sábado, 12 de maio de 2012

MENTIRAS PETISTAS - DELEGADOS PF - RUY ABUTRE E A INTERNET - SUBPROCURADORA GERAL


Bom dia, AS MENTIRAS VIERAM A TONA - A farsa caiu, as mentiras vieram à tona, e o plano dos mensaleiros urdido por Lula e Zé Dirceu, com a ajuda dos petistas e alguns aliados participantes da CPI, veio por terra, acabaram com eles, os primeiros depoimentos feitos pelos Delegados da PF, mostraram quem de fato deveria ser investigado e punido, Cachoeira e seus “amigos”, inclusive muita gente do governo que ainda irá aparecer, não a revista Veja através de seu diretor em Brasília, o jornalista apenas cumpriu seu papel o de bem informar, e mais uma vez colocou o “dedo na ferida”, divulgando mais um mal feito neste governo petista cheio de sujeiras e desvios de dinheiro público desde que assumiram, acabou a farsa e os mensaleiros viram seu plano ruir apesar de ainda estarem tentando desvirtuar a CPI, mas acredito não irão conseguir aos poucos tudo virá a público, vamos esperar. Leiam;
DEPOIMENTO DOS DELEGADOS- Das 200 (duzentas) ligações que os petistas informaram aos gritos para o Sr. Policarpo da Veja, eram na verdade 2 (duas) e se tratava de informações ao repórter, alias informações estas que levaram a esta CPI, divulgadas pela Veja como já o fez em outras ocasiões sempre depois de confirmá-las e constatar que haviam indícios fortes que eram procedentes as informações recebidas, com estes depoimentos acabou a insanidade dos petistas na tentativa de impingir à imprensa as mentiras que eles estão sempre a falar, quem está acostumado a mentir acha que todos são iguais. Leiam;
RUY ABUTRE E A INTERNET – O grande Abutre presidente do PT foi pego com a mão na “botija”, usa a internet para a divulgação de mentiras através de artimanhas possíveis para a divulgação do que ele quer, quem entende um pouco da matéria sabe das possibilidades imensas que as mídias sociais permitem que sejam usadas para a manipulação de dados e informações mentirosas, basta que se queira, e o Sr. Abutre está a fazer uso destas artimanhas de forma escancarada, é um dos mais sujos petistas atuais, que não mede esforços para que sua ideologia, a ideologia do partido seja implantada neste país, uma ideologia de cunho Marxista/Stalinista onde os detentores do poder tudo podem e impõem ao povo aquilo que lhes é favorável, este é o principal objetivo desta súcia petista que aí está, precisamos tomar cuidado, muito cuidado, e devemos tirá-los do poder sempre que pudermos através de nosso voto consciente, eleições municipais se aproximam, devemos começar por aí, lembrem-se, a democracia está em jogo. Leiam;
SUBPROCURADORA GERAL – Agora os petistas estão atirando também em direção a Subprocuradora Geral da República, Sra. Claudia Sampaio, alem de ser esposa do Procurador, a Sra. Claudia é responsável pelas investigações que tratem de acusações ou mal-feitos de Deputados e Senadores, eles querem acabar mesmo com a Instituição Ministério Público, eles que aceitam quem pode lhes vir a fazer acusações, alem de que a Sra. Claudia também ter participado de investigações do mensalão ajudando ao Sr. Gurgel na acusação dos participantes deste que foi um dos maiores roubo do país, feito pelos petistas.Leiam e entenderão;







Depoimentos à CPI do Cachoeira desmontam ofensiva de mensaleiros contra a imprensa

 

Os primeiros testemunhos feitos à comissão que investiga a rede do contraventor fazem ruir o plano de mensaleiros de usar o escândalo para atacar os que contribuíram para revelar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção do país

Daniel Pereira, Otavio Cabral e Laura Diniz


Fim da mentira: O delegado da PF Raul Marques (à esq.) em sessão secreta na CPI do Cachoeira: a relação entre o redator-chefe de VEJA e o contraventor era de jornalista e sua fonte de informações .

Há vinte anos Pedro Collor deu uma entrevista a VEJA. As revelações originaram um processo que, sete meses mais tarde, obrigou seu irmão, Fernando Collor, a deixar a Presidência da República. Há sete anos, VEJA flagrou um diretor dos Correios embolsando uma propina. O episódio foi o ponto de partida para a descoberta do escândalo do mensalão, que atingiu em cheio o governo passado e o PT. Agora, Collor e os mensaleiros se unem contra a imprensa num mesmo front, a CPI do Cachoeira. Criada com o nobre e necessário propósito de investigar os tentáculos de uma organização criminosa comandada pelo contraventor Carlos Cachoeira, ela seria usada, de acordo com o roteiro traçado pelo ex-presidente Lula e pelo deputado cassado José Dirceu, como cortina de fumaça para o julgamento do mensalão. O plano era lançar no descrédito as instituições que contribuíram para revelar, investigar e levar à Justiça os responsáveis pelo maior esquema de corrupção da história do país. Tamanha era a confiança no sucesso da empreitada que o presidente do partido, Rui Falcão, falou publicamente dela e de sua meta principal: atacar os responsáveis pela "farsa do mensalão". Tudo ia bem - até que os fatos se incumbiram de jogar o projeto petista por terra.

Na semana passada, dois delegados da Polícia Federal prestaram depoimento à CPI do Cachoeira. Eles foram responsáveis pelas operações Vegas e Monte Carlo, que investigaram a quadrilha do contraventor. A ideia dos radicais petistas e seus aliados era utilizar a fala dos policiais para comprometer o procurador-geral da República, Roberto Gurgel (que defenderá a condenação dos mensaleiros no julgamento do mensalão pelo Supremo Tribunal Federal), o governador de Goiás, o tucano Marconi Perillo (transformado em inimigo figadal de Lula desde que declarou que o ex-presidente tinha conhecimento da existência do esquema) e a imprensa, que revelou o escândalo. Nesse último setor, como deixou clara a performance do ex-presidente Collor, encarnado na triste figura de office boy do partido que ajudou a tirá-lo do poder, o alvo imediato era o jornalista Policarpo Junior, diretor da sucursal de VEJA em Brasília e um dos redatores-chefes da revista. O primeiro depoimento foi do delegado Raul Alexandre Marques, que dirigiu a Operação Vegas. Marques disse aos parlamentares que entregou ao procurador Roberto Gurgel, em setembro de 2009, indícios de envolvimento de três parlamentares - incluindo o senador Demóstenes Torres - com a quadrilha de Cachoeira. Gurgel, conforme o delegado, não teria determinado a abertura do inquérito nem dado prosseguimento à apuração. Foi a deixa para que petistas dissessem que ele tentou impedir o desmantelamento de uma organização criminosa e, por isso, deveria ser convocado para depor na CPI. O procurador-geral da República reagiu. Na seara técnica, disse que não abriu inquérito a fim de permitir a realização da Operação Monte Carlo, que desbaratou o esquema de Cachoeira no início deste ano. No campo político, foi ainda mais incisivo. "O que nós temos são críticas de pessoas que estão morrendo de medo do julgamento do mensalão", afirmou. Ao fustigarem o procurador na CPI do Cachoeira e venderem a tese de que ele não mereceria crédito por ter uma atuação política, mensaleiros e aliados levaram procuradores e ministros do STF a sair em sua defesa.




ATAQUE AOS ACUSADORES - Mensaleiros, que têm no petista Vaccarezza o seu porta-voz na CPI, queriam convocar o procurador-geral da República, Roberto Gurgel. Ele defenderá a condenação dos réus do processo do mensalão.

Petistas, que chegaram a comemorar o resultado da primeira etapa do plano, agora já não demonstram o mesmo empenho para convocar Gurgel. Em uma conversa recente, o ex-ministro José Dirceu contou ao seu interlocutor o motivo do recuo. "O efeito foi o contrário do imaginado. A única consequência da CPI foi acelerar o processo do mensalão", afirmou. Lula, o idealizador do plano, também já faz leitura semelhante. Para ele, a CPI do Cachoeira "tem de ficar do tamanho que está" - ou seja, limitar-se a investigar Cachoeira e seus tentáculos no Congresso e em governos estaduais. Da mesma forma, a ofensiva para desqualificar o trabalho da imprensa já não seria uma prioridade. "Não podemos fazer dessa CPI um debate político ou um acerto de contas entre desafetos", afirmou o deputado Cândido Vaccarezza, do PT de São Paulo, espécie de porta-voz do grupo dos radicais. A declaração é uma guinada de 180 graus no discurso - guinada essa decidida apenas depois que os fatos, com sua persistente impertinência, se sobrepuseram aos interesses do partido.

Desde a prisão de Cachoeira, a falconaria petista seguiu a tática de disseminar mentiras e omitir uma parte, sempre a mais importante, da verdade. Para isso, não hesitou nem mesmo em recorrer a fraudes e manipulações nas redes sociais da internet . O grupo imputou à equipe de VEJA toda sorte de crimes, os quais, esperava, seriam pontuados pelos delegados da PF. E o que disseram os policiais em depoimentos à CPI? Que o jornalista Policarpo Junior aparece lateralmente nas interceptações telefônicas sempre no exercício da profissão, apurando e investigando informações, que não cometeu crime nem trocou favores com a quadrilha (veja o quadro na pág. 65) e que não trocou "mais de 200 ligações com Cachoeira". Na Operação Monte Carlo, apenas dois telefonemas aparecem, segundo o delegado Matheus Rodrigues. Outros ingredientes fizeram a estratégia petista fracassar. O primeiro foi a dificuldade para encontrar aliados que se dispusessem a levar adiante os propósitos meramente políticos e revanchistas do partido. Diversas siglas, incluindo o PMDB, se negaram a aderir à trama. Como disse o senador Aécio Neves, do PSDB de Minas Gerais: "O que está em jogo é a democracia. No momento em que nós tivermos o Ministério Público Federal fragilizado e a imprensa cerceada, teremos a democracia em xeque". Houve ainda a firme condução dos trabalhos da CPI pelo relator Odair Cunha (PT-MG), que não se dobrou às pressões de facções do seu partido, e a oposição contundente de Dilma Rousseff à estratégia dos radicais. A presidente considera que, a continuar na direção em que estava, a CPI poderá virar uma disputa de políticos corruptos contra seus acusadores. Dilma está irritada com o presidente do PT, Rui Falcão, que vem defendendo publicamente o ataque à imprensa. Na terça-feira, disse a um auxiliar: "Se algum ministro falar algo parecido com o que o Rui vem dizendo, vai para a rua na hora".

O ANO EM QUE O PRESIDENTE CAIU - Pedro Collor deu o pontapé inicial e os fatos fizeram o resto: PC Farias recolhia propina de empresários para cobrir os gastos de Collor, como no caso do famoso Fiat Elba; vinte anos depois do processo que o levou a renunciar ao mandato, o ex-presidente (à dir., com a ex-mulher Rosane, a "madame que gastava demais", nas palavras de PC) quer se vingar de quem o investigou

Que forças aparentemente tão antagônicas quanto Collor e os falcões do PT se juntem na CPI com o mesmo e nefasto propósito de desqualificar a imprensa livre pode parecer assustador, mas não deixa de ser também natural. Na política, as convicções balançam facilmente ao sabor das conveniências - para o bem ou para o mal, sendo que a segunda opção é mais frequente. Já na imprensa livre, os princípios não se sujeitam às circunstâncias. O dever de fiscalizar os governos vale para quaisquer governos. E, no caso de VEJA, ele foi levado a cabo com o mesmo rigor tanto na gestão lulo-petista quanto na cleptocracia de Collor. Em 2009, no julgamento que derrubou a Lei de Imprensa, o ministro Carlos Ayres Britto, hoje presidente do STF, usou uma frase de Roberto Civita, presidente do Conselho de Administração do Grupo Abril e editor da revista VEJA, para descrever a natureza da relação entre jornalistas e homens públicos: "Contrariar os que estão no poder é a contrapartida quase inevitável do compromisso com a verdade da imprensa responsável".
Foi essa parte da imprensa, a responsável, que, diante do ataque perpetrado contra VEJA, ergueu a voz na semana passada na defesa dos princípios basilares do jornalismo. O jornal O Globo, em um editorial corajoso, criticou o que chamou de "campanha organizada contra a revista VEJA" feita por "blogs e veículos de imprensa chapa-branca que atuam como linha auxiliar de setores radicais do PT". Escreveu O Globo: "A operação tem todas as características de retaliação pelas várias reportagens da revista das quais biografias de figuras estreladas do partido saíram manchadas, e de denúncias de esquemas de corrupção urdidos em Brasília por partidos da base aliada do governo".

Fiscalizar os atos de governo foi uma função que surgiu praticamente junto com a imprensa. Durante a revolução inglesa, no século XVII, comerciantes e industriais insurgiram- se contra o poder absolutista dos reis. Defendiam a supremacia das leis em relação à vontade do monarca e o fortalecimento do Parlamento como forma de diminuir a corrupção na corte. Nascia assim o conceito de accountability, ou o dever dos governantes de prestar contas à população. Para divulgarem suas ideias, os insurgentes ingleses usavam papéis impressos em uma máquina inventada dois séculos antes, a prensa tipográfica, que passou a produzir os primeiros jornais.


Os réus: Jefferson, Dirceu, Delúbio e Valério devem ser julgados em breve pelo STF. A denúncia que deu origem ao processo partiu de VEJA, com prova em vídeo

No que se refere às suas instâncias fiscalizatórias, o Brasil já atingiu um patamar seguro. É uma situação diferente da que existia no tempo do processo de impeachment de Collor, quando o país vivia uma espécie de "lacuna fiscalizatória". A Constituição havia sido promulgada recentemente e o aparato estatal de autodepuração era ainda incipiente. O Ministério Público, por exemplo, estava assimilando seu novo papel de representante da sociedade, e não do estado, e a Polícia Federal apenas começava a se livrar da poeira autoritária que a recobria. Mas, ainda que as instituições tenham amadurecido, elas sozinhas não bastam para assegurar a vigilância constante sobre os governos e os homens públicos. Sua natureza as obriga a se mover vagarosamente. "Por esse motivo, o papel de precursor das denúncias não costuma ser das instituições públicas, mas da imprensa", diz Alexandre Camanho, presidente da Associação Nacional de Procuradores da República.

O jornalismo brasileiro vem cumprindo com vigor sua missão de revelar os casos de desídia e corrupção na esfera pública. Nos últimos anos, têm sido inúmeros os registros de parlamentares, prefeitos, governadores e ministros obrigados a deixar o cargo em razão de revelações feitas pela imprensa e comprovadas pelas autoridades. A imprensa livre não é ideológica. Não persegue indivíduos nem empreende cruzadas contra partidos ou administrações. Ela se volta, sim, contra os que, no poder, se dedicam à prática de espoliar o bem público, guiados pela presunção da impunidade e pela convicção de estarem acima do bem e do mal. Se alguma lição pode ser tirada até agora do último escândalo em curso na República, ela pode ser resumida em mais uma frase do ministro Ayres Britto: "À imprensa cabe vigiar o estado - nunca o contrário".



II-

HÁ 2 LIGAÇÕES ENTRE POLICARPO E CACHOEIRA, NÃO 200! LEIAM O QUE DIZEM DOIS DELEGADOS DA PF. E O PAPEL PATÉTICO DO EX-CAÇADOR DE MARAJÁS E ATUAL CAÇADOR DE JORNALISTAS

 

A quadrilha do mensalão estava mentindo.

A quadrilha da Internet estava mentindo.

A verdade vem à tona de forma clara, cristalina, inequívoca.

Lembram-se da Operação Monte Carlo e das supostas 200 ligações trocadas entre Carlinhos Cachoeira e Policarpo Júnior, um dos redatores-chefes da VEJA e chefe da Sucursal de Brasília?
NÃO ERAM, NÃO SÃO E NUNCA FORAM 200! ERAM, SÃO E SEMPRE FORAM DUAS!!!

Collor, num de seus momentos de serenidade no Senado: em vez de apontar o dedo para os corruptos, ele resolveu atacar a imprensa livre. Faz sentido...


A canalha resolveu multiplicar o número por 100 para ver se conseguia dar ares de crime ao trabalho normal de um jornalista. Os que se dedicaram a espalhar a mentira nunca quiseram, como vocês sabem, apurar as ligações do grupo de Cachoeira com os políticos e com o Estado brasileiro.
 Queriam, isto sim, desmoralizar os fundamentos de uma democracia, a saber:

– a oposição (ela só existe em países democráticos);
– a Procuradoria-Geral da República (ela só é independente em países democráticos);
– a Justiça (ela só é isenta em países democráticos);
– a imprensa (ela só é livre em países democráticos).


Mas atenção! Ainda que houvesse mesmo 200 conversas ou que, sei lá, surjam outras 198 do éter, o que o número, por si só, provaria? Nada! Policarpo estaria, como estava, em busca de informações que colaboraram para a demissão de pessoas que não zelavam pelo interesse público. E quem as demitiu, repito, foi Dilma Rousseff. Não consta que esteja pensando em recontratá-las.

OS MENSALEIROS E SEUS BRAÇOS DE ALUGUEL TENTARAM SEQUESTRAR AS INVESTIGAÇÕES DO CASO CACHOEIRA E A PRÓPRIA CPI PARA, DESMORALIZANDO TODAS AS INSTÂNCIAS DO ESTADO DE DIREITO, PROTEGER BANDIDOS, QUADRILHEIROS, VIGARISTAS E SOCIOPATAS.

Os delegados

Bastaram, no entanto, duas sessões da CPI para que ficasse claro quem é quem e quem quer o quê. Policarpo é citado, dados todos os grampos da Operação Monte Carlo, 46 vezes nos grampos. Os homens de Cachoeira e o próprio se referem, em suas conversas, a mais de 80 pessoas — inclusive a presidente Dilma Rousseff. Em algumas dessas citações, por exemplo, o contraventor e o senador Demóstenes estão é combinando uma forma de abafar a repercussão de uma reportagem publicada pela VEJA em maio do ano passado e que apontava o suspeito crescimento da… DELTA! Eis a VEJA que alguns vigaristas queriam criminalizar. E foi a VEJA, diga-se, o primeiro veículo impresso a tornar públicas as relações de Demóstenes com Cachoeira — na edição que começou a chegar aos leitores no dia 3 de março!

No depoimento prestado à CPI no dia 8, indagado pelo senador Fernando Collor (PTB-AL), hoje a voz mais extremista contra a imprensa na CPI, o delegado Raul Souza foi claro, inequívoco, para decepção daquele que começou caçando marajás e, vivendo o seu ocaso, tenta caçar jornalistas e cassar a imprensa livre: as conversas de Policarpo com Cachoeira, afirmou, eram diálogos normais entre um repórter e uma fonte, sem qualquer evidência de troca de favores.

Mas Collor, os mais maduros se lembram, é uma alma obsessiva. Quando presidente, a gente olhava pra ele, com os olhos sempre estalados, e desconfiava da existência de algum espírito obsessor (Deus nos livre!). Deu no que deu. Tendo sido fragorosamente malsucedido na operação que lhe encomendou a ala sectária do PT — José Dirceu, Rui Falcão e outras lorpas da democracia —, ele voltou à carga no depoimento de outro delegado, Matheus Rodrigues. Enquanto alguns parlamentares tentavam apurar os vínculos entre Cachoeira e políticos, o atual Caçador de Jornalistas seguia firme no seu intento de tentar criminalizar a imprensa. E mergulhou, definitivamente, no patético.

O diálogo com Matheus

Este blog ouviu um relato sobre a espantosa conversa do senador com o delegado Rodrigues. Fiquem frios. Logo surge uma gravação clandestina na praça. Consta que o homem foi ficando irritado à medida que via as suas ilações e suspeitas indo por água abaixo.

Collor iniciou a sua intervenção lembrando que a CPI havia sido instalada para investigar as ações criminosas de Cachoeira e de agentes públicos e privados que com este teriam colaborado. E partiu pra cima de Policarpo e da VEJA. Perguntou se o jornalista era co-autor de um algum crime.

 Detestou a resposta:

“Não, excelência! Eu já falei e vou insistir”.

A excelência não se conformou. Tentou obrigar o delegado a acusar Policarpo de algum crime. Como não realizasse o seu intento, este gigante do pensamento jurídico, este monstro sagrado da lógica — que é sócio de jornal e de emissora de televisão!!! —  queria saber se Cachoeira havia passado a Policarpo alguma informação que tivesse obtido com escutas ilegais. Outra negativa e a fala inequívoca: havia entre Policarpo e Cachoeira  ”uma relação de informante, de passar uma informação como fonte”.

Roxo de raiva

Collor, vocês se lembram, era dado a refletir com as pernas. Quando ficava com vontade pensar, saía correndo. Certo dia, abusando de sua cultura filosófica, declarou que tinha “aquilo roxo”. Como o segundo delegado ouvido também não disse o que ele queria ouvir, roxo de raiva, decidiu partir para a peroração solitária. Acusou VEJA de obter “ganhos pecuniários” com as reportagens que publicou. Bem se vê que este senhor nunca administrou as empresas da família. Só pega mesmo a grana na condição de acionista. A ilação é estúpida de várias maneiras:

1)         assuntos políticos (especialmente notícias ruins, envolvendo corruptos) não são os que mais vendem revistas, como sabem todas as pessoas que são do ramo;
2) se uma revista quisesse apenas vender mais, daria só boas notícias. Ocorre que o jornalismo que se preza tem compromissos com a moralidade pública e a com ética. Se isso implicar publicar as más notícias, elas serão publicadas;
3) se a tese estúpida do senador fizesse algum sentido, jornais e revistas teriam de distribuir gratuitamente as edições que são obrigadas a relatar tragédias — só assim não seriam acusados de lucrar com a desgraça alheia;
4) veículos que se prezam, que têm vergonha na cara, que não são financiados com dinheiro público, têm a maior parte — ESMAGADORA!!! — de sua receita oriunda de anunciantes privados. Não raro, o preço de capa de uma revista é inferior a seu custo como produto;
5) a maior parcela da receita derivada da venda de jornais e revistas vem das assinaturas, não da venda em banca. Logo, se há ou não notícia de escândalo, isso é irrelevante. O leitor, como todas as pessoas moralmente saudáveis do mundo, prefere a boa notícia.

Se errou na moral, se errou na ética, se errou no alvo — se errou, obrigo-me a dizer, na vida, já que é o único presidente impichado (só não houve o impeachment formal porque renunciou) da história do Brasil —, errou também ao fazer digressões tolas sobre o setor de revistas.

Vinte anos depois da capa histórica de VEJA, em que Pedro Collor chutou o mastro do circo do irmão, o agora senador tenta se vingar da revista. Quebraram todos a cara — ele e a ala extremista do PT da qual aceitou o triste papel de laranja.

Reportagens de VEJA, algumas feitas por Policarpo Júnior, ajudaram a pôr para fora da Esplanada dos Ministérios pessoas que estavam lá descumprindo o juramento que fizeram ao povo. Como ajudaram, há 20 anos, a depor um outro bufão, que também tomava a sua comédia pessoal como parte da história universal.

Collor não vai conseguir o “impeachment” jornalístico da VEJA porque a revista é limpa! Ponto.

Espalhem a verdade. Porque VEJA revela na edição desta semana quem está por trás da indústria da mentira na Internet e como ela opera (ver abaixo).
Reinaldo Azevedo





Como fraudar a Internet e sequestrar a legitimidade dos debates. Ou: Usuários do Twitter estão sendo vergonhosamente manipulados


Agora falemos um pouco de internauta pra internauta. Estamos entre aqueles que prezam o debate na rede e consideram que uma das conquistas da Internet é possibilitar que indivíduos tenham uma voz. Achamos que isso é um valor, certo? Pois é… Ocorre que petistas resolveram recorrer a estratagemas essencialmente antiéticos para fraudar a legitimidade desse debate. Ou por outra: milhões de indivíduos Brasil afora, especialmente os usuários do Twitter, estão sendo enganados, manipulados, submetidos a uma patrulha política e ideológica.

Leiam reportagem na VEJA desta semana e saibam no detalhe como se opera a fraude. Abaixo, seguem bons trechos da reportagem. Não deixe de ler a íntegra na edição impressa, que traz um quadro com todos os caminhos da malandragem.

*
A internet aceita tudo. Chantagistas contrariados fazem circular fotos de atrizes nuas (vide o caso Carolina Dieckmann), revelam características físicas definidoras (”minimocartaalturareal1m59cm”), apelidam sites com artigos do Código Penal (”171″, estelionato) e referenciam-se em doenças venéreas – por exemplo, na sífilis (grave doença infecciosa causada pela bactéria Treponema pallidum) – para formar sufixos de nomes.


É lamentável sob todos os aspectos que uma inovação tecnológica produzida pelo engenho, pela liberdade criativa e pela arte, combinação virtuosa só possível sob o sistema democrático capitalista, baseado na inovação, na economia de mercado e na livre-iniciativa, tenha nichos dominados por vadios, verdadeiros limbos digitais onde vale tudo – da ofensa pura e simples a tentativas de fraudar a boa-fé dos usuários.
(…)

A rede mundial é descentralizada, não possui um comando único nem um mecanismo de regulação. Falta-lhe uma cabeça como, talvez, a do atual presidente do PT, Rui Falcão, alguém com estatura moral, motivações nobres, enfim, mão forte para fazer baixar, em nível planetário, um pouco de ordem e respeito sobre esse reino virtual tão vulnerável.
(…)

Assim como a engenharia genética pode modificar aquilo que surgiu espontaneamente na natureza, a computação pode alterar o destino de uma ideia lançada na rede. Nesse caso, o produto é invariavelmente um monstro, porque esse processo não apenas viola regras explícitas de uso das comunidades virtuais, mas também corrompe os princípios da livre troca de informações e opiniões na internet. É virtualmente impossível saber quem programou um robô malicioso – e isso envenena ainda mais as águas e mina as bases da comunicação de boa-fé na rede. Mas é possível flagrar o seu uso.

A situação se torna preocupante quando os robôs que fraudam um serviço como o Twitter são postos a serviço da propaganda ideológica. E piora ainda mais, ganhando os contornos da manipulação política, quando eles trabalham para divulgar teses caras ao partido que ocupa o poder. Isso, infelizmente, começa a acontecer no Brasil. Nas últimas semanas, o vazamento de informações da Operação Monte Carlo, da Polícia Federal, e a subsequente instauração de uma CPI para investigar o contraventor Carlinhos Cachoeira puseram sangue nos olhos de certa militância petista.
(…)

A artilharia de esquerda se voltou contra outro alvo de longa data: a imprensa independente, e VEJA em particular. Uma das estratégias adotadas foi a organização dos chamados tuitaços. (…) Em pelo menos quatro desses episódios ocorridos em abril, ou militantes e simpatizantes petistas marcaram data e horário de cada evento ou registraram em inglês o significado das hashtags utilizadas ou mandaram as mensagens iniciais dos tuitaços. (…)

Mas a análise aprofundada desses episódios – e em especial daquele identificado pelo marcador #vejabandida – mostra que dois artifícios fraudulentos foram usados para fingir que houve adesão enorme ao movimento. Um robô, que opera sob o perfil “@Lucy_in_sky_”, foi programado para identificar mensagens de outros usuários que contivessem os termos-chave dos tuitaços, replicando-as em seguida. Além disso, entraram em ação “perfis-peões”, ou seja, perfis anônimos, com pouquíssimos seguidores e muitas vezes criados de véspera, que replicam sem parar mensagens de um único tema (ou melhor, replicam-nas até atingir o limiar de retuítes que os tornaria visíveis aos mecanismos de vigilância de fraudes do Twitter. Essas manobras para ampliar artificialmente a visibilidade de uma manifestação na internet já ganharam nome no marketing e na ciência política: astroturfing, palavra derivada de Astro-Turf, marca americana de grama sintética que tenta se vender como natural. O objetivo é sempre o mesmo: passar a impressão de que existe uma multidão a animar uma causa, quando na verdade é bem menor o número de pessoas na ativa.

Uma amostragem de 5.200 tuítes recolhidos durante um dos tuitaços recentes revelou que 50% das mensagens partiram de apenas 100 perfis – entre eles robôs e peões, que ajudam a fazer número, mas não têm convicções. Da China vem o exemplo mais alarmante desse tipo de fraude. O Partido Comunista Chinês arregimenta pessoas encarregadas de manipular a opinião pública, inundando a internet com comentários favoráveis ao governo. Elas formam o chamado 50 Cent Party (Partido dos 50 Centavos), cujo nome remete aos 50 centavos de iuane – ou 15 centavos de real – que cada ativista supostamente recebe por post publicado.

Dos mesmos teclados alugados saem ataques à democracia de Taiwan, território reclamado por Pequim.
(…)

O presidente do PT tem um perfil ativo no Twitter, e com frequência ajuda a animar tuitaços. Pouco depois da ascensão de Falcão ao comando do partido, em 2011, o PT lançou o Núcleo de Militância em Ambientes Virtuais – as chamadas MAVs. Um dos auxiliares parlamentares de Falcão na Assembleia Legislativa de São Paulo, um funcionário público de 47 anos formado em geografia, recebeu no começo do ano a missão de selecionar um estrategista de mídias digitais para “refinar e profissionalizar” as ações do PT na internet – o que significa trazê-las para o âmbito de controle da direção do partido. A utilização massiva da internet, das redes sociais e de blogueiros amestrados faz parte das táticas de engodo e manipulação da verdade no Brasil. Internautas, fiquem de olho neles.





No Ministério Público, mulher de Gurgel investiga ministros e senadores

Vista como ‘discreta’ por colegas, Cláudia Sampaio virou alvo da CPI após ter seu nome citado


Ricardo Brito, de O Estado de S. Paulo

BRASÍLIA - Apontada por colegas do Ministério Público Federal como “discretíssima” e “competente”, a subprocuradora-geral da República Cláudia Sampaio Marques tornou-se alvo dos parlamentares da CPI do Cachoeira.

Poucos fora do Ministério Público Federal sabem que Cláudia, mulher do procurador-geral da República, Roberto Gurgel, tem atuação destacada há pelo menos sete anos nas principais investigações no Supremo Tribunal Federal (STF) contra ministros, deputados e senadores.

A subprocuradora está sob ameaça de depor na comissão depois que, na última terça-feira, o delegado da Polícia Federal Raul Alexandre Marques Sousa disse ter enviado ao Ministério Público Federal a investigação da Operação Vegas quando se deparou com conversas envolvendo o senador Demóstenes Torres (ex-DEM-GO) e os deputados Sandes Júnior (PP-GO) e Carlos Alberto Leréia (PSDB-GO).

Foi Cláudia que, em setembro de 2009, decidiu não levar adiante as investigações por entender que não havia elementos concretos sobre o caso. Em nota, ela afirma que, àquela altura, o caso seria arquivado pelo STF. A subprocuradora, então, disse que atendeu a um pedido da PF para segurar a investigação, não o arquivando sumariamente no Ministério Público. Diante da decisão, deputados e senadores governistas querem trazê-la à CPI.

Confiança. Desde a gestão do ex-procurador-geral da República Antonio Fernando de Souza, iniciada em meados de 2005, ela conta com a confiança do MP para tocar as investigações criminais mais sensíveis contra ministros de Estado e parlamentares. A parceria foi mantida na gestão do marido, que vai até julho de 2013. Pelas mãos dela já passaram ou estão casos envolvendo o atual vice-presidente Michel Temer, o ex-ministro Antonio Palocci e o ex-presidente do Banco Central Henrique Meirelles.

Por designação de Antonio Fernando, ela tocou, com mais três procuradores, parte da investigação do escândalo do mensalão. Tomou, por exemplo, o depoimento do empresário Marcos Valério e preparou terreno para que, antes da conclusão das investigações pela PF, Antonio Fernando oferecesse denúncia contra os 40 envolvidos no STF.

“Ela goza e sempre gozou da minha estrita confiança dentro do Ministério Público Federal”, afirmou Antonio Fernando.
Procuradores mais jovens consideram Cláudia e Gurgel conservadores em matéria de investigação criminal. Pessoas ligadas aos dois, contudo, afirmam que a dupla é cautelosa. Eles só pedem a abertura de apurações no STF ou no Superior Tribunal de Justiça se tiverem, na avaliação de uma pessoa que goza da intimidade do casal, “elementos concretos”. “A gente na primeira instância é mais ousado mesmo”, admitiu um procurador da República que trabalhou no caso do mensalão.



Voltei

Lembrem-se, as eleições estão aí, temos que começar a tirar esta corja suja da política brasileira.


Até amanhã.

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