão abaixo, o Presidente do PT Ruy Falcão o Abutre, veio
a público dizer que não há indícios para investigarem Cabral nem Agnelo do DF, somente
Perillo (PSDB) tem envolvimento suficiente para ser chamado a depor, parece brincadeira,
mas não é como lerão na reportagem do IG. Leiam;
COLLOR
- Quem diria, o Sr. Collor hoje é um aliado do PT, de
investigado, passou a investigador, o tempo nos mostra quem é quem. Apesar de
ter sido obrigado a renunciar muito em parte pela pressão exercida pelo PT,
hoje o Sr. Collor é o escudeiro da linha de frente do partido, na CPI está
fazendo o que os petistas mandam, tentando de todas as maneiras ajudar a livrar
a cara dos envolvidos que pertencem aos quadros dos amigos de hoje, é, este
congresso é, como já disse aqui, uma piada. Leiam;
ZÉ
DIRCEU O MÁGICO – Alem de chefe de quadrilha o Zé Dirceu
também é mágico, pródigo em resolver como se alia empresas do governo federal
com uma empreiteira para que rapidamente ela se torne uma das maiores do país
sendo inclusive a maior recebedora de verbas do governo, como será que se deu
esta mágica? Com sua força dentro do PT, Zé Dirceu apesar de estar sendo réu em
processo, e não exercer funções no partido, continua mandando e desmandando no
PT junto com Lula, e, junto ao governo federal com sua títere D. Dilma, em
reportagem que vai hoje as bancas a Veja traz revelações e ponderações
importantes, transcrevo abaixo trecho de considerações que estarão na revista.
Leiam;
FALCÃO
“O ABUTRE” O presidente do PT Ruy Falcão, como
sempre, vem à mídia para desclassificar as acusações contra os seus (Sérgio
Cabral e Agnelo Queiroz), porem vem também para crucificar seus opositores, o
cara é tão disfarçado que não dá para acreditar, tenho para mim que o Sr.
Falcão acredita que ninguém lê jornais ou assiste noticiários na televisão que
o povo brasileiro é alienado, só pode ser isto, ou então, o que acredito, é
falso como seu líder petista Lula o que não sabia, e tem a coragem de vir a dar
entrevista para dizer tantas besteiras, como eu já disse: De Falcão não tem
nada (pobre ave), tem sim de Abutre, uma ave de rapina, cujo banquete é a
carniça como o faz o Sr. Falcão. Leiam;
Dilma e o fantasma da Delta
GUILHERME FIUZA é jornalista. Publicou os livros Meu nome
não é Johnny, que deu origem ao filme, 3.000 dias no bunker e Amazônia,
20º andar. Escreve quinzenalmente em ÉPOCA gfiuza@edglobo.com.br
Dilma Rousseff pediu a sua assessoria
um pente-fino nos contratos da construtora Delta com o governo federal. A
presidente da República quer saber se há irregularidade em alguma dessas obras.
O Brasil assiste embevecido a mais uma cartada moralizadora da gerente. Mas o
ideal seria ela pedir a sua assessoria, antes do pente-fino, uns óculos de
grau. Se Dilma não enxergou o que a Delta andou fazendo com seu governo, está
correndo perigo: pode tropeçar a qualquer momento num desses sacos de dinheiro
que atravessam seu caminho, rumo às obras superfaturadas do PAC.
Como todos sabem, até porque Lula
cansou de avisar, Dilma é a mãe do PAC. Por uma dessas coincidências da vida, a
Delta é a empreiteira campeã do PAC. Segundo a Controladoria-Geral da União
(CGU), as irregularidades nas obras tocadas pela Delta vêm desde 2007. A mãe do
PAC teve pelo menos cinco anos para enxergar com quem seu filho estava se
metendo. E a Delta era a principal companhia do menino, andando com ele Brasil
afora num variado roteiro de traquinagens. Mas as mães de hoje em dia são muito
ocupadas, não têm tempo para as crianças.
Felizmente, sempre tem uma babá, uma
vizinha, uma amiga atenta para abrir os olhos dessas mães distraídas. Dilma
teve essa sorte, em setembro de 2010. A CGU, que vive controlando a vida alheia
– uma espécie de bisbilhoteira do bem –, deu o serviço completo: contou a Dilma
e Lula (a mãe e o padrasto) que o PAC vinha sendo desencaminhado pela Delta.
Superfaturamento, fraudes em licitações, pagamento de propinas e variadas
modalidades de desvio de dinheiro público – inclusive com criminosa adulteração
de materiais em obras de infraestrutura – estavam entre as molecagens da
empreiteira com o filho prodígio da então candidata a presidente.
De posse do relatório da CGU, expondo a
farra da Delta nas obras do PAC, o que fez Dilma Rousseff? Eleita presidente,
assinou mais 31 contratos com a Delta.
Talvez seja bom explicar de novo, para
os leitores distraídos como a mãe do PAC: depois da comunicação à administração
federal sobre as irregularidades da Delta, a empreiteira recebeu quase R$ 1
bilhão do governo Dilma. Agora, a presidente anuncia publicamente que passará
um pente-fino nesses contratos, e a plateia aplaude a faxina. Não só aplaude,
como dá novo recorde de aprovação a esse mesmo governo Dilma (64% no
Datafolha), destacando o quesito moralização. Infelizmente, pente-fino não pega
conto do vigário.
A
presidente corre o risco de tropeçar de repente num saco de dinheiro que
atravessa o governo rumo ao PAC
Mas o show tem de continuar. E, já que
o público está gostando, a presidente se espalha no picadeiro. Depois da farra
da Delta, que teve seu filé-mignon no famigerado Departamento Nacional de
Infraestrutura de Transportes (Dnit), Dilma diz que quer saber se a faxina no
órgão favoreceu Carlinhos Cachoeira. Tradução: depois de ter de demitir apadrinhados
de seus aliados porque a imprensa revelou suas negociatas, Dilma quer ver se
ainda dá para convencer a plateia de que o escândalo foi plantado pelo
bicheiro. É claro que dá: se Lula repete por aí que o mensalão não existiu (e
não foi internado por causa disso), por que não buzinar a versão de que o caso
Dnit foi uma criação de Cachoeira?
Pelo que revelam as escutas telefônicas
da Polícia Federal, o bicheiro operava com a Delta na corrupção de agentes
públicos. Dilma e o PT são candidatos a vítimas desse esquema – daí Lula ter
forçado a CPI do Cachoeira. O problema na montagem dessa literatura é que a
Delta, mesmo depois da revelação do esquema e da prisão do bicheiro, continua
recebendo dinheiro do governo Dilma – R$ 133 milhões só em 2012, e através do
Dnit...
A atribulada mãe do PAC não notou a
Delta, não percebeu Cachoeira, engordou o milionário esquema deles no Dnit
durante anos por pura distração – e agora vai moralizar tudo isso com seu
pente-fino mágico. Na próxima rodada das pesquisas de opinião, o vigilante povo
brasileiro saberá reconhecer mais essa faxina da mulher destemida, dando-lhe
novo recorde de aprovação.
Nesse ritmo, a CPI do Cachoeira acabará
concluindo que até o escândalo do mensalão foi provocado pelo bicheiro (essa
tese já existe). E Dilma conquistará para o PT o monopólio da inocência.
II-
Mais um amigo oculto
O empresário Marco Antonio de Luca, cujas empresas já receberam R$ 80 milhões do Estado, também estava na festa de Cabral em Paris
Fernando
Cavendish, dono da Delta, e Georges
Sadala, do consórcio Agiliza Rio, não foram os únicos empresários que têm
negócios com o governo do Estado do Rio que estavam na comitiva
do governador Sérgio Cabral em Paris. O empresário Marco Antonio de Luca,
cuja família é sócia da empresa Comercial Milano do Brasil Ltda, também estava
nos salões dançando junto com o grupo de Cabral. A empresa fornece alimentação
para presídios e escolas do governo estadual e também para a Prefeitura do Rio.
Segundo o ex-governador Anthony Garotinho, entre 2007 e 2012, a empresa recebeu
R$ 68 milhões do governo do Estado e entre 2009 e 2012, R$ 142 milhões da
prefeitura do Rio de Janeiro.
Em 2008, as empresas do grupo Milano
foram denunciadas pelo Ministério Público Estadual por improbidade
administrativa e danos ao erário, de acordo com Garotinho. Marco Antonio de
Luca é sócio da Masan Comercial e Distribuidora, que faturou R$ 17 milhões
do governo do Estado durante quatro anos, entre 2007 e 2011, e R$ 83 milhões da
prefeitura, entre 2009 e 2011. É o primeiro fornecedor da Prefeitura do Rio a
aparecer entre os amigos de Cabral que o acompanhavam em Paris. A Masan
funciona no mesmo endereço e tem os mesmos sócios que a Milano, segundo o
ex-governador. Em janeiro, o jornal O Globo
publicou denúncia sobre a Masan. A empresa foi escolhida para operar carros
fumacê – veículos utilizados no combate ao mosquito da dengue – no município do
Rio, mesmo sendo especializada em alimentação.
Os de Luca também são proprietários das
empresas Novo Jahu Comércio de Alimentos, Jahu Imobiliária, Frigorífico Jahu,
Frigorífico Calombe, Cosnate – Arrendamento de Máquinas, Veículos, Equipamentos
e Serviços, e AML Barra – Serviços e Participações, segundo Garotinho.
Marco Antonio de Luca aparece ao fundo,
nas fotos, à esquerda do governador Sérgio Cabral. Desde sexta-feira o
ex-governador vem postando fotos em seu blog, denunciando viagens de Cabral ao
exterior. Ele pede que Cabral seja chamado à CPI do Cachoeira. No Rio, a
deputada estadual Clarissa Garotinho (PR), filha do ex-governador, não
conseguiu assinaturas suficientes para criar a CPI das Viagens de Cabral. Ela
recolheu 14 das 24 necessárias. “Infelizmente a máquina do Estado tem
funcionado para proteger o governador”, disse a deputada.
À reportagem de ÉPOCA, Marco Antonio de
Luca informa que foi a Paris em setembro de 2009 para o lançamento do Guia
Michellan e aproveitou para prestigiar – juntamente com outras dezenas de
empresários e autoridades brasileiras e francesas – o governador Sergio Cabral,
que então recebia o Prêmio da Legion D'Honneur.
Marco esclarece que não tem relação
societária com a empresa Milano. O empresário destaca ainda que a Masan tem
atuação em vários Estados e municípios do Brasil. E que a empresa sempre se
pautou pela qualidade de seus serviços e pela lisura de suas atividades.
III-
Collor — sim, ele mesmo, Collor, quem diria — agora é investigador em CPI
O REVERSO — Como linha auxiliar do lulismo, o senador Fernando Collor
resfolega como tarefeiro e tenta convocar o procurador da República para depor
na CPI (Foto: Dida Sampaio / AE)
(Reportagem de Otávio Cabral e Daniel Pereira publicada na edição de VEJA que está nas bancas)
Vinte anos depois de ter o mandato de
presidente da República cassado ao cabo de uma Comissão Parlamentar de
Inquérito, o senador Fernando Collor voltou a ser protagonista de uma CPI. Alvo
da investigação em 1992, ele assumiu agora o papel de investigador, escalado
por seu atual partido, o PTB, para ser titular na CPI do Cachoeira.
Acossado pelos petistas em
1992, Collor volta como aliado dos seus antigos algozes. De rival e desafeto do
ex-presidente Lula, a quem derrotou na campanha presidencial de 1989, Collor
foi reduzido à condição de tarefeiro das legiões lulopetistas no objetivo de
usar a CPI para desviar a atenção do julgamento do mensalão, que deverá ser
feito em breve pelo Supremo Tribunal Federal (STF).
Do gasto “não se deve deixar a raposa
vigiar o galinheiro”, passando por “o mundo dá voltas”, até o sábio “a política
une os mais estranhos parceiros”, são muitos os ditados consagrados para
descrever a presente situação. O mais exato talvez seja o atribuído a Karl Marx
(1818-1883), segundo o qual “a história se repete; primeiro como tragédia,
depois como farsa”.
Collor agora recebe
missões dos petistas
Collor estreou propondo a
convocação do procurador-geral da República, Roberto Gurgel.
Alegou que Gurgel deve explicações por
ter demorado a pedir a abertura de inquérito contra o senador Demóstenes
Torres, acusado de defender os interesses da máfia da jogatina.
O requerimento de Collor não foi
votado. O comando da CPI acha mais adequado apenas convidar Gurgel. O próprio
Gurgel disse que juridicamente está impedido de depor, pois participa das investigações,
devido a sua função.
É dos mensaleiros o interesse
maior em desqualificar Gurgel, peça-chave no julgamento do mensalão. Ele
ratificou a denúncia contra os mensaleiros feita pelo seu antecessor, Antonio
Fernando de Souza. Caberá a Gurgel ler no plenário do STF o pedido de
condenação dos réus por crimes que vão de formação de quadrilha, passando pela
lavagem de dinheiro, até chegar à corrupção ativa.
Constranger publicamente
Gurgel na CPI ajudaria a empanar o brilho litúrgico da abertura dos trabalhos
no STF. Collor recebeu dos petistas outras missões na CPI. Da tarefa de
envolver a imprensa, ele mostrou que se esforçará para se desincumbir até com
prazer. Collor atribui à imprensa o desencadeamento do processo de impeachment
que lhe custou a Presidência da República.
IV-
A maior parte dos requerimentos
apresentados por deputados e senadores na primeira semana de existência da
comissão diz respeito aos limites investigativos delineados pela presidente,
como deseja o Planalto. Dilma ainda contou com uma ajudinha extra.
O PMDB não escalou como titulares da
CPI do Cachoeira seu plantel mais estrelado, que inclui lulistas como Renan
Calheiros e Romero Jucá. Foram a campo novatos, num recado de que a CPI – pelo
menos por enquanto – é coisa só do PT.
Dos 63 deputados e senadores que
participam da comissão, 41 são de partidos da base aliada, catorze de oposição
e oito independentes, o que, em teoria, permite que o governo mantenha a
investigação sob controle de sua base parlamentar. “Temos clareza de que
estamos investigando Carlinhos Cachoeira e suas relações. Não se trata de uma
investigação que, necessariamente, vá para cima do Planalto ou de qualquer
membro do governo. Mas, se, no curso das investigações, surgirem alguns
governistas, vamos seguir em frente, doa a quem doer”, afirmou Odair Cunha.
O maior receio dos governistas nesse início
dos trabalhos da CPI atende pelo nome de Delta. Na semana passada, o ex-diretor
da construtora no Centro-Oeste, Cláudio Abreu, foi preso em Goiânia. Ele era o
elo entre a empreiteira, a máfia de caça-níqueis comandada por Cachoeira e
negócios diversos envolvendo interesses comuns.
Dirceu, consultor da Delta
Abreu também era o
responsável pelo acompanhamento dos contratos da empresa com o governo federal,
inclusive da parte financeira. Isso apavora muita gente. A Delta é considerada
um fenômeno do setor. Durante o governo Lula, ela deixou o patamar de empresa
média para se transformar na maior fornecedora de serviços ao governo.
O salto contou com a ajuda de
políticos influentes e do trabalho do ex-ministro José Dirceu, contratado como
consultor da empreiteira.
Propina a funcionários da
Petrobras
Bem relacionado na gestão
passada da Petrobras, o ex-ministro também conseguiu abrir as portas da estatal
à construtora. Em sua última edição, VEJA revelou que ex-sócios de Fernando
Cavendish, o dono da Delta que se afastou do comando da empresa após as
denúncias, contaram, em entrevista gravada e sob a condição de anonimato, que a
construtora pagou propina a funcionários da Petrobras para obter os contratos.
Diretores da petroleira foram trocados
na semana passada – todos eles ligados ao governo anterior. A Petrobras
informou que a substituição já estava prevista. É essa mistura inflamável que
costuma mover as CPIs para o imprevisível.
Outro fator de instabilidade,
obviamente, é o contraventor Carlinhos Cachoeira, o único a saber realmente a
extensão da rede de interesses da jogatina dentro do Congresso e dos governos.
Há uma mobilização em curso para domá-lo. Na proa estão Lula e o politburo
petista.
Querem que Cachoeira
ataque alvos selecionados, como a imprensa
Eles desejam que Cachoeira ataque alvos
selecionados – desafetos do partido, integrantes da oposição e setores da
imprensa que, segundo o ex-presidente, montaram a “farsa do mensalão”. Nessa
ofensiva, contam com o apoio do criminalista Márcio Thomaz Bastos, ex-ministro
da Justiça de Lula e autor da tese segundo a qual o mensalão não passou de
caixa dois, um crime menor cometido por todos os partidos.
A oferta a Cachoeira é clara: se
atender aos petistas, ele pode receber em troca uma mãozinha nos processos
judiciais a que responderá. De quebra, há a promessa de a CPI defender, em seu
relatório final, a legalização dos jogos no país.
A relação de Cachoeira com o
PT é histórica. O primeiro escândalo do governo Lula, ainda em 2004, foi
protagonizado pelo contraventor, que filmou Waldomiro Diniz, ex-assessor de
José Dirceu, lhe pedindo propina. No ano
seguinte, na CPI dos Bingos, Rogério Buratti, um petista que auxiliou a
campanha de Lula em 2002, afirmou que Cachoeira doou clandestinamente 1 milhão
de reais ao PT.
Essas relações financeiras entre o PT e
o jogo ilegal nunca foram esclarecidas. Cachoeira pode ajudar a explicar.
V-
Falcão defende convocação de Perillo, mas exclui Agnelo e Cabral
Presidente do PT disse que a CPI é importante para mostrar ao eleitor que “nosso governo não dá tréguas à corrupção”
Ricardo Galhardo, iG São Paulo | 04/05/2012 15:59:11
O presidente nacional do PT, Rui
Falcão, disse nesta sexta-feira que o único governador que deve, por enquanto,
ser convocado pela
CPI do Cachoeira é o goiano Marconi Perillo, do PSDB. Embora tenha
defendido o aprofundamento das investigações, Falcão excluiu o petista Agnelo
Queiroz (DF) e o aliado Sérgio Cabral, PMDB-RJ) da lista.
“É possível que em determinado momento
eles (parlamentares da CPI) possam convocar algum governador, principalmente o
Marconi Perillo do PSDB”, disse o presidente do PT. Questionado se o tucano é o
único da lista, Falcão respondeu: “pelos dados apresentados até agora, sim”.
Em entrevista, o presidente do PT
argumentou que grampos telefônicos não são suficientes para comprovar o
envolvimento “nem do Marconi” com o esquema do bicheiro Carlinhos Cachoeira.
Pouco antes, em discurso a prefeitos e parlamentares do PT paulista em um hotel
na Grande São Paulo, Falcão acusou Perillo de ter recebido R$ 500 mil do
esquema em uma caixa de computador.
No discurso, cujo tema foi tática
eleitoral, Falcão disse que a CPI é importante para mostrar aos eleitores que
“nosso governo não dá tréguas à corrupção”.
Ele admitiu que os candidatos de
partidos atingidos pelas investigações devem sofrer desgaste eleitoral, mesmo
que não tenham vínculo algum com o esquema de Cachoeira.
Ao citar
o senador Demóstenes Torres (sem partido, GO), Falcão fez questão de
lembrar que “até um mês atrás ele era do DEM”.
Falcão também aproveitou as ligações
entre Cachoeira e um jornalista, reveladas em grampos da Polícia Federal, para
cobrar a criação de um marco regulatório para a mídia.
O presidente do PT incluiu setores da
imprensa entre os adversários a serem vencidos nas eleições municipais deste
ano e vinculou a grande mídia aos bancos, alvos de críticas recentes da
presidenta Dilma Rousseff. Segundo Falcão, alguns órgãos de imprensa estão
“conjugados” ao sistema financeiro, com quem teriam interesses comuns.
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