Bom dia, um
fato e muitas versões, sendo as mais plausíveis as que contam a verdade do
Ministro Gilmar Mendes, apesar do desmentido em nota do Instituto Lula, o
referido não veio a público como é de seu costume, gritar sua inocência, tal
como no episódio do mensalão, discursou numa reunião de Ministros após não ter
mais alternativa e assim mesmo para negar o fato constatado. A nota emitida
chama o Ministro Gilmar de mentiroso, mas como não a assinou, foi emitida por
um agente jurídico que não pode ser imputado salva-se de mais uma acusação contra
este senhor que se acha o dono do Brasil, agora alem de sujo, estelionatário,
mentiroso também o é chantagista, que mais se quer de uma pessoa que não sabe
honrar a oportunidade tida em ser Presidente de um país como o Brasil, não
posso acreditar que o povo deste país ainda vá acreditar que o senhor Lula é
inocente novamente, um Ministro do Supremo não iria vir a público e mentir
descaradamente sobre um fato tão sério como o ocorrido, alem do mais, entre
acreditar no senhor Lula e no Ministro, não há comparativo pertinente, o
Ministro Gilmar sempre pautou suas atitudes pela honestidade e pela
confiabilidade em todas suas manifestações, sejam ela jurídicas ou pessoais, já
o senhor Lula negou um fato como o do mensalão para não ser “apeado” do poder,
e pela boa vontade de homens da “elite” como os chama agora Lula, não foi
deposto como já aqui expliquei, isto porque pensaram no país e em seu povo, que
é o que não faz o senhor Lula e o seu partido o PT, ainda teremos outros
desdobramentos para a situação criada, espero sinceramente que se leve adiante
à investigação solicitada pelos partidos de oposição no dia de ontem ao PGR, e,
que seja aberto inquérito criminal contra este senhor por coação, chantagem,
corrupção entre outros crimes que ele cometeu. Abaixo transcrevo muitos dos
textos sobre o assunto com opiniões que se somam, alem das discordâncias
cometidas pelo Sr. Nelson Jobim com declarações desencontradas sobre o
ocorrido, versões diversas de um mesmo fato passado em seu gabinete. Tirem os
senhores suas conclusões e façam delas seu grito de alerta ao povo deste país
sobre o que ocorre no governo que aí está comandado por LULA, O SUJO, O MENTIROSO, O CHANTAGISTA agora
também. Leiam;
Em entrevista, Gilmar Mendes da mais detalhes do encontro com Lula e corrige memória de Nelson Jobim
Por Adriana Irion, do
Jornal Zero Hora
O ministro do Supremo
Tribunal federal (STF) Gilmar Mendes passou o dia tentando evitar falar da
polêmica causada com a matéria da revista Veja na qual ele contou a pressão que
sofreu do ex-presidente Lula para adiar o julgamento do mensalão.Fervoroso
defensor do julgamento, Mendes não queria polemizar com o ex-ministro Nelson
Jobim, que depois da divulgação da matéria negou que a conversa tivesse sido no
sentido de interferir no julgamento a ser feito pelo STF. O encontro entre
Mendes e Lula ocorreu no escritório de Jobim, em 26 de abril, em Brasília.Ao
conceder entrevista a Zero Hora no começo da tarde, Mendes demonstrou
preocupação com o atraso para o início do julgamento e disse que o Supremo está
sofrendo pressão em um momento delicado, em que está fragilizado pela
proximidade de aposentadoria de dois dos seus 11 membros. Confira o que disse o
ministro em entrevista por telefone:
Zero Hora - Quando o senhor foi ao
encontro do ex-presidente Lula não imaginou que poderia sofrer pressão
envolvendo o mensalão?
Ministro Gilmar Mendes - Não. Tratava-se de uma conversa normal e inicialmente foi, de repassar assuntos. E eu me sentia devedor porque há algum tempo tentara visitá-lo e não conseguia. Em relação a minha jurisprudência em matéria criminal, pode fazer levantamento. Ninguém precisa me pedir para ser cuidadoso. Eu sou um dos mais rigorosos com essa matéria no Supremo. Eu não admito populismo judicial.
ZH - Sua viagem a Berlim tem
motivado uma série de boatos. O senhor encontrou o senador Demóstenes Torres
lá?
Mendes - Nos encontramos em Praga, eu tinha compromisso acadêmico em Granada, está no site do Tribunal. No fundo, isto é uma rede de intrigas, de fofoca e as pessoas ficam se alimentando disso. É esse modelo de estado policial. Dá-se para a polícia um poder enorme, ficam vazando coisas que escutam e não fazem o dever elementar de casa.
ZH - O senhor acredita que os vazamentos
são por parte da polícia, de quem investigou?
Mendes - Ou de quem tem domínio disso. E aí espíritos menos nobres ficam se aproveitando disso. Estamos vivendo no Supremo um momento delicado, nós estamos atrasados nesse julgamento do mensalão, podia já ter começado.
ZH - Esse atraso não passa para a
população uma ideia de que as pressões sobre o Supremo estão funcionando?
Mendes - Pois é, tudo isso é delicado. Está acontecendo porque o processo ainda não foi colocado em pauta. E acontecendo num momento delicado pelo qual o tribunal está passando. Três dos componentes do tribunal são pessoas recém nomeadas. O presidente está com mandato para terminar em novembro. Dois ministros deixam o tribunal até o novembro. É momento de fragilidade da instituição.
ZH - Quem pressiona o Supremo está se
aproveitando dessa fragilidade?
Mendes - Claro. E imaginou que pudesse misturar questões. Por outro lado não julgar isso agora significa passar para o ano que vem e trazer uma pressão enorme sobre os colegas que serão indicados. A questão é toda institucional. Como eu venho defendendo expressamente o julgamento o mais rápido possível é capaz que alguma mente tenha pensado: “vamos amedrontá-lo”. E é capaz que o próprio presidente esteja sob pressão dessas pessoas.
ZH - O senhor não pensou em relatar o
teor da conversa antes?
Mendes - Fui contando a quem me procurava para contar alguma história. Eu só percebi que o fato era mais grave, porque além do episódio (do teor da conversa no encontro), depois, colegas de vocês (jornalistas), pessoas importantes em Brasília, vieram me falar que as notícias associavam meu nome a isso e que o próprio Lula estava fazendo isso.
ZH - Jornalistas disseram ao senhor que o
Lula estava associando seu nome ao esquema Cachoeira?
Mendes - Isso. Alimentando isso.
ZH - E o que o senhor fez?
Mendes - Quando me contaram isso eu contei a elas (jornalistas) a conversa que tinha tido com ele (Lula).
ZH - Como foi essa conversa?
Mendes - Foi uma conversa repassando assuntos variados. Ele manifestou preocupação com a história do mensalão e eu disse da dificuldade do Tribunal de não julgar o mensalão este ano, porque vão sair dois, vão ter vários problemas dessa índole. Mas ele (Lula) entrava várias vezes no assunto da CPI, falando do controle, como não me diz respeito, não estou preocupado com a CPI.
ZH - Como ele demonstrou preocupação com
o mensalão, o que falou?
Mendes - Lula falou que não era adequado julgar este ano, que haveria politização. E eu disse a ele que não tinha como não julgar este ano.
ZH- Ele disse que o José Dirceu está
desesperado?
Mendes - Acho que fez comentário desse tipo.
ZH - Lula lhe ofereceu proteção na CPI?
Mendes - Quando a gente estava para finalizar, ele voltou ao assunto da CPMI e disse “que qualquer coisa que acontecesse, qualquer coisa, você me avisa”, “qualquer coisa fala com a gente”. Eu percebi que havia um tipo de insinuação. Eu disse: “Vou lhe dizer uma coisa, se o senhor está pensando que tenho algo a temer, o senhor está enganado, eu não tenho nada, minha relação com o Demóstenes era meramente institucional, como era com você”. Aí ele levou um susto e disse: “e a viagem de Berlim.” Percebi que tinha outras intenções naquilo.
ZH - O ex-ministro Nelson Jobim
presenciou toda a conversa?
Mendes - Tanto é que quando se falou da história de Berlim e eu disse que ele (Lula) estava desinformado porque era uma rotina eu ir a Berlim, pois tenho filha lá, que não tinha nada de irregular, e citei até que o embaixador nos tinha recebido e tudo, o Jobim tentou ajudar, disse assim: “Não, o que ele está querendo dizer é que o Protógenes está querendo envolvê-lo na CPI.” Eu disse: “O Protógenes está precisando é de proteção, ele está aparecendo como quem estivesse extorquindo o Cachoeira.” Então, o Jobim sabe de tudo.
ZH - Jobim disse em entrevista a Zero
Hora que Lula foi embora antes e o senhor ficou no escritório dele tratando de
outros assuntos.
Mendes - Não, saímos juntos.
ZH - O senhor vê alternativa para tentar
agilizar o julgamento do mensalão?
Mendes - O tribunal tem que fazer todo o esforço. No núcleo dessa politização está essa questão, esse retardo. É esse o quadro que se desenha. E esse é um tipo de método de partido clandestino.
ZH - Na conversa, Lula ele disse que
falaria com outros ministros?
Mendes - Citou outros contatos. O que me pareceu heterodoxo foi o tipo de ênfase que ele está dando na CPI e a pretensão de tentar me envolver nisso.
ZH - O senhor acredita que possa existir
gravação em que o senador Demóstenes e o Cachoeira conversam sobre o senhor,
alguma coisa que esteja alimentando essa rede que tenta pressioná-lo?
Mendes - Bom, eu não posso saber do que existe. Só posso dizer o que sei e o que faço.
II-
Mensalão tem de ser jugaldo, diz presidente do Supremo. “Processo já está maduro”
Por Mirella D’Elia, na VEJA
Online:
“Aguardemos a fala do terceiro”, cobrou Carlos Ayres Britto, presidente do Supremo Tribunal Federal, ao comentar a reportagem da edição de VEJA desta semana, que mostra que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva vem trabalhando para cercar os ministros do STF e atrasar o julgamento do mensalão do PT. “Foi um diálogo protagonizado por três pessoas. Dois desses agentes já falaram. Falta o terceiro”.
Ayres Britto comentou o
caso depois de participar do 5º Congresso da Indústria da Comunicação, evento
realizado em São Paulo na tarde desta segunda-feira. Lula foi o único envolvido
que ainda não se manifestou sobre o episódio. Nelson Jobim, que também esteve
presente na conversa entre o ex-presidente e Gilmar Mendes, confirmou o
encontro, mas garantiu que em nenhum momento se falou sobre o mensalão.
Embora tenha afirmado que o
ministro Ricardo Lewandowski, revisor do processo do mensalão, ainda não
sinalizou de entregará seu parecer no primeiro ou no segundo semestre, Ayres
Britto garantiu que a Suprema Corte do país está pronta para colocar o caso em
pauta. “A sociedade quer o julgamento e ele está maduro para ser julgado”,
afirmou Ayres Britto. “Nós, ministros do Supremo, temos um foco e não vamos
perder esse foco: fazer um julgamento imparcial e objetivo da causa”.
OAB
Em nota, Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criticou o comportamento de Lula e também pediu explicações ao ex-presidente. “O Supremo Tribunal Federal, como instância máxima da Justiça brasileira, deve se manter imune a qualquer tipo de pressão ou ingerência”, observou Ophir. “Ainda que o processo de nomeação de seus membros decorra de uma escolha pessoal do presidente da República, não cabe a este tratá-los como sendo de sua cota pessoal, exigindo proteção ou tratamento privilegiado, o que, além de desonroso, vergonhoso e inaceitável, retiraria dos ministros a independência e impessoalidade na análise dos fatos que lhe são submetidos”. O teor das conversas mantidas com ministros do Supremo configura-se, segundo Ophir, “de extrema gravidade, devendo o ex-presidente, cuja autoridade e prestígio lhe confere responsabilidade pública, dar explicações para este gesto”.
Em nota, Ophir Cavalcante, presidente da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB), criticou o comportamento de Lula e também pediu explicações ao ex-presidente. “O Supremo Tribunal Federal, como instância máxima da Justiça brasileira, deve se manter imune a qualquer tipo de pressão ou ingerência”, observou Ophir. “Ainda que o processo de nomeação de seus membros decorra de uma escolha pessoal do presidente da República, não cabe a este tratá-los como sendo de sua cota pessoal, exigindo proteção ou tratamento privilegiado, o que, além de desonroso, vergonhoso e inaceitável, retiraria dos ministros a independência e impessoalidade na análise dos fatos que lhe são submetidos”. O teor das conversas mantidas com ministros do Supremo configura-se, segundo Ophir, “de extrema gravidade, devendo o ex-presidente, cuja autoridade e prestígio lhe confere responsabilidade pública, dar explicações para este gesto”.
Em entrevista ao site
Consultor Jurídico, o ministro Celso de Mello afirmou neste domingo que, se
Lula ainda fosse presidente, a tentativa de interferir no julgamento do
mensalão poderia levá-lo a um processo de impeachment. “Esse comportamento
seria passível de impeachment por configurar infração político-administrativa,
em que um chefe de poder tenta interferir em outro”, disse. “O episódio revela
um comportamento eticamente censurável, politicamente atrevido e juridicamente
ilegítimo”.
Por
Reinaldo Azevedo
III-
O Lula “pessoa jurídica” tenta falar em nome do Lula “pessoa física”. Uma nota que já se desmoraliza de saída. Ou: Puxe pela memória, Luiz Inácio!
O ex-presidente Luiz Inácio
Lula da Silva sentiu cheiro de carne queimada e decidiu vir a público para
tratar de sua conversa com Gilmar Mendes. Mas o fez de forma oblíqua,
arrevesada. Sabem quem divulgou uma nota? O Instituto Lula. Que se saiba, quem
estava no encontro com o ministro do Supremo e com Nelson Jobim era a pessoa
física chamada Luiz Inácio Lula da Silva. Leiam a nota. Volto em seguida.
Sobre
a reportagem da revista “Veja” publicada nesse final de semana, que apresenta uma
versão atribuída ao ministro do STF Gilmar Mendes sobre um encontro com o
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, no dia 26 de abril, no escritório e na
presença do ex-ministro Nelson Jobim, informamos o seguinte:
1.
No dia 26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em
seu escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes. A reunião
existiu, mas a versão da Veja sobre o teor da conversa é inverídica. “Meu
sentimento é de indignação”, disse o ex-presidente, sobre a reportagem.
2.
Luiz Inácio Lula da Silva jamais interferiu ou tentou interferir nas decisões
do Supremo ou da Procuradoria-Geral da República em relação a ação penal do
chamado mensalão, ou a qualquer outro assunto da alçada do Judiciário ou do
Ministério Público, nos oito anos em que foi presidente da República.
3.
“O procurador Antonio Fernando de Souza apresentou a denúncia do chamado
Mensalão ao STF e depois disso foi reconduzido ao cargo. Eu indiquei oito
ministros do Supremo e nenhum deles pode registrar qualquer pressão ou injunção
minha em favor de quem quer que seja”, afirmou Lula.
4.
A autonomia e independência do Judiciário e do Ministério Público sempre foram
rigorosamente respeitadas nos seus dois mandatos. O comportamento do
ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva é o mesmo, agora que não ocupa nenhum
cargo público.
Assessoria
de imprensa do Instituto Lula
Voltei
Comecemos do básico, do primário. A “versão da revista” não “é atribuída” a Gilmar Mendes coisa nenhuma. Uma nota que não consegue nem mesmo ser factual a respeito de algo tão básico já se desmoraliza. Mendes confirmou os fatos apurados pela revista, sem quaisquer reparos. Confirmou à reportagem de VEJA e aos demais veículos de comunicação que o procuraram.
Comecemos do básico, do primário. A “versão da revista” não “é atribuída” a Gilmar Mendes coisa nenhuma. Uma nota que não consegue nem mesmo ser factual a respeito de algo tão básico já se desmoraliza. Mendes confirmou os fatos apurados pela revista, sem quaisquer reparos. Confirmou à reportagem de VEJA e aos demais veículos de comunicação que o procuraram.
Lula não fez favor nenhum
ao procurador Antônio Fernando de Souza a qualquer outro ao reconduzi-lo ao
cargo. Se não o fizesse, aí, sim, estaria se caracterizando uma vingança.
Tampouco cabe a um ex-chefe de estado se jactar de jamais ter inferido no
Judiciário, como se isso decorresse de uma benevolência. De resto, no que
concerne ao mensalão, as pressões são notórias e conhecidas.
É quase acintoso que seja a
“pessoa jurídica” a fazer o desmentido. De resto, Lula não pode se esquecer de
que é um falastrão, de que fala demais, de que pode ele mesmo, na certeza de
que tudo sairia muito barato, ter comentado o assunto com terceiros, com
pessoas que não estavam naquela sala.
Puxe pela memória, Luiz
Inácio! Puxe pela memória!
Por
Reinaldo Azevedo
IV-
Lula cometeu crime ao
prometer blindar Gilmar Mendes, diz jurista
O presidente do Conselho Fundador da
Academia Brasileira de Direito Constitucional (ABDConst), Flávio Pansieri,
avalia que o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva cometeu um crime ao propor
ao ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), o adiamento do
julgamento do mensalão em troca de "blindagem" do magistrado na CPI
do Cachoeira.
Pansieri pediu que o Ministério Público
entre imediatamente com uma ação contra Lula, “para evitar que fatos
semelhantes voltem a ocorrer no mais importante tribunal do país”.
Na opinião do jurista, o STF deve agora
pautar e concluir o julgamento do mensalão, para mostrar sua “independência e
autonomia absoluta de relações espúrias com o poder ou ex-autoridades da
República”.
Segundo reportagem publicada na revista
Veja, Lula procurou o ministro do STF Gilmar Mendes para tentar adiar o
julgamento do mensalão em troca de blindagem na CPI do Cachoeira. Segundo a
reportagem, Lula conversou com o ministro no dia 26 de abril, no escritório do
ex-ministro da Justiça e ex-presidente do STF Nelson Jobim, em Brasília. Nos
bastidores da CPI, circula a história de que Gilmar Mendes teria viajado a
Berlim, na Alemanha, com o senador Demóstenes Torres (sem partido-GO) em um
avião cedido pelo contraventor Carlinhos Cachoeira. O ministro diz que pagou
todas as despesas da viagem e que pode provar.
Como argumento para seu pedido, Lula
teria dito que o mais correto seria julgar o mensalão após as eleições
municipais de outubro. Além disso, teria contado que também iria conversar com
outros ministros do Supremo.
PSOL pede que Lula e Mendes detalhem conversa
O Líder do PSOL na Câmara, deputado
Chico Alencar (RJ), defende que Lula e o ministro Gilmar Mendes expliquem o que
foi conversado no encontro entre os dois. Além disso, Alencar pede que algumas
ações sejam conduzidas, para “tirar qualquer suposição de troca de favores,
absolutamente indevida”.
Entre as ações, Alencar pede que seja
apurada, na CPI do Cachoeira, se ocorreu uma viagem de Mendes e Demóstenes em
avião providenciado ou custeado por Carlinhos Cachoeira. “Em tendo ocorrido
nesses termos, (a viagem) seria espúria e de gravíssimas consequências”, afirma
o deputado, em nota.
Outra ação cabível, segundo Alencar,
seria dar mais celeridade ao julgamento do mensalão no STF, de “maneira
independente e serena”, afirma o líder do PSOL.
Em nota, Alencar ainda defende que o
fato de Mendes ter recebido Lula não incorre em crime. “O PSOL lembra que o
saudável costume dos ministros do STF é receber os cidadãos, em exercício de
função pública ou não, em dependências do próprio Tribunal, com toda
transparência”, de acordo com nota assinada por Alencar.
V-
Enviado por Ricardo Noblat -
28.5.2012
Por demente, Gilmar deve ser internado. Ou então ele diz a verdade
Ao jornal Zero Hora, do Rio Grande do
Sul, ontem, a propósito do encontro de Lula com o ministro Gilmar Mendes, do
Supremo Tribunal Federal (STF), Nelson Jobim fez duas afirmações que não se
harmonizam.
A primeira: "Não houve essa
conversa", referindo-se ao que Lula e Gilmar teriam dito conforme publicou
a VEJA. Conforme contou Gilmar.
O repórter do jornal provocou:
"Então o ministro Gilmar mentiu"...
Jobim respondeu: "Não digo
isso".
Ao negar a conversa contada à VEJA e a
altas figuras da República por Gilmar, Jobim só pode estar dizendo para
qualquer pessoa medianamente inteligente:
- Gilmar mentiu.
E por que Gilmar mentiria?
Se a conversa nada teve a ver com o
adiamento do julgamento do mensalão, com a viagem dos casais Gilmar e
Demóstenes à Berlim, com a pressão que Lula pretende exercer sobre ministros do
STF para que absolvam os mensaleiros, enfim, com nada do que saiu na VEJA, por
que Gilmar inventaria uma narrativa dessas tão absurda? Tão sem pé nem
cabeça? Sem amparo algum em fatos?
Gilmar enlouqueceu? Quis arranjar uma
confusão com o presidente mais popular da história do país? Quis ser desmentido
pelo anfitrião do encontro - seu amigo, por sinal?
E Gilmar arranjou a confusão e foi
desmentido pelo amigo depois de um encontro que, segundo Jobim, foi
"cordial" e também "formal"?
Não faz o menor sentido que Gilmar
tenha inventado tudo isso. Seria o caso de internação por demência.
E por que Lula não grava uma pequena
entrevista para dizer mais ou menos assim:
- O ministro Gilmar Mendes mentiu.
Pegaria mal para um ex-presidente da
estatura dele descer do trono para chamar um ministro do Supremo de mentiroso?
Poderia ser mais bem educado:
- O ministro Gilmar Mendes faltou com a
verdade.
Nem isso Lula parece disposto a
dizer...
Andaram filmando o ex-ministro José
Dirceu no apartamento de hotel em Brasília onde despachava com meia Repúbica.
Quem garante que o encontro
Lula-Gilmar-Jobim não possa ter deixado vestígios?
VI-
Enviado por Ricardo Noblat -
28.5.2012
Em qual Jobim se deve acreditar?
Blog do Moreno
Volto aqui para tentar dar minha
contribuição profissional à elucidação do caso Gilmar/Lula.
Serei cronologicamente breve:
No sábado à tarde, falo com Jobim, que
me disse que estava em Itaipava. Ele me disse:
--- O encontro era de Lula comigo. O
Gilmar apareceu por conicidência. Nós estamos fazendo um trabalho de resgate da
memória da Constituinte e ele toda hora tá lá no escritório comigo. Foi uma grande
coincidência! Três dias antes, a Clara Ant me ligou avisando que o Lula ia me
ver. O Gilmar não sabia que iria encontrar o Lula.
Hoje, Jobim está nos jornais e sites
dizendo que Lula pediu a ele para chamar Gilmar. Que ele ligou pro Gilmar para
chamá-lo para o encontro.
Em qual Jobim devo acreditar?
Naquele que me jurou no sábado que a
presença de Gilmar no seu escritório foi mera coincidência?
Ou no Jobim de hoje?
Era só isso que eu tenho a dizer caro
leitor.
PS: Tem outra coisa importante. Jobim
me disse:
--- Quem falou em mensalão fui eu. Eu
que puxei o asunto, se não ele passaria batido. Eu perguntei para o Gilmar:
" Vem cá, quando essa coisa do mensalão vai ser votada?". Foi só
isso".
Gilmar me disse:
---- Ele falou isso?! Não, não! Quando eu
comecei a ficar intrigado, querendo sair onde o Lula iria chegar, foi o próprio
Jobim que tentou interpretar o que o Lula queria dizer. Ele não só ouviu, como
participou da conversa.
Eu saí em socorro do Jobim, dizendo a
Gilmar
-- Por questão de justiça, devo
esclarecerer que quando o Jobim me disse ter negado tudo ao repórter do
Estadão, ele próprio ponderou que não tinha ainda lido a Veja, que estava se
baseando na informação do repórter. Certamente, qdo ler a revista, com o senhor
confirmando tudo, ele não terá motivo mais para negar.
Gilmar comentou aliviado:
---- Ah, então ele está desmentindo sem
ter lido a revista! Quando ler, certamente vai confirmar".
E é só.
Parece que Lula, se já não o fez, fará
um pronunciamenfo sobre o caso.
VII-
As muitas versões de Nelson Jobim, por Merval Pereira
Merval Pereira, O Globo
Não são apenas as versões do encontro
do ex-presidente Lula com o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar
Mendes, no escritório do ex-ministro do Supremo e do governo Lula Nelson Jobim
que estão desencontradas. O próprio encontro em si não poderia ter acontecido
se vivêssemos em um país sério.
Se respeitassem a liturgia dos
respectivos cargos, o advogado Jobim não poderia ter aceitado servir de
intermediário de encontro de Lula com Gilmar Mendes; o ministro do STF deveria
ter recusado o encontro em tais circunstâncias; e, sobretudo, o ex-presidente,
se se desse ao respeito, não poderia nem pensar em pressionar um ministro do
Supremo.
Pelos desmentidos desencontrados e por
algumas coincidências do relato de Gilmar Mendes com fatos da vida real, está
mais que claro que houve o encontro e que o tema central foi mesmo o julgamento
do mensalão, uma atitude que poderia render a Lula um processo de impeachment
se ainda fosse presidente da República, como bem lembrou outro ministro do
Supremo, Celso de Mello.
Esta seria, por sinal, a segunda vez em
que o mensalão levaria Lula à beira do impeachment. A primeira, pelo próprio
fato em si, que o levou a pedir desculpas ao povo brasileiro e dizer-se traído,
numa admissão pública da gravidade do que ocorrera. Agora, na tentativa
desesperada de adiar o julgamento do Supremo.
O advogado Jobim não conseguiu sair-se
bem da missão de desmentir o indesmentível.
Primeiro disse pessoalmente a Jorge
Bastos Moreno que a visita acontecera por coincidência, pois Lula fora
visitá-lo e lá por acaso estava Gilmar Mendes, que de vez em quando aparece no
escritório para tocar um trabalho jurídico com Jobim.
Como Moreno de bobo não tem nada,
registrou o desmentido como sendo uma confirmação, pois não é possível que,
sabendo três dias antes que Lula lá estaria, não tivesse desmarcado qualquer
outra reunião em seu escritório.
E, mesmo que Gilmar Mendes aparecesse
por lá sem avisar, caberia a Jobim evitar constrangimento aos dois.
A terceira versão de Jobim — antes dera
outra à revista “Veja”, alegando que não ouvira tudo o que foi conversado —
foi, afinal, a de que realmente convidara Gilmar Mendes a se encontrar com o
ex-presidente para uma conversa em seu escritório, por iniciativa de Lula, mas
negando que a conversa tivesse girado sobre o mensalão, que teria entrado nela
“de passagem” por seu intermédio.
O esforço de Jobim para proteger o
ex-presidente Lula é tamanho que ele não se incomoda de se pôr em má situação.
Ora, se fosse mesmo verdadeira, esta
versão colocaria Jobim não apenas como intermediário, mas também como
participante ativo da pressão sobre um seu ex-colega de STF.
Ao levantar o assunto mensalão, Jobim
estaria sendo no mínimo inconveniente, para não dizer temerário.
O próprio ex-presidente, aliás, na nota
oficial do Instituto Lula em que se diz “indignado” e nega que tenha
pressionado Gilmar Mendes, fala do encontro como tendo sido ocasional: “No dia
26 de abril, o ex-presidente Lula visitou o ex-ministro Nelson Jobim em seu
escritório, onde também se encontrava o ministro Gilmar Mendes.”
Lula, como se vê, mantém a versão do
encontro ocasional quando Jobim já evoluíra para admitir que convidara Mendes
para o encontro a pedido dele.
Gilmar Mendes teria de ter uma
imaginação prodigiosa para inventar tantos diálogos e situações, e bastam duas
ou três dessas situações relatadas por ele para confirmar que tudo se passou
como diz.
O ex-presidente Lula teria dito a
Gilmar Mendes que pediria ao jurista Celso Antonio Bandeira de Mello para
conversar com o presidente do Supremo, Ayres Britto, de quem é uma espécie de
guru, responsável por sua indicação ao STF por Lula.
O presidente do STF, embora não creia
na intenção maliciosa do ex-presidente da República, recordou que durante
almoço no Palácio da Alvorada, a convite da presidente Dilma Rousseff, Lula
perguntou-lhe sobre Bandeira de Mello, afirmando que, “qualquer dia desses”, os
três tomariam um vinho juntos.
Lula ainda se referiu a José Dias
Toffoli, afirmando que lhe dissera que ele “tem que participar do julgamento”.
Ex-advogado do PT, e tendo uma namorada que atuou em defesa de mensaleiros,
inclusive o ex-ministro José Dirceu, há expectativa de que Toffoli se considere
impedido de participar do julgamento do mensalão.
O que Lula teria dito a ele fora
antecipado pelo prefeito de São Bernardo, Luiz Marinho, um dos políticos mais
próximos de Lula, que definiu recentemente em declaração pública sobre a
possibilidade de Toffoli se sentir impedido: “Ele não tem esse direito.”
Recentemente, Toffoli foi criticado ao
visitar Lula no Hospital Sírio e Libanês em São Paulo, com quem conversou
longamente. Vê-se agora que as críticas tinham razão de ser.
Por fim, o advogado Nelson Jobim, em
uma das várias entrevistas que tem concedido desde que o encontro foi revelado
por “Veja”, disse que se admirava muito de que só agora, passado um mês do
encontro, Gilmar Mendes se revele revoltado com o teor da conversa.
Ou Jobim fez um comentário leviano, sem
ter se inteirado das informações, ou está tentando apenas confundir o cenário.
O fato foi revelado por Gilmar Mendes
ao procurador-geral da República, Roberto Gurgel; ao advogado-geral da União,
Luís Inácio Adams, e ao presidente do STF, Ayres Britto, antes de sair
publicado na “Veja”.
Portanto, o ministro Gilmar Mendes
apenas confirmou o que a reportagem de “Veja” soube por outros caminhos em
Brasília. Como dizia o ex-ministro Golbery do Couto e Silva, segredo só guarda
quem não tem.
O melhor amigo sempre tem um melhor
amigo, e todas as histórias acabam circulando.
O próprio Lula relatou seu encontro a
várias pessoas. Por fim, a nota oficial do Instituto Lula tem pelo menos uma
inverdade, quando afirma que Lula nunca tentou interferir nas decisões dos ministros
do Supremo indicados por ele.
Houve pelo menos uma ocasião em que ele
procurou pessoalmente um ministro, e foi rechaçado com elegância. Essa história
é conhecida por vários ministros do STF.
VII-
Post do Leitor: No, caso do Mensalão, Não tendo como defender o comportamento de Lula, ataca-se a notícia
Em uma época em que a verdade parece
ser buscada com o objetivo de se conhecer de modo mais preciso o passado, não
se entende a negação de fatos confirmados pelos participantes da reunião
relatada por VEJA.
Mais uma vez procura-se discutir a
seriedade da imprensa – no caso a VEJA – do que o fato em si. Não tendo como
defender o comportamento de Lula, ataca-se a notícia. Este também é um
comportamento repetidamente adotado pelos diversos apoiadores de Lula, que se
recusam a admitir até mesmo a discussão de fatos comprovados.
Fica-se na tangência do absurdo
perpetrado pelo ex-presidente, focando a discussão na existência ou não da
reunião e do tema da mesma. Nada sobre o procedimento que em qualquer país
democrático – e o Brasil é um deles – seria o suficiente para um sentimento de
indignação coletivo plenamente justificável. E de consequências políticas e
jurídicas que certamente não veremos no Brasil de hoje.
O ex-ministro Nelson Jobim –
notabilizado por confessar, com certa ponta de orgulho, ter fraudado (enquanto
relator da Constituição) a vontade popular e dos outros pares da Constituinte
ao incluir no texto artigos não votados pelos deputados – acabou por piorar uma
situação já insustentável. Confessa ao jornalista Moreno (de O Globo) que a reunião fora marcada com
três dias de antecedência e que o ministro Gilmar estava presente na mesma a
convite do próprio Jobim.
Devemos a priori rotular de mentiroso
(mais, criminoso!) o ministro do STF, Gilmar Mendes? Alguém pode duvidar que o
ministro conheça a lei e saiba que se mentir sobre os fatos que confirmou
estaria incorrendo em tipos criminais como injúria, calúnia e difamação? Lula
irá acionar o ministro Mendes no foro adequado, ou seja, para julgamento no STF
pelos pares do ministro?
O que é mais crível?
A versão de Gilmar Mendes – não
desmentida sequer por Lula, que se calou – ou aquela já inventada nos blogs
chapa-brancas? Que insistem na não veracidade da matéria?
Gilmar Mendes tem um passado de
respeito ao Judiciário. Quando não seja, porque fez toda a carreira como
jurista. Lula tem o oposto. É notório o desprezo do ex-presidente pelas leis,
pela Constituição e pelo processo judiciário. Riu e zombou das multas do TSE
(que são penas previstas em lei) quando da propaganda antecipada na campanha de
Dilma. Escolheu juízes do Supremo baseado em ligações pessoais de D. Marisa e
da amizade – e trabalho – que unia outro indicado ao PT.
Admitiu crime de corrupção, dizendo-se
traído para depois ignorá-lo reduzindo-o “somente” a Caixa 2, como se crime não
fosse. Perdoou um ladrãozinho barato, o indefectível Severino Cavalcanti pego
em flagrante delito recebendo suborno de dono de restaurante, elevando-o à
vítima de um suposto preconceito contra nordestinos. Classificou Sarney como
não podendo ser “tratado como uma pessoa comum”. Acusou a Justiça de
“atrapalhar a execução de obras do PAC” quando esta impedia, por suspeitas de
superfaturamento e outros desvios, a continuidade da mesma.
São fatos que não necessitam de
interpretações. Cada um escolhe, democraticamente, em qual versão acreditar.
Embora, insisto, Lula não tenha desmentido em momento algum o que foi colocado
pela VEJA. Talvez por receio de – seria mandatório – ter que processar
criminalmente o ministro Gilmar Mendes. Ou, em caso de mentira, não teria o
ministro atingido a honra pessoal de Lula?
O fato em si é que merece atenção. E respeito à
verdade.
O que leva um ex-presidente
extremamente popular a agir como agiu em defesa de uma causa decididamente
vergonhosa? O mesmo Lula que se considerou traído pelos mensaleiros agora luta,
sem nenhum limite, para impedir o julgamento efetivo de quem o traiu. Deseja a
prescrição dos crimes, alegando como uma das motivações o “desespero de
Dirceu”. O chefe da quadrilha, assim qualificado no mesmo processo que Gilmar
irá julgar.
Confessa ter domínio de uma CPI que
deveria ser somente dominada pelos fatos. E coloca esta CPI (vale dizer, os
membros da mesma ligada à base do Governo) à disposição para agir conforme as
próprias ordens. Que não investiga Cachoeira ou a Delta, mas foca os esforços
na intimidação – frustrada – da imprensa e na tentativa – idem- de
desqualificar o Ministério Público.
Este foi atingido nas figuras do atual
procurador-geral e do anterior, acusado de montar uma farsa. A CPI criada para
punir um desafeto político de Lula (o governador Perillo) e criar uma cortina
de bordel para encobrir o julgamento do mensalão, não consegue dar sequer um
primeiro passo, perdida nas tentativas de blindar companheiros e a própria
Delta. Mas mesmo assim, Lula assegura o controle total sobre o rumo da mesma.
E descaradamente propõe uma troca.
O ministro Gilmar Mendes absolve os
mensaleiros – ou ajuda a protelar o julgamento em busca da prescrição – e em
troca não se investiga o encontro do mesmo com o futuro-ex-senador Demóstenes
em Berlim. Sequer se atenta ao fato de estar propondo o acobertamento de um
crime (se houver) com a sugestão de inocentar outros.
O que se configura em novo crime. Para
Lula, o inimputável, não existe a noção do que fez. Julga-se acima das leis.
Qualquer brasileiro decente que tivesse coragem de propor a um juiz de comarca
o que Lula propôs a Gilmar sairia preso e algemado desta reunião. Lula não teme
a lei. Sempre zombou dela.
Julgou Gilmar Mendes pela mesma régua
que usa. Se o ministro Toffoli se submete à pressão de Lula para participar de
um julgamento – e aceita – que enquanto advogado esteve envolvido com diversos
réus e tem uma namorada que continua a atuar no mesmo processo, é por que
merece a medida tomada com a régua de Lula.
Não se espere o mesmo da Ministra
Carmem Lúcia ou do ministro Ayres Brito. Ambos possuem uma história de
dignidade. E fica provado que Gilmar Mendes não se enquadra nas medidas do
ex-presidente.
A Justiça brasileira está distante –
mesmo que com gritantes falhas – do toma-lá-dá-cá do Poder Legislativo. Ainda
resta dignidade própria aos onze ministros da Corte Suprema, como Gilmar demonstrou.
A mesma que faltou a Lula ao propor uma compra de sentença. Por mais pesada que
possa parecer esta comparação, não encontro outra mais apropriada.
Lula passou a ser o exemplo maior da necessidade
imediata de julgamento dos mensaleiros.
E – arrisco a dizer – até da
condenação. Faço este pré-julgamento pelo comportamento do ex-presidente frente
aos fatos. Somente quem tem a certeza absoluta da condenação agiria como Lula
agiu. Lula está tão ou mais desesperado que Dirceu.
No mínimo é estranho. Ou nada usual.
Houvesse a certeza ou mesmo uma dúvida consistente acerca do resultado, não
haveria necessidade deste absurdo sem comparações na recente história do
Brasil. Até Collor submeteu-se a julgamentos. Lula exige evita-los. Mais: exige
um atestado de inocência de companheiros que um dia qualificou de aloprados e
traidores.
O desprezo de Lula pela história e
pelas regras mínimas de democracia chega a assustar. Já não se importa em
desdizer o que disse. Em perdoar ladrões que um dia os acusou no mesmo palanque
que agora os absolve. Que pretende Justiça para adversários e perdão pleno
antecipado para apaniguados.
Talvez isto explique a sucessão
infindável de escândalos de Eunice, Palocci, Pimentel, Waldomiro Diniz, José
Dirceu, etc. Lula já os absolveu preliminarmente. Já pediu a Dilma – e esta
atendeu – o retorno de algumas destas figuras. Já os perdoou em discursos de
saudações fraternas e ataques à mídia.
Todos conhecem o famoso caso do moleiro
da Prússia que instado a retirar o moinho que enfeava a vista do castelo de
Frederico II, se negava a fazê-lo. Perguntado pelo próprio rei o porque do
motivo que o levava a insistir em procurar refúgio no Judiciário, disse apenas:
“ ainda existem Juízes em Berlim.” Gilmar Mendes talvez seja um deles.
Frederico II era um déspota, mas com
cultura. Aceitou a posição externada pelo moleiro, pois acreditava na
supremacia da Justiça.
Lula certamente não é um Frederico II.
Falta-lhe cultura, respeito à história e à verdade. Sobra absolutismo dos que
se julgam acima das leis e que tentam controlar e direcionar o Judiciário que é
a garantia maior da cidadania e da democracia.
Lula jamais entendeu ou entenderá isto.
Ele mesmo provou, com atitudes, esta
afirmação. Simples assim.
FRASE DO DIA
“Jobim sabe de tudo”
Ministro
Gilmar Mendes
Voltei
Com
tudo que está escrito acima, quem será que está mentindo? O Ministro Gilmar, ou
o Sr. Lula? Apesar da nota, que nem
mesmo se dignou a assinar, por medo das conseqüências e bem orientado pelo
defensor de quadrilheiros e bicheiros corruptores, Marcio Tomaz Bastos, sabe-se
que, com a sua verborragia oral por não ter se indignado e a espernear, e
sacudir a mão em riste (como o fazem os ditadores comunistas), não vir frente
às câmeras negar o ocorrido de forma veemente, é porque não o pode fazer sob
pena de ser acusado de calúnia e outros crimes mais. Este é o verdadeiro Lula
que poucos conhecem, e está agora se mostrando inadvertidamente em seus atos e
atitudes.
Juarez Capaverde
Até
amanhã.
As
fotos foram postadas pelo blogueiro e são de sua responsabilidade. Juarez Capaverde
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